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23/11/2020

ECMNÉSIA HISTÓRICA COLONIAL AUTÓPSIA À HISTÓRIA DA DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA por Carlos Mário Alexandrino da Silva

Inciamos aqui a publicação de uma série de textos que era nossa intenção constituirem capítulos ou mesmo subcapítulos de um livro em projecto que desejariamos subordinar ao título de capa AUTÓPSIA À HISTÓRIA DA DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA.
Sem dúvida que uma obra desta natureza, apoiada em documentos oficiais e apontamentos particulares e na nossa vivência dos problemas ao longo dos anos em que trabalhámos em vários territórios do espaço pluricontinental e insular português do passado por muitos insistentemente denominado de "império colonial português", por vezes tem de abordar ou aflorar, de maneira melindrosa, nalguns aspectos que ferem personalidades que erraram no cumprimento de suas missões ou dando protecionismo a grandes interesses políticos ou econômicos e bem assim, problemas relacionados com "portugalidade", "angolanismo", acção psicológica e guerra psicológica, corrupção de suportes dos orgãos administrativos e do poder, comportamentos sociopatologicos de entidades civis e militares e comportamentos honrosos, omissões históricas, "subversão", nacionalismos e guerras secretas ou cuja existência não figura na história de Portugal nem na de outros países lusófonos, etc., etc. Trata-se de arejar e pôr à mostra, da maneira menos contundente possível, para pessoas em foco (de que procuraremos utilizar siglas ou não usar os verdadeiros nomes, preferindo-lhes o relato factual...), episodios e duras verdades que contribuirão para fazer uma aturada pesquisa histórica de molde a permitir que algum dia se reescrevam com a indispensável veracidade, capítulos da nossa história (e não só da nossa) que estão intencionalmente distorcidos ou desvirtuados ou ainda omissos em areas essenciais à avaliação do passado colonial lusitano. Não seremos, nem patriota nem patrioteiro; apenas verdadeiro, tanto quanto a nossa memória e os elementois documentais ao nosso alcance, o permitirem.

Leia aqui sobre a descolonização, sobre o Congo e outros temas:

http://www.portugal-linha.pt/opiniao/CAlexandrino/cronicas.html

CARLOS MÁRIO ALEXANDRINO DA SILVA visto por Pedro Marangoni no seu livro OPÇÃO PELA ESPADA:

Ao meu amigo e último dos aventureiros heróis portugueses, Carlos Mário Alexandrino da Silva
Nascido em Luanda, Angola, aos 30 de Julho de 1925, filho de um Coronel Médico goês (Goa, província portuguesa na índia), serviu como oficial em Lisboa no Regimento de Infantaria n° l, deslocando-se em 1951 para Moçambique para comandar tropas africanas que, em Julho de 1952 estariam já no Extremo Oriente, enfrentando a China nos combates que ficariam conhecidos como das Portas do Cerco. Permaneceu em Macau até 1959, quando foi forçado a abandonar as fileiras devido ao seu envolvimento com uma refugiada russa, mãe de seu primeiro filho. Regressando a Portugal, formou-se em Ciências Sociais e Políticas sendo convidado para atuar no Conselho de Orientação da Acção Psicológica em Angola, já em plena guerra. Foi Deputado na Assembleia Legislativa do Estado de Angola, jornalista, piloto, exercendo vários cargos importantes na administração daquela província africana, sempre corajoso e polémico, o que lhe granjeou amigos e muitos inimigos. Injustiçado após a Revolução dos Cravos em 1975, deportou-se para o Brasil para recomeçar a vida, tendo sido mestre no ensino superior até 1995, quando completou 70 anos. Continuou sua luta destemida contra a hipocrisia política portuguesa e mundial compensando a crescente debilidade física com a agilidade da Internet, que o mantinha ligado ao mundo até altas horas.
Lutou e foi atuante como Cidadão do Mundo até o dia 22 de Janeiro de 2002, quando faleceu em Lorena, SP., aos 76 anos, plenamente vividos como os capitães portugueses de outrora, heróis das descobertas e conquistas...

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Posted on 23/11/2020 at 20:08 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)

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18/11/2020

Pedido de ajuda em segurança da RDC a Angola com leituras diferentes em Luanda e Cabinda

Presidente da República Popular do Congo pediu ajuda ao seu homólogo angolano para reforçar forças de defesa e segurança

O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, esteve em Luanda no início desta semana e pediu o apoio do Governo de Angola para reforçar as suas forças de defesa e segurança.

Embora Tshisekedi tenha dito que ficou “muito feliz, muito satisfeito” porque as suas propostas foram acolhidas por João Lourenço, que ainda não se pronunciou, em Luanda, há quem veja com bons olhos o reforço da segurança no país vizinho, enquanto activistas por Cabinda alegam repressão à sua luta.

A RDC vive um clima de instabilidade política e social profunda, causada pelo desentendimento entre a coligação governamental, formada pelo CACH, do Presidente Tshisekedi, e a FCC, liderada pelo antigo Chefe de Estado, Joseph Kabila Kabange.

Para o director do Observatório Político e Social (OPSA), Sérgio Calundungo, “a cooperação entre países vizinhos é sempre positiva ”e sublinha que a capacitação das forças congolesas resulta também na melhor segurança na região e particularmente para Angola”.

Calandungo lembra que Angola tem uma grande costa e muitos produtos que poderiam estar a aumentar o volume de negócios entre os dois países, ao mesmo tempo que a instabilidade no país vizinho não é boa para a região.

Entretanto, o activista Alexandre Nsitu Kuanda, responsável da Associação Cultural e de Desenvolvimento e dos Direitos Humanos de Cabinda, considera que o pedido do Presidente congolês visa “sufocar e reprimir” as sensibilidades que a partir da RDC desenvolvem acções para a autodeterminação da região, através do diálogo.

No encontro com João Lourenço, o Presidenteda RDC enalteceu as “excelentes” relações de cooperação entre os dois países.

VOA - 18.11.2020

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Posted on 18/11/2020 at 20:27 in Angola - Cabinda, África - SADC | Permalink | Comments (0)

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14/11/2020

"A Guerra de Libertação de Angola" por Al J. Venter

AGuerradeLibertacaoAngola«O testemunho revelador de um jornalista estrangeiro que acompanhou as operações portuguesas durante o conflito em Angola».
Al J. Venter é um jornalista de guerra sul-africano, documentarista e autor de mais de quarenta livros que também atuou como correspondente na África e no Oriente Médio para a Jane's International Defense Review.
Para visualização do conteúdo clique no URL que se segue:
http://ultramar.terraweb.biz/06livros_AlJVenter_A_Guerra...
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Posted on 14/11/2020 at 22:22 in Angola - Cabinda, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)

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13/11/2020

ANGOLA - A verdade de 1975(video)

Uma outro olhar sobre os factos do processo da independência de Angola

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Posted on 13/11/2020 at 00:07 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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11/11/2020

Polícia impede manifestação em Luanda, com confrontos e gás lacrimogéneo

Confrontos entre a polícia angolana e jovens que se querem manifestar estão a assinalar hoje o dia da independência do país, em alguns locais de Luanda, segundo várias fontes.

A polícia angolana está a impedir a concentração de alguns manifestantes na zona do cemitério de Santa Ana, em Luanda, e em vários bairros grupos de jovens que tentam forçar passagem são afastados com gás lacrimogéneo, constatou a Lusa no local.

Na zona, vários grupos de jovens tentam forçar a passagem, desafiando a polícia com cânticos e pedidos de não violência, e, na estada de Catete, há cerca de meia hora, começaram a concentrar-se outros manifestadas que foram dispersados para o interior dos bairros.

Entre os feridos encontra-se o jovem ativista Nito Alves, um dos integrantes do grupo de jovens revolucionários conhecido por 15+2, detidos e julgados em 2017, de acordo com imagens divulgadas nas redes sociais.

Relatos de ativistas indicam a detenção de vários manifestantes.

Em declarações à Lusa, o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, não confirmou a existência de detidos, remetendo para mais tarde um pronunciamento das autoridades, ressaltando que estão em curso atos de intimidação, vandalismo, desordem, queima de pneus, que "a polícia está a tentar conter".

"Há um desrespeito total até da própria data da independência e do decreto Presidencial, mas vai haver um pronunciamento oficial mais lá para frente", referiu.

Nestor Goubel frisou que o uso de gás lacrimogéneo é um meio de dispersão da polícia, reiterando que os manifestantes estão a fazer apedrejamentos, provocando confrontos com a as autoridades e gritando insultos, "que a polícia tem sabido de forma pedagógica conter".

Angola assinala hoje 45 anos da independência do país, um feriado em que está prevista a realização de uma manifestação, organizada por um grupo de jovens ativistas, com o objetivo de exigir melhores condições de vida e que seja apontada uma data para as primeiras eleições autárquicas.

O Governo da Província de Luanda proibiu a realização desta manifestação, invocando diversos motivos, um dos quais o não cumprimento do Decreto Presidencial sobre o estado de calamidade pública, que impede ajuntamentos de mais de cinco pessoas nas ruas, como medida de prevenção e combate à propagação da covid-19.

LUSA – 11.11.2020

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Posted on 11/11/2020 at 12:29 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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09/11/2020

Independentistas de Cabinda denunciam morte de sete refugiados por tropas angolanas

A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda-Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) denunciou hoje a morte de sete refugiados cabindenses, no domingo, durante um ataque das Forças Armadas Angolanas (FAA) numa aldeia congolesa fronteiriça.

Segundo um comunicado, a incursão dos militares angolanos na aldeia de Yema di Yanga, na fronteira de Mbaka-Khosi aconteceu perto das 22:00 e resultou na morte de duas mulheres, uma das quais grávida de oito meses e cinco homens, que estavam desarmadas.

"As autoridades angolanas consideram todos os refugiados cabindenses como soldados da FAC.

A FLEC-FAC denuncia um crime de guerra, um ato de terror bárbaro do regime angolano, e condena veementemente a perseguição e violência opressora cometida contra refugiados" na República Democrática do Congo, acrescenta-se no documento, assinado pelo secretário-geral, Jacinto António Télica.

LUSA – 09.11.2020

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Posted on 09/11/2020 at 13:03 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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02/11/2020

Jornal O PAÍS(Angola) de 02.11.2020

Opais_02.11.2020_angolaLeia aqui

Download Opais_02.11.2020_angola

PS: Recomendo a leitura da artigo intitulado "Foi o Governo português que decidiu entregar o poder ao MPLA ”

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Posted on 02/11/2020 at 18:30 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Informação - Imprensa, Portugal | Permalink | Comments (0)

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14/10/2020

Movimento que quer autonomia do leste de Angola desafia PR a falar sobre reivindicação

O Movimento do Protetorado Português da Lunda Tchokwe (MPPLT), que reclama autonomia do leste de Angola, desafia o Presidente angolano a abordar, no seu discurso sobre o Estado da Nação, a "luta pacífica de reivindicação da autonomia" da região.

O Presidente angolano, João Lourenço, fala nesta quinta-feira sobre o Estado da Nação marcando a abertura do ano parlamentar 2020-2021.

Em comunicado de imprensa enviado à Lusa, o MPPLT refere que a autonomia daquela região, que compreende as províncias do Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, "é um direito histórico divino e legítimo do povo tchokwe que o Presidente não deveria ignorar na sua alocução".

O MPPLT, que reafirma ser um protetorado e não uma ex-colónia portuguesa, recorda que uma das promessas do PR angolano foi de "dar ouvido a todas as sensibilidades", mas o que se assiste, sublinha, "são portas fechadas em torno de si".

"Inviabilizando o debate sobre a questão, não há espaço para o diálogo e concertação no momento em que a reivindicação é ainda pacífica", ao longo dos 14 anos de existência do movimento, lê-se no comunicado.

Para este movimento que defende a autonomia do leste de Angola, chegou a hora de o Presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder deste 1975) e de Angola dizerem ao mundo e aos angolanos a verdade histórica do território Lunda.

"Chegou a hora da verdade em que o Presidente (João Lourenço) deve falar ao povo (...) se não resolvermos, não dialogarmos com a Lunda, estamos a abrir uma brecha de um conflito pacífico para o violento", afirma.

A Assembleia Nacional, parlamento angolano, é "o palco onde o Presidente ao discursar sobre a problemática da paz e da segurança ou da estabilidade política não deveria esquecer a questão da Lunda".

Segundo o MPPLT, é necessário que o Presidente angolano fale publicamente sobre a questão da Lunda Tchokwe e proponha caminhos para a solução desta controvérsia.

