(Ussene Hilário: o Ministro da Saúde que se segue)
Hélio Taborda
A esperança é a última a morrer e o recente Presidente da República de Moçambique Eleito, que assumiu há pouco mais de duas semanas, de forma fraudulenta e surrealista o “poleiro” da Governação do nosso País, acabou de decidir, sem perca de tempo, acelarar as nomeações dos “seus” Ministros e outras entidades para os cargos correspondente e de acordo com as suas áreas profissionais — que são escolhidos por ele, Daniel Chapo, como sabemos.
E de acordo com o conhecido Jornalista e Comentador Político Fernando Lima, «(...) estes senhores vão passar entre “os pingos da chuva” porque são imaturos e nenhum deles tem experiência política e nem sequer são conhecidos da maioria do Povo... (sic)»
Pensamos por isso mesmo que uma boa parte destes senhores deve ter os dias contados nas funções para as quais acabam de ser nomeados, a começar pelo Ministro da Saúde, Ussene Hilário, que conhecemos de “gingeira” há 30 anos. Trata-se de um “figurante” pobre de Cultura, nos mais variados aspectos, a começar por não ter hábitos de leitura, não possuir uma conversação equilibrada no domínio das relações pessoais (para não dizer “vazia”), mas que adora a boa vida, o cheiro do dinheiro e que é conhecido como sendo um «rabo de saia» por excelência — que o digam os seus cinco irmãos...
Em termos profissionais diremos que não é nenhuma referência por aí além, que possamos destacar como Médico, apesar de ter assumido dois ou três cargos ao longo dos últimos 20 anos da sua vida activa e profissional. Aqui chegados, ao que sabemos, ainda não foram anunciadas nenhumas medidas para melhorar a eficiência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e consequentemente o acesso dos Utentes aos respectivos serviços —, facto que ainda não foi sequer anunciado (repetimos) e que ninguém sabe quando é que eventualmente essas medidas irão entrar em vigor — quando na verdade já deviam ter sido anunciadas e entrado em vigor.
Contudo, não obstante todas estas razões, a verdade é que o “nosso” Ministro da Saúde já veio dizer publicamente que a Classe Médica não respeita minimamente o Juramento que fez após terem concluído os seus cursos. «O que é inaceitável» — segundo a sua opinião — «pois a Classe Médica não deve estar em greve por razões do Estado não ter pago ainda o 13ª Mês e as Horas Extras referente a 2024. Isto não é uma atitude de um Médico responsável. Estamos a tratar do assunto e esta questão será regularizada atempadamente...» (sic) — consideraria o “nosso” Ministro à TV-Sucesso, a concluir.
Por outro lado, Ussene Hilário esquece que o Sector da Saúde para o qual acaba de ser nomeado sempre sofreu de graves carências no capítulo das urgências obstétricas e outras, de mau atendimento público não apenas pela maioria dos Enfermeiros (mas também por alguns Médicos), além de que há conhecimento público de casos que obrigou grávidas a percorrerem centenas de quilómetros para poderem ser atendidas no Hospital Central de Maputo ou mesmo em outras unidades hospitalares do País.
Se casos houve em que não era grave, muitos houve também em que as pobres mulheres em trabalho de parto acabaram por dar à luz nas suas próprias casas com os familiares a fazerem a vez de parteiras, pois médicos obstetras ou enfermeiras habilitadas que as pudessem ajudar não estavam presente... E, como sempre, chegou o Verão depois do Inverno ter terminado e a forte afluência às urgências provocada pelas gripes e infecções respiratórias — o que não é novidade para ninguém, porque todos os anos esta tendência se repete, a verdade é que deveria ter levado já o Senhor Ministro da Saúde a delinear com antecedência um plano de gestão competente, o que ainda não veio a acontecer e os moçambicanos que se viram doentes, a precisar de cuidados médicos não tiveram “outra solução” senão de esperar horas a fio até que fossem atendidos em serviços de urgência hospitalares.
E não falamos apenas das diversas pulseiras prioritárias (se é que elas existem nos Hospitais em Moçambique!) e que são habitualmente atribuídas a pacientes em função das situações urgentes (ou não). Mas falamos também, e infelizmente, dos utentes considerados graves que tiveram (ou têm) de esperar muito mais do que aquilo que define a Triagem de Manchester. Será que o Dr. Ussene Hilário — recentemente nomeado por Daniel Chapo — sabe o que significa esta Triagem...?
Durante quase 20 anos de mandato, dos (des)governos frelimistas liderados sobretudo por Armando Guebuza e Filipe Nyuse e os “seus” respectivos Ministros da Saúde à época, a verdade é que não foram capaz de, sequer, resolverem os problemas mais urgentes do SNS, e esperamos que agora no Mandato de CHAPO «esta mesma linha de incompetência» não seja seguida pelos seus dois antecessores que, de resto, o Partido «chuxa-lista» nos habituou desde 1975...
Posto isto, é caso para perguntar: será que agora, ao fim de 50 anos, o recente Ministro da Saúde empossado, Ussene Hilário, irá conseguir por ordem finalmente no SNS? Resta-nos aguardar para ver e desejar-lhe, entretanto, a melhor SORTE para as suas novas funções para as quais acaba de ser eleito...