Resumo da situação
Nas últimas quatro semanas, Cabo Delgado foi alvo de ações contínuas do Estado Islâmico de Moçambique (EIM), pelo Ciclone Chido, por uma crise alimentar contínua e pela desordem nacional que se seguiu às disputadas eleições de Outubro. O Ciclone Chido chegou a 15 de Dezembro, causando danos às vidas e aos meios de subsistência de quase meio milhão de pessoas. A atividade do EIM diminuiu desde Novembro, uma vez que o grupo se concentra em assegurar o abastecimento básico. Houve apenas 10 fatalidades em eventos relacionados ao EIM desde nossa última actualização, em comparação com as 57 fatalidades nas quatro semanas anteriores. Este número compara-se com as 54 mortes ocorridas em Moçambique nas manifestações de 9 de Dezembro a 12 de Janeiro, a maioria das quais relacionadas com as consequências das eleições de Outubro, ainda contestadas. Nesta actualização, analisamos a diminuição da atividade do EIM, que ainda está centrada no norte da província de Cabo Delgado. Analisamos as diversas e generalizadas formas de desordem que estão a irromper no sul da província, muitas das quais relacionadas com as eleições. Também analisamos a desordem relacionada com as eleições, que está em curso em todo o país, e as dificuldades que as elites políticas enfrentarão ao tentarem controlá-la.
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