"Estamos preparados para dialogar com o Governo do MPLA a qualquer momento", asseguram.

Na parte final do comunicado, o movimento considera ainda que João Lourenço "não deveria ignorar por muito tempo o diálogo a manter a atual situação".

Porque, observa, o povo Lunda Tchokwe "ver-se-á obrigado e forçado" a "anunciar e proclamar unilateralmente" o "Governo Independente da Lunda Tchokwe, criadas que estão as condições humanas, psicológicas e materiais para o efeito".

As províncias da Lunda Sul e Lunda Norte, ambas do leste angolano, são as maiores produtoras de diamantes.

No sábado, o Presidente da República desloca-se à província da Lunda Sul para uma visita de trabalho.

Na sua página de Facebook, o MPPLT afirma que João Lourenço vai reunir com os Sobas (autoridades tradicionais) da Lunda Tchokwe "para os pressionar a desistir da ideia de um Estado Autónomo um direito legítimo".

Além do MPPLT, as Forças de Libertação do Enclave de Cabinda -- Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), norte de Angola, reclamam autonomia daquela região, separada fisicamente do território e abundante em petróleo.

LUSA – 14.10.2020

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Posted on 14/10/2020 at 12:58 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)

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07/10/2020

Palancas negras gigantes ainda em risco no Parque Nacional de Cangandala

O santuário da palanca negra gigante no Parque Nacional de Cangandala em Malanje continua ameaçado por caçadores furtivos que invadem sistematicamente Palanca_Negra reserva.

Durante o mês de setembro os fiscais interceptaram quatro grupos de caçadores ilegais, confirmou o administrador Victor Manuel Paca.

Paca disse estimar em 15 ou 16 o número de animais abatidos por esses caçadores.

Um caçador furtivo de 37 anos foi detido numa operação realizada nos últimos dias por agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e da Polícia Nacional nos últimos dias, enquanto outro comparsa está foragido, assegurou o porta-voz do SIC em Malanje, superintendente Lindo Ngola.

Em Abril do ano passado (2019), o então secretário de Estado do Ambiente, Joaquim Manuel, anunciou que efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional (PN) estavam mobilizados para reforçar o número reduzido de fiscais para a protecção dos parques nacionais e reservas naturais e integrais, mas issonão aconteceu até ao momento.

Cerca de duas dezenas fiscais vigiam nesta altura parte dos 4.400 hectares do Parque Nacional de Cangandala, número ínfimo para fazer face as agressões de indivíduos estranhos.

 “Cinquenta fiscais seria o ideal para cumprir a extensão que temos, temos um número reduzido mas é com eles que temos feito este trabalho”, disse o adminsitrador do parqueque afirku que no combate pela preservação do mesmo“temos feito a educação ambiental, temos tido contacto com os sobas,que nos têm ajudado nas suas comunidades”.

Paca disse que muitos dos caçadores ilegais são reincidentes

Um pouco mais de 200 exemplares da palanca negra gigante existem naquele parque e na Reserva Natural e Integral do Luando, onde as queimadas constituem outro perigo nesta altura do ano.

LUSA – 07.10.2020

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Posted on 07/10/2020 at 21:48 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Angola - Cabinda, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)

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FLEC-FAC acolhe apelo da ONU e decreta "cessar-fogo imediato" no enclave angolano de Cabinda

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda -- Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) decretou "um cessar-fogo em todo o território" do enclave no norte de Angola, respondendo "positivamente" a um apelo do secretário-geral das Nações Unidas neste sentido.

A direção política do movimento independentista de Cabinda anuncia num comunicado datado de hoje que "acolheu positivamente o apelo de um cessar-fogo mundial, lançado em 02 de outubro de 2020 pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, a fim de permitir um combate eficaz contra um inimigo mundial comum, a pandemia da covid-19".

"Em resposta" ao apelo do secretário-geral da ONU, a FLEC-FAC anuncia que decreta, "pela segunda vez", a "aplicação de um cessar-fogo em todo o território de Cabinda, reservando o direito da legítima defesa sempre que for alvo de ataques, ou a população de Cabinda, pelas Forças Armadas Angolanas (FAA)".

O movimento diz ainda que espera "obter um reconhecimento público do secretário-geral da ONU do esforço e boa vontade sempre demonstrada pela FLEC-FAC" e "solicita" a António Guterres o reforço da sua mensagem junto da presidência e Governo angolanos, por forma a que as forças armadas angolanas "cumpram efetivamente o cessar-fogo em Cabinda".

O movimento diz-se disposto a cooperar com "todas as iniciativas sérias que criem os pilares para a paz em Cabinda" e, neste sentido, reforça junto do secretário-geral da ONU a sua "disponibilidade total para dialogar com a presidência e Governo angolanos na busca de uma resolução definitiva do conflito em Cabinda".

"A direção político militar da FLEC-FAC declara que o cessar-fogo tem efeito imediato em todo território de Cabinda, e ordena a todos os seus militares que mantenham uma posição apenas defensiva", conclui o comunicado.

A província angolana de Cabinda, onde se concentram a maior parte das reservas petrolíferas do país, não é contígua ao restante território e, desde há muitos anos que líderes locais defendem a independência, alegando uma história colonial autónoma de Luanda.

A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência daquela província, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

Cabinda é delimitada a norte pela República do Congo, a leste e a sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico.

LUSA – 07.10.2020

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Posted on 07/10/2020 at 11:54 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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01/10/2020

Entradas e saídas de Luanda exigem guia de trânsito a partir de sexta-feira

A entrada e saída por via terrestre da província de Luanda, que está sob cerca sanitária devido à covid-19, passa a estar dependente da emissão de uma guia de trânsito a partir de sexta-feira, anunciou hoje fonte oficial.

Segundo um comunicado da Comissão Multissetorial para Prevenção e Combate à Covid-19, os cidadãos que pretendem entrar ou sair da província deverão fazer a solicitação através do site www.cdircovid19.go.ao, preenchendo um formulário e anexando cópia do documento de identificação, do resultado negativo do teste à covid-19 e demais documentos que fundamentam o pedido.

Caso a viagem seja autorizada, será enviada a guia de trânsito por correio eletrónico, caso contrário serão indicadas as razões da não autorização.

A solicitação terá tratamento “célere”, refere-se na plataforma, sem precisar qual o período de tempo para analisar o pedido.

Os documentos terão de ser apresentados nos postos de controlo nas zonas limítrofes provinciais ou noutras ações de fiscalização.

A guia de trânsito é válida durante sete dias a contar da data da sua emissão.

As situações autorizadas para entrada e saída das zonas sob cerca sanitária provincial ou municipal são: entradas e saídas de bens e serviços, deslocações por motivos profissionais, ajudas humanitárias, entradas e saídas de doentes e trasladação de cadáveres, exceto se a causa de morte for a covid-19.​​​​​​​

Angola regista 183 mortos e 4.972 casos da doença.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

AFRICA21 – 01.10.2020

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Posted on 01/10/2020 at 21:07 in Angola - Cabinda, Saúde | Permalink | Comments (0)

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30/09/2020

Autoridades angolanas alertadas para derrube de imbondeiros no Cacuaco

ImbondeiroAs autoridades ambientais angolanas vão tentar impedir o abate indiscriminado de imbondeiros,  árvores seculares de grande porte, na zona do Sequele, município de Cacuaco, província de Luanda, onde foram já derrubadas 1.800 árvores.

A informação foi hoje avançada, em conferência de imprensa, pela diretora do Instituto da Biodiversidade e Conservação Ambiental (INBAC), Albertina Nzunzi.

A responsável deste órgão afeto ao Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente referiu que as autoridades tomaram conhecimento deste facto através de uma denúncia nas redes sociais esta semana, tendo-se deslocado ao terreno uma equipa multissetorial para apurar a sua veracidade.

Albertina Nzunzi disse que os resultados do trabalho revelaram que a área afetada é extensa, tendo já sido derrubados 1.800 imbondeiros, árvore secular e símbolo nacional.

Segundo a diretora do INBAC, os imbondeiros estão a ser derrubados para ocupação ilegal de terrenos e construção de moradias naquela área, onde são contratadas pessoas, a um preço que varia entre os 25.000 kwanzas e 30.000 kwanzas (34 e 41 euros), para o corte das árvores.

De acordo com Albertina Nzunzi, as pessoas estão conscientes do crime ambiental que estão a cometer, mas disseram que “é mais importante ter moradias do que ter um imbondeiro de pé”.

“Estamos perante um crime ambiental muito grave e que requer a intervenção dos órgãos de defesa e segurança do Estado”, disse, frisando que devem ser tomadas medidas urgentes para se salvaguardar as árvores que ainda existem.

O fenómeno de abate de imbondeiros, prosseguiu a responsável, não é novo.

Em algumas áreas, a caminho da província do Bengo, no município do Nzeto, província do Zaire, há cerca de dois anos foram identificadas zonas concedidas pelas autoridades para construção em que se retira a areia à volta da árvore que acaba naturalmente por cair.

A responsável sublinhou que já houve intervenção do INBAC no sentido de ser reposta a terra à volta dos imbondeiros ou que seja cedido um outro espaço.

O imbondeiro está entre as árvores mais antigas do planeta, com idades entre os 1.100 e os 2.500 anos.

AFRICA21 – 30.09.2020

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14/08/2020

Angola. Filho de José Eduardo dos Santos condenado a cinco anos de prisão no caso “500 milhões”

Quatro arguidos, entre os quais Zenu, ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, foram condenados a penas de prisão entre cinco e oito anos por crimes de burla e defraudação, peculato e tráfico de influências

O filho do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, José Filomeno 'Zenu' dos Santos, foi condenado esta sexta-feira a cinco anos de prisão, no caso "500 milhões".

O acórdão do caso "500 milhões", que envolvia igualmente Valter Filipe, antigo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), e António Bule Manuel, também administrador do BNA, era esperado esta sexta-feira. O Tribunal Supremo de Angola condenou os quatro arguidos, entre os quais 'Zenu', ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, a penas de prisão entre cinco e oito anos por crimes de burla e defraudação, peculato e tráfico de influências.

Precedendo a leitura do acórdão, terão sido dadas em Luanda as respostas a mais de 100 quesitos apresentados na última sessão do julgamento relativa a uma alegada transferência de 500 milhões de dólares (cerca de 426 milhões de euros), que se realizou em 9 de julho.

O caso remonta a 2017 e o julgamento teve início em 9 de dezembro de 2019. Envolvia Jorge Gaudens Pontes Sebastião, acusado de tráfico de influência, branqueamento de capitais e burla por defraudação, o empresário que apresentou a 'Zenu' uma proposta de financiamento para a criação de um fundo estratégico de investimento no valor de 30 mil milhões de euros, que este encaminhou para o Executivo angolano.

O negócio envolvia como "condição precedente", de acordo com um comunicado do Executivo emitido em abril de 2018, que anunciava a recuperação dos 500 milhões de dólares, a capitalização de 1,5 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) por Angola, acrescido de um pagamento de 33 milhões de euros para a montagem das estruturas de financiamento, lembra a Deutsche Welle.

"TUDO NO INTERESSE PÚBLICO"

Pouco depois, foram assinados dois contratos entre o BNA e a Mais Financial Services, empresa detida por Jorge Gaudens Pontes Sebastião, amigo de longa data do coarguido José Filomeno dos Santos, para a montagem da operação de financiamento. Em agosto de 2017, foram transferidos 500 milhões de dólares para a conta da PerfectBit, "contratada pelos promotores da operação", para fins de custódia dos fundos a estruturar.

O antigo chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, testemunhou, em carta dirigida ao tribunal em 18 de fevereiro último, que orientou Valter Filipe a conduzir o processo e transferir os referidos montantes "tudo no interesse público",.

LUSA – 14.08.2020

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28/07/2020

"A guerra em Cabinda ainda não acabou". Entrevista ao deputado Raúl Tati da UNITA

Raúl Tati, deputado independente pela UNITA, pede ao Estado angolano para explicar melhor as movimentações militares em Cabinda. Nesta terça-feira, as FAC anunciaram novos confrontos com o Exército.

Nos últimos tempos, e acreditando nos comunicados da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) e do seu braço armado, as Forças Armadas Cabindesas (FAC), a situação em Cabinda tem-se tornado mais tensa, com a ocorrência de sucessivos confrontos militares.

