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Comandante da missão da União Europeia em Moçambique.
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Por Moçambique e para Moçambique! Um obrigado a todos! Fernando Gil - NOTA: Para aceder a todos os artigos click em "archives". Também pode aceder por temas. Não perca tempo e click na coluna da direita em "Subscribe to this blog's feed" para receber notificação imediata de uma nova entrada, ou subscreva a newsletter diária. O blog onde encontra todo o arquivo desde Abril de 2004.
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Veja aqui o Relatório da Kroll
Posted on 23/06/2022 at 17:34 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Analista considera grave a ameaça de corte num sector que depende de parceiros.
Os parceiros que apoiam a educação na província moçambicana de Sofala ameaçam deixar de financiar o sector, caso persista o cenário de obras paralisadas, disse o governador local, Lourenço Bulha.
Bulha reconheceu haver muitas obras paralisadas - salas de aulas e blocos administrativos –, cujos empreiteiros foram pagos.
“Temos obras paradas. Os parceiros não estão a financiar, porque as obras estão paradas e, por sinal, já foram pagos na totalidade, e só tem 10 por cento da execução da obra” disse Bulha.
Bulha, numa mensagem dedicada aos gestores do sector, sublinhou que “é preciso ter muita atenção (...) se não vamos perder os parceiros; como disse mandaram uma carta a dizer que irão cortar (o financiamento), caso não melhorássemos a nossa gestão na contratação de empreiteiros para construção escolar”.
Corrupção endémica
Bulha não mencionou os nomes dos parceiros em causa.
Entretanto, o académico Samuel Simango observa que a suspensão do financiamento seria fatal para o sector de educação, que ainda depende muito do apoio internacional para a expansão dos serviços básicos.
“Uma possível suspensão da contribuição dos parceiros bilaterais ou multilaterais na construção de salas de aulas vai ser muito dramática para as crianças, principalmente nas zonas rurais”, onde milhares continuam a estudar ao relento, disse Simango.
Simango, que entende que a corrupção no sector da educação é endémica, defende que o Estado precisa de fiscalizar melhor a execução de obras financiadas por parceiros internacionais.
VOA – 21.06.2022
Posted on 21/06/2022 at 20:54 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Ensino - Educação - Juventude | Permalink | Comments (0)
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Após um hiato de quatro anos, líderes da Comunidade se reúnem no Ruanda em meio a novas perguntas sobre o propósito e legitimidade da organização
Cada Reunião de Chefes de Governo da Comunidade (CHOGM) solicita sua própria busca de almas, juntamente com previsões confiantes de que seus 54 membros concordarão que esta organização de base colonial sobreviveu ao seu propósito e deve ser encerrada. Mas os membros, além de poucos, não chegam a essa conclusão.
O CHOGM deste ano (pronuncia-se 'Chog-um') em Kigali de 20 a 26 de junho promete ser conturbado, mesmo que poucas das preocupações dos maiores e mais ricos membros do clube – como Austrália, Canadá, Índia, Nigéria e África do Sul – sejam abordadas. Alguns dos membros elogiam seu espaço único de adesão e seu tremendo valor de rede.
Com suas cúpulas de sete dias, os CHOGMs são uma rara oportunidade para os líderes políticos se reunirem por um longo período. Ao contrário do Grupo de 7 ou 20 cúpulas que tentaram concordar com os objetivos políticos durante a crise de crédito de 2008 ou a pandemia Covid-19, os CHOGMs raramente tomam decisões de importação global.
O melhor momento da Comunidade foi o apoio às sanções contra o apartheid da África do Sul há 36 anos. Mas esta semana seus membros, que incluem 19 Estados africanos, lutarão para encontrar um acordo sobre outra causa moralmente convincente.
O governo britânico sob o primeiro-ministro Boris Johnson está mostrando um novo entusiasmo pelo clube. Uma das razões é que as autoridades esperam que o poder de rede econômica dos 54 membros compense a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE), de 27 membros, o bloco comercial mais rico do mundo. Mas a Comunidade está longe, e provavelmente permanecerá assim, da solidariedade do mercado único da UE.
No entanto, a agenda desta semana é ampla e desafiadora: reformas para a governança da Comunidade; políticas mais eficazes para apoiar os direitos de gênero e ampliar as oportunidades para os jovens; melhor cooperação em saúde pública após a pandemia; regras mais robustas sobre direitos humanos, econômicos e sociais; consideração dos pedidos de adesão do Gabão e do Togo, ambas ex-colônias francesas; políticas mais duras sobre ação climática e segurança cibernética.
O mais controverso politicamente será a corrida para o cargo de Secretária-Geral. Mas o primeiro-ministro Johnson está apoiando a ministra jamaicana das Relações Exteriores, Kamina Johnson Smith, que também tem o apoio da Índia. Membros africanos e caribenhos estão divididos (AC Vol 63 No 4, Junho para Juma). A posição do Secretário-Geral é tradicionalmente decidida por consenso, mas como a Escócia ainda está de pé, isso parece improvável.
Ainda mais controverso é o histórico do anfitrião do CHOGM, o presidente do Ruanda, Paul Kagame. A cúpula começou em meio ao agravamento das tensões na fronteira entre Ruanda e Congo-Kinshasa. Isso se segue à polícia ruandesa que matou um soldado congolês em 17 de junho e as alegações de Kinshasa de que Kigali está patrocinando uma ação militar da milícia M23 (AC Vol 63 No 10, Quênia patrocina plano anti-milícia arriscado).
