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Veja aqui o Relatório da Kroll
Posted on 11/08/2022 at 11:55 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)
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Os terroristas voltaram a protagonizar mais uma incursão nesta terça-feira, no distrito de Muidumbe, zona planáltica de Cabo Delgado, resultando em mortes, para além de danos. Fontes daquele distrito deram conta, via telefone, que duas (02) pessoas do sexo masculino foram decapitadas e uma mulher é dada como desaparecida na região de Nambaiaia, próximo da aldeia Nampanha. Suspeita-se que a mulher, tida como desaparecida, tenha sido raptada pelos atacantes, cujo número não ultrapassa 20.
De acordo com as fontes, acredita-se que os atacantes sejam do mesmo grupo que no passado sábado atacou a região de Nantika, no distrito de Muidumbe. Entretanto, esta quarta-feira, os terroristas atacaram mais duas aldeias no distrito de Muidumbe, nomeadamente, Mapate e Litapata, onde até por volta das 20:00 horas, ainda queimavam palhotas da população.
Segundo as mesmas fontes, os terroristas começaram a atacar por volta das 16:00 horas a aldeia Mapate e mais tarde escalaram Litapata. No entanto, não foi possível apurar se as FDS e a Força Local teriam reagido ao ataque.
Leia mais em Três mortos em mais um ataque no distrito de Muidumbe (cartamz.com)
Posted on 11/08/2022 at 11:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
Os ataques dos insurgentes na semana passada tiveram lugar em cinco distritos diferentes: Macomia, Mocímboa da Praia, Nangade, Meluco e Muidumbe. Dois desses ataques foram dirigidos a postos avançados das forças de segurança moçambicanas. Essa ânsia de confrontar diretamente as forças de segurança, após um intenso período de ataques a alvos civis, indica a necessidade de reabastecimento de armas e munições.
A 7 de Agosto, os meios de comunicação social do Estado Islâmico (EI) publicaram um comunicado reivindicando a responsabilidade por um ataque a uma base das forças de segurança em Namuembe, cerca de 30 km ao sul da sede do distrito de Nangade. No comunicado, o EI alegou ter ferido vários soldados moçambicanos antes de apreender armas e munições e de se retirarem para a mata. O EI também publicou uma foto de cinco insurgentes posando em frente aos supostos despojos de Namuembe, que incluem espingardas, metralhadoras ligeiras, munições, explosivos e roupas militares. Um consultor de segurança informou que dois membros da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da polícia foram mortos no ataque. Outra fonte de segurança confirmou o incidente e acrescentou que os oficiais da UIR ali estacionados se retiraram em face do ataque.
Em Meluco, os insurgentes lançaram um ataque semelhante a uma guarnição das forças de segurança em Namituco, a pouco mais de 30 km da sede do distrito de Meluco. De acordo com um comunicado do EI, os insurgentes feriram vários soldados, queimaram o quartel e saquearam munições. Outra fonte de segurança reportou um ataque a uma base das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) em Meluco, mas não pôde fornecer mais detalhes. Um consultor de segurança afirmou que um membro das forças de segurança do governo ficou ferido no ataque, o quartel de Namituco foi destruído e uma grande quantidade de equipamentos foi roubada.
Leia aqui Download Cabo-Weekly-109 07.08.2022
Posted on 10/08/2022 at 16:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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A ameaça do grupo extremista Estado Islâmico (EI) cresce a cada dia em África e o continente pode ser “o futuro do califado”, alertou um especialista em segurança africano no Conselho de Segurança da ONU.
Martin Ewi disse na terça-feira que o Estado Islâmico “expandiu a sua influência além da medida” em África, com pelo menos 20 países a sentirem diretamente a atividade do grupo extremista e mais de 20 outros “a serem usados para logística e para mobilizar fundos e outros recursos”.
“Eles são agora centros regionais, que se tornaram corredores de instabilidade em África”, avaliou Ewi, que coordena um projeto transnacional sobre crime organizado no Instituto de Estudos de Segurança, na cidade sul-africana de Pretória, e que anteriormente foi responsável pelo programa de combate ao terrorismo da Comissão da União Africana.
O especialista em segurança afirmou que a Bacia do Lago Chade – que faz fronteira com Chade, Nigéria, Níger e Camarões – é a maior área de operação do grupo extremista, que determinadas áreas no Sahel são agora “ingovernáveis” e que a Somália continua a ser o “ponto quente” do EI no Corno de África.
Uma tentativa recente de assumir ou desestabilizar o Uganda falhou, mas Ewi indicou que uma afiliada do Estado Islâmico, as Forças Democráticas Aliadas, “continua a ser uma séria ameaça”.
Além disso, disse, o Estado Islâmico da África Central transformou algumas regiões do Congo e Moçambique em “matadouros humanos”, acrescentou.
O Estado Islâmico, também conhecido pelo seu acrónimo árabe Daesh, invadiu grande parte da Síria e do Iraque em 2014 e estabeleceu o chamado Califado Islâmico na região que controlava, abrangendo um terço dos dois países, brutalizando a população por anos.
O grupo foi formalmente declarado derrotado no Iraque em 2017, após uma batalha sangrenta de três anos que deixou dezenas de milhares de mortos e cidades em ruínas, mas as suas células continuam a lançar ataques em diferentes partes dos dois países.
Continue reading "Especialista alerta ONU que África pode ser futuro califado do Estado Islâmico" »
Posted on 10/08/2022 at 16:00 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (1)
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Posted on 09/08/2022 at 17:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
Somente em Moçambique, um estado totalitário, e onde o presidente como Felipe Nyusi pode falar da maneira como esse homem abre a boca só por querer abri-la e soltar sujidade. Em nenhuma democracia podia um presidente uivar as atoas como Nyusi fez sem esclarecer aquilo que ele diz para tranquilizar as pessoas. Mas esse homem acusa entidades, e mesmo países estrangeiros, de estarem por detrás da rebelião que estremece o seu regime e o estonteia ao ponto de não saber o que dizer e de estar a saltitar de país a país à procura de tropas estrangeiras para irem morrer em Moçambique na tentativa de tentar salvar o seu regime terrorista.
Agora esse homem contempla estabelecer relações com Israel com o intuito de ver se poderá obter uma ajuda militar de Israel na guerra do Norte depois das derrotas dos mercenários da Wagner de Vladimir Putin, de mercenários britânicos, de rodésio-sul africanos, e agora aparentemente dos terroristas ruandeses de Paul Kagame, dos homens da Ramaphosa e da SADC e dos tanzanianos. Todavia, de lembrar que o regime da Frelimo sempre amaldiçoou Israel como uma entidade sionista e imperialista enquanto uivando em apoio a entidade terrorista na Faixa de Gaza liderada por pelos terroristas de Hamas que algumas décadas atrás fizeram guerra para expulsar a chamada Autoridade palestiniana da Organização da Libertação da Palestina (OLP) sediada na Margem Ocidental do Jordão depois do governo de Ariel Sharon de Israel ter removido a ocupação israelita de Gaza que Israel ocupara na guerra de seis dias em 1967.
E quem fez com que não houvesse um estado palestiniano depois da decisão da ONU de 1947 que a Palestina devia ser divida em dois estados: um para judeus e outros para palestinianos ou Árabes? Foram os próprios palestinianos com o apoio de seus irmãos árabes do Líbano, Jordânia, Iraque, Egipto e Síria que recusaram a decisão, dizendo que a Palestina, libertada em 1917 pela Grã-Bretanha da ocupação colonial turca, devia só ser para árabes, enfaseando que lutariam para expulsar e lançar os judeus ao mar. Quando os palestinianos e árabes diziam isso, eles não estiveram a brincar. Iriam mesmo perpetrar um genocídio contra os judeus, se pudessem. Nas lutas entre as duas comunidades, os judeus derrotavam os palestinianos que se viram obrigados a se refugiarem em massa para a Margem Ocidental do Jordão de que a Jordânia se apoderou enquanto que o Egipto se apoderou de Gaza. Vejam lá o que os árabes fizeram das regiões que a Liga as Nações Unidas queriam que fossem partes do estado palestiniano com outras regiões de que Israel se apoderou.
No dia 15 de Maio de 1948, Ben Gurion, o primeiro Primeiro de Israel declarou a independência de Israel, terminando assim o mandato das Nações Unidas sob a governação britânica. No dia seguinte, cinco países árabes equipados com tanques e aviões declaram guerra contra Israel que os derrotou em pouco tempo apesar de que os judeus estiveram armados com espingardas antiquadas e sem tanques nem aviões. E Israel derrotou os exércitos árabes em todas as guerras em 1948, 1956, 1967 e 1973.
A ideia da invencibilidade de Israel entrou na cabeça do Nyusi que quer estreitar relações a ver se Israel poderá ajudar na guerra do Norte que pouco a pouco está descendo para o resto do pais. Mas a magia da invencibilidade de Israel não é transferível para o regime de Nyusi numa guerra que o seu governo terrorista causou e para a qual ele tenta agora encontrar bodes expiatórios como sempre o regime da Frelimo fez em vez de se reparar no espelho e nele ver a sua hediondade como a causa das guerras que assolam o povo de Moçambique.
Não há entidades privadas nem países que financiam os rebeldes, como Nyusi tenta mentir, mas há sim entidades e países que financiam o regime terrorista da Frelimo para sobreviver e para ele continuar no poder, que é para eles poderem melhor explorar e roubar ao povo moçambicano.
Veja em
Posted on 09/08/2022 at 11:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Após Filipe Nyusi afirmar que o terrorismo em Cabo Delgado "não termina", o analista Mohamed Yassine fala em "fracasso militar" na região. E diz que o Presidente terá enviado um recado aos investidores do gás.
Na última semana, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou por várias ocasiões que "o terrorismo não termina e que a vida não pode parar em Cabo Delgado". Filipe Nyusi disse ainda que não entende porque alguns projetos de multinacionais ainda não retornaram àquela província.
As palavras de Nyusi foram proferidas, entre outras ocasiões, durante a Reunião de Negócios da Agenda Africana da Comunidade dos Presidentes dos Conselhos da Administração e Diretores Executivos, e provocaram alguma surpresa entre muitos observadores e analistas políticos moçambicanos.
A DW África falou sobre o assunto com o analista político e professor universitário moçambicano, e especialista em terrorismo internacional, Mohamed Yassine.
DW África: Qual a mensagem que Filipe Nyusi queria fazer passar, ao proferir publicamente as referidas declarações?
Mohamed Yassine (MY): Primeiro, penso que o Presidente da República, na sua forma peculiar de se comunicar - que é muito difícil de perceber -, acabou por assumir aquilo que alguns de nós já vínhamos dizendo desde 2020, que o terrorismo em Moçambique não iria acabar usando o formato ortodoxo de combate que Moçambique estava a utilizar.
DW África: O Presidente escolheu um encontro com empresários para fazer passar esta mensagem...