Ainda esta terça-feira as FAC emitiram um documento denominado "Comunicado de Guerra", em que afirmam ter atacado uma unidade das Forças Armadas de Angola (FAA) que se preparava para surpreender uma posição de combatentes das FAC na região de Massabi.

Segundo o mesmo comunicado, as forças cabindesas terão perdido dois combatentes, enquanto oito soldados angolanos teriam sido mortos e três feridos. As FAC ter-se-iam ainda apoderado de armas automáticas, lançadores de mísseis e várias munições.

Em entrevista à DW África, Raúl Tati, deputado independente pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), círculo eleitoral de Cabinda, afirma que as autoridades devem explicar o que se passa na região.

DW África: Será que se pode, de facto, falar de confrontos militares em território de Cabinda?

Raúl Tati (RT): A guerra em Cabinda ainda não acabou e isso o Governo de Angola sabe muito bem. Há sinais bem visíveis em Cabinda, como o reforço de contingentes militares em Cabinda, sobretudo nas áreas do interior, onde há patrulhamentos constantes. Mesmo na estrada encontramos militares bem armados a fazerem patrulhas em grupos. E sabemos que há operações fora até das nossas fronteiras, como já foi denunciado pelo Governo da República Democrática do Congo. Então, se há incursões militares das Forças Armadas Angolanas fora das nossas fronteiras, a pergunta é o que vão lá fazer? Não acredito que, neste tempo da pandemia da Covid-19, queiram fazer turismo nesses países limítrofes.

DW África: As guerras sempre foram também guerras de propaganda. A FLEC-FAC emite comunicados, exibe nas redes sociais imagens dos seus combatentes. E as fontes oficiais de Angola, por seu lado, sustentam que se trata apenas de uma fabricação...

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26/07/2020

Cenário da Ilha de Moçambique na obra “Os Vivos e os Outros”

OSVIVOSEOSOUTROS_AGUALUSA_CAPA*Romance de Agualusa tem inspirações bíblicas, revela escritor angolano Agualusa

O escritor angolano José Eduardo Agualu­sa escolheu a Ilha de Moçambique, na provín­cia de Nampula, a primeira capital de Moçam­bique, como cenário do seu novo romance “Os Vivos e os Outros”, que, segundo reve­lou à agência Lusa, tem como impulso central a primeira frase da Bíblia, “No princípio era o verbo”.

A Lusa assinala que Agualusa regressa aos títulos com história sobre o fim do mun­do, tendo afirmado que o que fez foi “levar essa frase a sério” e “imaginar um fim do mundo, e a possibilidade do seu recomeço através da palavra”.

“É a palavra quem cria a realidade. Quem inventa uma história, inventa um mundo. Não existe verdadeira ficção, na medida em que toda a ficção impõe uma realidade”, afirmou o escritor.

Neste novo título, José Eduardo Agualusa recupera a sua personagem Daniel Benchi­mol, que surgiu pela primeira vez em “Teoria Geral do Esquecimento” e voltou em “A So­ciedade dos Sonhadores Involuntários”, enquanto narrador.

Este livro termina com Daniel, ao lado da sua companheira, Moira, a instalar-se na Ilha de Moçambique, precisamente o cenário des­te novo romance, onde decorre um encontro de escritores.

“Neste romance, Daniel reaparece na ilha, com Moira grávida de nove meses. Gosto do personagem, mas creio que não voltará a aparecer em mais nenhum outro romance. Quem ler o livro até ao fim perce­berá porquê”, disse à Lusa.

Referindo-se à personagem e à sua liga­ção consigo declarou: “Talvez um outro eu, numa versão um tanto anedótica”.

Sobre o facto de o romance ter como ce­nário a Ilha de Moçambique, Agualusa explica que o local lhe pareceu “um cenário perfei­to para o romance que tinha em vista uma história sobre isolamento, sobre o fim e a recriação de mundos e, em particular, sobre a palavra enquanto instrumento para a cons­trução da realidade”.

No livro, o autor usa uma certa ironia em de­terminadas cenas e situações: “O livro inteiro é uma ficção satírica, como é, por exemplo ‘O Vendedor de Passados’, mas creio que também há nele alguma poesia. O que me move é tanto a revolta quanto à poesia”.

José Eduardo Agualusa nasceu há 59 anos, na cidade do Huambo, e é autor de mais de 20 títulos desde “A Conjura”, a sua estreia literária em 1989.

Recebeu já diferentes galardões literários, entre eles, o Grande Prémio de Literatura RTP,

por “Nação Crioula”, e ainda o Grande Pré­mio do Conto da Asso­ciação Portuguesa de Escritores e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fun­dação Gulbenkian.

O romance “Ven­dedor de Passados” valeu-lhe o Indepen­dent Foreign Fiction Prize, em 2004, e com “Teoria Geral do Esquecimento” foi fi­nalista do Man Booker International em 2016 e venceu o International Dublin Literaty Award no ano seguinte.

No ano passado, José Eduardo Agualusa foi distinguido em Angola com o Prémio Na­cional de Cultura e Artes, na área da literatura, pelo seu contributo para a projecção da litera­tura angolana no mundo, graças a um “ex­tenso e vital percurso criativo” assente na investigação, na memória histórica, na actualidade, no questionamento, na refle­xão e no sentido estético que compõem as suas obras literárias.

DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE – 24.07.2020

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12/07/2020

Pequenos heróis de Angola(video)

Pequenos da escola primária que diariamente atravessam o Rio Kuanza para Massangano. Claro que quem vai também volta. Pequenos heróis de Angola.

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23/06/2020

Independentistas de Cabinda anunciam mais 11 mortes e pedem mediação internacional

O movimento independentista Frente de Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) anunciou hoje mais 11 mortos em confrontos naquela província angolana e apelou à mediação internacional para encontrar uma solução pacífica para o conflito.

Segundo o porta-voz do Estado-Maior-General das FAC, António do Rosário Luciano, o conflito naquele território de Angola, limitado a norte, a leste e sul pela República Democrática do Congo (RD Congo) e a oeste pelo Oceano Atlântico, ultrapassou já as fronteiras e “ameaça a segurança dos países vizinhos”.

LUSA - 22.06.2020

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16/06/2020

Dois homens com 25 quilos de dentes de marfim detidos na Huíla

Dois cidadãos foram presos com 28 quilos de dentes de marfim em Lubango, capital da província angolana da Huíla.
A detenção, segundo o porta-voz da Polícia Nacional (PN) naquela província, Luis Zilungo, citado pela agência de notícias Angop, aconteceu durante uma operação de controlo enquadrada nas medidas de prevenção da Covid-19 na segunda-feira, 15.
Os dois homens foram surpeendidos pelos agentes da PN dentro de uma viatura proveniente de Benguela e deverão ser apresentados em breve ao tribunal para legalização da prisão.
Zilungo diz que este é o primeiro caso do género em 10 anos na Huíla.
VOA – 16.06.2020

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15/06/2020

António, o Negro: O angolano que estabeleceu a escravatura nos Estados Unidos

Antonio_escravosamericaDe trabalhador contratado, António, o Negro, tornou-se proprietário de terras e um próspero agricultor, nas colónias de Virginia e Maryland. Ficou na história americana como o primeiro proprietário de escravos, comprando para si um trabalhador negro como ele, numa decisão inédita de um tribunal, e que marcaria para sempre a história da América.
Em 1619, um jovem foi capturado por traficantes de escravos na região actual de Angola e vendido a um comerciante ao serviço da Virginia Company, na primeira colónia inglesa na América. António, O Negro, como era conhecido, depois de chegar a Jamestown, a bordo de um barco holandês, foi vendido a Edward Bennett, um plantador de tabaco inglês, para trabalhar na sua propriedade, Warresquioake.
António ignorava tudo sobre esta terra estranha. Desconhecia a língua e os costumes dos seus habitantes. Tinha chegado numa das primeiras levas de negros trazidos para o continente americano. Um dos primeiros grupos que se transformariam em milhões nos próximos três séculos.
Mas este era ainda o tempo dos pioneiros, de uma América virgem e inocente, onde os seus poucos habitantes - europeus, índios, judeus, negros, viviam pacificamente integrados numa comunidade regida por regras e leis muito próximas da tão desejada Terra Prometida.
Antes de 1654, a servidão ou escravatura era mais um conceito económico do que racial. Os africanos dos territórios da Virgínia e Maryland tinham um estatuto mais próximo de trabalhadores contratados do que de escravos; estavam ligados por um contrato por um período máximo de sete anos, no final dos quais recebiam terras e utensílios agrícolas para se estabelecerem por sua conta - onde e como quisessem.
Moldar o destino
António estava decidido a moldar o seu próprio destino. Desde cedo revelou-se um excelente trabalhador na plantação e Edward Bennett não durou muito a aperceber-se do talento de António para a agricultura e a afeiçoar-se ao jovem recém-chegado. Como prova da sua estima, permitiu-lhe cultivar um pequeno terreno junto das suas terras, onde António começou a cultivar tabaco, milho e a criar algumas cabeças de gado.
Em Março de 1622, a plantação de Bennett foi atacada por índios e 52 pessoas foram massacradas. Apenas António e mais quatro pessoas sobreviveram ao ataque.
Nesse mesmo ano, uma nova leva de africanos chegou à Virginia no navio 'Margaret' e António apaixonou-se por uma negra chamada Mary trazida para trabalhar na plantação, a única que havia na região. António e Mary casaram-se - Bennett foi o padrinho de baptizado dos seus quatro filhos, dois rapazes e duas raparigas - numa união próspera que duraria quarenta anos.
Documentos da época dizem que António não terá chegado a cumprir o contrato até ao fim, tendo ganho a sua liberdade muito antes do final do contrato e comprado a liberdade da sua mulher. A primeira coisa que fez foi mudar o nome para Anthony Johnson, adoptando um novo apelido, sinal de que não era propriedade de ninguém.
Depois de ganharem a sua liberdade, a família mudou-se para o interior da Virgínia, para uma pequena quinta onde começaram a criar gado e porcos.

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07/06/2020

Mentiras, histórias & mentirosos

Eu tenho memória! Os mentirosos, não! As vítimas do 27 de Maio de 1977, tal como as do nazismo de 1945, têm memória! Um regime que encobre crimes de Estado, por 43 anos, finge não ter memória, apenas para branquear os crimes hediondos: cerca de 80.000 (oitenta mil) vítimas, barbaramente assassinadas, pela polícia política de Agostinho Neto: DISA, de Maio de 1977 a 1979, por motivações ideológicas, no seio do MPLA.

Por William Tonet

O ministro da Justiça, Francisco Queiroz , não tem memória, pior, mostrou, no dia 28 de Maio (foi mera coincidência escolher a data: 28 de Maio de 1926, dia da implantação, em Portugal, do regime fascista), não querer estudar a história, do MPLA/Estado, pós-75, de forma imparcial, tornando-se cúmplice de uma grosseira mentira.

Qualquer ser humano, com sensibilidade, sente revolta ao ler tanta mentira, masoquismo e falta de higiene intelectual, ante um problema que burila na mente de milhões de vítimas, como é o 27 de Maio de 1977.

Falar-se em erro político de dois lados em que um teria atentado contra instituições do Estado é da mais baixa e vil COVARDIA.

O ministro deveria ser aconselhado a parar de MENTIR, sobre o genocídio do 27 de Maio, quando fala de “erro político histórico por parte de entidades políticas que contestaram e atentaram contra o regime estabelecido. Esse erro político de atentar contra as instituições do Estado teve consequências”.

Causa, no mínimo, náuseas ler esta MENTIRA e o senhor não sabe da realidade, não por estar na Gabela, à época, como recruta militar, mas por resistir à verdade, intencional e dolosamente. Mostre uma instituição que tenha sido atentada, militarmente, pelos considerados fraccionistas?

Não existe e como ministro da Justiça, nas vestes de coordenador de uma Comissão, deveria ser mais comedido. E, mesmo quanto a Rádio Nacional, que tanto apregoam, faça o seguinte:

  1. a) mostre o militar armado, conotado com Nito Alves, que esteve no seu interior;
    b) coloquem o RM (registo magnético) de Nito Alves, Zé Van Dúnem, Sita Vales, Monstro Imortal, Bakalof, Sianuk proferida naquela estação, dando conta de um golpe de Estado, derrubando o governo de Agostinho Neto (é normal que todos golpistas ao tomarem uma estação radiofónica, a utilizem para propagar os seus intentos e mobilizar as forças).

Mas não existe. E sabe porquê? Porque ninguém atentou contra instituições do Estado.