Continue reading "Intriga política e recessão econômica assombram cúpula de Kigali " »
Posted on 21/06/2022 at 13:46 in Cooperação - ONGs, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Após um hiato de quatro anos, líderes da Comunidade se reúnem no Ruanda em meio a novas perguntas sobre o propósito e legitimidade da organização
Cada Reunião de Chefes de Governo da Comunidade (CHOGM) solicita sua própria busca de almas, juntamente com previsões confiantes de que seus 54 membros concordarão que esta organização de base colonial sobreviveu ao seu propósito e deve ser encerrada. Mas os membros, além de poucos, não chegam a essa conclusão.
O CHOGM deste ano (pronuncia-se 'Chog-um') em Kigali de 20 a 26 de junho promete ser conturbado, mesmo que poucas das preocupações dos maiores e mais ricos membros do clube – como Austrália, Canadá, Índia, Nigéria e África do Sul – sejam abordadas. Alguns dos membros elogiam seu espaço único de adesão e seu tremendo valor de rede.
Com suas cúpulas de sete dias, os CHOGMs são uma rara oportunidade para os líderes políticos se reunirem por um longo período. Ao contrário do Grupo de 7 ou 20 cúpulas que tentaram concordar com os objetivos políticos durante a crise de crédito de 2008 ou a pandemia Covid-19, os CHOGMs raramente tomam decisões de importação global.
O melhor momento da Comunidade foi o apoio às sanções contra o apartheid da África do Sul há 36 anos. Mas esta semana seus membros, que incluem 19 Estados africanos, lutarão para encontrar um acordo sobre outra causa moralmente convincente.
O governo britânico sob o primeiro-ministro Boris Johnson está mostrando um novo entusiasmo pelo clube. Uma das razões é que as autoridades esperam que o poder de rede econômica dos 54 membros compense a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE), de 27 membros, o bloco comercial mais rico do mundo. Mas a Comunidade está longe, e provavelmente permanecerá assim, da solidariedade do mercado único da UE.
No entanto, a agenda desta semana é ampla e desafiadora: reformas para a governança da Comunidade; políticas mais eficazes para apoiar os direitos de gênero e ampliar as oportunidades para os jovens; melhor cooperação em saúde pública após a pandemia; regras mais robustas sobre direitos humanos, econômicos e sociais; consideração dos pedidos de adesão do Gabão e do Togo, ambas ex-colônias francesas; políticas mais duras sobre ação climática e segurança cibernética.
O mais controverso politicamente será a corrida para o cargo de Secretária-Geral. Mas o primeiro-ministro Johnson está apoiando a ministra jamaicana das Relações Exteriores, Kamina Johnson Smith, que também tem o apoio da Índia. Membros africanos e caribenhos estão divididos (AC Vol 63 No 4, Junho para Juma). A posição do Secretário-Geral é tradicionalmente decidida por consenso, mas como a Escócia ainda está de pé, isso parece improvável.
Ainda mais controverso é o histórico do anfitrião do CHOGM, o presidente do Ruanda, Paul Kagame. A cúpula começou em meio ao agravamento das tensões na fronteira entre Ruanda e Congo-Kinshasa. Isso se segue à polícia ruandesa que matou um soldado congolês em 17 de junho e as alegações de Kinshasa de que Kigali está patrocinando uma ação militar da milícia M23 (AC Vol 63 No 10, Quênia patrocina plano anti-milícia arriscado).
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Posted on 21/06/2022 at 13:46 in Cooperação - ONGs, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Ao enfrentar os desafios de segurança e cooperar com potências regionais de gás, incluindo a Guiné Equatorial, Moçambique está a caminho de se tornar um centro global de gás na parte de trás da retomada do projeto
Recursos significativos de gás natural e desenvolvimentos em larga escala posicionaram Moçambique como um mercado de gás altamente atraente. Apesar dos atrasos nos projetos em 2021, o país está mais empenhado do que nunca em ver os projetos serem retomados, novos desenvolvimentos começarem e o mercado interno garantir mais investimentos em 2022 e além. Durante uma visita oficial de Estado à Guiné Equatorial, o presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, decidiu passar um dia discutindo o gás natural liquefeito (GNL) e a monetização do gás, realizando uma visita oficial ao projeto de GNL da Guiné Equatorial (EG GNL) em Punta Europa liderado pelo H.E. Gabriel Mbaga Obiang Lima, Ministro de Minas e Hidrocarbonetos, Guiné Equatorial.
Durante a visita ao EG LNG, o presidente do H.E. Nyusi realizou conversações bilaterais com o ministro lima, discutindo como a infraestrutura de GNL funciona e como essa infraestrutura pode impulsionar o crescimento socioeconômico, gerando receita crítica para o país anfitrião. Ao visitar o projeto, o presidente da H.E. Nyusi ganhou uma visão de primeira classe sobre o que uma planta de GNL pode fazer por um país e o que o governo pode fazer para apoiar projetos dessa natureza. Para Moçambique, a visita marcou um passo crítico para o setor energético do país, com o Presidente ganhando conhecimento e conhecimento de um dos maiores players de gás natural da África. Para a Guiné Equatorial, novas oportunidades de colaboração regional surgiram, e com Moçambique prestes a sofrer um crescimento sem precedentes no mercado, futuras parcerias serão fundamentais para o fortalecimento dos mercados domésticos da África como um todo.
