ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
“Tive uma conversa muito produtiva com o Secretário de Estado norte-americano o senhor Rúbio na intenção de encontrarmos um cessar-fogo no Leste da República Democrática do Gongo e também na intenção de encontrarmos as causas principais do conflito para todos e tendo como importância de estreitarmos as nossas relações bilaterais baseadas no respeito e no interesse das nossas nações. Eu prometi trabalhar com a Administração Trump para promover a prosperidade e segurança das populações de nossos países que merecem” (Paul Kagamé).
Depois de muito tempo de silêncio por fim o Presidente Paul Kagamé falou, mas…mais uma vez ele não disse que está a “patrocinar” o M23, acho que ele vai continuar em 'psiu' até a última data, mas…também disse que está “disposto” a trabalhar para paz, para segurança e para a prosperidade das duas nações.
Agora, eu acho que o fim deste conflito vai depender de três vias fundamentais.
- Primeira via; era importante 'identificar' quem realmente está a “patrocinar” esses grupos armados, de um lado, tens vários grupos armados grupos armados no Congo a recebem claramente financiamento do Governo congolês, um Governo portanto pertence a um país, é autónomo, têm relações bilaterais pode comprar e vender armamento para sua própria defesa. Assim como, o M23 em Gomá tem um espaço de exploração de diamantes, ouro e cobalto, portanto eles tem dinheiro e…era necessário ‘sancionar’ quem os vende armamento e alimentação. Quem é, não se sabe, mas… “apontasse” o Ruanda e claramente se se 'identificar' efectivamente que o Ruanda está a “patrociná-los” era ‘sancionar’ a compra de armamento e comida do Ruanda para M23, porque 'sancionar' esse[s] país[es] de compra de armamento e comida “vai enfraquecer” e claramente vai levá-los à mesa de negociações.
- Segunda via; a União Africana [UA] podia também 'exigir' a retirada de qualquer tipo de apoio aos dois países; Congo e Ruanda, porque Ruanda e Congo não produzem armamento, logo sem apoio os dois países não terão + força de poder continuar lutar; poderão lutar durante um ou dois anos, mas depois ficam completamente “desgastados” porque não produzem armamento. Quer dizer, aqui o papel da UA seria fundamentalmente 'exigir' que se pudesse retirar apoio bélico aos dois países, depois claro os dois países ‘poderiam negociar' por meio de uma Organização internacional ou um Estado sem ser um apoio logístico e militar como está acontecer com África do Sul que já está “enviar” apoio logístico e militar ao Congo-Záire.
Portanto, eu penso que há vias para se chegar a um possível acordo no Congo e… também era importante que o Ruanda pudesse dar uma “declaração fiel” sobre o seu papel nesse conflito, porquê se estamos a ver soldados ruandeses em Kivu não é possível o Presidente Kagamé, hoje não dizer qual tem sido o papel das suas forças no Congo, mas… o mesmo não “assume” o seu papel nesse conflito e…não sei com quem o Presidente Kagamé vai conversar, uma vez que, está claro o seu “bife” com o Presidente Tshisekedí.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [01] de Fevereiro, 20[25]