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Posted on 07/06/2020 at 23:23 in Angola - Cabinda, História | Permalink | Comments (0)

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26/03/2020

Petrolífera Chevron suspende exploração em Cabinda

A companhia petrolífera Chevron suspendeu a exploração de todas as plataformas em águas profundas no mar de Cabinda por tempo indeterminado, na base estão os danos financeiros causados pela covid-19.
Neste momento apenas duas plataformas estão em funcionamento para fornecimento de gás natural para Malembo e Soyo.
As restantes foram suspensas devido à falta de escoamento do petróleo uma vez que todos os reservatórios estão cheios.
Os funcionários da petrolífera norte-americana, subsidiária da Cabinda Gulf Oil Company Limited, estão em casa, por um período de 40 dias, a aguardar a evolução da pandemia no país.
Até ao momento, Angola tem três casos infetados e o Presidente já decretou o estado de emergência, que terá início na sexta-feira.
LUSA – 26.03.2020

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21/03/2020

"Estávamos melhor no tempo dos portugueses do que com o MPLA", acha veterano Júlio Baião

Júlio Baião foi soldado durante toda a sua vida: começou em 1959 no exército português, mas desertou em 1961 e integrou os movimentos de libertação. Depois da independência lutou contra o MPLA, na fileiras da UNITA.

Julio_baião_AngolaJúlio Baião, veterano de guerra angolano: foi soldado nas fileiras do exército colonial português, mas desertou e lutou nas fileiras da UPA e da FNLA. Depois da independência combateu o MPLA nas fileiras da UNITA

Ouça aqui

DW-JulioBaiao_2013

Júlio Baião, nascido em 1932, foi um simples soldado durante toda a sua vida, um veterano de guerra que chegou a atingir o grau militar de tenente-coronel. A vida militar de Júlio Baião começou no exército colonial português. Mas em 1961 desertou e integrou a União dos Povos de Angola (UPA), cujos dirigentes se refugiavam no Congo.

Depois da independência lutou contra o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), nas fileiras da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Hoje, Júlio sente-se desiludido. Sente que a sua luta não é devidamente reconhecida por parte da sociedade. Critica também a "falta de democracia" em Angola. A entrevista teve lugar no recinto de uma antiga caserna militar soviética, hoje pertencente à UNITA, no município de Viana, nos arredores de Luanda.

DW África: Nasceu em 1932 na província do Huambo. A sua vida militar começou em 1959 no exército colonial português. Certo?

Júlio Baião (JB):Exatamente. Em 1959 decidi entrar na vida militar. Ingressei na tropa portuguesa, na província do Huambo. Efetuei os meus treinos no Huambo e em Sá da Bandeira [hoje Lubango]. Depois de nove meses de instrução fui transferido para Luanda.

Em Luanda os portugueses disseram-nos: "vocês têm que treinar muito porque vão para a guerra na Índia." Mas a guerra não era na Índia, era em Angola! Foi em 1960 que começou a guerra dos portugueses contra os angolanos e dos angolanos contra os portugueses. Eu estava presente quando foi disparado o primeiro tiro aqui em Angola. A luta começou em Cabinda, lembro-me bem, numa montanha na região de Miconje.

DW África: Em Cabinda, onde tudo começou, qual era o movimento que iniciou a guerra contra o exército colonial português?

JB: A tropa que iniciou a guerra aqui em Angola foi a União dos Povos de Angola (UPA). A UPA é que nos bateu primeiro em 1960. Não há mais partido nenhum que começou a guerra, se não a UPA! Eu sou testemunha disso.

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07/03/2020

ANGOLA - Se a lei for aplicada “vai toda a gente para a cadeia”

Adalberto da Costa Júnior_UnitaAdalberto da Costa Júnior, presidente da UNITA, o maior partido da oposição que o MPLA ainda permite que existe em Angola, defendeu hoje um novo modelo jurídico-legal para o Estado recuperar o que foi “roubado” de Angola, porque caso contrário, da actual governação, “vai toda a gente para a cadeia”.

Em entrevista à agência Lusa, na Cidade da Praia, Adalberto da Costa Júnior, eleito presidente da UNITA em Novembro de 2019, à margem da convenção do Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder em Cabo Verde, criticou a forma como o combate à corrupção está a ser conduzida pelo Governo do Presidente João Lourenço (líder do MPLA, partido no Poder desde 1975).

“O modelo é de proteger estes senhores [MPLA] e por isso a nossa voz é uma voz de muita moderação, diria uma voz de muita maturidade, que é aquela que diz que se hoje nós aplicarmos a lei vai toda a gente para a cadeia, que está na governação, porque todos roubaram. Isto é triste dizer, mas é verdade”, afirmou Adalberto da Costa Júnior.

O líder da UNITA defende que, suportado na legislação sobre o repatriamento coercivo de capitais retirados do país de forma ilícita, o Governo do MPLA está num processo de “perseguição” e de “justiça dirigida” aos seus próprios anteriores dirigentes.

“Metamos o pé no chão, olhemos para o país e encontremos uma saída legal, uma saída justa, uma saída corajosa, que leve eventualmente à necessidade de aprovar um novo modelo jurídico-legal, que partilhe com o Estado uma parte daquilo que foi desviado e potencie as reservas estratégicas de Angola de maneira tal que nós não precisemos do Fundo Monetário Internacional para nada”, afirmou ainda.

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Posted on 07/03/2020 at 17:23 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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04/03/2020

Em dois anos Angola regrediu (mesmo) muito

O país não consegue avançar. Infelizmente. É como se a boçalidade politiqueira tivesse estatuto. Será que tem mesmo? As correntes da ditadura implantadas em 1975, pelo MPLA e Agostinho Neto deixaram resquícios sólidos e continuam a fazer morada em todas as instituições que de independentes (figurativamente na Constituição), têm apenas a dependência ao “modus operandi” ideológico.

Por William Tonet

Custa a acreditar, mas já ninguém pode fugir à realidade, tão pouco da besta discriminação, não se coibir de, mesmo em prejuízo do país, carente de quadros com mais-valias, excluir toda e qualquer competência oriunda de bolsas mentais despartidarizadas.

Essa miopia intelectual é não só perversa como criminosa, assassina, por parte de um ente-partidário, ao marginalizar a cidadania, os direitos e garantias fundamentais do homem, quando a sua legitimidade adveio, primeiro da conquista do poder pela força das armas e, depois, através da fraude eleitoral.

É preciso mudar este quadro, porquanto o país não pode continuar atolado a um ringue onde se desenrola, nos últimos dois anos, uma luta para afirmação de egos famintos do que não têm – credibilidade e honra.

Angola é maior e muito mais importante do que as vaidades umbilicais. Por esta razão se exige ao Titular do Poder Executivo, além do refrão sobre o combate à corrupção, uma verdadeira metamorfose do caminho, em busca da competência bastante para alavancar a economia e o emprego.

O Presidente João Lourenço, na minha modesta opinião (ela vale o que vale…), assiste impávido e sereno ao afundar do país, fruto das políticas erradas e de extrema incompetência da equipa económica, apostada em aplicar o neoliberalismo que consiste, no caso angolano, numa política de “entreguismo” a baixo preço (quase de oferta) das riquezas e empresas nacionais ao capital estrangeiro, maioritariamente canibal. Este conceito de subserviência é tão cego que os seus arautos são incapazes de ver os malefícios que estão a causar ao povo, que de tanto sofrimento, está a ser estimulado para eventuais sublevações sociais, para resgate de direitos.

O Titular do Poder Executivo desconseguiu, até hoje, oferecer garantias dignificantes ao cidadão comum, principalmente, aos 20 milhões de pobres, numa clara demonstração da maioria do seu gabinete não ter preparação académica, profissional e política (para não falar de moral e ética) que o momento de crise exige, para se transformar os mais singelos e primários anseios populares em realidade.

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Posted on 04/03/2020 at 12:38 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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24/02/2020

ANGOLA - De derrota em derrota até à inevitável derrota final!

O Tribunal de Lisboa – 3.ª Secção Criminal, negou provimento ao recurso interposto por Maria Eugénia Neto e Irene Alexandra da Silva Neto, por causa da publicação, em Julho de 2016, da obra de Carlos Pacheco intitulada “Agostinho Neto, O Perfil de um Ditador. A História do MPLA em Carne Viva”.
A Fundação Agostinho Neto na pessoa da sua presidente, Maria Eugénia Neto, já tinha apresentado uma queixa-crime em Novembro daquele ano contra Carlos Pacheco pela mesma causa. Em Março de 2019 a queixa foi objecto de um primeiro veredicto, que se traduziu pela improcedência das razões apresentadas.
Depois disso a mesma queixosa, juntamente com a filha, entraram com o primeiro recurso na mesma instância: o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte – Loures. Então o juiz de instrução judicial proferiu despacho, fixando que a sentença de Março não deveria ser objecto de alteração, “pugnando-se pela sua vinculação e manutenção”.
Entretanto, não se dando por vencidas, as partes queixosas avançaram com um novo recurso, desta vez para o Tribunal da Relação de Lisboa. O recurso foi julgado improcedente. A dar sustentação ao acórdão, pronunciou-se o procurador-geral adjunto do Tribunal da Relação de Lisboa e o Ministério Público.
Esta obra de Carlos Pacheco revela o que foi o regime opressivo do primeiro ditador angolano e do partido MPLA. Longe de ser um grande líder, como querem fazer crer os seus idólatras, Agostinho Neto, sem o estofo de um Gandhi ou de um Mandela, no que estas personalidades tinham de mais luminoso, o culto da justiça e da generosidade, foi na realidade um tirano que governou Angola de forma despótica e sanguinolenta, traindo todos os princípios e valores das lutas pela independência patentes na proclamação de 1975, e mergulhando o país numa guerra fratricida na qual se cometeram os maiores crimes e atrocidades.
Por falta dessa grandeza e envergadura não só foi incapaz de evitar o divisionismo como o fomentou, daqui resultando as consequências mais funestas para o povo angolano que ainda hoje chora os seus entes mortos e desaparecidos.
Também a verdadeira história do MPLA, partido dominado por Agostinho Neto e os seus acólitos durante o seu consulado, é desvendada nesta obra que põe a nu todo o cortejo de barbaridades e violações dos direitos humanos que então foram cometidos contra todos os seus opositores que na maioria eram os seus próprios irmãos de raça e tinham lutado pela independência do país.
Refira-se que se trata de uma obra perturbante, produto de dez anos de porfiada investigação histórica, que põe fim a um mito e dá a conhecer a realidade desse período trágico da vida angolana e a repercussão que teve em Portugal.
A Fundação Agostinho Neto, presidida por Maria Eugénia Neto, viúva do primeiro presidente de Angola, teima na tese de que para reabilitar o que não é reabilitável (a inexistente honorabilidade de Agostinho Neto) é preciso “assassinar” judicialmente o historiador luso-angolano Carlos Pacheco. Há uns anos fez o mesmo com os autores do livro “Purga em Angola”, Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus. Parafraseando a tese de Agostinho Neto, a “queixosa” vai de derrota em derrota até à derrota final.
Num comunicado publicado em 2016 no site da organização, lia-se: “Vamos accionar a justiça e defender a honra e o bom nome do Dr. António Agostinho Neto”. A nota referia ainda que pretendia igualmente resguardar a honra “dos seus companheiros” com quem lutou para libertar Angola “de armas na mão”.
Depois de já anteriormente ter sido chamado de “antigo comando colonial português em Angola e Moçambique” pelo MPLA, a Fundação Agostinho Neto utiliza o mesmo discurso – a semelhança gerou desconfiança de que o documento tenha sido escrito pelo partido.
Segundo a fundação, o livro de Carlos Pacheco está recheado de delírios reaccionários e de inverdades insanas, e acrescenta que não traz “uma única prova factual ou documental” como suporte das acusações ali feitas.
Pelo conteúdo do livro, Carlos Pacheco é acusado de conspurcação do “Dr. António Agostinho Neto” e tentativa de redução da luta armada de libertação nacional a “um filme de terror”.