"Os desenvolvimentos da Guiné Equatorial são um grande exemplo sobre o que os projetos de GNL e a monetização do gás podem fazer pela África. É ótimo ver o Presidente Nyusi na Guiné Equatorial. Esta visita dará ao Presidente ideias e exemplos fundamentais sobre o que os governos podem fazer para impulsionar a monetização do gás. Moçambique verá projetos semelhantes de GNL em larga escala que impulsionarão os mercados de gás da África e posicionarão o continente como um setor energético globalmente competitivo", afirma NJ Ayuk, presidente executivo da Câmara Africana de Energia (AEC).
Como a AEC afirma em seu relatório de 1º trimestre de 2022, o crescimento do mercado de gás de Moçambique em 2022 e em diante será um divisor de águas para o mercado de hidrocarbonetos da África e ajudará a definir o continente em uma trajetória para se tornar um centro energético global. É por essa razão que a H.E. Nyusi está comprometida em ver os projetos serem retomados. Em um momento em que a produção de gás em toda a África precisa aumentar para atender à crescente demanda, tanto regional quanto internacionalmente, os projetos de Moçambique desempenharão um papel fundamental na garantia da segurança energética. Com mais de 100 trilhões de pés cúbicos de reservas de gás, a nação do sul da África está bem posicionada para ser o fornecedor preferido tanto para a Europa quanto para a África e projetos de grande escala são uma prova disso.
Os desenvolvimentos da Guiné Equatorial são um grande exemplo sobre o que projetos de GNL e monetização de gás podem fazer pela África
O Coral FLNG, por exemplo, que compreende aproximadamente 450 bilhões de metros cúbicos de gás no Campo Sul de Corais, na Área 4, na Bacia de Rovuma, na costa de Moçambique, permitirá que o país do sul da África produza 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) de gás para exportação para a Europa e Ásia em 2022. Além disso, o projeto de GNL moçambicano de 12,8 mtpa da TotalEnergies e o projeto de GNL 15,2 mtpa Rovuma da Eni e ExxonMobil têm o potencial de transformar o mercado regional de gás, posicionando Moçambique como um exportador de gás altamente competitivo. Apesar de ambos os projetos terem sido adiados, estão sendo feitos progressos para que esses desenvolvimentos voltem aos trilhos.
Posted on 03/06/2022 at 18:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Gás - Petróleo - Biodiesel, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Por Kester Kenn Klomegah*
De 30 de maio a 01 de junho, a presidente do Conselho da Federação da Federação da Federação Russa, Valentina Matviyenko, liderou um grupo de poderosos e experientes senadores russos em uma visita recíproca a Maputo, Moçambique. O grupo discutiu com a Assembleia Legislativa, a Liga Parlamentar da Amizade Rússia-Moçambique e, finalmente, com o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. As discussões foram focadas na Rússia-Ucrânia e em aspectos altamente significativos das relações bilaterais Rússia-Moçambique.
Neste contexto de cooperação econômica bilateral, o chefe de Estado moçambicano, no entanto, expressou satisfação com a abertura de que a Rússia está demonstrando alto interesse em expandir a cooperação bilateral com Moçambique, especialmente nos setores econômico e social. Relatórios monitorados pela mídia local moçambicana, bem como de sites do governo russo e moçambicano, indicaram que a Rússia ainda tem procurado setores econômicos viáveis e viáveis para fortalecer e ampliar a cooperação com Moçambique.
A palestrante Valentina Matviyenko, durante as discussões com o líder moçambicano Filipe Nyusi, referiu-se à necessidade de aumentar o comércio entre a Rússia e Moçambique, que no ano passado foi de aproximadamente US$ 109 milhões, e descreveu o valor comercial bem abaixo de seu potencial. Matvienko então convidou o Governo moçambicano a identificar áreas prioritárias nas quais a cooperação poderia ser expandida, para que essas prioridades pudessem ser discutidas na próxima cúpula bilateral marcada para julho em Moscou, se Moçambique concordar tanto com essa importante tarefa ou política.
Após o colapso soviético e ao longo dessas três décadas (30) das relações Rússia-Moçambique, a Rússia e Moçambique foram devidamente descritos como parceiros "confiáveis e testados pelo tempo" na África. Revendo os processos evolutivos das relações bilaterais, está na hora de destacar projetos de desenvolvimento empreendidos ou estão em andamento. Mas para a respeitada oradora Valentina Matviyenko, pedir ao Governo moçambicano que identifique áreas prioritárias para a expansão da cooperação, especialmente neste momento de sua história bilateral, parece completamente fora de lugar. Completamente fora, especialmente durante a reunião com o presidente de Moçambique Filipe Nyusi.
Aqui estão alguns dos fatos sublinhados e algumas das principais razões pelas quais a reformulação inadequada do Governo de Moçambique:
Em agosto de 2019, o presidente russo Vladimir Putin manteve conversações no Kremlin com o presidente de Moçambique Filipe Nyusi, que foi lá em uma visita oficial, e mais tarde também se dirigiu ao Fórum Empresarial Russo-Moçambique no World Trade Center como parte da visita de trabalho a Moscou. Que as reuniões do Kremlin e do World Trade Center foram dedicadas a várias questões relacionadas ao desenvolvimento da cooperação Rússia-Moçambique em várias áreas em Moçambique. Oferece um impulso às relações de longa data e serve como uma oportunidade exclusiva para discutir e identificar formas estratégicas de ampliação da cooperação econômica.
