(VENÂNCIO MONDLANE: o vencedor das Eleições Presidenciais de Moçambique de 2024)
As Eleições de 9 de Outubro de 2024, em Moçambique, culminaram com a (aparente) queda do regime da FRELIMO que já se arrasta desde 1975, com três Presidentes da República que nada fizeram senão ROUBAR e DESTRUIR Moçambique e o Povo. Mais: estas Eleições constituiram uma VIGARICE nunca vista por parte da FRELIMO com Boletins de Voto falsificados “à boca das Urnas” e que acabariam por marcar o fim de um ciclo brutal no nosso País já de si pelas “ruas da amargura”, com Filipe Nyuse e seus “materalhas” no “poleiro” desde 1975. Praticamente todo o Povo Moçambicano de Norte a Sul do País há muito que esperava por este resultado e o fim de um sofrimento — e não o começo de um capítulo ainda mais sombrio, em consequência das circunstâncias posteriores que foram registadas um pouco por toda a parte, em Moçambique, fruto das manifestações descontroladas e de violentas destruições por parte do Povo revoltado que ficou com os resultados anunciados pelo Conselho Constitucional de triste memória...
Moçambique, durante 50 anos marcada pela vigarice, pelo roubo, pelo tráfico de droga, pelo índice assustador dos Impostos, da falta de Emprego, de uma deficiente e não menos lastimosa Saúde, de um Ensino nada condigno, a todos os níveis, pela insegurança, pelo «limiar da pobreza» de mais de 80% do Povo Moçambicano, pela FOME, pela falta de Emprego e de Horizontes e ainda pelo dinheiro desviado dos nossos (des)governantes para paraísos fiscais, pela política de «uma mão lava a outra», pela repressão, pela violência da PRM e do seu comandante em chefe, além do favoretismo que sempre existiu entre os amigalhaços “Metralhas” da FRELIMO em detrimento do seu próprio Povo, está agora diante de um Futuro incerto, por causa dos resultados aldrabados de Votos a rondar surrealisticamente os 70% de votantes no Partido FRELIMO — como “eles” anunciaram pela “voz” do Conselho Constiticional, com a nomeação do candidado Daniel Chapo para Presidente da República de Moçambique, foi/é de “bradar aos céus” e representou a «gota de água no copo» que o fez transbordar...
O que inicialmente poderia ser visto FINALMENTE como uma Vitória para a Democracia e para a Liberdade para Moçambique e para o seu Povo, a verdade é que está a ser/foi eclipsado por uma ascensão ainda mais perigosa de forças dos frelimistas, que insistem em continuar a tomar o Poder, com os “Metralhas” à frente, impondo uma nova realidade no País... como senão lhe chegasse 50 anos de “poleiro”, com a bréca!!...
Este novo capítulo no dealbar de 2025 parece um reflexo de tendências geopolíticas observadas noutros contextos da África Austral e também no Oriente Médio, como o Afeganistão e a Líbia ou como a Guiné e Angola, a nível da CPLP, onde as quedas de ditaduras se traduziram não na Paz, mas em um vácuo de poder preenchido por extremistas, de que o exemplo de João Lourenço é flagrante...
O facto da perda de vitória de Daniel Chapo em representação da FRELIMO ter sido verificada com a vitória de Venâncio Mondlane, em representação do Partido PODEMOS, veio/está a significar a ascensão de forças ainda mais radicais, que agora se posicionam como os novos governantes — e que traz à tona questões desconfortáveis sobre as consequências de um regime mais tolerado pelos países europeus do que é frequentemente admitido e que (estes) pouco ou nada fizeram ou interviram no conflito — temos de admitir que foi/é irresponsável.
Foi por isso mesmo que acabaria por originar a fuga do canditado Venâncio Mondlane de Moçambique para parte desconhecida, desde o dia 21 de Outubro último de 2024 — e que agora decidi regressar a Maputo já no dia 9 de Janeiro de 2025, consciente e corajosamente por ter admitido e assumido ser o verdadeiro «Ponta de Lança» do Povo Moçambicano, independentemente das consequência que possam advir deste gesto e do seu regresso voluntário ao seu País, à sua Pátria amada...
A ascensão eventual da FRELIMO ao Poder traz à tona um debate crucial: o que estão os países Europeus (e não só!) realmente a apoiar? Se os “Metralhas” frelimistas era/são uma ditadura brutal, de cariz «chuxalista» de esquerda, a ascensão de grupos frelimistas que defendem uma ideologia igualmente opressiva, se não mais, representa uma vitória verdadeira? Francamente...
A título de exemplo é bom recordar o que aconteceu em Angola após a substituição de José Eduardo dos Santos por João Lourenço na Presidência da República, e na Líbia com a queda de Muammar Kadafi. Pensamos que é uma lição clara sobre o perigo de não se ter uma estratégia pós-conflito. Não esquecer, por exemplo, que quando Kadafi foi deposto em 2011, a Líbia entrou num período de instabilidade profunda e o MPLA e a UNITA não deixaram de ter divergências significativas entre si (facto que ainda perdura até aos dias de hoje e Angola continua a ser a vergonha que todos sabemos!).
E em relação à Síria é bom não esquecer que a ausência de um governo central eficaz permitiu que milícias rivais e grupos extremistas, como os da Al-Qaeda e Estado Islâmico, tomassem o controle de várias regiões do país. Essa situação ilustra como a remoção de um Ditador não pode ser vista como uma Vitória, a menos que seja seguida de um processo claro de reconciliação e construção de um Estado o que parece que não ser o caso em Moçambique...
Vamos aguardar, entretanto, pelo desentolar dos acontecimentos do próximo dia 10 de Janeiro.