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Posted on 24/02/2020 at 19:00 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)

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ANGOLA - Agostinho dos Santos: “Não acredito que se dê posse a Manuel Pereira da Silva”

Juiz conselheiro do Tribunal Constitucional, Agostinho dos Santos foi um dos candidatos no concurso para a liderança da Comissão Nacional Eleitoral, cujo desfecho, contestado por ele – e também pela UNITA – atribui vitória a Manuel Pereira da Silva ‘Manico’, então presidente da Comissão provincial Eleitoral de Luanda. Confiante, Agostinho dos Santos diz que as suas críticas têm substância e estão nas reclamações que apresentou ao tribunal. Frontal, ele garante mesmo a existência de um processo nebuloso cujo objectivo era atribuir a vitória ao propalado vencedor, que poderá tomar posse, na próxima semana, na Assembleia Nacional 

É um dos candidatos vencidos no concurso para o lugar de presidente da Comissão Nacional Eleitoral, que teve como vencedor Manuel Pereira da Silva. O que se pode dizer em relação à organização e os resultados deste processo?

Trata-se de um tema de interesse público e com reflexo mesmo a nível internacional. Todos estão à espera que os próximos pleitos eleitorais tenham lugar sem os conflitos com que já nos habituamos. A Comissão Nacional Eleitoral é, efectivamente, um órgão que foi criado pela Constituição com o objectivo de administrar os processos eleitorais. E está estipulado no artigo 107 da nossa Carta Magna. Em 28 de Fevereiro do ano passado, por resolução do Conselho Superior da Magistratura Judicial, teria decidido a abertura de um concurso curricular para o preenchimento do cargo de presidente da Comissão Nacional Eleitoral. Esta resolução foi tornada pública a 6 de Março de 2019. O regulamento diz que os interessados, que seriam então os magistrados judiciais, poderiam apresentar as suas candidaturas no prazo de 20 dias. Eu apresentei a minha tempestivamente.

E os demais candidatos?

Quando me deparei com os termos dos regulamentos, até porque somos juristas, ocorreu-me fazer uma reclamação, porque achava que o regulamento estava ‘ab initio’ inquinado.

O que estava inquinado?

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Posted on 24/02/2020 at 00:02 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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17/02/2020

Os efeitos do “mplavírus”

A consultora Fitch Solutions considera que a propagação do vírus Covid-19 (coronavírus) pode piorar a recessão de 0,3% prevista para este ano em Angola devido às fortes ligações económicas à China. Isto, é claro, não considerando os efeitos do “mplavírus” que tomou conta do país em 1975 e que ninguém consegue (nem quer) erradicar.

“O s principais exportadores de matérias-primas na África subsaariana são os que deverão ser mais atingidos pela epidemia, já que a China é um dos principais importadores de petróleo e minérios, mas há uma grande panóplia de mercados regionais que estão expostos a qualquer abrandamento no investimento chinês”, escrevem os analistas desta consultora detida pelos mesmos proprietários da agência de notação financeira Fitch Ratings.

Os analistas alertam ainda que é provável uma revisão à previsão de 2,3% de crescimento do Produto Interno Bruto, este ano.

Na nota, enviada aos investidores, os analistas escrevem que “as economias com sistemas de saúde e um quadro macroeconómico mais fraco estão particularmente em risco, ao passo que os mercados na África do Sul estão especialmente vulneráveis à degradação do sentimento económico”.

Especificamente sobre Angola, a Fitch Solutions alerta: “A descida na produção de crude já deverá ter influência na balança comercial e no crescimento económico nos próximos trimestres, e como terceiro maior fornecedor de petróleo à China, Angola está fortemente exposta a riscos descendentes na procura de petróleo pelo gigante asiático, ou por uma descida nos preços”.

Assim, acrescentam que “uma descida sustentada na procura ou nos preços fará com que a projecção de crescimento económico de -0,3% possa ser ainda pior”.

Para a Fitch Solutions, não é só na redução da procura chinesa que estão os perigos para a África subsaariana, mas também o investimento externo chinês pode ser afectado, e neste caso Angola volta a ser um dos países focados no relatório, que nota que o reino do MPLA está entre os cinco maiores receptores de investimentos chineses em 2017, juntamente com a África do Sul, República Democrática do Congo, Zâmbia e Nigéria.

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Posted on 17/02/2020 at 22:02 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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08/02/2020

Chefe de gabinete de João Lourenço recebeu milhões de dólares de origem desconhecida, revelam documentos

Edeltrudes Costa, chefe de gabinete do Presidente angolano João Lourenço, recebeu em Julho de 2013, 17,6 milhões de dólares, cuja origem se desconhece, disse o jornal português Expresso.

Na altura, Edeltrudes Costa era ministro no Governo do então Presidente José Eduardo dos Santos.

O dinheiro foi depositado numa das suas contas no Banco Angolano de Investimentos e 17 milhões foram aplicados em “títulos garantidos” daquele banco, disse o jornal citando documentos a que teve acesso

Um mês depois, outros cinco milhões de dólares foram depositados na mesma conta provenientes do empresário Domingos Manuel Inglês e durante esse mês Costa levantou 1,25 milhões de dólares em numerário.

O Expresso disse que Edeltrudes Costa não esclareceu porque é que Domingos Inglês, figura próxima do General “Kopelipa”, transferiu esses cinco milhões de dólares

O Expresso revela que a fortuna de Edeltrudes Costa é superior a 20 milhões de euros e foi usada para comprar algumas propriedades em Portugal e no Panamá.

Em Abril de 2017, já depois de ter sido afastado por José Eduardo dos Santos, Edeltrudes Costa transferiu pouco mais de dois milhões de euros para uma conta da sua ex-mulher, Ariete Faria, quem depois comprou uma casa em Cascais, nos arredores de Lisboa, por 2,52 milhões de Euros.

Ariete Faria é tambem propietária de uma outra casa em Sintra, em Portugal.

Edeltrudes Costa comprou também um apartamento no Panamá em 2011 por 300 mil dólares.

O pagamento foi feito através de uma conta na sucursal do banco BES na Madeira em nome da Vadin Enterprises Limited, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.

Essa mesma companhia comprou uma embarcação a uma companhia portuguesa no valor de quase 108 mil euros

Numa declaração ao Expresso, Edeltrudes Costa, embora sem entrarr em detalhes, revelou que todos os recursos que recebeu “ tanto no exercício de funções públicas como no exercício da minha actividade profissional ou em resultado de investimentos pontualmente realizados, foram atempatadamente declarados e sujeitos a escrutínio pelas autoridades angolanas competentes sendo as minhas fontes de rendimento perfeitamente claras e legais”.

VOA – 08.02.2020

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04/02/2020

Só um corrupto pode combater a corrupção?

O Presidente da República de Angola (não nominalmente eleito), igualmente Presidente do MPLA (partido no Poder desde 1975) e Titular do Poder Executivo, João Lourenço, admite que “fez parte do sistema” que sustentou o seu antecessor, mas salientou que só os que conhecem o regime por dentro estão preparados para fazer grandes mudanças. Foi descoberta a pólvora. Ponto.
Assim, porque as ideias de João Lourenço vão fazer escola, os próximos dirigentes da Polícia serão recrutados entre os mais violentos criminosos, pois só os que conhecem o assunto por dentro estão preparados para fazer grandes mudanças.
Igualmente os próximos dignitários (do MPLA) para combater a corrupção serão recrutados entre os maiores corruptos, pois só os que conhecem o assunto por dentro estão preparados para fazer grandes mudanças.
Em entrevista à DW, João Lourenço, que foi ministro da Defesa do ex-presidente José Eduardo dos Santos, secretário-geral e vice-presidente do MPLA, partido do poder em Angola há 44 anos, sublinhou que “ninguém pode dizer que não fazia parte do sistema”, mas é também por conhecer o sistema por dentro que tem condições para “corrigir o que está mal”.
Esquece o Presidente de todos os angolanos (do MPLA), que existe uma substancial diferença entre fazer parte do sistema e ser dirigente (por exemplo ministro da Defesa) desse mesmo sistema; entre aplaudir quando o sistema colocou na cadeia alimentar dos jacarés muitos angolanos; entre defender o sistema quando muitos angolanos foram detidos por se manifestarem a favor daquilo que João Lourenço diz agora defender.
Desde que tomou posse, há mais de dois anos, João Lourenço tem dado (mais em termos mediáticos e de propaganda) prioridade ao combate contra a corrupção e pelo regresso dos capitais ao país, projectos que – para além de levaram a justiça a mover um processo contra a filha do seu antecessor, Isabel dos Santos, e uma ordem de arresto de bens no valor de mil milhões de euros – são dignos de um Nobel da manipulação por esconderem a catástrofe económica e social do país.
“Quem fez as grandes mudanças não são pessoas de fora, são as que conhecem o sistema”, afirmou o chefe de Estado, acrescentando: “Somos nós, do partido que sempre governou o país, que estamos a fazer as reformas que eram absolutamente necessárias que fossem feitas”.

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Posted on 04/02/2020 at 13:14 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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29/01/2020

RTP-Os Donos Angolanos de Portugal | Francisco Louçã e João Teixeira Lopes 2014(Para recordar)(video)

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28/01/2020

Vendas de petróleo renderam mais de 31 mil milhões de dólares a Angola em 2019

Angola exportou, em 2019, cerca de 479 milhões de barris de petróleo, a um preço médio de 65,2 dólares por barril, totalizando receitas de 31,2 mil milhões de dólares.

O balanço foi feito, em Luanda, por Gaspar Sermão, da Direção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização do ministério angolano dos Recursos Minerais e Petróleo (MIREMPET).

Os principais destinos das exportações de petróleo bruto angolano foram a China (72%), a Espanha (6%) e a Índia (5%).

No último trimestre, a petrolífera estatal, Sonangol, e as companhias internacionais que produzem petróleo bruto angolano exportaram cerca de 117,2 milhões de barris que permitiram um encaixe financeiro de 7,7 mil milhões de dólares. Comparativamente ao terceiro trimestre, registou-se uma diminuição nas quantidades exportadas de cerca de 158,2 mil barris e em relação ao período uma redução de 12,4 milhões de barris.

Ao longo do ano, a Sonangol comercializou mais de 172 milhões de barris que renderam cerca de 11,3 mil milhões de dólares.

Falando sobre o desempenho da petrolífera estatal no quarto trimestre, o presidente da comissão executiva da Sonangol, Luís Manuel, assinalou que o “preço teve um comportamento volátil” tendo subido dez dólares no período em análise.

Um dos fatores que mais pesou na variação do preço foi o “otimismo” surgido no quarto trimestre quanto ao acordo comercial Estados Unidos/China.

LUSA – 28.01.2020

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Posted on 28/01/2020 at 21:15 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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26/01/2020

A "EMPRESÁRIA" QUE ENRIQUECEU À CONTA DO DINHEIRO ROUBADO À MISÉRIA DO POVO...

De Vez Em Quando...

AFONSO ALMEIDA BRANDÃO

Há um ditado popular muito antigo que diz «o que do nada foi criado ao nada regressa». É verdade e aplica-se inteiramente à “notável Empresária” Isabel dos Santos, agora no “furacão” das «bocas do Mundo» pelas piores razões…

O império empresarial da família angolana dos Santos está, para citar a primogénita Isabel, “condenado à morte”. Vá lá que falamos apenas de empresas: no tempo em que José Eduardo dos Santos era Presidente, “condenados à morte” tinha um sentido mais lateral — e muitos milhares foram os assassinados, por bala da tropa ou por tortura da sinistra Polícia Política do MPLA. Agora, que ele e ela se refugiaram no fresquinho seguro da Europa, abrigados da Justiça escaldante que procura notifica-los, querem convencer o Mundo de que são vítimas de uma “caça às bruxas”. Mas antes mesmo que os Tribunais o fizessem, a História há muito os condenou.

A fortuna escandalosa desta gente tem uma origem, que é bom recordar: José Eduardo dos Santos, filho de um Pedreiro e de uma Doméstica de origem santomense, era à data da Independência um mero funcionário do MPLA e levava uma mão à frente e outra atrás. Em 1975, figurão ascendente no staff de Agostinho Neto, José dos Santos já se passeava em Luanda nos carros oficiais de alta cilindrada e a breve trecho era escolhido para integrar o Comité Central e o Politburo, ao mesmo tempo que ascendia a Ministro das Relações Exteriores. Tinha a pasta do Planeamento e Desenvolvimento Económico quando, em Setembro de 1978, por morte de Neto, foi escolhido (sob “conselho” da União Soviética, onde vivera e acabara por casar com uma jovem russa), para Presidente do MPLA, a Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas. Meses mais tarde foi-lhe conferida a Presidência da Assembleia do Povo. Para deter todos estes poderes públicos, faltava-lhe apenas ser nomeado Presidente do Supremo Tribunal e Arcebispo de Luanda. Quando ao primeiro cargo, pôde olimpicamente dispensá-lo, pois um mero telefonema seu equivalia a uma sentença.

