O ano de 2024 vai terminar. Queremos destacar a figura de Venâncio Mondlane, conhecido pelo povo como VM7, politicamente parecido com Cristiano Ronaldo que ostenta a camisola 7. VM7 conseguiu galvanizar moçambicanos de todos os quadrantes do país, de diversas tendências políticas, dos mais variados estratos sociais. Sob o comando de VM7, todos sairam à rua a exigir justiça eleitoral.
A juventude dos centros urbanos se levantaram contra as injustiças que geram as desigualdades gritantes que pervalecem no país. Gente de todas as idades detestam a situação em que caíram devido às políticas públicas desastrosas seguidas pelos governos da Frelimo. Dizia-se que a febre por mudanças fosse coisa dos centros urbanos, onde abundam os media como jornais, rádios e redes sociais. A História encarregou-se de provar o quanto era falsa a twl tese.
O WhatsApp, Facebook e outras versões da comunicação moderna estão em todo o lado, mexe com toda a sociedade. Só uma mente atrasada pode pensar que as redes sociais se restringem às zonas urbanas. Esse fenómeno nunca antes tinha sido levado em conta pela FRENAMO que ainda dorme na sombra da bananeira julgando as aparições de VM7 eram uma tempestade num copo com água.
A barreira entre o campo e centros urbanos caíu e a prova disso é como o campo está em esfervecência exigindo alterações políticas. A gente está cansada de um regime corrupto, fraudulento e ditatorial da Frelimo. Quer mudanças profundas. A verdade justiça eleitoral pressupõe a remoção da Frelimo do poder, sem mais delongas.
Desde 1994, primeiro ano das eleições multipartidárias que o povo vem rejeitando a Frelimo, mas nunca tinha aparecido um líder como VM7 para dizer o que deve ser feito. A Renamo de Afonso Dhlakama humilhou a Frelimo no campo militar mas não mobilizou a opinião pública para odiar as políticas que empobrecem o povo e o país.
O povo corre atrás de VM7 por ele demonstrar coragem e clareza. Quem criou condições para que o povo se revoltasse foi a Frelimo que tomou o país como sua propriedade. Os políticos sabiam que o país está ao avesso, mas poucos falam com o medo de perder as migalhas que caem debaixo da grande mesa do poder.
As elites do partido no poder estão metidas na construção de estradas e pontes, confectionam carteiras para as escolas públicas. Suas empresas constroem salas de aulas. Estão nas empresas de mineração, nas portagens que abundam nas nossas estradas esburacadas, nos portos e caminhos de ferro e nas centrais térmicas. Eles estão em todo o lado onde cheire dinheiro.
Não é VM7 que agita as pessoas para se revoltarem. O partido é o promotor da promotor das guerras por que o país tem estado a passar. O povo precisava de um líder capaz de lhe indicar o caminho a seguir. Ninguém corre atrás de VM7 pelo simples prazer de correr.
VM7 é o porta-voz d todos os que têm alguma coisa a cobrar ao regime, aos empobrecidos e oprimidos, aos explorados e excluídos, às vítimas da violência da polícia que defendem um regime podre e apodrecido. O regime da Frelimo ofendeu o povo ao sujeitá-lo à pobreza. O povo aderiu à luta pela liberdade, paz e desenvolvimento.
O tempo dos colaboracionistas que vendem os resultados eleitorais em troca de um prato de sopa, ficou para trás. O povo quer aquilo que o regime nunca lhr quis dar - a liberdade de eleger os seus governantes, o seu presidente e seus representantes para os vários órgãos do estado. Enquanto a Frelimo estiver no poder e persistir o actual modelo dos órgãos de gestão eleitoral, não teremos nem tranquilidade. Não teremos porque as eleições deixam de ser uma questão técnica para ser uma decisão política.
O presidente do povo não é "eleito" pelos órgãos de gestão eleitoral mas pelo voto popular. Não é eleito por truques do Conselho Nacional da Juventude. O povo precisa de quem lhe ajuda a ver esses truques. Esse pode ser do Norte, Centro ou Sul. Mentem aqueles que andam a dizer que seja gente do Sul que incentive as manifestações para impedirem que Daniel Chapo, oriundo do Centro, seja presidente. É tot falso.
O povo exige ao Conselho Constitucional quando os enchimentos de urnas com votos falsos, as falsificações de votos, as rasuras não influenciam no resultado final. Para a Frelimo e o seu Conselho Constitucional, todo o tipo de fraudes não influenciam o resultado. O recenseamento tendencioso, como o feito em Gaza, que já a viver o ano 2041, segundo o Conselho Constitucional, não influencia o resultado final.
O povo abriu os olhos. Está revoltado devido à indigência a que está submetido pela Frelimo que, apenas, lutou contra o colonialismo levada pela inveja e ciúmes pelo colono. Eles só queriam substituir o colono na roubalheira e na opressão e nada mais.
VM7 é o comandante da luta do povo pela segunda libertação. O povo luta para tirar a Frelimo do poder por ter jogado o país no precipício. VM7 é a nossa figura do Ano de 2024 pela coragem e clarividência. Não há armas capazes de derrotar um povo decidido a fazer sua História.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 26.12.2024