(Venâncio Mondlane: vítima de Eleições Presidenciais fraudulentas...)
Afonso Almeida Brandão
Ao longo dos últimos anos recebemos uma panóplia de receitas (para a desgraça) que nos permitiu manter na ilusão de que estávamos a recuperar da nossa condição grave e que iria requerer vigilância apertada. Eis senão quando, percebemos que o “douto médico”, que nos estava a tratar da Saúde (em sentido figurado e literal) e inclusive nos incentivava a consumir mais e mais e a cometer diversos excessos, desde o início da sua recomendada terapêutica, era, afinal de contas, um autêntico impostor xamânico, que pouco ou nada percebia de doenças, muito menos de medicamentos adequados ou posologia correcta e que, para além do mais, nos levava “couro e cabelo”, fazendo-nos sempre pagar pelas inúmeras bu(r)las que, com afinco, ao nosso lado nos passava, enquanto nos convencia da necessidade e da inevitabilidade do tratamento, no sentido de justificar o seu custo, para que voltássemos a ter a nossa saúde restituída, que é como quem diz, recuperarmos a autonomia, independência e racionalidade que outrora ainda iamos tendo apesar de tudo e que perdêramos agora com a continuidade fraudulenta da nomeação de Daniel Chapo, como novo (?) Presidente da República de Moçambique eleito.
E a verdade é que ninguém mexeu um dedo para anular os resultados eleitorais que foram verificados, sabe Deus porquê, porque todos puderam constatar que foram uma FARSA e uma VIGARICE sem procedentes (e de forma surrealista arquitectada), alguma vez ocorrida em Moçambique...
Neste longo processo a que fomos sendo sujeitos e verbos (de “esvaziar”, os cofres destes últimos cinco décadas de (des)governação do nosso Estado) era peremptório que o doente não tivesse consciência da sua real situação, exercendo os vários placebos aplicados uma momentânea sensação de alívio do problema, sem nunca verdadeiramente tratar as causas, mas sempre os efeitos, que era aquilo para que o tratamento tinha sido concebido.
Cessados os sintomas, a doença estaria controlada ou, pelo menos, o paciente não se iria aperceber que o problema não só não estava resolvido, como alastrara para todos os “órgãos”. Procedendo desse modo o paciente permitia assim novas dosagens e até algumas experiências pouco ortodoxas mais radicalizadas e uma posologia mais agressiva, tendo sempre preocupação em todo este processo não com a sua real condição, mas com a percepção que o doente (no caso concreto Moçambique) tinha da sua realidade, uma vez que por várias vezes lhe fora dito que a única cura viável era uma receita que a Esquerda FRELIXO «chuxa-lista» não poderia oferecer, fosse por falta de Competência ou de Visão, desajustamento no modelo mental usado e pelo qual se norteava, cegueira ideológica e, o que é mais ridículo até, falta de empatia pelos outros, valor jogado sempre pela Esquerda «chuxalista» da “treta” como norma julgativa para outros partidos, como todos sabem. E que já dura praticamente há 50 anos...
Foi esta a narrativa infantil, e até mesmo onírica e primária, que os três últimos Presidentes da República e seus “metralhas” de profissão tiveram durante largos anos para nos manter atávicos e impávidos a assistir à nossa deterioração, enquanto estes lucravam imensamente com a nossa credulidade a um nível pessoal e profissional, ao exibirem internacionalmente o seu enorme conhecimento e «currículos» e dando sempre esta experiência, com um elevado grau de aleatoriedade no seu desfecho, como sendo um enorme caso de sucesso junto da Comunidade dita “científica” internacional, leia-se Países Europeus e (também) Fundo Monetário Internacional, mesmo que esta pouco ou nada tenha estruturalmente alterado a doença, tratando, assim, equivocadamente apenas dos sintomas, como já foi referido, a um nível ainda para mais superficial e momentâneo e negando as evidências de anomalias e de propagação da doença que por todos os poros da nossa Economia se faziam sentir. E nem sequer estamos aqui a referir a LADROAGEM ao Erário Público cometido por estes senhores “gulosos” e “sôfregos” pelas duações que o País sempre recebeu... para além dos dinheiros que foram “desviados” para Contas “escondidas” em diversos Paraísos Fiscais...