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Posted on 26/01/2020 at 20:55 in Angola - Cabinda, Opinião | Permalink | Comments (0)

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25/01/2020

BBC-O FIM DO IMPÉRIO DA ISABEL DOS SANTOS | BBC PANORAMA 21.01.2020(video)

Documentos vazados revelam como a mulher mais rica da África fez sua fortuna através da exploração de seu próprio país e da corrupção.

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Posted on 25/01/2020 at 23:35 in Angola - Cabinda, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)

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ANGOLA !!! JÁ SAIU A LISTA DOS QUE DEVEM REPATRIAR OS CAPITAIS QUE TÊM NO ESTRANGEIRO

Angola_mapa- LISTA (INCOMPLETA) DE LADRÕES DO MPLA

- FALTAM AS LISTAS DOS ASSASSINOS E DOS INCOMPETENTES

 -LISTA JÁ CONHECIDA MAS MUITO ACTUAL:

-José Eduardo dos Santos: USD 7,9 Bilhões

-Hélder Manuel Viera Dias Júnior “Kopelipa”: USD 2, 6 bilhões

-Leopoldino Fragoso do Nascimento «Dino»: USD 1,8 bilhões

-Manuel Domingos Vicente: USD 3,8 bilhões

-Isabel dos Santos Dokolo: USD 12,7 bilhões

-Tenente-Coronel Leonardo Lidinikeni (ex-oficial de escolta presidencial): USD 314,3 milhões

-José Lima Massano: USD 1.2 bilhões

-José Filomeno dos Santos “Zenú”: USD 1,9 bilhões

-José Leitão da Costa e Silva: USD 842,7 milhões

-José Maria (ex-chefe da Inteligência Militar): USD 854,3 milhões

-Jean-Claude Bastos de Morais: USD 2,5 bilhões

-Armando da Cruz Neto: USD 213,7 milhões

-Álvaro Sobrinho: USD 1,7 bilhões

-Elísio de Figueiredo(Embaixador): USD 1,8 bilhões

-António Pitra Neto: USD 578 milhões

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Posted on 25/01/2020 at 16:03 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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23/01/2020

Tudo aponta para que "não haja intervenção de terceiros" na morte de diretor do EuroBic - PJ

O diretor nacional da PJ, Luís Neves, disse hoje que os elementos recolhidos pela Judiciária sobre a morte do diretor do private banking do EuroBic, arguido no caso Luanda Leaks, "apontam para que não haja intervenção de terceiros".

Questionado pelos jornalistas se a PJ tinha alguma outra linha de investigação, que não a de suicídio, Luís Neves respondeu que os dados de que a PJ dispõe, não só relativos à noite passada – quando o gestor do EuroBic foi encontrado morto -, como também de outra ocorrência anterior, apontam para que “não haja intervenção de terceiros” nesta morte.

Luís Neves falava após a assinatura de um protocolo com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), o Instituto Politécnico de Beja e o Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicaçoes e Tecnologias da Informação para formalizar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na prevenção e combate aos abusos sexuais de crianças na internet.

O diretor do private banking do EuroBic e gestor da conta da Sonangol, Nuno Ribeiro da Cunha, foi encontrado morto na quarta-feira à noite na casa onde residia no Restelo, em Lisboa.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) já tinha adiantado hoje que a PSP foi alertada para uma ocorrência na rua Padre António de Andrade, no Restelo, em Lisboa, pelas 21:30 de quarta-feira.

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Posted on 23/01/2020 at 19:24 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)

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O PCP e teta ANGOLANA

O PCP é o partido-irmão do MPLA e da camarada Isabel.

E enquanto vai por aí uma algazarra tamanha sobre Angola e as fontes do investimento de uma senhora angolana no mundo, há uma faceta curiosa.

Qual seja a de os senhores jornalistas se fazerem de distraídos, não cuidando de apurar quem tem sido quem, desde há 45 anos, no bilateralismo partidário Angola/Portugal.

Neste omissionismo activo, os párias da verdade não relevam a contínua relação do PCP com o MPLA, que sempre defendeu a prática política e o quadro ditatorial do “irmão” MPLA, partido dono do Estado angolano.

Ainda no último Congresso em Luanda, a delegação do PCP usou da palavra para enaltecer os extraordinários laços de amizade e admiração mútuas entre as partes.

Por cá, os expressos da praça, nunca faltaram com a solidariedade bastante ...

Quando foi recusada a admissão na livraria da festa do Avante, em Setembro de 2018, de um livro com o título “Sou eu mais livre, então – Diário de um preso político angolano”, de Luaty Beirão, silenciaram a exclusão da lista de títulos que a editora propôs para venda na Festa do “Avante!”.

Certamente que ao PCP também não era estranha a cooperação financeira que agora se revela promíscua.

E por quê?

Porque se escreviam nesse livro coisas como esta:

“O dinheiro para os comunistas vai em mão e, quando apanharam cerca de 10 milhões de dólares na casa de Bento Kangamba, no Restelo, esse dinheiro era de Eduardo dos Santos, para pagar as mensalidades ao PCP, que se houver uma rigorosa investigação, isso poderá ser descoberto”.

Escreve-se ainda no livro:

“O partido comunista português é o grande responsável pela ditadura implantada em Angola, desde 1975, por Agostinho Neto e continuada por José Eduardo dos Santos.

“Mas o PCP não esteve sozinho neste plano diabólico de neocolonização, através de negros complexados, contou com o apoio de uma ala do Partido Socialista, liderada por Almeida Santos, que rasgou os “Acordos do Alvor”.

Nós nunca esqueceremos o que eles fizeram, traindo a maioria dos angolanos e dos Acordos assinados pelos três Movimentos de Libertação: FNLA, MPLA e UNITA, em 1975, para entregarem de bandeja o poder ao seu aliado Agostinho Neto”, acusa o político Mário Joaquim no mesmo livro.

Os jornalistas do PCP espalhados pela praça, mostram assim a sua competência, mas também a falta de vergonha: andam por aí a atacar o mundo da camarada Isabel, escondendo a expressão do sistema e das estrutura de ligações promíscuas avalizadas desde sempre pelo próprio PCP como pelo MPLA.

Vão então pentear macacos.
Carlos Pinto

Recorde aqui

https://jornalf8.net/2018/patrao-manda-pcp-cumpre-nao-do-mpla-nao-entra/?fbclid=IwAR1DNzuGykmwk0iAaRhghsFqS6xcYY-_ZntoXBCLQo4dyhV8pKL4Ulk1__8  

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Posted on 23/01/2020 at 17:51 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)

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Leituras Lusófonas – 1 «O Milagre das Rosas»

RainhasantaisabelNesta aclamada obra, a esposa do Rei Dom Dinis conta toda a verdade sobre o fenómeno que ficou registado na história portuguesa como «O Milagre das Rosas». A autora desmonta a cabala montada pela facção soarista do Partido Socialista, que tinha como porta-voz Anita Gomez, e que visava apresentar a Rainha Santa Isabel como ‘a bela ladra’. No livro, a Rainha Santa Isabel põe a descoberto a campanha de desinformação engendrada pelo neoliberalismo através de uma comunicação social parasitária enfeudada ao Grupo de Davos.

Logo na introdução lê-se: «Não desviei um cêntimo sequer do erário público. Estabeleci uma ONG vocacionada ao auxílio dos necessitados, deslocados, refugiados e outros carenciados, para além de pessoas portadoras de deficiências. Ficou tudo contabilizado pela PWC.»

A escritora salienta o facto de se ter inspirado na obra do monarca, seu esposo. Diz a autora: «Durante o seu mandato indeclinável, o meu marido imprimiu uma política verdadeiramente revolucionária nas várias vertentes. Deram-lhe o cognome de Lavrador precisamente por ter levado a cabo uma reforma agrária num país essencialmente agrícola, dotado de generosa terra, o que permitiria que dois séculos mais tarde Portugal se tornasse numa potência marítima, pioneira na Europa da descoberta de novos mundos. Graças ao Pinhal de Leiria mandado plantar pelo Dinis, foi possível construir a frota mercante portuguesa que sulcou os oceanos então desconhecidos no resto da Europa. Visionário, o meu marido mandou plantar pinheiros mansos e pinheiros bravos, estes últimos especificamente destinados à construção do bojo das caravelas portuguesas.»

Conclui a autora na introdução à majestosa obra: «O meu papel durante os 46 anos do mandato confiado ao meu marido em eleições livres, justas e transparentes, facto confirmado pela AWEPA, tratou-se efectivamente de um mero acto de emulação monárquica. Apenas pretendi acordar a sociedade civil, mergulhada numa letargia contaminante. A história absolver-me-á!»

A autora de «O Milagre das Rosas» fala igualmente da Revolução Cultural encetada pelo Rei Dom Dinis. A ele se deve a edificação da famosa Universidade de Coimbra que se notabilizou pela formação de quadros que desempenhariam papel de relevo nos territórios ultramarinos no contexto da lusofonia. Foi Dom Dinis a decretar em 1290 o português como 'língua oficial', princípio sabiamante seguido séculos mais tarde no espaço lusófono. Poeta nato, o esposo da escritora deixou vasta obra poética à qual foram beber figuras de vulto da lusofonia, como um Marcelino dos Santos. «Canto de Amor Natural» do nacionalista moçambicano tem raízes profundas na narrativa do monarca português.

In https://www.facebook.com/100004203158470/posts/1497360530414038/?sfnsn=mo
 
 
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Posted on 23/01/2020 at 16:14 in Angola - Cabinda, Opinião | Permalink | Comments (0)

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"Luanda Leaks": As lições sobre o escândalo que envolve Isabel dos Santos

Consórcio jornalístico alerta que "Luanda Leaks" mostra que corrupção em África está a ficar mais sofisticada. Empresas internacionais são pressionadas a prestar contas e distanciam-se de Isabel dos Santos.

A gigante internacional de auditorias PricewaterhouseCoopers (PwC) abriu uma investigação interna sobre suas relações com a multimilionária angolana Isabel dos Santos. A empresa de consultoria promete demitir funcionários que tiveram conduta irregular.

"Quando isso ["Luanda Leaks"] foi trazido a nós, ficámos tremendamente desapontados, especificamente com a relação que tínhamos estabelecido. Iniciamos nossa própria investigação e deixamos de trabalhar com ela [Isabel dos Santo] e com as organizações ao seu redor. Estou desapontado com o fato de não termos saído mais cedo dessa relação", disse

A PwC e o banco português EuroBic foram as primeiras instituições que anunciaram publicamente o fim de qualquer relação comercial com organizações controladas por Isabel dos Santos e pessoas a ela relacionadas. A empresária angolana foi constituída arguida em Angola.

Distanciamento estratégico

Após o "Luanda Leaks", empresas globais tentam afastar-se de Isabel dos Santos para preservar sua reputação. As consultoras PwC, McKinsey e Boston Consulting Group foram apontada pelas reportagens produzidas pela rede coordenada pelo Consorcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) como empresas implicadas no prejuízo que Isabel dos Santos teria dado à petrolífera Sonangol.

