ten-Coronel Manuel Bernardo Gondola
Qual é a vantagem de ter vida intelectual em Moçambique.
Olha, a priori eu diria para você, nenhuma! Não tem vantagem nenhuma de ter vida intelectual em nenhum lugar do mundo. Intelectuais normalmente não são pessoas que “ganham muito dinheiro”, não são necessariamente 'ricos' é claro têm países em que os intelectuais “são + valorizados” especialmente na Inglaterra, na França…nos Estados Unidos nem tanto, Israel, em Israel os intelectuais “são muito valorizados”, logo tem uma vantagem simbólica de 'status'.
Em Moçambique, 'tem muito pouca vantagem', contudo nos últimos tempos você tem alguns intelectuais entre ele [s]; N’goenha, Castiano, Ferrão, Luís Cipriano, António Cipriano, do Rosário, Blaunde, Narciso Matos, Luluva, Patrício, Tomo, Rupia, Bernardino, Mazula, Ba ka Khosa, Rosa, Stela …que até que se 'deram muito bem na vida profissional' ser intelectual, com certeza, significa quê teve alguma vantagem, um investimento, agora isso “não garante” que vai permanecer para nova geração de intelectuais.
Por exemplo, nos anos [50], [60] e [70] na França os intelectuais “se deram muito bem”, na época eram famosos publicavam muitos livros, 'influenciaram praticamente' o mundo inteiro no ponto de vista intelectual e estavam na mídia] a França talvez seja o país do mundo que nesse sentido vale + apena ou tem muita vantagem ser intelectual.
Mas, normalmente uma pessoa “que se dedica” a vida intelectual faz por gosto, “por tesão”, por prazer, ela não está a priori “pensando em vantagem”, porque se ela estivesse “pensando em vantagem” assim no sentido + corriqueiro ele, ia sei lá, trabalhar no mercado financeiro onde tem 'gente fina' que ganha muito dinheiro até aos [30] anos de idade.
Quer dizer, tem sempre uma vantagem na vida intelectual se você fizer um 'trabalho direitinho', você vai sempre entender as coisas um pouco melhor do que os outros.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [12] de Janeiro 20[25]