MY: O Presidente escolheu aquele encontro, onde tinha também muitos empresários internacionais, para comunicar que [se] o terrorismo não estiver a ser vencido em Cabo Delgado, existem muitos países que avançaram com os seus projetos económicos, assumindo que estão enfrentando também o terrorismo. E Moçambique não deveria ser diferente.
DW África: Qual o papel do Ruanda em toda esta situação? Nyusi continua a contar com este parceiro na luta contra o terrorismo?
MY: Atualmente o Ruanda começa a ressentir-se da guerra prolongada em Cabo Delgado e também das baixas que vai sofrendo. E por outro lado, a parte económica do próprio conflito. O Ruanda precisa do sustento financeiro para manter as tropas lá, e vimos ainda na mesma semana o representante da União Europeia em conversações com o Ruanda. Também vimos o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken a assumir que o Ruanda joga um papel fundamental no processo de manutenção da paz na região em África.
DW África: A petrolífera francesa Total e os seus investimentos em Cabo Delgado são determinantes, Filipe Nyusi dirige-se também à multinacional petrolífera?
Continue reading "Terrorismo: Analista aponta "fracasso militar" em Cabo Delgado" »
Posted on 09/08/2022 at 11:27 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Os recentes ataques às viaturas na estrada Macomia-sede à Localidade de Owasse, pelos terroristas que desde 2017 atacam certos distritos de Cabo Delgado, voltaram a obrigar a activação de escoltas militares que, pela aparente melhoria da situação de segurança, tinham sido reduzidos ou abandonados.
A Integrity Magazine sabe que, neste momento, as escoltas militares, garantidas pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), às viaturas que se dirigem ao norte de Cabo Delgado estão activas em três pontos, que outrora foram principais corredores de terroristas.
Trata-se, pois, de uma medida que visa garantir a segurança aos cidadãos que viajam de regresso às suas terras de origem, depois de deslocadas e devido às questões comerciais e de trabalho, nos troços Macomia-sede – Owasse, Mueda –Owasse–Mocímboa da Praia, Mocímboa da Praia – Palma e vice-versa.
Conforme apurámos, algumas pessoas que viajaram recentemente naquelas vias, e falaram ao Integrity, disseram que mesmo com a onda de ataques, há quem tem arriscado em se fazer à estrada sem escoltas militares, alegadamente por motivos de demora.
Ainda segundo as nossas fontes, alguns chegaram sem problemas e outros nem por isso, como é o caso de uma viatura que, na última quinta-feira, foi atingida por indivíduos que se acredita serem terroristas, na região de Chinda, no Distrito de Mocímboa da Praia, no entanto, não houve vítimas mortais nem feridos, mas danos na viatura que fazia o trajecto Mueda –Cidade de Pemba. (Mussa Yussuf, em Pemba para IMN)
Posted on 08/08/2022 at 17:50 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Posted on 08/08/2022 at 16:01 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Um agente das Forças de Defesa e Segurança afecto a um dos quartéis no distrito de Macomia, no âmbito do combate ao terrorismo, atirou mortalmente contra um cidadão, até então residente na aldeia Nova Zambézia, posto administrativo de Chai.
O incidente aconteceu na semana finda, quando alegadamente o agente das FDS estava em missão de perseguição a um grupo de terroristas que, na quinta-feira passada, atacou uma coluna de viaturas nas proximidades da aldeia Nova Zambézia e mais tarde decapitou duas pessoas.
Fontes na vila de Macomia disseram que a vítima estava escondida num arbusto, fugindo da agitação na aldeia depois da incursão terrorista e foi assim que um militar viu o cidadão e disparou mortalmente. Mais tarde veio a saber-se que a vítima não era um terrorista, como teria presumido o elemento das FDS.
Leia mais em FDS acusadas de matar civil na aldeia Nova Zambézia em Cabo Delgado (cartamz.com)
Posted on 08/08/2022 at 10:59 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Desporto | Permalink | Comments (0)
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Um grupo de terroristas voltou a atacar nos distritos de Muidumbe e Mocímboa da Praia, norte de Cabo Delgado, no último fim-de-semana, deixando pelo menos três mortos e obrigando à fuga de várias famílias.
À "Carta", fontes disseram que, no sábado, os terroristas mataram dois produtores, na zona de Nantika, nas margens do rio Messalo, a leste do distrito de Muidumbe. A região não fica distante da aldeia Litandacua, no distrito de Macomia, onde recentemente houve uma troca de tiros com as forças locais.
Esta situação obrigou os residentes de Nantika a refugiarem-se para a povoação de Malangonha e para as aldeias de Namacule e Muambula, recentemente reocupadas pelas famílias que tinham fugido para os distritos de Montepuez e Ancuabe.
Leia mais aqui Terroristas voltam a matar em Muidumbe e Mocímboa da Praia (cartamz.com)
Posted on 08/08/2022 at 10:53 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Ontem acompanhei o discurso do Presidente Nyusi num evento com o sector privado e que foi veiculado pela comunicação social, com alguma preocupação!
Fiquei apreensiva quando ele disse " não sei porque a Total ainda não retomou as actividades (em Palma) , porque a situação já está controlada".
Assustou - me muito quando ele afirmou que "falei com o Presidente Kagame para perguntar porque a Total não volta". Mas o grande aperto no meu coração veio quando ele, com alguma leviandade, disse "o terrorismo na termina e a vida continua".
Destes três pontos surgem algumas perguntas para as quais, sinceramente, gostava de ter respostas do próprio Presidente, só para perceber bem se ele estava consciente do que dizia.
Então, é preciso que o Chefe do Estado, o comandante em chefe, guardião da legalidade e da protecção dos direitos humanos dos cidadãos tenha muito cuidado no uso das palavras quando fala em público. No seu momento de lazer, com seus amigos pode usar palavras e linguagem que quiser. Mas no exercício de funções deve escolher bem as palavras, para não ferir sensibilidades muito abaladas com a situação.
Posted on 07/08/2022 at 17:43 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Ministro da Defesa moçambicano disse hoje que ataques a novos pontos no sul de Cabo Delgado são consequência da movimentação de rebeldes que fugiram da invasão à base Catupa, refúgio rebelde no distrito de Macomia.
"O que está a acontecer em Ancuabe, Meluco e alguns episódios em Chiure e Memba são a dinâmica das operações de grande vulto que estão a ocorrer na província de Cabo Delgado, particularmente com aquilo que era o processo para a tomada de base Catupa, o centro de gravidade dos terroristas", explicou à comunicação social Cristóvão Chume, momentos após uma reunião com a ministra da Defesa e do Serviço Cívico da Tanzânia, Stergomena Lawrence Tax, em Maputo.
Em causa estão novos ataques na faixa sul da província que começaram a ser registados no início de junho, visando sobretudo pontos recônditos do distrito de Ancuabe e Meluco, tendo as incursões provocado pânico também em alguns distritos próximos, nomeadamente Metuge, Mecúfi e Chiure.
Posições dos rebeldes
Segundo o governante, as novas incursões rebeldes nestes novos pontos são resultado do impacto da tomada das posições dos rebeldes na base Catupa, localizada numa mata densa do distrito de Macomia.
"Uma vez que [a base Catupa] foi tomada, é claro que vamos ver os terroristas a criarem problemas em algumas zonas de forma isolada. Mas a situação está mais estável", frisou Cristóvão Chume.
A base Catupa, descrita como o principal refúgio dos rebeldes em Macomia, estava localizada numa mata densa do distrito e albergava insurgentes que fugiram das operações militares que culminaram com a recuperação deMocímboa da Praia, em agosto do ano passado, segundo informações avançadas pelas Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique em 23 de julho.
Durante a operação para a tomada da base Catupa, segundo as forças governamentais moçambicanas, dezenas de rebeldes foram abatidos, incluindo um líder do grupo, tendo também sido apreendido material bélico, em quantidade não especificada, e computadores, bem como rádios de comunicação que eram usados pelos insurgentes para coordenar ações.
Pelo menos 600 pessoas raptadas por rebeldes em Cabo Delgado foram resgatadas durante a operação, que levou pouco mais de quatro meses, segundo informação oficial do Ministério da Defesa do Ruanda, país que apoia Moçambique no combate à insurgência, ao lado de outras forças de estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4 mil mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio.
DW – 06.08.2022
Posted on 06/08/2022 at 23:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 04/08/2022 at 21:35 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Nesta edição
+ grandes doadores cedem em Cabo Delgado
+ Aceitem o governo sem linha de queixas
+ $2,5 bilhões para fortalecer a emergência climática estadual
+ União Africana aceita 2º aquecimento global, diz que vá para o gás
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Grandes doadores cedem para gastar US$ 2,5 bilhões, doadores aceitam linha governamental sem queixas por trás da guerra de Cabo Delgado
Após oito meses de confronto, os grandes doadores entraram em colapso e pararam de tentar pressionar o governo a aceitar que as queixas locais desempenham um grande papel na guerra civil de Cabo Delgado.
Em outubro do ano passado, o Banco Mundial, a UE, o ADB e o PNUD apresentaram uma proposta de Estratégia para a Resiliência e o Desenvolvimento no Norte (ERDIN) com promessas de US$ 2,5 bilhões anexadas. A proposta deu ênfase substancial às queixas locais - pobreza, desigualdade, marginalização e nenhum ganho com os recursos locais - como uma das principais raízes da atual guerra civil. O presidente Filipe Nyusi sempre rejeitou isso, e o governo se recusou a submeter o ERDIN ao Conselho de Ministros, levando a um impasse.
Em 17 de maio, o embaixador da UE em Moçambique, António Gaspar, sinalizou que os doadores haviam recuado. Ele anunciou 65 milhões de euros para o desenvolvimento no norte "só este ano" e não estava condicionado ao governo concordar com o ERDIN. (Lusa 17 de Maio) Em 21 de junho, o Conselho de Ministros aprovou uma nova versão do documento que retirou quase todas as referências à pobreza, desigualdade e queixas. Chama-se PRÉN (Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado no Norte) e ainda não foi lançado formalmente, mas as cópias estão em circulação.
Dois fatores estão por trás da rendição. Primeiro, os grandes doadores e credores, como o Banco Mundial e a União Europeia em Washington e Bruxelas aprovam orçamentos de contorno por ano ou mais de avanço, e a pressão está nos escritórios de Maputo para dispersá-lo. No final, empurrar dinheiro para fora da porta é a prioridade. É uma reversão total de uma década atrás, quando os doadores poderiam reter dinheiro para pressionar o governo por mudanças políticas; agora o governo tem na mão o chicote.
O outro fator ligado é que o gás e os minerais e o potencial para grandes contratos levaram a comunidade internacional a apoiar a Frelimo como pessoas com quem pudessem lidar. Isso havia sido enfatizado pela UE dois meses antes, quando a missão de observação eleitoral da UE 2019 retornou para um acompanhamento. O relatório de 2019 foi condenável: a comissão eleitoral não seguiu a lei, o registo de eleitores foi inflado, "um campo de jogo desnível ficou evidente durante toda a campanha" com violência e limitações ilegais sobre a oposição, e uma ampla gama de irregularidades.