Os dois presidentes revisaram as perspectivas para a expansão das relações Rússia-Moçambique e trocaram opiniões sobre assuntos internacionais e regionais. Ao final desta conversa de alto nível, Vladimir Putin e Filipe Nyusi testemunharam a troca de documentos assinados durante a visita oficial do presidente de Moçambique à Rússia.
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Posted on 03/06/2022 at 17:41 in Cooperação - ONGs, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A Eni Rovuma Basin em nome dos Parceiros da Área 4 e o Governo de Cabo Delgado assinaram um memorando de cooperação para a implementação de um projecto integrado de resiliência no distrito de Mecufi, que vai contribuir para o fortalecimento das habilidades das comunidades na protecção e restauração dos mangais, contribuindo deste modo para a mitigação das mudanças climáticas.
O projecto inclui também o desenvolvimento de um programa sustentável de agricultura e acesso a água e higiene. O programa de restauração e conservação dos mangais vai consistir no replantio de mudas nos distritos de Zaulane A, Muaria e Muinde e vai abranger uma área de 10 hectares ao longo da costa de Mecúfi.
Em paralelo de acordo com um comunicado partilhado, serão também promovidas actividades alternativas para a diversificação económicas como é o caso da apicultura e aquacultura, que servirão de fontes de renda alternativa para as comunidades, o que vai ajudar a proteger os mangais e os ecossistemas que estão em risco.
O Projecto prevê também a implementação de campanhas educativas e de sensibilização nas áreas de conservação ambiental nas escolas da comunidade.
No que diz respeito ao programa de agricultura sustentável, vai cobrir uma área de 40 hectares e consiste na implementação de um sistema combinado de conservação florestal e agricultura o que vai permitir a produção de alimentos, bem como a recuperação das áreas degradadas e a transmissão de boas práticas na gestão e uso dos recursos naturais. Este programa vai abranger cerca de 500 pequenos agricultores.
No acesso a água potável, serão construídos 6 furos de água e reabilitados mais dois nas localidades de Muária, Sambene e Natuco, com vista a garantir maior acesso a disponibilidade de água potável e melhorar as condições de saneamento destas comunidades. O projecto integrado de resiliência, reafirma o compromisso da Eni Rovuma Basin com os objectivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (SDG´s) e enquadrase na estratégia da Eni de atingir o nível de zero emissões até 2050. Este projecto é parte do plano de sustentabilidade do projecto Coral Sul da Área 4 e será executado em parceria com a Unversidade Lúrio.
O Projecto Coral Sul será a o primeiro a colocar em produção consideráveis recursos de gás natural de Moçambique, a partir da segunda metade de 2022. É operado pela Eni Rovuma basin em nome dos Parceiros da Área 4, nomeadamente a Eni, ExxonMobil, CNPC, Galp, Kogas e a ENH- Empresa Nacional de Hidrocarbonetos.
Posted on 05/05/2022 at 20:57 in Cooperação - ONGs, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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Reportagem especial 7:
Respondendo à guerra de Cabo Delgado por Joseph Hanlon
Por que Cabo Delgado é um campo aberto para todos?
As guerras envolvem muito dinheiro e enorme sofrimento, por isso atraem os negócios e a indústria de ajuda. Cabo Delgado não é diferente, e está se tornando um playground para agências internacionais, doadores e ONGs, bem como para a sociedade civil moçambicana, negócios e a elite Frelimo.
O Presidente Nyusi tem recentemente viajado pelo mundo tentando arrecadar mais de 600 milhões de dólares por ano para pagar a guerra. Agências internacionais estão arrecadando fundos para centenas de milhões de dólares para assistência humanitária. O Banco Mundial aprovou US$ 450 milhões em projetos para o norte em dezembro e US$ 350 milhões no início de 2021.
O grande dinheiro e a atenção internacional têm sido destinados a um retorno ao que estava lá antes - reconstruir estradas e escolas e escritórios administrativos, e ajudar os deslocados até que, em algum momento no futuro, eles possam voltar para casa. Não há, até agora, nenhuma abordagem das raízes da guerra e das enormes desigualdades de Cabo Delgado.
Esta é uma exploração pessoal para perguntar: por quê?
Sou um escritor de longa data em Moçambique e guerras civis (Guerra Civil, Paz Civil, https://bit.ly/Civil-War-Civil-Paz) não tenho respostas, mas tento apontar para uma série de fatores que acredito moldar o estado atual. As divisões dentro da Frelimo e seu estilo de governança desempenham um papel. As limitações da indústria de ajuda internacional são importantes. E muitas pessoas lucram com a guerra. Começo olhando para a indústria da ajuda humanitária, com um sucesso histórico na coordenação, e pelo fracasso até agora em impor mais do que restrições informais em Cabo Delgado.
E eu termino perguntando: Se tantas pessoas estão ganhando com a guerra em andamento, há pouca motivação para pará-la?
Estivemos aqui antes da guerra por procuração dirigida pelos EUA nos anos 1980, que causou um milhão de mortes e enorme destruição, mas depois da "volta para o Ocidente" de Moçambique em se juntar ao Banco Mundial e ao FMI e permitir a entrada de INGOs, houve uma enorme enxurrada de ajuda. Como está ocorrendo agora, isso levou à confusão. Em 1987, o governo criou a CENE (Comissão Executiva Nacional de Emergência, Comissão Executivo Nacional de Emergência) chefiada pelo então vice-ministro do Comércio, Prakash Ratilal. Ele rapidamente trouxe doadores para a linha.
