ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Para além de não termos registo de pelo menos um Chefe de Estado africano na Cerimónia de tomada de posse do Donald Trump, o Trump também não falou durante seu discurso de África em nenhum momento e… nós sabemos que apesar de não ser habitual nas Cerimónia de tomada posse nos Estados Unidos [EU] convidarem entidades externas, desta vez, o Donald Trump “convidou” o Presidente chinês que enviou o seu Vice-presidente, o senhor Han Zheng, também convidou o Presidente da Argentina, o senhor Javier Milei e também convidou a Primeira ministra da Itália a senhora Georgia Meloni.
Quer dizer, o Trump não “convidou” Chefes de Estado africanos e…no seu discurso não falou da África, prometeu também revogar [anular] muitos Diplomas assinados pelo Presidente Joe Biden, atenção quê nenhum deles ainda afecta o Continente africano e que isso fez-nos claramente “recuar” para o ano de 20[18] quando o Donald Tramp foi “acusado” de ter chamado a África como sendo um “amontoado de países de merda“ incluindo o Haití e El Salvador.
O Donald Trump na época foi acusado e negou as acusações, foi chamado de racista, de 'xenófobo', líderes africanos de vários países “responderam” às acusações, Organizações não-governamentais de luta contra a desigualdade racial e não só… chamaram o Donald Trump sendo “racista” e…meses depois em [11] de Janeiro quando se “comemora” o dia de Martin Luther King, o Donald Trump “promulgou” uma lei em que tornava a casa em que o líder moral Martin Luther King nasceu e todos os lugares que o pertenciam fossem “declarados” como sendo património histórico nacional.
Bom…não sei se…foi com a intenção de poder baixar “a bola” sobre as suas “declarações” em relação aos países africanos, mas o Donald Trump criou uma “controvérsia” onde alguém que chamou a África “países de merda” e depois “reconhece e curvasse” perante a grandeza do líder moral Martin Luther King como alguém que deve-se respeitar e deve-se honrar.
Desta vez, o Donald Trump claramente volta a “humilhar” líderes africanos, volta a “desprezar” a África porque na Ásia alguém foi convidado, na Europa alguém foi convidado, na América Latina alguém foi convidada e…em África ninguém foi “convidado” claramente está a colocar a África de lado. Estamos tristes, mas em geopolítica se você não “ameaça ninguém” do ponto de vista económico ou militar, se você não é um país emergente que está a formar uma tecnologia, um sector que o mundo quer 'reconhecer' como por exemplo, os Emirados Árabes Unidos são uma potência turística, e se você é um país 'dependente' ninguém vai-te respeitar.
Reitero, em geopolítica se você não “ameaça ninguém”, se você é 'dependente' e…se você não é emergente ninguém te respeita; os países africanos são totalmente ‘dependentes’ vivem “mendigando” por empréstimos na Europa e nos EU, por isso, não nos respeitam. Agora, esperemos nós que este segundo “desprezo” do Presidente Donald Trump aos líderes africanos possa servir como sendo um “energético” ou como sendo uma 'provocação positiva': “desprezaram-me para que eu me possa rever e voltar amanhã forte.”
Repare, porquê muitas vezes fecham-nos às portas, 'desprezam-nos', desrespeitam-nos e 'abusam-nos' para que nós nos demos tempo de nos revermos e voltarmos grandes, fazermos com que o Trump possa “engolir” as palavras que falou para nós quando nos chamou de shit hall countrie, ou seja, “países de merda”.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [24] de Janeiro, 20[25]