O chefe da Missão Eleitoral da UE 2019, Nacho Sanchez Amor, liderou a missão de acompanhamento em março em Maputo. Seu relatório mostrou que nenhuma das 20 recomendações havia sido adotada. "Para garantir as liberdades políticas fundamentais dos cidadãos", disse Sanchez à imprensa em 22 de março, algumas mudanças foram "absolutamente imperativas", acrescentando que "se houver vontade política, isso pode ser feito".
Mas a mensagem para Frelimo era muito diferente. Em 21 de março, ele se reuniu com a ministra das Relações Exteriores Verónica Macamo, disse que lhe disse "se seria bom" se algumas das reformas sugeridas pudessem ser implementadas. (AIM 21,22,23 março)
Essa mensagem foi alta e clara: a UE permitirá que a Frelimo roube as próximas eleições.
Continue reading "Mozambique News reports and clippings 603 04.08.2022 por Joseph Hanlon" »
Posted on 04/08/2022 at 17:12 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 04/08/2022 at 12:33 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Um grupo armado atacou e decapitou três pessoas, todos adultos, em Litanducua, uma aldeia do distrito de Macomia que fica dentro de um cordão de segurança e com forte presença de militares em Cabo Delgado, relataram à VOA nesta quarta-feira, 03, várias fontes locais.
O ataque ocorreu na terça-feira, 02, e visou uma aldeia que fica não distante de uma posição militar, tendo os insurgentes destruído também casas e uma motocicleta dos moradores, contaram os residentes.
“Eles quando entraram na aldeia começaram a queimar casas, e capturaram três pessoas”, que foram decapitadas de imediato, disse Sulemane Abhir, descrevendo um novo pânico no local.
Um outro morador, citando um sobrevivente, disse que o grupo entrou ao princípio da noite, “claramente para destruir a aldeia e expulsar” os habitantes que sobreviveram a um ataque anterior.
Várias pessoas voltaram a fugir da aldeia, que já tinha sido atacada em Julho, quando os rebeldes incendiaram dezenas de casas.
O Estado Islâmico reivindicou o ataque escreve a especialista em análise de dados de conflitos armados, Jasmine Opperman, que acompanha o conflito em Cabo Delgado.
Na sua página no Twitter, Jasmine Opperman indica que a reivindicação do Estado Islâmico refere “a morte de três cristãos”, decapitados pelos seus soldados “após a sua captura na terça-feira”.
Três emboscadas a escoltas militares
A aldeia atingida não fica distante de onde o grupo rebelde fez três emboscadas em menos de uma semana a colunas de viaturas, uma das quais fortemente guardada por militares e camiões blindados equipados com metralhadoras.
Numa das emboscadas, os insurgentes “decapitaram dois cristãos” e provocaram danos a sete veículos e vários feridos, numa zona com protecção e actuação das tropas governamentais e estrangeiras que combatem a insurreição armada em Cabo Delgado.
As duas primeiras emboscadas ocorreram a 30 e 31 de Julho, a sul da aldeia Nova Zambézia, no distrito de Macomia, junto à única estrada asfaltada que liga Pemba a Palma.
No ataque do dia 31, a coluna de viaturas estava fortemente protegida e tinha a missão de levar suprimentos de guerra para a vila de Palma, via terrestre.
No dia anterior o ataque visou um transporte de passageiros que seguia em fila com outras viaturas, no mesmo troço.
Um outro ataque em Oasse, no troço entre as aldeias Nova Zambézia e Nova Vida, onde não havia escolta militar, verificaram-se dois mortos e quatro feridos, incluindo um bebê que aparenta ter 7 meses de vida.
A Polícia em Pemba não respondeu de imediato ao pedido de comentário da VOA.
A insurreição, com inspiração radical islâmica, irrompeu em 2017, deixando pelo menos 4,000 mortos segundo a ACLED e cerca de 850.000 desalojados.
VOA – 03.08.2022
Posted on 03/08/2022 at 21:13 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
Macomia voltou a ser palco de violência insurgente na zona de Nkoe e Nova Zambézia na semana passada, enquanto os insurgentes em Nangade lançaram um ataque à sede distrital, que até então não tinha sido diretamente alvo de ataques. Este ataque começou por volta das 9h00 do dia 26 de Julho, quando 10 a 12 homens armados entraram no bairro de Chitunda em Nangade e incendiaram entre 20 e 30 casas.
Uma fonte local afirma que pelo menos duas pessoas foram mortas, enquanto o Estado Islâmico (EI) se vangloria de ter decapitado três pessoas e queimado mais de 20 casas através de um comunicado distribuído nos meios de comunicação social. Imagens posteriores ao incidente de Chitunda vistas pelo Cabo Ligado mostram vários edifícios em ruínas devastados pelo fogo e o que parecem ser pelo menos duas sepulturas.
Os insurgentes foram então confrontados pelas forças de segurança, que mataram pelo menos dois insurgentes e capturaram cerca de cinco, segundo uma fonte local. Outra fonte, no entanto, lamentou que o fato do incidente ter ocorrido, apesar da presença de uma guarnição militar na vila, reflete um fracasso das forças de segurança. Também surgiram relatos de que as forças de segurança tentaram impedir que civis fugissem para o mato, pois seria difícil distingui-los dos insurgentes.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-Semanal_31Julho
Posted on 03/08/2022 at 17:44 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES SOCIOECONÓMICAS DOS DESLOCADOS INTERNOS NO NORTE DE MOÇAMBIQUE AO LONGO DO ANO DE 20211
João Feijó, Jerry Maquenzi, Daniela Salite e Joshua Kirshner
RESUMO
O texto tem como objectivo aferir as condições socioeconómicas dos deslocados internos, ao longo do ano de 2021. A partir da realização de inquéritos por questionário e observação no terreno constata-se que o conflito armado exerceu um impacto negativo nas relações sociais no Norte de Cabo Delgado, afectando diferentemente os grupos sociais. Os dados revelam um profundo agravamento das condições de habitação, de acesso a recursos naturais e condições de produção, tornando a população largamente dependente de ajuda humanitária. A elevada concentração de populações deslocadas ao longo do eixo Pemba-Montepuez assegurou uma maior proximidade a infra-estruturas e serviços públicos, aumentando a pressão sobre serviços já altamente saturados. A guerra, as deslocações forçadas e as medidas de prevenção da COVID-19 exerceram um impacto negativo nos serviços de educação, afectando centenas de milhares de jovens e comprometendo a integração socioprofissional de toda uma geração.
Posted on 03/08/2022 at 12:05 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
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Com recurso às tecnologias de informação, o autoproclamado Estado-Islâmico – província de Moçambique (EI-M) tem desmentido as reivindicações de sucessos no Teatro Operacional Norte (TON) feitas pelo Governo de Maputo
Enquanto a propaganda oficial continua a reivindicar ganhos no terreno, os bandos armados presumivelmente de inspiração jihadista continuam a pressionar militarmente em diversos pontos da província nortenha moçambicana de Cabo Delgado.
Por exemplo, no último dia de Julho deste 2022 um inusitado ataque ocorreu ao meio da tarde no curto trajecto da Estrada Nacional Número 380, entre as aldeias Nova Zambézia e Vida Nova, distrito de Macomia. A incursão espantou muitos residentes pelo alvo visado, hora em que ocorreu e pelo facto de ter ocorrida numa zona com um impressionante dispositivo de unidades e posições das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique e países amigos que ajudam no esforço de pacificação de Cabo Delgado.
A investida, rocambolesca, visou uma coluna de viaturas civis que fazia a ligação entre as sedes distritais de Mueda e Macomia, sem escolta das FDS, depois do posto administrativo de Ouasse e instantes após passar da aldeia Nova Zambézia e prestes a alcançar a aldeia Vida Nova.
Um motorista de um camião-cisterna carregado de combustível foi atingido por uma bala, mas conseguiu acelerar velozmente a viatura que já na aldeia Vila Nova, aparentemente descontrolada, atropelou mortalmente uma anciã de 72 anos. O condutor sucumbiu. Saldo: dois mortos e três feridos, dois dos quais com gravidade.
Com recurso às tecnologias de informação, o autoproclamado Estado-Islâmico – província de Moçambique (EI-M) tem desmentido as reivindicações de sucessos no Teatro Operacional Norte (TON) feitas pelo Governo de Maputo.
Em comunicado, o EI-M desmentiu, por exemplo, através de comunicado no site Al-Naba, a tomada de uma base de guerrilheiros em Cabo Delgado e a eliminação de dezenas destes autodenominados mudjahedin pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e ruandesas (RDF) em Katupa (https://redactormz.com/katupa/ ) no distrito de Ma[1]comia.
Os jihadistas referem que o refúgio estava desocupado “há várias semanas”, negando quaisquer baixas entre os seus militantes, pondo em causa o conteúdo de uma conferência de imprensa do comandante do TON em 23 de Julho deste 2022 e do próprio chefe supremo das FDS moçambicanas e Presidente da República, Filipe Nyusi, numa intervenção em Mueda.
Na altura, foram reveladas imagens de vários alegados guerrilheiros capturados e que seriam os líderes distritais das células armadas.
Nyusi anunciou, igualmente, que um dos líderes dos guerrilheiros, conhecido por “Assane”, teria sido abatido no distrito de Macomia pelas FADM e militares do Ruanda. A base de Katupa, situada numa zona de difícil acesso, fora utilizada pelos grupos armados provenientes de Mocímboa da Praia, na sequência da recuperação da vila por forças ruandesas em Agosto de 2021.
Registos recentes indicam que parte dos atacantes que actuavam nessa região deslocaram-se para os distritos do Sul de Cabo Delgado, se desdobrando actualmente em Chiure e Ancuabe.
O número de reivindicações do EI-M situa-se já em meia centena desde 01 de Junho, com um aumento na comunicação da autoria de ataques e de desmentidos sobre operações levadas a cabo pelas FADM e contingentes estrangeiros na província.
O contingente da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Cabo Delgado (SAMIM) avançou formalmente com a informação sobre duas ocorrências no contingente do Lesotho, dos quais resultaram um morto e sete feridos, alegadamente devido a um acidente de viação.
Num outro acidente, um disparo inopinado de um membro do contingente do Lesotho resultou em ferimentos no próprio militar. As ocorrências tiveram lugar no distrito de Nangade, onde parte do contingente das Lesotho Defense Forces (LDF), composto por cerca de 130 militares, foi destacado para patrulhamento de vias de comunicação no distrito. O contingente das LDF está aquartelado em Macomia. Estas ocorrências coincidem com o aumento dos confrontos no distrito.
RDACTOR – 03.08.2022
Posted on 03/08/2022 at 11:21 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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A TotalEnergies não deverá reiniciar os trabalhos no projecto de LNG em Moçambique este ano e, quando o fizer, estará sob um contrato revisto. A ‘força maior’ não será levantada antes de 2023, no mínimo, mas, ainda assim, a empresa diz que o contrato de aprovisionamento e construção de grande parte do projecto Moçambique LNG será renovado com vista a enquadrar-se na actual conjuntura.