Dentro de um mês, Ratilal marcou duas reuniões semanais. Na manhã de sábado houve uma reunião técnica de funcionários do porto e dos transportes para quebrar gargalos de ajuda. A reunião da manhã de segunda-feira incluiu ONGs, países doadores e agências da ONU, incluindo o coordenador especial de emergência da ONU, Arturo Hein. Todos eram iguais nas reuniões de segunda-feira, com Ratilal no comando. Ele forçou as reuniões a serem em português e não em inglês, e logo deixou claro que não era possível contornar o governo. Ele também forçou os doadores a expor suas queixas na reunião de segunda-feira, em vez de em coquetéis diplomáticos. Mas ele também era hábil em promover a colaboração de doadores, e ele atraiu doadores para ajudar a definir a política do governo.
Continue reading "Mozambique News Reports & Clippings 595 - 20 April 2022 por Joseph Hanlon" »
Posted on 19/04/2022 at 21:32 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Por João Ribeiro-Bidaoui
Portugal tem doado centenas de milhões de euros em ajuda ao desenvolvimento dos países africanos de língua oficial portuguesa. Só o Programa de Cooperação 2018-2022, com apenas um desses nossos parceiros privilegiados, Angola, custou 535 milhões de euros.
Para Moçambique, e até 2026, estão previstos mais 170 milhões de euros. A que acrescem reestruturações e perdões da dívida externa, que, e apenas no que respeita a Angola, totalizaram em 2004 561 milhões de euros.
Nestes acordos de cooperação, e na Visão Estratégica para a Cooperação Portuguesa aprovada em Conselho de Ministros, vinca-se que a sua missão fundamental é “contribuir para a realização de um mundo melhor e mais estável [...], caracterizado [...] pela consolidação e o aprofundamento da paz, democracia, dos direitos humanos e do Estado de direito”.
Ora, no passado dia 2 de março, membros da CPLP (Angola, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e Moçambique) representaram 10% do pequeno grupo de países que na Assembleia-Geral das Nações Unidas não votaram a favor da resolução que condenou a invasão da Ucrânia. E a 7 de abril apenas dois membros da CPLP, Portugal e Timor-Leste, se juntaram à larga maioria que suspendeu a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Sublinhe-se que tais alinhamentos políticos são absolutamente legítimos. Mas tal legitimidade traz consequências e responsabilidades. Estas votações tornam letra morta princípios da CPLP como o “primado da paz, da democracia, do Estado de direito, dos direitos humanos e da justiça social”.
E parece também legítimo concluir que para alguns destes nossos parceiros de pouco valem valores, história e língua comuns. Sobretudo quando chega a hora de reparar os seus tanques russos, de ver aumentar as suas receitas do petróleo ou de alinhar com o país da alma mater de muitos dos seus dirigentes mais velhos, saudosos das bolsas soviéticas.
Os fundos portugueses para a cooperação parecem, por isso, estar a contribuir pouco para a construção de uma comunidade internacional mais responsável. Aliás, há muito tempo que outros indicadores nos convidam a revisitar a nossa cooperação.
Ao fim de décadas de apoio muito significativo, alguns desses países persistem no último terço de todos os rankings internacionais de desenvolvimento ou de respeito pelo Estado de direito. Nalguns casos, são repetidamente considerados Estados falhados.
Mas não estamos apenas perante um eventual problema de eficácia da nossa política de cooperação. Estamos perante uma possível ameaça existencial a um dos pilares da nossa política externa. Estas votações revelaram que Portugal está cada vez mais isolado na CPLP, a nossa segunda comunidade estratégica (depois da UE).
Tal implicará, a prazo, uma diminuição relativa da sua relevância política em quadros multilaterais, incluindo no âmbito da NATO e da política externa e de segurança comum da UE. Quiçá tais votos lusófonos teriam sido contra, em vez de meras abstenções, não fosse os bons ofícios da diplomacia portuguesa.
No entanto, nada parece indicá-lo – e, se fosse esse o caso, a situação política dentro da CPLP seria ainda bem mais grave. Uma coisa é certa: estas votações são uma clara violação do primeiro objetivo da CPLP, o da “concertação político diplomática entre os seus Estados- -membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional”.
Neste contexto, talvez fosse uma boa ideia convocar uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP – para apurar se aquilo que nos une ainda é mais do que aquilo que nos separa. Sem deixar de equacionar se, para lá de sentimentalismos e de conveniências, e num mundo mais polarizado, continua a servir os interesses nacionais a participação numa comunidade, com sede em Lisboa, em que praticamente todos os seus membros convivem bem com os abusos e as violações do direito internacional da Rússia.
DN(Lisboa) – 11.04.2022
Posted on 11/04/2022 at 21:15 in Cooperação - ONGs, CPLP - LUSOFONIA, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Os cerca de 700 milhões de dólares disponibilizados pelos doadores para minimizar o impacto da covid-19 em Moçambique já estão a dar que falar.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) pede um relatório de auditoria sobre os gastos e o Tribunal Administrativo (TA) já fala de problemas detectados no uso do dinheiro.
Tribunal detecta problemas na gestão dos fundos internacionais destinados ao combate à covid-19 -
O TA diz ter encontrado irregularidades nas contas da utilização dos fundos que o país recebeu da comunidade internacional.
De acordo com o juiz Amílcar Ubisse, conselheiro do TA, que falava a deputados, no quadro de uma visita das jornadas parlamentares, há situações mal paradas, com destaques para desvios de aplicação nas contas em causa.
