(Daniel Chapo ainda não sabe muito bem para «onde se virar»...)
Daniel Chapo é agora o novo Presidente da República eleito, um cidadão comum? SIM, porque nasceu como qualquer outro do ventre de uma mulher e tem como qualquer outro necessidades, expectativas e objectivos. NÃO, porque assumindo um papel de relevo no seio da Governação à frente dos Destinos de Moçambique, como principal membro dos PALOP´s, quiçá, integrada na CPLP, como é o caso, tem direitos e deveres diferentes do comum dos cidadãos.
No domínio dos direitos, tem acesso fácil a Órgãos de Soberania. O mesmo se pode dizer quanto à Comunicação Social (embora na sua maioria sofrível, como se sabe! — mas que facilmente pode usar para expressar a sua voz. Cabe-lhe, também, um papel relevante em termos sociais, nomeadamente evidenciando os desequilíbrios que aí possam existir e sugerindo acções concretas de correcção. E podemos assegurar, desde já, que são muitas as medidas de correcção que vão ser precisas levar a efeito e que tem pela frente. No campo dos deveres, está obrigado a manter distanciamento e equilíbrio, mormente em termos políticos, não interferindo com a decisão dos respectivos Ministros agora empossados para os 12 diversos Ministérios. Também tem a responsabilidade de respeitar a percepção e vontade populares, facto que nunca existiu por parte dos três últimos Presidentes da República — é oportuno referir — sobre as diferentes temáticas da Vida Governativa e Societária da Nação, esperando nós que não venha a haver influências ou pressões em nenhum dos sentidos como sempre existiram nas três anteriores (des)governações em causa.
No curto discurso vazio e sem grande relevância que fez, para o cargo que iria assumir aquando da tomada de posse como Presidente da República de Moçambique, no passado dia 15 do corrente mês de Janeiro de 2025, o Presidente da República, agora eleito, de nome Daniel Chapo, desejou ardentemente que aquele momento finalmente iria trazer Paz, Liberdade e Oportunidade para o Povo Sofredor que ao longo destes últimos 50 anos — e de uma forma generalizada foram sempre uma constante —, concluiria por afirmar «que falta ainda cumprir a Fraternidade, a Harmonia e a Tranquildade que está longe de UNIR todos os moçambicanos, de Norte a Sul do País» (sic), e tudo isso agora atendendo aos resultados fraudulentos das Eleições Presidenciais que acabaram por eleger o candidato Daniel Chapo da FRELIMO de um forma surrealista, aldrabada e inaceitável, e que a verdadeira culpa, quanto a nós, está no Conselho Constitucional que devia ter a obrigação honesta de ter anulado estas Eleições fraudulentas — e que, em vez disso, acabaria por as validar — dando a Vitória ao concorrente CHAPO em deterimento do candidato Venêncio Mondlane, que concorria pelo Partido PODEMOS — com o argumento de que o Partido FRELIMO tinha reunido 72% dos Votos (imaginem!) à boca das urnas, a nível Nacional — quando a ABSTENÇÃO, como se sabe, rondaram os 60% de Votos inexistentes... a nível Nacional.
De que valem, pois, as palavras «Paz, Fraternidade, Harmonia, Tranquildade, União, Liberdade, Igualdade e Oportunidade» (sic)” — como um Farol que devemos ter presente? — eis a questão que deixamos para ser questionada. Daniel Chapo (agora “empossado”) como Presidente da República de Moçambique, acabou por expressar no seu discurso “lastimoso” os votos ao mencionar que as Comemorações dos 50 Anos da Independência do País irão ser comemoradas em Julho próximo, «e que possam ter cumprido tal desiderato da Fraternidade, Paz e União de todo o Povo Moçambicano!» (sic).
Vamos esperar para ver se “tal desiderato” se vai cumprir ou não, quando chegar a altura certa — e até lá vamos esperar calmamente pela reacção do Povo e do País (ou não!) por parte do segundo Presidente da República auto-proclamado, Venâncio Mondlane.
Panorama deveras ambíguo e complicado, qual «Caixa de Pandora» como já opinam alguns dos nossos Analistas Políticos e Jornalistas da nossa praça... “alegres e convictamente” por aí...