Em Junho de 2019, uma joint venture entre a Saipem, o empreiteiro americano McDermott International e a empresa de engenharia japonesa Chiyoda alinhou-se num projecto de engenharia, aquisição e construção das duas unidades de liquefação do projecto de gás natural liquefeito em Afungi, na província de Cabo Delgado, em Moçambique. Contudo, os trabalhadores foram evacuados daquela localidade, em Dezembro de 2020, devido à ameaça levada a cabo pelos insurgentes islamistas, situação que levou a que a TotalEnergies declarasse ‘razão de força maior’ para parar os trabalhos.
Posted on 02/08/2022 at 12:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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Dois novos ataques, sendo um contra uma coluna de viaturas e outro a um minibus, no último domingo, no troço Owasse-Macomia, resultaram num morto, dois feridos e danos materiais.
De acordo com fontes, os atacantes não foram identificados, mas acredita-se que sejam terroristas, que ainda circulam no distrito de Macomia, apesar da presença das Forças de Defesa moçambicanas e estrangeiras.
O primeiro ataque, que não causou vítimas mortais, registou-se perto da aldeia Nova Zambézia, posto administrativo de Chai, por volta das 15:00 horas, contra um minibus, que regressava do distrito de Mueda.
O segundo ocorreu numa zona não muito distante do primeiro, concretamente no troço Nova Zambézia-Nova Vida, no distrito de Macomia. Neste ataque foi alvejada uma coluna de cinco viaturas que circulavam no sentido Owasse - Macomia-sede.
Leia mais em Dois ataques no troço Owasse - Macomia resultam num morto e dois feridos (cartamz.com)
Posted on 02/08/2022 at 10:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Dois veículos não identificados, conduzidos por homens armados e sem farda, têm estado a circular nas imediações das aldeias de Muaja, N’puhu e Chimoio, no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, para recolher cidadãos beneficiários directos do fundo do projecto de exploração da mina de rubis à força.
Por conta desta situação, há poucos dias, a “Integrity” recebeu denúncias anónimas de fontes locais, que deram conta que três pessoas foram raptadas só na aldeia de Chimoio. Já, em Muaja, consta também que os referidos indivíduos chegaram à residência de um dos beneficiários do projecto, mas não o acham. Na mesma senda de acontecimentos, na semana finda, os dois camiões militares voltaram a entrar nas zonas de mineração de ouro, na aldeia de Muaja, no interior do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), e começaram a vasculhar o local, uma situação nunca antes vivida naquela região.
A situação ficou tensa quando cinco corpos de civis foram encontrados em Muaja, numa zona limítrofe entre Montepuez e Ancuabe, tendo levado as autoridades militares a anunciar uma vasculha a pente fino, para afastar qualquer perigo naquele local rico em rubis, de sorte que levou a multinacional Gemfields a “abrir os sinos da sinagoga” como forma de prevenção de um eventual ataque terrorista. (Omardine Omar)
Posted on 01/08/2022 at 16:43 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Os EUA intensificaram a ajuda humanitária a um número crescente de deslocados internos na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, em meio a esforços bem-sucedidos para dispersar os insurgentes afiliados ao Isis.
Além das Palavras
As forças regionais sul-africanas e ruandesas que lutam na província mais ao norte de Cabo Delgado, em Moçambique, desde julho de 2021, estão dispersando os insurgentes afiliados ao Isis — mas também os levando mais para oeste e sul, deslocando mais civis e ameaçando minas comerciais.
O número de deslocados internos saltou de pouco menos de 800.000 para 946.508 desde fevereiro deste ano, de acordo com a ONU. Das pessoas recém-deslocadas, 83.983 pessoas fugiram dos ataques nos distritos de Ancuabe e Chiure em junho, à medida que a guerra se espalhou para o sul, levando a uma "deterioração da situação humanitária no sul de Cabo Delgado", disse o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Os insurgentes dispersos realizaram "ataques insurgentes mais generalizados e audaciosos", segundo o especialista em Moçambique Joseph Hanlon em seu último boletim.
Pacote de ajuda dos EUA
Subsecretário de segurança civil, democracia e direitos humanos dos EUA Uzra Zeya, que visitou Moçambique na semana passada, observou que a SADC e as forças ruandesas - além do treinamento militar dos EUA e da União Europeia - ajudaram a "mudar o impulso da guerra contra os insurgentes".
"Ao mesmo tempo, porém, os combatentes do Isis Moçambicano continuam a realizar ataques contra aldeias no norte e isso demonstra que eles continuam a ser uma ameaça perigosa à vida, ao bem-estar e à segurança do povo do norte de Moçambique que já sofreu tremendamente com a violência terrorista", disse ela.
Zeya — que se encontrou com o presidente Filipe Nyusi e os ministros do Interior e da Justiça, bem como altos funcionários — disse que descobriu que as condições ainda não eram certas para que as centenas de milhares de pessoas deslocadas, a maioria mulheres e crianças, retornassem para suas casas em segurança.
Foi por isso que ela havia anunciado em Maputo um pacote de assistência humanitária de US$ 116 milhões para atender às suas necessidades, incluindo grave insegurança alimentar, saúde, água, saneamento, higiene, agricultura e outras necessidades críticas.
Também ajudaria a enfrentar os efeitos do ciclone tropical Gombe, que atingiu o norte de Moçambique em março, agravando as dificuldades das pessoas.
Perigos
A preocupação de Zeya com os perigos das pessoas deslocadas voltarem para casa havia sido sublinhada quando insurgentes atacaram a vila de Mihecane no distrito de Ancuabe em 19 de julho.
"Um grupo de seis moradores que fugiram de um ataque anterior no final de junho dizem ter retornado para recuperar alguns pertences de suas casas quando foram abordados por insurgentes", de acordo com o monitor de insurgência cabo ligado.
"Um conseguiu escapar em uma moto enquanto os outros cinco estão desaparecidos, presumivelmente mortos."
O relatório descreveu outros ataques recentes em uma ampla área de Cabo Delgado, nos distritos de Ancuabe, Mocímboa da Praia e Macomia. Estes incluíram um grande ataque à vila de Mitope, perto da cidade portuária norte de Mocimboa da Praia, em 22 de julho, quando insurgentes queimaram muitas casas, saquearam mercadorias e sequestraram várias pessoas.
Posted on 01/08/2022 at 12:29 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Analistas dizem que as declarações do Inspector-geral do Ministério da Defesa Nacional, Víctor Muiriquele, de que persistem desafios na identificação dos financiadores da insurgência em Cabo Delgado, mostram que Moçambique ainda não reune capacidades para fazer face ao problema e defendem a capacitação da sua inteligência.
"É importante reconhecer que é um desafio identificar os financiadores do terrorismo em Moçambique", disse o oficial das forças armadas moçambicanas
O director do Instituto de Estudos Económicos e Sociais de Moçambique (IESE), Sebastião Forquilha, diz que desde o início, estava claro que o país não reunia capacidades para fazer face ao terrorismo em Cabo Delgado, "porque este é um fenómeno complexo, e exige uma capacidade interna de produção e gestão de informação, bem como instituições fortes à altura do desafio, que não era esse claramente, o nosso caso".
Referiu que para além disso, demorou muito tempo para o Estado moçambicano reconhecer, publicamente, que esta face ao problema ligado ao terrorismo de caracter jihadista, "como também as operações no terreno não reflectiam a complexidade do próprio fenómeno".
Para o pesquisador do Instituto Internacional de Estudo de Segurança, Borges Nhamirre, é difícil identificar os financiadores do terrorismo, porque estes são o coração deste fenómeno.
"Os tipos de financiamento são vários, e podem ser contribuições voluntárias de pessoas que vivem na sociedade, e no caso de Cabo Delgado, podem resultar de actividades ilícitas como tráfico de rubis, madeira, entre outros, realçou aquele pesquisador.
Avançou que ainda que o Governo tivesse identificado os financiadores, nunca iria apresentá-los ao público, sempre procuraria neutralizá-los, "porque a partir do momento em que são apresentados ao público, eles mudam de estratégia de actuação.
Nhamirre acrescentou que, face a este problema, as Nações Unidas publicaram, na semana passada, um relatório desenhando o perfil dos financiadores, anotando que as autoridades moçambicanas também têm estado a fazê-lo.
"Ouvi, na semana passada, o Comandante-Geral da Polícia dizer que os insurgentes são financiados por dinheiro de rubis; teoricamente é possível porque temos em Cabo Delgado um submundo de exploração de rubis, que são retirados das matas, são vendidos a estrangeiros, muitos deles que vivem em Montepuez, e portanto, a probabilidade desse dinheiro resultante da venda ilegal de rubis, é muito grande", destacou.
De acordo com aquele pesquisador, não são apenas os rubis, são todos os recursos naturais de fácil extração, o ouro por exemplo, que são sujeitos à mineração artesanal, bem como o tráfico de drogas, para além das isenções a comerciantes ilegais, cujo dinheiro não se sabe qual é o seu destino.
Continue reading "Moçambique: quem podem ser os financiadores da insurgência?" »
Posted on 29/07/2022 at 19:06 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Nesta edição
Cabo Delgado
+ Guerra se expande com deslocado hit 950.000
+ Cada lado captura uma base
+ Mocímboa da Praia & Palma: estradas & ilhas
+ Nangade: primeiro ataque à cidade
+ Macomia: Chai & estrada principal
+ Ancuabe: o empurrão para o sul e oeste
+ Montepuez e mineração
Fundo e comentário
+ A repressão aos garimpeiros é sábia?
+ Movimentos sul e oeste seguem linhas de apoio
+ Gás vital para a Europa, ou ativo encalhado?
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A guerra se expande quando deslocados atingiram 950,000
As forças ruandesas dispersaram os insurgentes, levando a ataques insurgentes mais generalizados e audaciosos. As forças governamentais, ruandesas e sadc tornaram-se mais ativas e eficazes. Mas eles não estão mantendo os distritos de Mocimboa da Praia e Palma seguros - atrasando qualquer chance de total retomar o trabalho até o próximo ano, no mínimo. Trata-se de uma guerra de guerrilha crescente, com lutas significativas continuando em Macomia e Ancuabe, bem como Mocimboa da Praia. Ambos os lados relatam ataques bem sucedidos em uma base do outro lado.
O mapa abaixo mostra que houve 90 incidentes nas sete semanas de 1 de junho a 21 de julho, quase dois incidentes por dia. As mortes por guerra são agora de 4.131 (ACLED, 21 de julho). O número de pessoas deslocadas que fugiram de suas casas devido à guerra saltou para 946.508, um aumento de 161.944 desde fevereiro. Dessas, 83.983 pessoas fugiram dos ataques nos distritos de Ancuabe e Chiure em junho, à medida que a guerra se espalhava para o sul, levando a uma "deterioração da situação humanitária no sul de Cabo Delgado". (OCHA 24, 25 de Julho) Dos deslocados, a OIM (27 de junho) informa que 138.231 conseguiram voltar para casa.