“Estamos a falar de adjudicações directas indevidas, desvios de aplicação de diversas formas e existem também pagamentos indevidos, portanto, é todo esse leque de infracções que o Tribunal Administrativo detectou", disse o magistrado.
VOA – 06.04.2022
Posted on 06/04/2022 at 21:50 in Cooperação - ONGs, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, anunciou que a sua administração vai implementar uma nova estratégia destinada a conter conflitos, estando Moçambique entre os países abrangidos pela medida.
A nova estratégia da administração Biden foi elaborada com base numa lei aprovada pelo Congresso americano em 2019 e que estabelece que devem ser destinados 200 milhões de dólares anuais (181 milhões de euros) para planos de desenvolvimento que criem estabilidade a longo prazo, foi esta sexta-feira (01.04) anunciado.
Os países que vão beneficiar desses fundos são Moçambique, Haiti, Líbia, Papua Nova Guiné e cinco países da África Ocidental (Benim, Costa do Marfim, Gana, Guiné e Togo), foi anunciado pelo Presidente norte-americano.
Numa carta tornada pública pela Casa Branca, Joe Biden argumentou que os Estados Unidos devem ter uma posição de liderança no mundo e assumirem-se como "uma força pela paz e estabilidade", assim como uma nação com que os outros governos possam trabalhar em conjunto.
Segundo o mesmo documento, esta nova estratégia representa uma reafirmação da liderança dos EUA para enfrentar os desafios atuais, entre os quais, a pandemia, a crise climática e a ascensão de autocracias que acreditam que a democracia "não pode prosperar no século XXI".
Sobre esse aspeto, o Presidente norte-americano considerou que as imagens que chegam da Ucrânia são uma "lembrança" das consequências da guerra e da necessidade de se evitar a violência.
Por isso, Biden defende uma nova estratégia baseada em esforços de longo prazo, durante 10 anos, para trabalhar com a sociedade civil e os governos dos países abrangidos com o objetivo de "promover a estabilidade, o desenvolvimento económico, o respeito pelos direitos humanos e a igualdade de género".
Um dos pontos que distingue esta estratégia de outras aplicadas por Washington no passado centra-se na procura de olhar para lá das necessidades de curto prazo, focando-se nos objetivos de longo prazo, realçou a Casa Branca, noutro comunicado.
DW – 01.04.2022
Posted on 01/04/2022 at 21:09 in Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Os drones, aparentemente enviados para fins de coleta de informações e bombardeios, foram interceptados durante os combates no norte do país.
De acordo com um relatório do exército moçambicano, o exército interceptou e neutralizou 3 esquadrões de drones do ISIS no norte do país usando os sistemas táticos fornecidos pela empresa israelense MCTECH RF Technologies. Os drones foram aparentemente enviados com o propósito de reunir informações e bombardear os soldados.
Segundo a MCTECH, os sistemas táticos MC-Horizon D360BP V3 foram fornecidos ao exército moçambicano no final de 2021. O sistema são sistemas reativos transportados por um soldado, e detectam automaticamente a presença do drone em um alcance superior a 2,5 quilômetros e neutralizam-nos antes que se tornem uma ameaça real. Os sistemas foram projetados para proteger o esquadrão ou as forças de manobra no campo e permitir-lhe liberdade de ação sem o risco de ser atacado ou exposição por drones inimigos.
Id Bar-Oz, vice-presidente da empresa, disse: "Estamos testemunhando o uso generalizado de drones pela organização terrorista em todo o mundo e especialmente nas células terroristas da África.
Temos o prazer de ouvir que os sistemas a serviço do exército moçambicano foram bem sucedidos na defesa contra os ataques do EI. Esta é certamente uma evidência impressionante da importância de integrar esses sistemas em batalhas arquivadas protegendo as forças de manobra".
Posted on 07/03/2022 at 21:18 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Maria das Neves Rebelo de Sousa 2022 CCPM - Câmara de Comércio Portugal Moçambique
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Posted on 24/02/2022 at 17:28 in Cooperação - ONGs, Geral | Permalink | Comments (0)
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O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou esta quinta-feira, 17 de Fevereiro aos países desenvolvidos para que reconsiderem a questão da dívida à África, não no sentido do adiamento, mas do perdão total.
Falando em Bruxelas no decurso de um fórum sobre a saúde, promovido pelo Conselho Cooperativo Europeu, à margem da VI cimeira da UE-África, que decorre nesta cidade, o Presidente da República justificou tal pedido com o facto de os países africanos se terem tornado muito frágeis devido à crise sanitária decorrente do covid-19. E tal fraqueza teve maior impacto no sector da Saúde.
Porque o fórum serviu para a troca de experiências entre a Europa e África nesta área, Nyusi falou especificamente do caso de Moçambique que, valendo-se do que chamou de “diplomacia de saúde”, conseguiu assegurar, ao mínimo, serviços de saúde para a população.
“Conseguimos reduzir a mortalidade infantil, as mortes por cancros da mama e da próstata, bem como por tuberculose. Agora queremos reforçar a formação para darmos resposta aos principais desafios do sector”, disse ao Notícias.
Acrescentou que, mercê da “diplomacia de saúde”, que consiste na troca de experiências com outros países neste domínio, Moçambique possui um plano de vacinação contra covid-19 que já permitiu a imunização de pouco mais de 30% de um universo de 30 milhões de habitantes. Em breve, segundo anotou, começará a vacinação de maiores de 15 anos, o que acontece mercê da solidariedade com outros países.