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Posted on 23/01/2020 at 12:05 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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"Luanda Leaks": Isabel dos Santos constituída arguida em Angola

Empresária angolana Isabel dos Santos constituída arguida pela PGR de Angola
A empresária angolana Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou nesta quarta-feira (22.01) a PGR de Angola.
A empresária angolana Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola. O anúncio foi feito pelo procurador-geral, Heldér Pitta Grós, em conferência de imprensa em Luanda.
O procurador disse ainda que a empresária nunca mostrou, de forma direta, interesse em colaborar com as autoridades angolanas.
"Na prática nada aconteceu, por isso não podemos confirmar que ela esteja disposta ou não a negociar, o quê, em que termos, era necessário que fosse mais explicita caso seja a sua vontade", referiu.
Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, foi visada pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ), que revelou, no domingo (19.01), mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros usados por si e pelo marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
"A justiça nunca deve fechar a porta a nenhum cidadão"
No entanto, prosseguiu Hélder Pitta Grós, "a justiça nunca deve fechar a porta a nenhum cidadão", deve estar sempre pronta para atender as suas aspirações, lembrando que cada caso é um caso.
De acordo com o magistrado, é preciso conformar a vontade expressa e concreta do cidadão negociar com para aquilo que a lei consagra.
"Não podemos negociar de uma forma, em que vamos dizer que se vier e devolver [o dinheiro] que não há crime ou que não vamos continuar a instaurar um processo-crime, mas se vai de facto ser uma atitude louvável e que a justiça vai ter em conta quando for analisar, no sentido de se proceder, ou não, a acusação. Com certeza vai ser levado em conta este gesto do cidadão", frisou.
Hélder Pitta Grós recordou que o processo de recuperação de capitais em Angola teve duas fases, a primeira de entrega voluntária pelos cidadãos, que decorreu entre junho e dezembro de 2018, seguindo-se depois a fase coerciva, pelo que toda esta situação tem de ser enquadrada na legislação que foi produzida.
Lusa – 23.01.2020

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Posted on 23/01/2020 at 10:53 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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22/01/2020

Os tentáculos de Isabel dos Santos em Moçambique

Leia aqui

https://www.cartamz.com/index.php/politica/item/4232-os-tentaculos-de-isabel-dos-santos-em-mocambique

 

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Posted on 22/01/2020 at 11:30 in Angola - Cabinda, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)

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18/01/2020

Escândalo de corrupção: empresa islandesa de pescas sai da Namíbia

CarapauA Samherji, empresa de pescas islandesa, que está no centro do maior escândalo de corrupção da Namíbia, anunciou que vai sair do país.
O anúncio foi feito na sexta-feira, 17, dois meses depois de o ex-ministro da Justiça, Sakeus Shanghala, e o ministro das Pescas, Bernardt Esau, e outros dois antigos empregados da empresa sul-africana Investec terem sido presos.
Os quatro estão detidos desde Novembro, depois de alegações de que conspiraram com a empresa islandesa para receber pagamentos no valor de 100 milhões de dólares namibianos, equivalentes a 6.92 milhões de dólares americanos, em troca de quotas na pesca de carapau.
Sem detalhes de quanto tempo vai levar o processo, o chefe executive interino disse em comunicado que a empresa de pescas islandesa está a desenvestir da sua operação na Namíbia.
Entretanto, a Samherji, que negou má conduta, tal como negaram Esau e Shanghala, disse ter tomado medidas no sentido de implementar uma governança corporativa e um sistema de conformidade, "com foco em anti-corrupção, sanções económicas e anti-lavagem de dinheiro".
Angola no esquema no corrupção
O esquema das quotas do carapau, exposto pela Wikileaks começou em 2014, incluía familiares de ministros e outras autoridades, de acordo com os documentos publicados em jornais na internet.
Os seus promotores usaram um acordo bilateral entre Angola e a Namíbia para obter quotas da Samherji de dezenas de milhar de toneladas por ano de carapau, dizem os documentos.
Segundo outras notícias, Esau, então ministro das Pescas, retirou quotas de pesca de algumas empresas privadas e concedeu-as à empresa estatal de pescas Fishcor, que depois passou as quotas para a islandesa Samherji em troca de pagamento.
VOA – 18.01.2020

Corrupção no sector das pescas na Namibia envolve angolanos
João de Barros, filho da antiga ministra das escas de Angola, Victoria de Barros Neto, foi um dos beneficiários do esquema de corrupção que envolveu a Namíbia, Angola e uma companhia da Islândia, revelou o jornal The Namibian.
O escândalo envolve contratos de pesca assinados pela antiga ministra entre Angola e Namíbia em 2014 que resultaram recentemente na demissão de dois ministros namibianos.

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Posted on 18/01/2020 at 20:57 in Angola - Cabinda, WikiLeaks, Panama Papers, África - SADC | Permalink | Comments (0)

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Os Novos Oligarcas e a Privatização da Sonangol

Apesar da emergência climática e da necessidade de “energias verdes”, apesar dos apelos à diversificação da economia angolana, a verdade é que, nos próximos tempos, a Sonangol continuará a ser o coração e o motor do desenvolvimento de Angola.

Sendo a principal empresa e fonte de receitas do país, a Sonangol tem vivido uma série de constantes e graves problemas. Em 2016, quando Isabel dos Santos assumiu a presidência da empresa, foi comunicado que esta se encontrava tecnicamente falida e que era necessário reestruturá‑la e pôr fim aos gastos descontrolados. Contudo, Isabel dos Santos saiu da presidência no final de 2017, e continua‑se a afirmar repetidamente que é preciso reestruturar a empresa e pôr fim aos gastos descontrolados.

No ProPriv, o Programa de Privatizações para o período 2019-2020, aprovado pelo decreto presidencial n.º 250/19, de 5 de Agosto, a Sonangol está identificada como empresa de referência nacional que será objecto de privatização. Todavia, não se sabe em que termos será efectuada essa privatização, nem quando.

Não à privatização total

A integral privatização da Sonangol não se afigura como a melhor opção, atendendo à dependência umbilical da República relativamente a esta empresa. No fim de contas, uma operação desta envergadura poderia condenar a viabilidade do Estado angolano ou criar uma nova classe de oligarcas ainda mais poderosos do que os do passado. Actualmente, a Sonangol ainda é um instrumento de soberania e afirmação estratégica do Estado em Angola.

As dificuldades da Sonangol são acima de tudo estruturais, e não conjunturais. Na realidade, a petrolífera padece de três grandes males.

Em primeiro lugar, uma gritante falta de foco: quis-se fazer de tudo e acabou por não se fazer quase nada. O facto de a Sonangol ter sido responsável pelas concessões e licitações do petróleo em Angola retirou‑lhe o estímulo para ser uma empresa eficiente: ao contar com receitas garantidas, deixou de ter à partida um incentivo para se organizar de acordo com regras eficazes e fazer face à concorrência. Uma empresa com receitas garantidas torna-se, habitualmente, preguiçosa, lenta e pouco inovadora.

Afortunadamente, neste aspecto, já se estão a tomar algumas medidas importantes, como o estabelecimento da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, instituída pelo decreto presidencial n.º 49/19 de 6 de Fevereiro, e a decisão de alienação de património e empresas não ligadas à essência da actividade da Sonangol.

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Posted on 18/01/2020 at 16:34 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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11/01/2020

Mais de 100 crianças acusadas de feitiçaria atiradas aos jacarés em Angola

Acusadas de práticas de feitiçaria, mais de cem crianças foram atiradas aos rios pelos familiares nos últimos três anos em quatro províncias angolanas. Para serem devoradas por jacarés.

Instituto da Criança deu por concluído, em 2019, cerca de 39 processos de crianças acusadas de práticas de feitiçaria

Mais de cem crianças acusadas de práticas de feitiçaria nas províncias de Cabinda, Zaire, Malanje e Bengo, nos últimos três anos, foram atiradas aos rios pelos familiares, informou uma equipa de investigadores nacionais do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP).

O fenómeno "feitiçaria" contra menores constitui um problema social que tem preocupado os investigadores do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP), afecto à Universidade Agostinho Neto (UAN) e as organizações sociais ligadas à causa.

Em declarações ao Jornal de Angola, o director do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP), Ndonga Mfuwa, disse ter constatado no terreno que muitos pais e encarregados de educação lançam os filhos aos rios para, de seguida, serem devorados pelos jacarés, alegando serem feiticeiros..

Alguns progenitores, prosseguiu o investigador, além de acusarem os filhos de feiticeiros, expulsam-nos do seio familiar e mais tarde arrependem-se do que fizeram e depois de procederem de tal forma, entram em conflito com as entidades acolhedoras.

In https://www.dn.pt/mundo/mais-de-100-criancas-acusadas-de-feiticaria-atiradas-aos-jacares-em-angola-11694075.html?fbclid=IwAR1WgyYHBib3RDIXS7qrQF01muOIkFZSOb3c4MDaN30lkGjvU3ALjbcBgOI

NOTA: Isto é barbárie. Onde andam as autoridades?

Fernando Gil

MACUA DE MOÇAMBIQUE

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Posted on 11/01/2020 at 00:42 in Angola - Cabinda, Antropologia - Sociologia | Permalink | Comments (0)

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04/01/2020

Economist alerta para perigo de Angola entrar em 'default'

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) alertou, no seguimento da terceira tranche de apoio do FMI, que Angola pode entrar em incumprimento financeiro devido ao elevado nível de pagamentos de dívida e à forte dependência das receitas petrolíferas.

“Depois de Angola não te conseguido cumprir vários das metas do Programa de Financiamento Ampliado (PFI) do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Fundo concordou com novos objetivos; nós salientamos que o nível de pagamentos de dívida é elevado, e assim sendo, o risco de Angola entrar em incumprimento financeiro [‘default’, no original em inglês] é elevado, devido à forte dependência de receitas do petróleo”, diz a EIU.

Numa nota de comentário à aprovação do terceiro desembolso pelo FMI ao abrigo do programa de assistência financeira, em dezembro de 2019, no valor de quase 250 milhões de dólares, cerca de 221 milhões de euros, os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist escrevem que “o calendário foi alterado e novas metas foram definidas, destinadas a apoiar a consolidação e a transparência, e para apoiar a reestruturação do setor financeiro”.

Na análise, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a EIU mostra-se preocupado com o aumento do rácio da dívida pública face ao PIB e com o elevado peso do fardo da dívida quando comparado com o total de receitas, fatores que considera podem fazer o país cair em incumprimento financeiro.

“O nível de dívida pública aumentou para uns estimados 90,1% do PIB, quando estava em 35% em 2013, e o serviço da dívida representa 56,8% da despesa total prevista no Orçamento para 2020″, escreve a EIU, avisando que “uma gestão cuidadosa deste portefólio e dos futuros financiamentos da dívida serão críticos se Angola quiser evitar um nível ainda mais oneroso de dívida ou o risco de incumprimento financeiro”.

No princípio de dezembro, o FMI anunciou que tinha aprovado a segunda etapa do PFI, e alertou que “a dívida de Angola permanece sustentável, mas o rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto aumentou substancialmente, e os já de si elevados riscos subiram ainda mais”.

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Posted on 04/01/2020 at 17:14 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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02/01/2020

MPLA: Um partido, duas facções?!

Analistas angolanos continuam divididos quanto ao significado das acções do Governo contra a família de José Eduardo dos Santos que culminaram, no final do ano, com o congelamento do património e contas de empresária Isabel dos Santos e do seu marido no país.
Com o "exílio" de José Eduardo dos Santos, a expulsão do Parlamento de “Tchizé” dos Santos, a prisão e julgamento de José Filomeno dos Santos e, agora, o congelamento dos bens de Isabel dos Santos, muitos observadores vêem estas acções como parte do combate à corrupção, mas outros falam num ataque premeditado à família Dos Santos e ao seu poder.
Há quem, no entanto, vê nas acções apenas uma tentativa de limpar a imagem do partido no poder, o MPLA, para garantir a sua sobrevivência.
O jurista Pedro Kaparacata entende que não há qualquer perseguição de João Lourenço à família Dos Santos.
Partidos angolanos saudam congelamento de bens de Isabel dos Santos. "Deixem a justiça trabalhar", diz a UNITA
“Isto visa um só objectivo: consolidar e manter o partido governante no poder", disse, descrevendo as acusações entre os dois lados como “uma troca de palavras carnavalescas”.
O sociólogo João Sassando é de opinião que as acções contra a família do antigo Presidente são parte de “uma estratégia montada” que se destina “mais a lavar a imagem da organização para se manter no poder”.
Isabel dos Santos promete continuar a trabalhar
O cientista político Agostinho Sikatu tem outra leitura e aponta para uma luta “entre duas alas” do MPLA.
“O grupo de José Eduardo dos Santos ainda mantém o poder na banca, nas empresas estratégicas”, o que, na opinião de Sikatu, perturba o novo poder.
Por isso, defende que as duas alas devem “criar uma comissão interna de reconciliação”.
Isabel dos Santos contra-ataca: São falsas e "politicamente motivadas" as acusações apresentadas em tribunal
Para Sikatu, actualmente, toda a luta contra a corrupção “está a incidir directamente a família de José Eduardo dos Santos e os que estiveram ligados ao antigo Presidente".
Refira-se que não houve ainda qualquer pronunciamento nem do Presidente da República nem do MPLA às acusações de perseguição política de Isabel dos Santos, ante o arresto dos seus bens e contas.
VOA – 02.01.2020

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Posted on 02/01/2020 at 20:34 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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26/12/2019

Mercasa "subornou Tribunal de Contas de Angola" com dois milhões de dólares

Funcionários do Tribunal de Contas (TC) de Angola foram subornados com mais de dois milhões de dólares pela empresa espanhola Mercasa, revela o jornal espanhol OKDiario citando investigações oficiais.