(Mapa com base em dados alterados da ACLED.)
Cada lado captura uma base
Em 9 de julho, insurgentes lançaram um ataque de morteiros contra uma base da polícia de choque (UIR, Unidade de Intervenção Rápida) em Pundanhar, a oeste do distrito de Palma, na estrada para Nangade. Cerca de 100 policiais fugiram. O Estado Islâmico reivindicou o ataque e disse que os quartéis foram queimados e munições, armas e explosivos apreendidos. Dois dias depois, insurgentes atacaram uma base do exército em Mandimba, Nangade capturando armas e munições. (Carta de Moçambique 15 de Julho, citando ACLED e News24)
Em 14 de julho, o presidente Filipe Nyusi anunciou a captura de uma grande base na densa floresta Catupa/Katupa no norte do distrito de Macomia, cerca de 20 km a leste de Chai e a meio caminho da costa. A operação estava em andamento desde março, envolvendo tropas ruandesas, SADC e moçambique. Mas há um forte desacordo sobre exatamente o que aconteceu. A imprensa foi levada para a base e a quantidade limitada de material apreendido "sugere que o campo estava limpo bem antes das FDS [exército] marcharem" relata Cabo Ligado. (19 de julho) O presidente Nyusi disse que um líder foi morto, mas Omar Saranga, coordenador das Forças Armadas do Teatro Operacional do Norte, disse que "Nossas forças mataram dezenas de terroristas". (Lusa 24 de Julho.
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Posted on 28/07/2022 at 21:44 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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O economista João Mosca diz que a hipótese de Moçambique responder às crescentes necessidades de gás na Europa, colocada pela Empesa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), não passa de propaganda política, porque a situação de insegurança, em Cabo Delgado, nada garante que a produção e exportação deste recurso vão arrancar dentro dos prazos previstos.
O administrador comercial da ENH, Pascoal Mocumbi Júnior, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), disse que com a situação da guerra na Ucrânia, o mercado europeu aumentou a demanda no gás, acrescentando que uma das formas de acelerar para que o gás moçambicano chegue aos mercados é usar uma segunda plataforma flutuante similar a que já está em Moçambique.
Mocumbi destacou que "com a quantidade de gás existente em Moçambique, o país, automaticamente, se posiciona como uma alternativa para suprir a necessidade existente atualmente e quanto mais rápido o país conseguir colocar o seu gás no mercado, maior será a possibilidade de tirar vantagens da atual crise provocada pelo conflito Rússia-Ucrânia".
Mas João Mosca coloca em causa essa hipótese, porque em 2030, o gás poderá ser extraído por essas plataformas flutuantes, mas não em quantidades suficientes para resolver qualquer tipo de problema na Europa ou noutras partes do mundo, em substituição do gás russo.
Mosca avançou ser por isso que estão, muito rapidamente, a serem feitas construções de pipeline a partir de alguns países árabes do norte de África, como por exemplo a Argélia e também a construção de pipeline dentro do sistema europeu de distribuição.
"Isto significa que as respostas não serão imediatas nem nos próximos anos, e falando em 2023 seria muito optimista", realçou aquele economista, acrescentando que mesmo que as exportações sejam normais, há um conjunto de grandes aspectos de logística que tem que ser feitas a partir da terra; então tudo isso são conversas e propaganda política, nada de concreto".
VOA – 28.07.2022
NOTA: Ninguém sabe ainda se o gás de Cabo Delgado chegará a tempo de evitar a bancarrota do Governo da Frelimo.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 28/07/2022 at 13:46 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Não acreditando numa breve reviravolta com paz e segurança em Cabo Delgado os investimentos previstos terão que ser substancialmente alterados.
Leia aqui
Download Exxonmobil-and-eni-leave-totalenergies-in-lurch-over-afungi-27.07.2022
Posted on 28/07/2022 at 13:21 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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O mês de Julho corrente marca o primeiro aniversário da presença, em Cabo Delgado, de tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda, para ajudar as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas a combater o terrorismo, e analistas dizem que os resultados esperados não foram conseguidos.
"Nós ainda estamos com problemas de terrorismo em Cabo Delgado, e com a tendência de se alastrar não só para a região sul da província, como também para as vizinhas províncias de Nampula e Niassa", afirmou José Manteigas, deputado da Renamo, acrescentando que "isto significa que os objectivos da vinda dessas forças, não foram alcançados".
"Há um aspecto que é importante sublinhar; internamente estamos a minimizar esta violência, estamos com um discurso triunfalista de que estamos a desbaratar os terroristas, mas, diariamente, vemos pessoas a deslocarem-se poara causa da guerra", realçou Manteigas.
Por seu turno, o analista Manuel Alves considerou que houve uma enorme espectativa em torno da vinda da força internacional, no sentido de que se iria estabilizar a situação em Cabo Delgado, mas, sublinhou, o que está a acontecer no terreno, "é muito preocupante, porque as pessoas continuam a morrer".
Para Alves, é preciso aprimorar a estratégia de luta contra o terrorismo, "porque acredito que a estratégia deve ter também em conta o diálogo".
Entretanto, há quem afirme que com o investimento que está a ser feito para combater o terrorismo em Cabo Delgado, esperava-se melhores resultados. Fala-se em cerca de 275 milhões de dólares.
Mas para o jornalista Fernando Lima, esta é uma verba modesta tendo em conta o trabalho que deve ser feito, nomeadamente, o esforço de guerra em si, o treinamento e adequação das forças que devem fazer o combate à ameaça do Estado Islâmico e também o esforço de auxílio, quer aos deslocados internos, quer aos esforços para o desenvolvimento da província".
VOA – 28.07.2022
Posted on 28/07/2022 at 11:27 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
Os ataques insurgentes continuaram a um ritmo relativamente lento na semana passada, embora numa vasta área de Cabo Delgado, nos distritos de Ancuabe, Mocímboa da Praia e Macomia. Um dos maiores ataques da última semana ocorreu no distrito de Ancuabe, nos arredores da aldeia de Mihecane, a 19 de Julho. Um grupo de seis moradores que fugiu de um ataque anterior no final de Junho terá regressado para recuperar alguns pertences de suas casas quando foram abordados por insurgentes, segundo um relatório de um consultor de segurança. Um conseguiu escapar numa motocicleta enquanto os outros cinco estão desaparecidos, presumivelmente mortos. Três dias depois, o Estado Islâmico (EI) publicou uma declaração nos meios de comunicação, alegando ter decapitado cinco pessoas e queimado duas motocicletas em Mihecane.
Mais a norte, em Mocímboa da Praia, os insurgentes lançaram um grande assalto à aldeia de Mitope, a cerca de 35 km a oeste da sede distrital, a 22 de Julho. Os insurgentes atacaram por volta das 16h, incendiaram casas, pilharam bens e raptaram várias pessoas, informou uma fonte local. Outra fonte de segurança disse que houve uma breve troca de tiros entre milícias locais e insurgentes, que depois fugiram pela aldeia de Chitolo, onde os insurgentes atacaram as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) a 12 de Julho. Mais tarde, o EI reivindicou o crédito pelo ataque através dos meios de comunicação social, publicando uma declaração dizendo que dezenas de casas foram queimadas juntamente com uma série de fotografias com edifícios em chamas supostamente de Mitope.
Mitope situa-se a apenas 10 km do cruzamento estratégico de Awasse, que controla o tráfego entre Mocímboa da Praia e Mueda, uma via de transporte considerada relativamente segura há alguns meses após as primeiras ofensivas ruandesas na área. Várias famílias deslocadas regressaram recentemente a casa, na sequência de garantias do governo de que a área é segura. Este ataque demonstra que as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) e as Forças de Defesa do Ruanda, que são responsáveis pela segurança em Palma e Mocímboa da Praia, ainda estão a lutar para desalojar permanentemente os insurgentes do distrito, apesar das inúmeras operações de limpeza.
Leia aqui Download Cabo-Weekly-107 24.07.2022
Posted on 27/07/2022 at 19:00 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Muita agitação no primeiro ataque à sede distrital
As informações sobre as reais consequências ainda são contraditórias. Mas é factual que um grupo que não ascende a uma dezena de terroristas conseguiu entrar num dos bairros da sede distrital de Nangade, província de Cabo Delgado, por volta das 9 horas desta terça-feira.
É a primeira vez que aquela vila distrital é atacada. Também é a primeira vez que grupos terroristas atacam uma sede distrital depois da entrada em cena de tropas estrangeiras, em apoio às Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Chitunda é o nome do bairro atacado, num cenário em que, segundo se diz, os terroristas entraram disparando, o que resultou na fuga da população para a mata. Na ocasião, relata-se, os terroristas terão matado três pessoas daquele bairro, com recurso a armas de fogo.
Naquele cenário de bastante agitação, os terroristas terão incendiado perto de duas dezenas de casas, pilhado bens e desaparecido rapidamente, antes do inicio da perseguição desencadeada por elementos das Forças de Defesa do Lesotho, integrados na Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM).
Entretanto, outras notas dizem que o grupo era composto por sete homens, dos quais três estavam armados. Com as armas disfarçadas terão conseguido entrar na sede distrital, mas o cenário de vigilância aguçada por causa de recorrentes informações de aproximação do grupo à vila distrital permitiu a identificação dos elementos do bando.
Esta versão aponta que, em reacção, elementos das Forças de Defesa do Lesotho, que apoiam as Forças de Defesa e Segurança (FDS) no combate ao extremismo violento, conseguiram abater dois e capturar os restantes cinco. Ao que o mediaFAX soube, logo pela manhã, a vila distrital ficou agitada, pois a informação da circulação de terroristas na movimentada sede estava já a se espalhar.
Mas antes da vila, terá chegado informação de que o grupo tinha sido visto a circular nas machambas de Nakaindili, sensivelmente três quilómetros da sede distrital. Nas machambas, um dos terroristas terá sido capturado, tendo sido este que terá revelado que outros sete tinham seguido e entrado na sede distrital.
Ao que nos foi dito por uma das fontes residentes em Nangade, três dos sete terroristas estavam armados com metralhadoras do tipo AK47, mas na entrada à vila tiveram de tentar disfarçar a posse das armas de fogo.
A agitação, a possível captura e o abate de terroristas na manhã de ontem acontece numa altura que circulam informações de que a tropa da República da Tanzânia integrada na SAMIM tem estado, nos últimos dias, a capturar muitos jovens que seguiam em direcção a esconderijos destes grupos.
Diz-se que 95 jovens já terão sido capturados, e da triagem concluiu-se que maior parte deles são naturais de Litingina. A captura de maior parte do grupo de jovens terá acontecido na aldeia denominada Mahea, distrito de Tandaimba, província tanzaniana de Mtuara.