Falou também do projecto “Um distrito, Um hospital” e da extensão de água para as zonas recônditas, tudo em prol da melhoria da saúde da população. “Continuamos na busca de parcerias para a área da Saúde”, apelando a um trabalho conjunto com parceiros para levar a saúde às zonas rurais.
Na sua intervenção focada ao tema “Nova era nas relações entre a UE-África, através da diplomacia da saúde”, Filipe Nyusi reconheceu a aproximação crescente entre os dois blocos, isto desde a primeira cimeira realizada no Cairo, no ano de 2000, mas disse ser necessário que a parceria saia da retórica para a acção e que as partes se tratem de igual para igual, na base de respeito mútuo, mesmo havendo divergências.
“África deixou de ser um continente de que se fala, passando a continente com que se fala. O que acontece em África é importante para a Europa, tal como o que acontece na Europa é importante para a África”, indicou o estadista moçambicano, acrescentando que África ficou refém de alguns países de “boa vontade”.
Como exemplo disso referiu-se à disparidade na distribuição de vacinas, alertando que não basta a Europa vacinar toda a sua população. É necessário que alargue essa solidariedade para o alcance da sustentabilidade. Este fórum contou com a participação de outros chefes de Estado e de Governo convidados para o efeito
Entretanto, a XI cimeira da UE-África já decorre em Bruxelas, com o Presidente da República a participar em várias mesas-redondas em que se debatem vários temas. Moçambique elegeu para o efeito os temas sobre a paz e segurança, transição energética, fortalecimento da saúde e distribuição de vacinas. A cimeira encerra ainda hoje com a adopção de uma declaração conjunta atinente à “Visão Conjunta 2030”.
Posted on 19/02/2022 at 11:50 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Europa - União Europeia | Permalink | Comments (0)
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O Governo Ruandês através do seu presidente, fez saber que está disponível a apoiar a recuperação económica dos afectados pelos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, no norte do país.
Falando durante a visita do chefe de estado moçambicano Filipe Nyusi a Kigali, Paul Kagame, reiterou que o território nacional “pode continuar a contar” com o Ruanda na luta contra o extremismo violento, pois entre os dois países “há uma relação de amizade” que está cada vez mais fortalecida. “Acredito que a maior parte das regiões onde se registava instabilidade devido ao terrorismo, as tropas da SADC já recuperaram e parte da população está a regressar as suas zonas de origem e o desafio agora é a reconstrução das infra-estruturas públicas e habitacionais”, disse Paul Kagame.
Por seu lado, Filipe Nyusi, indicou que para a recuperação económica das vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, Ruanda poderá apoiar com a implementação de projectos de agricultura, indústria e comércio.
“Já estávamos a discutir sobre projectos de desenvolvimento. Então, esta passagem de trânsito ajudou para passarmos em revista sobre outros projectos porque a própria guerra contra o terrorismo deve ser sustentada e isso faz-se também desenvolvendo projectos económicos, agricultura e comercio”, enfatizou o presidente.
Posted on 14/02/2022 at 15:20 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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O Ministério do Mar assinou esta terça-feira uma parceria com uma empresa dos Emirados Árabes Unidos, a Blue Forest, que pretende plantar mangais que sirvam como créditos de carbono, anunciaram em comunicado.
Os promotores preveem que o projecto dure 30 anos e gere créditos equivalentes a “aproximadamente 200 000 toneladas de emissões de CO2 por ano”.
As receitas pela venda das compensações de carbono “serão partilhadas entre as partes interessadas locais e nacionais, de acordo com as directrizes do Fundo Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (FNDS)”, acrescentaram.
A reflorestação está prevista para 185 000 hectares das províncias de Sofala e Zambézia, no centro do país, e será gerida e verificada através de imagens de satélite e processamento informático.
“Estamos encantados com a nossa parceria com a Blue Forest e com a introdução de tecnologia inovadora na forma como mapeamos e restauramos as nossas florestas de mangais, vitais para as gerações vindouras”, referiu Xavier Munjovo, secretário permanente do Ministério do Mar.
Vahid Fotuhi, fundador e presidente executivo da Blue Forest considerou Moçambique como um país “estratégico quando se trata de florestas de mangais”.
“Dezenas de milhares de pessoas e vida marinha sem fim beneficiarão deste projecto, não podíamos estar mais felizes”, concluiu.
Posted on 10/02/2022 at 11:01 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cooperação - ONGs | Permalink | Comments (0)
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The United Nations Development Programme (UNDP) is currently supporting The United Nations Health Clinic Centre (UNHCC) in the supply of “Complete Solar System'' and we require the services of an individual or a company to supply as described in the corresponding documents attached below.
In consideration of your qualifications, we are hereby inviting you to submit an offer for this bidding.
To assist you in understanding the requirements of this supply, we have attached hereto the RFQ document below:
The standard document of Interest and Availability, which you must accomplish and submit to UNDP
This process is managed through the UNDP email eTendering system: Should you be interested and decide to submit an offer for this supply, kindly send them no later than the date and time indicated in the document attached below.
If you decide not to submit an offer, we would appreciate it if you would advise us accordingly, preferably indicating the reasons for declining this invitation.
In the meantime, we look forward to your favourable response, and thank you in advance for your interest in working with UNDP.