Talvez com esta metáfora se consiga, de facto, perceber as reais implicações do que está em causa nas nossas vidas e se possa entender racionalmente qual o engodo a que fomos subjugados nos últimos 50 anos, já que a comparação com um doente moribundo e iludido da sua recuperação, durante demasiado tempo aqui feita, assenta que nem uma luva, depois da visualização da actuação governada pelos sucessivos (des)Governos de Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyuse e seus “capangas”, onde se percebeu claramente que a doença progrediu, está hoje mais sólida e os tratamentos e placebos administrados apenas contribuíram para tirar dinheiro.
E o exemplo recente chega-nos agora do novo continuador eleito, o Presidente da República Daniel Chapo que acaba de “contemplar” alguns “amigalhaços” frelimistas, como muito bem noticiou o Semanário EVIDÊNCIAS na sua última Edição do passado dia 28 de Janeiro.
Percebeu-se também que as infindáveis receitas passadas serviram apenas para nos endividarem mais e mais, que as inúmeras bu(r)las presentes possuem ainda mais contra-indicações e efeitos adversos do que era esperado e que, para além do mais, e o que é mais gritante, é que tudo isto foi feito de forma propositada e desumana, logo pouco empática, passando-nos pesadas facturas para todos, com juros, que não temos como pagar sem que essa parcela represente um enorme ónus e esforço demasiadamente pesado nas nossas contas. E agora com a agravante de que os EUA acabam de nos “fechar a torneira” das «notinhas verdinhas»...
Acima de tudo, como um paciente a quem é dito que tem poucos anos de vida (referimo-nos mais uma vez a Moçambique), sentimo-nos desmotivados, mas, sobretudo, demasiadamente enganados. A revolta é tudo o que sobra da notícia que de forma titubeante recebemos, ainda que não tenha sido assumido o diagnóstico definitivo já adivinhamos nos avanços e recuos do “médico” e no modo com que este voltou a recuperar outro tipo de narrativas que o problema é mais sério do que julgávamos e que todo o Povo, sem excepção, terá não só que reduzir o consumo, como prepararmo-nos novamente para exercer vigilância apertada, mudando a terapêutica para medicamentos mais agressivos e eficazes, muitos dos quais sempre negados e pertencentes a outra corrente de pensamento.
Em resumo, estamos hoje com muito menos saúde (financeira e económica) do que tínhamos, bem mais endividados, com a doença crónica do défice num estágio bastante mais avançado, perdemos anos enganados com uma falsa cura e, se a tragédia não bastasse, fomos ainda sendo bombardeados com inúmeras bu(r)las que irão ter que ser as novas gerações a pagar por elas, o que constituirá uma factura pesadíssima para aqueles e para os seus e terá enormes implicações no crescimento, pois dado o estado absolutamente deplorável a todos os níveis em que o “tratamento” frelimista socialista nos deixou desde 1975 iremos ter que tomar os xaropes verdadeiramente amargos propostos por estes “metralhas” de “aviário” «chuxa-lista», pois já diziam os antigos: o que arde e o que sabe mal cura.
Ouçamo-los, pois, e não dê-mos ouvidos a soluções fáceis de engolir, mas que não actuam verdadeiramente no problema, só assim deixaremos de “comprar” milagrosos e dispendiosos remédios e soluções de pacotilha semelhantes a mezinhas, que embora não sejam dolorosos de tomar à primeira vista, são extremamente dispendiosos, como já todos vimos, e não resolvem verdadeiramente o nosso problema crónico, a ausência de competitividade económica que temos e o défice estrutural que possuímos e que não nos permitem olhar com optimismo para o nosso Futuro, sem falarmos da inesperiente falta de preparação política de cada um dos Ministros ora empossados, nas mais diversas áreas, de que o Ministro da Economia é o mais vergonhoso e gritante!!!...
Passemos, pois, a um verdadeiro tratamento e rejeitemos aqueles “impostos” que nos martirizam e nos desanimam… Sinceramente damos mais crédito às 30 Medidas que foram anunciadas por Venâncio Mondlane do que «uma mão cheia de tudo e outra de coisa nenhuma» de Daniel Chapo.
Resta-nos concluir que o Povo e o País têm pouco a esperar deste “novo elenco” (?) governativo, agora em funções e que o Povo e o País vão continuar sem Esperança e a Sofrer. Alguma dúvida?
Para bom entendedor meia palavra basta.