A localização da mesquita de Mahea, onde estava escondido um numeroso grupo de jovens, aconteceu depois de três crianças caçadoras de pássaros terem visto movimentos terroristas na travessia Negomano – Namatil.
As crianças terão corrido até às autoridades e submetido a denúncia, o que deu espaço a uma operação que culminou com a captura dos jovens que estavam na zona do rio que separa Negomano e Namatil.
Terão sido estes capturados que apontaram a localização do numeroso grupo, que sequencialmente foi capturado na aldeia Mahea, território tanzaniano.
MEDIAFAX – 27.07.2022
Posted on 27/07/2022 at 18:29 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Há muito que se tem dito haver falta de comunicação e até de coordenação entre as chefias militares que lideram o combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado. Entretanto, se estas afirmações constituíam “boatos” ou “especulações” de pessoas de “má-fé”, hoje são verdades confirmadas em Relatório produzido pelo Presidente Cessante da Troika da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) para Política, Defesa e Segurança, Mokgweetsi Masisi.
De acordo com o documento apresentado esta terça-feira no decurso da 16ª reunião anual dos Inspectores da Defesa da SADC, há falta de comunicação e de coordenação entre os sectores da defesa do bloco regional. No entanto, sublinhe-se, o relatório não especifica se as falhas ocorrem na coordenação das operações da SADC em Cabo Delgado.
Entretanto, o Inspector-Geral do Ministério da Defesa Nacional, Major-General Victor Muirequetule, diz tratar-se de uma situação conjuntural, caracterizada pela falta de partilha de informação por parte dos Estados-membros, incluindo Moçambique.
Leia mais em Relatório confirma haver falta de coordenação entre sectores da defesa da SADC (cartamz.com)
Posted on 27/07/2022 at 12:03 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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O secretário permanente de Mocímboa da Praia, João Saraiva, apelou nesta segunda-feira, 25, a população para que espere por orientações estatais para regressar à região.
Esta posição sugere um “recuo” nos pedidos do Governo, que nos últimos meses “despachou” centenas de deslocados de Quitunda (Afungi) para aldeias de Mocímboa da Praia e Palma, distritos ainda a braços com focos de ataques terroristas em Cabo Delgado.
“As pessoas estão a regressar e nós achamos que, se calhar, elas não estão a perceber as nossas mensagens, apelando para que esperem mais um pouco”, disse João Saraiva citado pela emissora estatal, Rádio Moçambique.
O posicionamento do dirigente surge quase um mês depois das autoridades de Mocímboa da Praia terem recebido o primeiro grupo de 123 civis autorizados a regressar ao distrito, a 9 de Junho, de um grupo de cerca de 62 mil pessoas, que abandonaram a vila costeira, a maioria em 2020, quando foi tomada, por um ano, pelos rebeldes.
Em Maio, António Supeia, Secretário de Estado de Cabo Delgado vincou que o Governo estava a acelerar o plano de reconstrução da província e a criar condições para o regresso seguro da população, e ao mesmo tempo disponibilizar condições mínimas dos serviços públicos.
“Nós temos a população a regressar, e a população é a nossa razão de existência, razão pela qual estamos a dizer que devemos ser os primeiros a criar as condições, para prestar serviço à população", disse António Supeia, após anunciar o regresso de 300 funcionários públicos ao distrito de Muidumbe.
Na ocasião, citado pela Rádio Moçambique, o governante disse que regresso dos funcionários e da população ocorria na medida em que o avanço da força conjunta de Moçambique e Ruanda, e da tropa regional da África Austral, permitiu um total controlo sobre a área desabitada desde a invasão e a tomada das sedes distritais em 2020.
O governador provincial, Valige Tauabo, já tinha igualmente apelado o regresso às populações, afiançando que “a única forma para nós vencermos esta luta que estamos a travar contra o terrorismo, é nas nossas aldeias, e sermos vigilantes e denunciantes de todos aqueles que são estranhos nas nossas aldeias, em tempo útil, não denunciar muito depois”.
Novos ataques
Um ataque no final de Junho matou, pelo menos, uma pessoa e feriu outras quatro quando um grupo armado emboscou uma minibus, quase 10 quilómetros a norte da sede distrital de Mocímboa da Praia.
Continue reading "Autoridades “recuam” no apelo ao regresso às zonas libertadas em Cabo Delgado" »
Posted on 25/07/2022 at 21:32 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O ataque ocorreu na aldeia Mitope, por voltas das 17:00 horas da última sexta-feira, que dista a cerca de 45 quilómetros da vila municipal.
Fontes disseram à "Carta" que um grupo de homens armados invadiu a aldeia com recurso a armas de fogo, provocando pânico às famílias, algumas das quais acabavam de chegar, depois de terem passado algum tempo em Ntamba, distrito de Nangade e outros locais, como deslocadas.
Veja mais em Novo ataque em Mocímboa da Praia gera nova onda de deslocados (cartamz.com)
Posted on 25/07/2022 at 12:39 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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À medida que os governos europeus correm para garantir cada gota de gás natural que podem, os consumidores de países como Nigéria e Moçambique estão perdendo.
A hipocrisia da Europa em pedir petróleo e gás de países que, apenas no ano passado, havia dito para manter os combustíveis fósseis no solo só torna mais difícil de tomar.
Embora haja incerteza sobre se os países africanos de petróleo e gás têm tempo para explorar seus recursos, essa reversão da Europa certamente lhes dá uma chance.
Os governos europeus estão procurando o mundo por gás natural, à medida que buscam reduzir sua dependência esmagadora e cada vez mais desconfortável da Gazprom da Rússia.
Além dos Estados Unidos, que fizeram o possível para fornecer o máximo de GNL possível aos seus aliados europeus, vários países africanos emergiram como fontes potenciais de suprimentos adicionais de gás. Mas eles não estão exatamente felizes com isso.
"O gás aqui vai para Bonny e europa para alimentar casas e indústrias, mas não temos benefícios com isso", disse um ativista local do desenvolvimento comunitário do Delta do Níger à Bloomberg recentemente. "Nada vem até nós."
O comentário foi parte de uma análise aprofundada da Bloomberg sobre a corrida louca pela Europa pelo gás que viu a Nigéria, por exemplo, enviar milhões de toneladas de GNL para o exterior, enquanto as comunidades locais usam combustíveis e madeira ilegalmente feitos para se manter aquecida. A Nigéria está longe de ser a única.
Moçambique é um dos maiores candidatos ao GNL do mundo, e as atuais ansiedades de segurança energética dos líderes europeus tornaram-no ainda mais importante. Mas Moçambique é um país problemático. Está sofrendo ataques extremistas contra civis que, além da tragédia das mortes humanas, atrasaram o desenvolvimento das reservas de gás do país.
No entanto, há um problema muito maior com a Europa e sua sede por hidrocarbonetos africanos. Hipocrisia.
Durante anos, novos projetos de desenvolvimento de campos de petróleo e gás e construção de gasodutos em toda a África sofreram reveses devido à relutância dos bancos ocidentais e dos governos em financiar novos projetos de hidrocarbonetos à medida que a cruzada sobre as emissões de carbono ganhava ritmo.
Agora, de repente, as mesas viraram com um estrondo ensurdecedor. De repente, o G7 é responsável por novos investimentos em petróleo e gás no exterior, depois de se comprometer a suspendê-los em novembro passado na COP26. E a Europa, a mesma Europa que tem aconselhado os países africanos a se concentrarem em energia renovável e manterem o petróleo e o gás no solo, está agora a pedir gás.
A Agência Internacional de Energia também aderiu ao discurso, adicionando urgência às perspectivas de desenvolvimento de hidrocarbonetos do continente. Em um relatório divulgado no mês passado, a AIE disse que os produtores africanos de gás tinham pouco tempo para comercializar seus recursos, dizendo que esses produtores precisavam agir rapidamente porque o mundo só precisaria de gás por um tempo antes de ficar de baixo carbono.
Continue reading "Europa faz uma reviravolta completa no petróleo e gás africanos" »
Posted on 25/07/2022 at 11:49 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Gás - Petróleo - Biodiesel, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Al-Shabaab continuam a fazer ataques terroristas na Província de Cabo Delgado
O grupo terrorista liderado por Bonomar Machude Ornar, que tem ceifado vidas na zona Norte de Moçambique desde do dia cinco de Outubro de 2017, decapitaram cinco pessoas em Ancuabe no povoado de Maheicano, ontem, sexta-feira, ZZ de Julho de 2022, Entretanto, Quaria News apurou que para além das cinco pessoas decapitadas pelo menos duas delas cujo eram motociclistas foram queimadas.
Os terroristas pernoitaram em Maheicano e nas primeiras horas da manhã deste sábado, dia 23 de Julho do ano em curso, seguiram em direçào as matas, o qual se desconhece a sua direcçâo. Entretanto, FADM e aliados, estão a fazer buscas de modo a trazer tranquilidade naquele ponto do país.
Soraia Domingos, residente naquele canto de Moçambique, entrou em contacto com a equipe de redação do Quaria News e disse: "estamos sem saber até quando esta guerra irá continuar. Temos visto as forças militares a fazerem suas patrulhas, mas este grupo continua persistente em nos matar. Não sabemos as reais causas desta guerra. Já estamos cansados, queremos paz e segurança. Já banharam a nossa província de sangue, será que não é suficiente ainda! Exigimos estar em pás neste país que também é nosso." Disse Soraia.
É de salientar que a FADM e aliados já estão a fazer buscas de modo a desmantelar este grupo terrorista, conforme afirma a nossa fonte militar.
In https://quarianews.com/uncategorized/terroristas-decapitam-cinco-pessoas-em-ancuabe/
Posted on 23/07/2022 at 20:57 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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O chefe executivo da Syrah Resources, Shaun Verner, disse em comunicado esta quinta-feira, 21 de Julho, que a empresa está a registar uma forte procura para as minas de grafite que extrai em Cabo Delgado, graças, em parte, aos bloqueios provocados pelo covid-19 na China, que estão a impactar a produção local.
A Syrah opera a mina de grafite de Balama na província de Cabo Delgado e é um dos maiores produtores mundiais de grafite, um componente chave das baterias de iões de lítio utilizadas em veículos eléctricos.
A produção mineira de grafite do principal fornecedor da China foi afectada pelas interrupções logísticas relacionadas com o covid-19, disse o chefe executivo da Syrah, Shaun Verner, numa actualização trimestral.
“As restrições à produção de grafite natural chinesa são evidentes, com maiores importações de grafite natural chinesa necessárias para satisfazer a procura, e as encomendas de vendas a prazo da Syrah indicam a preocupação dos clientes relativamente à disponibilidade da produção de grafite natural chinesa e ao equilíbrio do mercado”, apontou Shaun Verner.