Antes tinha sido revelado que a Mercasa tinha pago cerca de 20 milhões de dólares em subornos a diversas entidades angolanas para garantir um contrato de 533 milhões de dólares para a construção de um mercado de abastecimento em Luanda.

Embora os subornos ao TC já tivessem sido mencionados, esta é a primeira vez que os pormenores e a quantia do suborno foram revelados.

O jornal diz que o então director do consórcio em Angola, Armando Andrade, informou os dirigentes da Mercasa que atrasos e dificuldades na cobrança dos mais de 500 milhões de dólares do contrato se deviam ao facto de a Procuradoria-Geral de Angola ter aberto uma investigação criminal a possíveis delitos por desvio de fundos, gestão danosa e corrupção a dirigentes do Governo que haviam participado na adjudicação do contrato, incluindo o então vice-ministro das Finanças, Manuel da Cruz Neto.

Andrade acusou o luso-angolano Guilherme Taveira Pinto, que terá desviado para as suas sociedades 17,5 milhões de dólares, de ser o reponsável dessa situação, algo que não foi bem recebido porque Andrade “foi finalmente despedido por denunciar as manobras de Taveira”, indica o jornal.

Mais tarde, Taveira Pinto, que é alvo de dois mandatos de captura das autoridades espanholas, participou numa reunião em Genebra com dirigentes da Mercasa e com a ministra angolana do Comércio, Maria Idalina de Oliveira Valente, para se desbloquear os pagamentos.

“O problema foi finalmente resolvido subornando mais funcionários através de sociedades distintas criadas por Taveira, que mantinha excelentes relações com vários ministros do governo de Eduardo dos Santos”, acrescenta o OKDiario.

O jornal diz ainda que Taveira Pinto enviou, a 15 de Fevereiro de 2016, um e-mail a um dirigente da Mercasa com cálculos de “comissões ilegais” a pagar para se desbloquear os pagamentos.

“Este documento inclui um pagamento de dois milhões e cinquenta mil dólares a membros do Tribunal de Contas em Angola com o fim de encerrarem as investigações por corrupção”, acrescenta o jornal.

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Posted on 26/12/2019 at 23:26 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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20/12/2019

ANGOLA - TESTA-DE-FERRO TEM NOME?

TestadeferroA ex-eurodeputada socialista e portuguesa Ana Gomes diz que Isabel dos Santos “controla, através de um testa-de-ferro, a Global Media” — o grupo português que detém meios de comunicação como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF. “Põe toda a gente a limpar-se na Wikipédia. Controla tudo o que sai sobre ela na imprensa. Controla através de um testa-de-ferro, a Global Media”, afirmou Ana Gomes. E quem é esse testa-de-ferro? No caso, Ana Gomes atira o calhau e esconde a mão. Estará a falar de Daniel Proença de Carvalho, de António Mosquito?

O Vaticano esteve a investigar um investimento de 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) considerado pouco transparente, que envolveu o empresário angolano António Mosquito, o sinistro o cardeal Giovanni Angelo Becciu (bem conhecido em Angola) e, claro, a Falcon Oil, revelou no passado 18 de Outubro o jornal Financial Times.

A Secretaria de Estado do Vaticano recorreu a consultores externos, em 2012, para realizar um empréstimo de 200 milhões de dólares, com fundos que tinha em contas bancárias suíças, à Falcon Oil, uma empresa petrolífera angolana, controlada pelo conhecido empresário António Mosquito, também com negócios em Portugal.

Porém, depois de ter decidido não conceder o empréstimo à Falcon Oil, a Secretaria do Vaticano decidiu investir a verba, juntamente com um fundo italiano com sede em Londres, na compra de uma participação minoritária num imóvel que aquela entidade financeira já tinha no exclusivo bairro londrino de Chelsea.

O negócio imobiliário de Londres foi o objecto da investigação judicial da Santa Sé, no decurso da qual a polícia do Vaticano apreendeu documentos e computadores dos escritórios da Secretaria de Estado. O Vaticano recusou-se a comentar o conteúdo da investigação, limitando-se a informar que foram investigadas transacções financeiras passadas.

O empresário angolano António Mosquito, que foi accionista de referência da Global Média, proprietária entre outros títulos do Diário de Notícias, Jornal de Notícias e da rádio TSF, e possuiu a maioria do capital da construtora Soares da Costa, aproximou-se directamente do Vaticano para propor um investimento de 200 milhões de dólares, disse uma autoridade sénior da Santa Sé.

António Mosquito conhecia o cardeal Giovanni Angelo Becciu, desde que este fora embaixador do Vaticano em Angola, entre 2001 e 2009.

A Falcon Oil e o empresário António Mosquito não responderam ao pedido do Financial Times de um comentário sobre esta investigação, escreve o jornal.

Até 2018, o cardeal Giovanni Angelo Becciu era o segundo mais alto funcionário da Secretaria de Estado do Vaticano, reportando directamente a Bento XVI e, mais tarde, ao papa Francisco.

A realização do investimento imobiliário de Londres foi autorizada por aquele cardeal, disseram fontes directamente envolvidas na operação.

“António Mosquito entrou em contacto com a Secretaria de Estado, como qualquer outra pessoa poderia facilmente ter feito”, disse Alberto Perlasca, ex-alto funcionário do gabinete da Administração da Secretaria do Vaticano e actual presidente da Transparência Internacional.

“O facto de nada ter sido feito mostra que a Secretaria de Estado foi escrupulosa no exame do investimento, além de qualquer consideração de pessoa ou de amizade”, acrescentou.

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Posted on 20/12/2019 at 19:27 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)

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17/12/2019

Tribunal de Cabinda ordena libertação de activistas, mas autoridades recusam

O Tribunal da Comarca de Cabinda rejeitou nesta terça-feira, 17, julgar os activistas do autodenominado Movimento Independentista de Cabinda (MIC) por “falta de crime”.
O advogado dos sete activistas, Mananga Padi, disse à VOA que o juiz considerou “não serem indóneos” os argumentos apresentados pela Procuradoria da República que qualificou de “criminosa” a rejeição dos membros do movimento em prestarem declarações no seu primeiro interrogatório.

Três dos sete activistas enviados ao julgamento sumário foram mandados em liberdade mas os outros quatro permanecem num local desconhecido em situação incerta.

Para além disso, segundo o advogado, o subdirector da cadeia disse ter recebido “ordens superiores” para não libertar os activistas.

Na cela do tribunal, o defensor foi também impedido de falar com os seus clientes, considerando estas atitudades “um atentado ao Estado democratico e de direito”.

Os activistas foram detidos no dia 10 de Dezembro quando se mobilizavam para uma manifestação pacífica para exigirem a realização de um referendo pela autodeterminação do território.

As detenções foram condenadas por várias organizações de defesa dos direitos humanos, em particular a Amnistia Internacional que pediu a sua libertação incondicional.

VOA – 17.12.2019

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Posted on 17/12/2019 at 20:46 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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14/12/2019

O Espaço de Liberdade entre a Corrupção e a Justiça*

Por Rafael Marques de Morais
No mês passado, ao condecorar-me com a Medalha de Mérito Civil, o presidente João Lourenço destacou a importância e a participação proactiva da sociedade civil na luta contra a corrupção.
Mas, antes, o presidente sussurrou-me que eu estaria mais exposto devido à honra que ele me concedia. Acontece que a minha exposição é uma dádiva. Já o presidente, tem por um lado a ingrata missão de combater a corrupção e a impunidade, sobretudo no seio dos seus próprios camaradas, os detentores do poder; e, por outro, tem de garantir o pão a uma sociedade tutelada a pensar com o estômago, a sobreviver por meio de esquemas e conformada com a desinformação. Quem se lembra do espaço de liberdade à nossa vista para, de forma inclusiva, contribuirmos para um país melhor para todos os angolanos?
A minha presença neste acto, para além do gentil convite do senhor ministro Francisco Queiroz, responde ao desafio lançado pelo presidente para que se estabeleça um diálogo mais amplo e uma parceria entre o governo e a sociedade civil na busca de soluções para os problemas que o país enfrenta.
Sem sombra de dúvidas, a corrupção é, empiricamente, o maior problema da nossa sociedade. Temos dito que a corrupção mata. Mata, porque nos priva de recursos essenciais para o saneamento básico, elemento fundamental para a prevenção de doenças como a malária e outras que têm ceifado milhares de vidas anualmente. Mas até os mortos pagam por nós. Na passada sexta-feira, por exemplo, ouvi o depoimento do concidadão Vicente Amigo Ndeke, que, a 3 de Dezembro passado, teve de entregar 175 litros de combustível e mais 25 mil kwanzas ao Hospital Municipal do Cuango. O gasóleo e o dinheiro serviram de pré-pagamento para que o hospital guardasse o cadáver da sua sobrinha Sandra Muahona, falecida no mesmo dia, vítima de febre amarela. O péssimo estado da estrada entre a cidade do Dundo e o Cuango, na mesma província da Lunda-Norte, obrigava a que a família guardasse o cadáver durante dois dias, enquanto esperava pela chegada da mãe da vítima. O extraordinário foi ouvir um funcionário do hospital referir que, durante o dia, são os cadáveres que asseguram o funcionamento do hospital, por via do combustível pago pelos seus familiares para manter em funcionamento o gerador de energia eléctrica. O Cuango é um dos municípios mais ricos de Angola, em termos de recursos naturais – diamantes –, mas na realidade é dos mais desgraçados e constitui um exemplo trágico de corrupção e má gestão.
A corrupção mata, porque nos priva de investimentos sérios e estruturantes nos educadores e no sector da educação, para que tenhamos cada vez mais médicos, professores, engenheiros, governantes, membros da sociedade civil e da oposição mais qualificados, assim como mão de obra qualificada. Sem um nível de educação e de competências capazes de gerar a independência na gestão do nosso país, a nossa soberania mantém-se refém dos interesses alheios, dos consultores, especialistas e sócios estrangeiros por nós convidados. Por isso, o país gasta mais, anualmente, com os salários dos expatriados do que com o orçamento para a educação.
Consequentemente, a corrupção não é apenas um crime que urge combater: representa, sobretudo, um esboroamento da sociedade; no fundo, a inexistência de uma sociedade justa.

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Posted on 14/12/2019 at 16:41 in Angola - Cabinda, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)

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25/11/2019

Condenação de Zé Maria visa esconder a verdade sobre o Cuito Cuanavale

O Supremo Tribunal Militar de Angola condenou hoje a três anos de prisão efectiva o ex-chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), António José Maria “Zé Maria”. O general foi condenado por crimes de extravio de documentos militares de carácter confidencial, tendo sido absolvido do crime de insubordinação por, na altura dos factos, já estar reformado. A defesa do réu, inconformada com a decisão proferida, interpôs recurso, com efeito suspensivo.

O general António José Maria, também conhecido por “Zé Maria”, de 73 anos, respondeu ao julgamento em prisão domiciliária, desde Junho deste ano, estava acusado dos crimes de insubordinação e extravio de documentos relacionados com a Batalha do Cuito Cuanavale.

O Ministério Público pediu a condenação do arguido, dando como provados todos os crimes de que era acusado, nomeadamente, o de desobediência às ordens do Presidente da República, João Lourenço, optando por “manter a fidelidade canina” ao ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

O julgamento teve início a 11 de Setembro deste ano e o caso remonta a 2018, altura em que o arguido foi exonerado do cargo e, supostamente, terá subtraído das instalações do SISM documentos secretos referentes à Batalha do Cuito Cuanavale, enquanto aguardava pelo processo da sua passagem à reforma, entretanto recuperados pela Procuradoria-geral da República após diligências judiciais.

Ao trazer a questão da batalha do Cuito Cuanavale para o epicentro do seu julgamento, o general Zé Maria ressuscitou velhos fantasmas que, para além de porem os dirigentes do MPLA em pânico, já demonstraram que a História desta batalha não é a que oficialmente nos é contada pela cartilha oficial.

O Governo do MPLA que está no poder desde 1975 continua a fazer de todos nós uns matumbos e, por isso, teima em mandar enxurradas de mentiras contra a nossa chipala. Em Maio de 2017 até arranjou 12,3 milhões de euros para pagar a conclusão do memorial sobre a histórica batalha do Cuito Cuanavale e que, de acordo com informação do MPLA, constitui uma homenagem à “bravura” dos heróis (cubanos e das FAPLA) de 1988.

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Posted on 25/11/2019 at 15:42 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)

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