(Resta a Daniel Chapo rezar por “um milagre”...)
A eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2016 representou um ponto de inflexão significativo na política internacional. A sua reeleição, agora, consolidada por uma base de apoio fiel e uma plataforma patriótica, reforçou uma postura de distanciamento ao multilateralismo tradicional. Esta breve análise examina as transformações promovidas pela sua liderança na ordem Mundial, analisando mudanças nas alianças globais, nos equilíbrios de poder e nas relações comerciais e diplomáticas de maneira objectiva.
Desde a campanha de 2016, Donald Trump, demonstrou uma visão clara de priorizar os interesses americanos acima de compromissos internacionais. A doutrina “América Primeiro” marcou uma mudança em relação à tradição multilateralista, incentivando maior contribuição financeira de aliados e destacando um cepticismo em relação às instituições globais, como a ONU e a OTAN. Um marco dessa abordagem foi a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima, argumentando que este impactava negativamente a economia americana. Tal medida sublinhou a disposição da administração Trump de reavaliar compromissos globais sob a óptica dos interesses nacionais. E também a sua retirada da OMS por considerar que a Europa não esteve à altura de gerir o COVID-19.
Durante o governo Trump, as relações com aliados tradicionais passaram por ajustes significativos. Tarifas comerciais sobre produtos da União Europeia e do Canadá exemplificaram uma abordagem protecionista. Além disso, renegociações de acordos como o NAFTA, que deu lugar ao USMCA, visou beneficiar a Economia americana. No campo Diplomático, houve um aumento no uso de canais públicos, como redes sociais, para comunicar decisões. Isso introduziu um elemento de transparência directa, mas também gerou desafios na previsibilidade das relações internacionais e resultou o «fechar da torneira» financeira à CPLP, com destaque particular para o nosso País, argumentando que «os EUA não podem pactuar com Eleições Fraudulentas como aquelas que foram verificadas em Moçambique, com a Eleição às Presidenciais de Outubro último, do Canditado Daniel Chapo, em representação do Partido Político da FRELIMO»... (sic).
Acaba, assim, de um momento para o outro, num abrir e fechar de olhos, a esperança de Moçambique deixar de poder continuar a contar com “as notas verdinhas” que até aqui eram “tão apetecidas e bem-vindas” — e que deixaram de ser! — que o nosso País vinha a receber pontualmente, ao longo dos últimos anos, a título de apoio e doação financeira.
O Governo de Daniel Chapo e de seus “Metralhas” acaba de ficar, por conseguinte, a partir do dia 20 do corrente mês de Janeiro de 2025, “entre a espada e a parede”, numa situação deveras complicada (digamos assim), em termos de ajuda financeira, neste inicio de nova Governação que se iniciou em Moçambique. Eis um facto grave que vai obrigar o actual Presidente da República Daniel Chapo e do seu elenco de Ministros “fracotes e inexperientes” — políticamente falando, temos de reconhecer —acaba de sofrer e para o qual vai ser necessário urgentemente em encontrar soluções. Mas quais?!...
Ou seja: daqui para a frente Moçambique está “em maus lençóis” e não há “curandeiro à vista” que resolva esta situação aflitiva... — desabafou-nos, com genial ironia, o nosso amigo Jorge Langa. Amém!