Verner disse que a Syrah tem uma carteira de encomendas de vendas a prazo de cerca de 90 000 toneladas de grafite natural. A empresa produziu 44 000 toneladas de grafite no trimestre até Junho e espera aumentar a produção mensal acima das 15 000 toneladas. A empresa fez saber ainda que o preço de venda médio ponderado das vendas de grafite natural para o trimestre foi de 662 dólares por tonelada (CIF), mais 16% do que os 573 dólares do trimestre anterior.
Mas observou que os custos mais elevados do gasóleo e do transporte estavam a comprimir as margens. As acções da empresa caíram cerca de 26% até agora, neste anos, após fortes ganhos em 2020 e 2021.
Durante o trimestre, a Syrah assinou um memorando de entendimento com a Mitsubishi Chemical Corporation do Japão para colaborar no desenvolvimento dos materiais das baterias. Isto vem na sequência do acordo de retirada da Syrah de Dezembro de 2021 com a Tesla para o fornecimento de 8000 toneladas de material de ânodo activo de grafite natural por ano a partir das suas instalações de Vidalia, nos Estados Unidos.
A Syrah suspendeu os movimentos logísticos e de pessoal na sua mina de Balama, durante uma semana em Junho, como medida preventiva devido à actividade insurreccional na região de Ancuabe, na província de Cabo Delgado. A empresa afirmou que as suas operações, empregados e empreiteiros não foram afectados pelos incidentes, que ocorreram a mais de 200 km (124 milhas) da mina.
Na quarta-feira, o produtor de gemas Gemfields relatou um ataque perto da sua mina de rubis no distrito de Montepuez, em Cabo Delgado, mas fez saber que as operações não tinham sido interrompidas.
Posted on 22/07/2022 at 20:54 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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FDS apelam à retirada da população
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão, nos últimos dias, a abordar a população residente entre as comunidades de Namanhumbir, no distrito com o mesmo nome, e Muaja, no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, no sentido de se retirarem temporariamente das machambas.
O prazo de retirada é, ao que soubemos, até nesta quinta-feira.
Acredita-se que a exigência de a população “libertar” áreas remotas daquelas aldeias visa iniciar uma operação de caça a possíveis esconderijos terroristas, tendo em conta que continuam a emergir indicações sobre a circulação de terroristas nas proximidades.
Na semana passada, três pessoas foram decapitadas numa exploração mineira artesanal na zona de Nacaca, distrito de Montepuez, o que activou as sirenes sobre a aproximação terrorista a um distrito que acolhe a maior exploração de rubis de Moçambique, a Montepuez Ruby Mining.
MEDIAFAX – 21.07.2022
Posted on 21/07/2022 at 11:40 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Antigos combatentes pediram ao Presidente moçambicano carmas e comida para ajudar na luta contra os terroristas em Cabo Delgado
Analistas políticos moçambicanos dizem que a força local que está a ser usada na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado não é a solução para o conflito e não tem qualquer enquadramento no ordenamento jurídico do país, para além de que isso contribuiu para o aumento da circulação não controlada de armas no país.
Os antigos combatentes, que constituem a força local, pediram recentemente armas e comida ao Presidente da República para perseguir os terroristas, porque "até aqui temos estado na defensiva".
O jurista José Manteigas, que é também porta-voz da Renamo, diz que este pedido é ilegal porque a força local não tem enquadramento no ordenamento jurídico nacional, " o que nós temos são as Forças Armadas, os vários ramos da Polícia e os Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), que têm a missão de defender a soberania moçambicana".
Ele refere que a força local é uma inovação "fora do contexto do ordenamento jurídico, isto por um lado, e por outro, os terroristas estão a mover uma guerra que requer uma estratégia militar".
Manteigas diz ser por isso que "temos as Forças de Defesa e Segurança internas e os contingentes da SADC e do Ruanda, que estão no terreno, e que nos parece que não estão a conseguir travar as acções dos terroristas em Cabo Delgado".
O porta-voz da Renamo interroga-se como é que vai ser feito o controlo das armas que estão a ser distribuídas por alguns populares, acrescentando que terrorismo é um fenómeno bastante violento.
"Sabemos que os terroristas até conseguem invadir quartéis, desarmar soldados e levar armamento; como é que o Comandante-Chefe, que é o Presidente da República vai controlar as armas distribuídas pelas populações num país onde há grande proliferação de armas", questiona.
O analista político Francisco Ubisse também questiona em que quadro jurídico se insere a força local, afirmando que "nós temos o hábito de fazer as coisas sem uma consulta pública; os ruandeses vieram para Moçambique sem termos sido consultados".
Já o também analista político Fernando Mbanze entende que, de facto, existe a questão de a força local não ter enquadramento legal, mas a segurança para as comunidades é mais importante.
"Estamos diante de uma situação tremenda naquela província, e as pessoas que se predispõem a defender as áreas afectadas pelo terrorismo, precisam de armas para fazer isso, porque os terroristas também usam armas, pelo que o pedido que os antigos combatentes fazem é legítimo", considera Mbanze, que defende a necessidade de aprofundamento desta questão, "para se encontrarem mecanismos legais de controlo efectivo das armas que estão a ser distribuidas por populares, para evitar que essa distribuição concorra para a ocorrência de outras situações naquelas zonas".
VOA – 20.07.2022
NOTA: Porque será que esta “força local” só existe e é preenchida em mais de 95% por macondes?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 20/07/2022 at 21:39 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
A região norte de Macomia foi novamente o foco da violência insurgente em Cabo Delgado na semana passada, com dois ataques confirmados. No dia 12 de Julho, por volta das 21h00, os insurgentes atacaram a aldeia de Nkoe, cerca de 20 km a norte da sede do distrito de Macomia, queimando mais de 100 casas e ferindo pelo menos cinco pessoas, embora não tenham sido relatadas mortes. Segundo uma fonte local, três dos feridos ficaram em estado grave e necessitaram de cuidados urgentes. Um consultor de segurança também relatou o ataque. Os meios de comunicação social do Estado Islâmico (EI) reivindicaram a autoria por um ataque em Nkoe naquele dia, mas afirmando ter entrado em confronto com as forças de segurança, matando um soldado e ferindo outro com uma granada. Tal ainda não foi corroborado por outras fontes. Nkoe tem sido alvo de repetidos ataques nos últimos meses.
No dia seguinte, os insurgentes entraram em confronto com as forças de segurança novamente em torno de Quinto Congresso, 14 km a leste de Nkoe. Um consultor de segurança informou que a batalha foi intensa e uma grande quantidade de armas e munições foi capturada. Posteriormente, o EI alegou nas redes sociais ter confrontado as forças de segurança com metralhadoras, matando um soldado, ferindo outro e apreendendo munição. Essa alegação incluía fotos do incidente em Quinto Congresso, com um corpo ensanguentado em uniformes de camuflagem e um arsenal de equipamentos militares, incluindo granadas de foguete e pelo menos um morteiro.
Embora a frequência de ataques no distrito de Ancuabe tenha diminuído consideravelmente em comparação com as últimas semanas, os insurgentes mantêm presença no distrito. A 13 de Julho, os insurgentes decapitaram dois homens que trabalhavam nos campos nos arredores da aldeia de Muaja, a menos de 10 km da fronteira do distrito com Montepuez – o ponto mais a oeste que os insurgentes atacaram desde o início de sua ofensiva no sul em Junho. A esposa de um dos homens recebeu suas cabeças decepadas e foi informada pelos insurgentes para levá-los para a aldeia e avisar os outros que eles estavam por perto. Um relato de um consultor de segurança afirma que o ataque provocou pânico e a aldeia foi evacuada, com muitos dormindo no mato, pois havia transporte disponível limitado.
Leia aqui Download Cabo-Weekly-106 17.07.2022
Posted on 20/07/2022 at 18:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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O precioso produtor de joias Gemfields relatou na quarta-feira um ataque perto de sua mina de rubi na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, mas disse que as operações não haviam sido interrompidas.
Uma insurgência ligada ao Estado Islâmico em Cabo Delgado tirou milhares de vidas desde que eclodiu em 2017, interrompendo projetos multibilionários de gás natural e mineração.
A Gemfields, listada na JSE, cuja Montepuez Ruby Mining Limited (MRM), de 75%, produziu 83 990 quilates de rubis premium em 2021 e gerou US$ 827,1 milhões em vendas desde 2014, disse que o ataque ocorreu em 13 de julho.
"O ataque teria ocorrido na área da vila de Muaja, que fica a cerca de 30 quilômetros (por estrada da MRM). Um grande número de pessoas está supostamente se mudando para Nanhupo e Namanhumbir, onde as operações de mineração estão localizadas", disse Gemfields em um comunicado.
O ataque foi mais próximo da mina do que os incidentes anteriores, disse a empresa, acrescentando que as operações não haviam sido interrompidas, mas continuou com "maior vigilância".
Bloco sul-africano concorda em prorrogar mandato de tropas para combater insurgência em Moçambique
A Comunidade de Desenvolvimento da África Do Sul (SADC) concordou em estender sua implantação de tropas em Mozambique por mais um mês para ajudá-la a combater uma insurgência ligada ao Estado Islâmico. Enquanto isso, a fronteira entre a Argélia e a Tunísia foi reaberta após mais de dois anos de fechamento devido à pandemia. E na Somália, a tripulação da Bilan Media está em uma missão para quebrar o...
Ataques atingiram outras empresas de mineração na região recentemente. Em junho, a Triton Minerals, listada na Austrália, relatou um ataque ao seu local de projeto de grafite Ancuabe, enquanto a Syrah Resources suspendeu brevemente a logística e o movimento de pessoal após ataques perto de sua rota de transporte principal.
Organizações não-governamentais e a mídia moçambicana que monitorava a insurgência na semana passada relataram um empurrão para o oeste dos insurgentes, que foram relatados ter decapitado dois homens que trabalhavam nos campos fora de Muaja, a menos de 10 quilômetros da fronteira do distrito com Montepuez.
Os países do sul da África, que, juntamente com Ruanda, enviaram tropas para Moçambique no ano passado para ajudar a conter a insurgência, concordaram na semana passada em estender sua implantação por mais um mês.
In https://www.news24.com/fin24/Companies/gemfields-reports-attack-near-mozambique-ruby-mine-20220720
Posted on 20/07/2022 at 13:27 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/07/2022 at 23:36 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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O pronunciamento foi feito em Cabo Delgado na sua recente visita às posições militares das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e do comando da chamada Força Local. Nessa visita, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, instituiu a possibilidade de Moçambique aceitar quaisquer outras forças disponíveis à ajudar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Filipe Jacinto Nyusi, manifestou o interesse na vila de Mueda, onde visitou na semana passada e manteve encontro com chefias militares e o comando das forças locais.
Assim, sublinhou o presidente que “se houver outras forças em Moçambique e no mundo que estiverem para ajudar no combate ao terrorismo, vamos agradecer”.
Outrora, algumas esferas de opinião, interpretam a manifestação de Moçambique aceitar novas forças, como um sinal de fracasso das tropas no terreno de combate aos terroristas. De lembrar que a força moçambicana tem apoio internacional de tropas de Ruanda e SADC que integram Tanzânia, África do Sul, Malawi, entre outros.
Observem que os ataques terroristas em Cabo Delgado, começaram na madrugada de 5 de Outubro de 2017 e afectaram 11 dos 17 distritos dessa região . Porém, desde esse período até então, os ataques continuam, mesmo com a presença das forças da SADC e do Ruanda que se juntaram às tropas moçambicanas, a pesar de capturados e destruídas várias bases terroristas.
Contudo, as organizações humanitárias e de monitoria do conflito estimam que mais de 4 mil pessoas (civis e militares) perderam a vida, mais de 800 mil estão deslocadas, além de vários desaparecidos. (Mussa Yussuf, em Pemba para IMN)
Posted on 19/07/2022 at 18:43 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A insurreição na província de Cabo Delgado, Norte do País pode estar a entrar numa nova e perigosa espiral, pois a cultura do algodão, uma importante fonte de rendimento para o cidadão comum em toda a província, encontra-se em risco, com milhares de agricultores a enfrentarem a perspectiva de não conseguirem vender as suas colheitas.
O negócio do algodão em Cabo Delgado tem sido precário há já algum tempo. A empresa britânica Plexus Cotton, que detém as maiores concessões na província, precisou de uma ajuda governamental de dois milhões de dólares em 2020, para lhe permitir pagar aos agricultores e aos seus trabalhadores grevistas.
Mas agora a empresa diz que a insurreição na região, inspirada pelos fundamentalistas islâmicos, bem como pela pobreza e desigualdade, está a tornar as condições de trabalho demasiado perigosas, e os bancos deixarão de emprestar às empresas da província.
“Temos uma base agrícola em Cabo Delgado de cerca de 165 000 agricultores, todos eles com cerca de sete dependentes”, disse Nick Earlam, chefe executivo da Plexus, em Londres, no final de Junho.
Apontando os serviços da empresa para cerca de 900 aldeias na província, lamentou que os bancos em Maputo, no extremo oposto do País, não queiram “financiar a agricultura em Cabo Delgado, ou a capacidade de segurança para proteger a cultura”.
“Dentro de alguns dias vamos fechar”, avisou Earlam.
Um antigo banqueiro agrícola em Moçambique confirmou, tanto quanto sabia, que “os bancos moçambicanos não concedem empréstimos ou saques a descoberto a empresas em Cabo Delgado”.
Três das áreas onde a Plexus opera – Ancuabe, Meluco e Chiure – assistiram a “assustadores ataques insurgentes”, disse Earlam. “O nosso pessoal está relutante em sair sem segurança adequada”, disse Earlam, acrescentando que a sua inteligência sugeria que o problema iria continuar a agravar-se.
Mas se a Plexus não puder comprar a colheita deste ano, isso criará “50 000 agricultores zangados e as suas famílias para aumentar o descontentamento”.
Continue reading "Colapso do Algodão Pode Desfazer o Frágil Tecido Social de Cabo Delgado" »
Posted on 19/07/2022 at 11:38 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/07/2022 at 23:50 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Extremismo islâmico em Cabo Delgado
Pequenos grupos terroristas podem já estar a circular no distrito de Montepuez, no centro da província de Cabo Delgado, de acordo com informações de fontes locais.
Relatos obtidos pelo mediaFAX, durante o fim-de-semana, indicam a decapitação de três garimpeiros que operavam numa mina artesanal de metais preciosos e semi-preciosos na aldeia de Nacaca, posto administrativo de Montepuez-sede, a 12 quilómetros da cidade de Montepuez, a capital distrital.
As fontes não adiantaram a data exacta em que tiveram lugar as decapitações, apontando somente ter sido “nos últimos dias”. Montepuez é um dos pontos da província de Cabo Delgado onde se encontra vários centros de acomodação para pessoas que abandonaram as suas zonas de origem no norte da província, devido à actuação de grupos terroristas.
Por causa de relatos relacionados com estas incursões, que já correm nas aldeias daquele distrito, incluindo na sede, regista-se, nos últimos dias, movimento intenso de entradas na sede distrital, acreditando-se que as famílias venham de algumas aldeias do interior, particularmente as regiões vizinhas de Ancuabe e Meluco, que nos últimos tempos têm estado a ser fustigados por recorrentes incursões de grupos terroristas.
Grupos diversos
Por outro lado, em várias outras aldeias dos distritos do centro e norte da província continuam também indicações de que os grupos terroristas continuam a circular, causando total insegurança e intranquilidade no seio da população que, apesar da insegurança, permanece em algumas regiões.
Nisto, a 13 de Julho corrente, numa altura em que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) apertavam o cerco à base terrorista de Kathupa, no distrito de Macomia, pequenos grupos insurgentes atacavam a região de Iba, em Meluco. Também se registou circulação de terroristas nas baixas de Namitugo, região na qual a população de Licangano e Chicomo tentou reiniciar a produção agrícola.
Nestas regiões, relatou-se a vandalização de celeiros. Ainda em Meluco, fala-se da continuidade de pequenos grupos nas cerradas matas de Ngangolo.
Preocupante, igualmente, é a situação que se assiste em Palma, o distrito que acolhe os milionários projectos de exploração de gás natural.
Indicações recebidas, na manhã deste domingo, sugerem a entrada de terroristas na região de Phundanhar. Nesta região, recorde-se, assistiu-se, há duas semanas, uma intensa confrontação entre as FDS e grupos terroristas, realidade que obrigou a tropa moçambicana a abandonar a sua posição naquele ponto do distrito de Palma.
Não se sabe se as FDS já voltaram a ocupar a posição. As incursões terroristas relatadas em várias aldeias de Cabo Delgado podem estar associadas ao argumento que o Presidente da República apresentou, semana passada, na cidade de Pemba.
Filipe Nyusi disse que os ataques terroristas reportados mais a sul de Cabo Delgado eram claramente resultado da intensificação da perseguição dos grupos terroristas, particularmente depois de serem escorraçados das novas bases que construíram depois de expulsos de várias regiões de Mocímboa da Praia.
Na lista das bases, o PR falou das matas de Kathupa, locais que se acredita que constituíam novos refúgios de alguns líderes do terrorismo.
MEDIAfAX – 18.07.2022
Posted on 18/07/2022 at 22:03 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Resumo da Situação em Junho
Junho assistiu a um aumento significativo da violência à medida que os insurgentes saíram dos distritos do norte de Cabo Delgado para lançar uma ofensiva em Ancuabe, Chiúre e Mecufi, avançando até à fronteira da província de Nampula. A maior parte dessa violência se concentrou no distrito de Ancuabe, onde uma série implacável de ataques e decapitações provocou um deslocamento maciço de 20.000 pessoas em apenas três semanas.
A ofensiva começou a 5 de Junho com um ataque à aldeia Nanduli em Ancuabe. Seguiu-se a decapitação de dois guardas de segurança do projeto de mineração de grafite Grafex, de propriedade australiana, que levou o projeto de mineração AMG Graphit Kropfmühl em Ancuabe a declarar força maior, suspendendo todas as operações devido à tênue situação de segurança. Três outras operações internacionais de mineração em distritos vizinhos – Syrah Resources, Battery Minerals e Gemfields – suspenderam operações de transporte.
Os insurgentes tendiam a evitar confrontos diretos com as forças de segurança, optando, em vez disso, por esticar os recursos militares e policiais, lançando ataques contra comunidades vulneráveis. Enquanto grupos insurgentes se deslocavam para o sul, os ataques também continuaram nos distritos do norte de Macomia, Nangade, Palma, Mocímboa da Praia e Muidumbe. Isso resultou na necessidade das forças de segurança dispersarem a sua atenção por grande parte de todo o eixo norte-sul da província, sugerindo um grau de coordenação estratégica entre os insurgentes.
Posted on 18/07/2022 at 19:01 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Os terroristas, em número não especificado, decapitaram duas pessoas que estavam à caminho das suas machambas, na aldeia Muaja, no distrito de Ancuabe na quarta-feira da semana passada (13).
A região onde ocorreu a decapitação dos dois homens está nas imediações das aldeias Nanhupo e Namanhumbir, no distrito de Montepuez, uma região que fica a menos de 10 quilómetros da área explorada pela empresa Montepuez Ruby Mining, um dos principais contribuintes das receitas aos cofres do Estado em Cabo Delgado.
Ao Ikweli, uma fonte contou que “depois de matarem as duas pessoas, porque eram dois homens e uma mulher, então deram as cabeças à senhora, num plástico para levar na aldeia, aqui em Muaja para informar”, o que fez com que muitas pessoas fugissem para a vila de Montepuez.
Confirmou a fonte que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) já estão em patrulha naquela área para repelir qualquer situação de movimentos estranhos. A circulação de viaturas no troço Pemba/Montepuez, também, decorre com normalidade, mas no mesmo dia havia fraco fluxo de viaturas.
O Chefe do Estado e Comandante-Chefe das FDS, Filipe Nyusi, anunciou na última semana, durante a sua visita de trabalho, em alguns distritos de Cabo Delgado, que as forças moçambicanas assaltaram uma das principais bases terroristas, designada Katupa, no distrito de Macomia.
Nesse assalto, segundo Filipe Nyusi, as FDS abateram um destacado comandante, que respondia pelo nome de Assane e capturados muitos outros terroristas, e reiterou que o trabalho ainda decorre com auxílio das forças estrangeiras.
IKWELI – 18.07.2022
Posted on 18/07/2022 at 10:49 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Depois de uma longa narrativa contra a presença de “botas estrangeiras” em Cabo Delgado, o Governo mudou de abordagem e abriu-se à entrada de tropas externas. O ataque brutal à vila de Palma em Março de 2021 foi determinante para a mudança de abordagem. Em Julho iniciou o destacamento de tropas ruandesas e, três meses depois, já se contabilizavam mais de dois mil homens em Cabo Delgado. O acordo político que viabilizou o envio de tropas ruandeses não passou pelo crivo da Assembleia da República e os custos para Moçambique continuam desconhecidos.
Posted on 17/07/2022 at 13:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Um grupo de terroristas atacou por volta das 20:00 horas da última terça-feira a aldeia Nkoe, posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, deixando pelo menos três pessoas gravemente feridas, disseram fontes locais à "Carta". As incursões dos terroristas têm se registado com alguma frequência no distrito de Macomia, em Cabo Delgado, mesmo com as patrulhas das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e estrangeiras.
O ataque a Nkoe acontece um dia depois da zona ter sido patrulhada pelas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e ruandesas na região e também depois da visita do Secretário do Estado de Cabo Delgado, António Supeia, à sede do distrito de Macomia.
Segundo explicaram as fontes, cerca de 100 palhotas da população, que nos últimos dias têm abandonado as suas casas para esconderijos nas matas, foram queimadas, além dos três gravemente feridos.
In Três feridos em mais um ataque terrorista no distrito de Macomia (cartamz.com)
Posted on 15/07/2022 at 11:53 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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