Sincerely,
Matteo Noah
UNDP Country Office - MOZAMBIQUE
Posted on : 17-Jan-22 @ 06:07 AM (New York time)
Deadline : 25-Jan-22 @ 08:00 AM (New York time)
Geneva Office:+41 22 548 11 91 | Fax: +41 22 548 11 91
New York Office:+1315 215 3259 | Fax : +1315 215 3259
Email Quote : [email protected]
Posted on 20/01/2022 at 11:51 in Cooperação - ONGs | Permalink | Comments (0)
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Violações dos direitos humanos aumentaram em Moçambique devido à violência em Cabo Delgado, denuncia a Human Rights Watch. Organização aponta também o dedo às forças de segurança moçambicanas.
Populares fugiram à insurgência em Cabo Delgado
No capítulo dedicado a Moçambique do seu relatório anual, publicado esta quinta-feira (13.01), a organização não-governamental concluiu que os combates entre as forças governamentais e os grupos islamitas no norte do país contribuíram em 2021 para o retrocesso nos direitos humanos e para o agravamento da crise humanitária na região, o que já tinha acontecido no ano anterior.
"Cabo Delgado é a nossa maior preocupação [...] e a verdade é que a questão humanitária piorou e com ela vieram vários outros problemas de direitos humanos", disse à agência de notícias Lusa a responsável da HRW em Moçambique, Zenaida Machado, lembrando que foi em 2021 que se registou "uma das maiores crises de deslocamento de população", depois do ataque de março a Palma pelo grupo islamita Al-Sunna wa Jama'a (ASWJ).
Abusos contra residentes
Mais de 800 mil pessoas foram forçadas a deslocar-se até setembro, segundo o Governo e o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Cerca de 48% dos deslocados são crianças e mais de 84% vivem em alojamentos temporários e comunidades de acolhimento no país, enquanto 9% estão em campos de refugiados nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.
Segundo Zenaida Machado, também foi em 2021 - por as pessoas terem conseguido sair das áreas onde estavam - que a HRW percebeu a dimensão dos abusos a que tinham sido sujeitas.
Em 2021, o grupo ASWJ continuou a atacar aldeias, matar civis, e raptar mulheres e crianças, relata a organização, lembrando que a Unicef alertou em outubro que os rebeldes estavam a treinar e doutrinar rapazes para combaterem e que a própria HRW encontrou provas de que os combatentes estão a usar centenas de mulheres e meninas raptadas em casamentos forçados ou como escravas sexuais.
Exploração sexual em troca de ajuda
A HRW recorda também as denúncias de exploração sexual de mulheres em troca de ajuda humanitária em vários campos de deslocados em Cabo Delgado e sublinha que até outubro o Governo não tinha assumido o compromisso público de investigar estas alegações.
A organização diz que o Executivo também não tomou qualquer medida publicamente conhecida para investigar acusações de violações dos direitos humanos por parte das forças de segurança moçambicanas nas operações antiterroristas em Cabo Delgado, nomeadamente intimidação, maus-tratos a pessoas deslocadas e uso de força ilegal contra civis
Zenaida Machado recorda que houve relatos de pessoas impedidas pelas forças de segurança de fugirem de zonas afetadas pela violência, frisando que "muitas das pessoas que fugiram dos ataques dos insurgentes [...] denunciaram a ausência de qualquer auxílio ou proteção ou ajuda humanitária por parte das forças de defesa e segurança moçambicanas".
No relatório condena-se o acordo entre os governos de Moçambique e da Tanzânia que permitiu o repatriamento de mais de 10.300 requerentes de asilo moçambicanos desde o início do ano.
Estes atos "violam o princípio da não-repulsão, que proíbe o regresso forçado de pessoas às ameaças contra as suas vidas ou liberdade".
No documento refere-se o aumento, em 2021, do número de casos de rapto não resolvidos e acrescenta-se que agentes da polícia estiveram envolvidos em pelo menos um caso.
Elogios a apoio do Ruanda e SADC
O relatório recorda que vários parceiros internacionais, incluindo Portugal, o Ruanda, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), os Estados Unidos e a União Europeia, responderam ao pedido de ajuda do Governo para as suas operações militares contra a ASWJ em Cabo Delgado.
Continue reading ""A situação humanitária piorou em Cabo Delgado"" »
Posted on 13/01/2022 at 11:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (2)
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Moçambique tem destas coisas, o dinheiro chegou em 2019, neste caso 5,8 milhões de Euros, mas nada foi realizado, presume-se que se esfumou nos meandros da corrupção lá do Maputo, neste caso com a conivência da UNIDO, uma das agências das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
O café racemosa é uma variedade de café que cresce bem ao longo da costa norte de Moçambique, a costa de Coral de Moçambique, o café racemosa gosta de terrenos de pH alto, tem um baixo teor de cafeína, sendo usado como um café descafeinado, o mundo gasta dinheiro a descafeinar cafés de baixa qualidade para depois consumir, o café racemosa naturalmente apresenta sabor a café, mas sem cafeína, podendo vir a ser um excelente rendimento para melhorar o rendimento das famílias pobres ao longo da costa norte de Moçambique.
Neste caso a fundação Illy canalizou o valor de 5,8 milhões de euros, através da UNIDO, mas nada se sabe o que aconteceu a esse dinheiro, no terreno nada foi feito e devido aos ataques dos insurgentes em Cabo Delgado, faria todo o sentido iniciar o projecto, o mais rapidamente possível de modo a criar rendimento para as famílias de deslocados.
No Ibo e em Quissanga de momento ainda está difícil de iniciar o projecto, porque razão não se inicia o projecto em Mecufi, Lurio, Sirisa ou Simoco?? Ao longo da costa onde tantas famílias de deslocados do Ibo, Matemo e Quirimba se encontram deslocadas?? É suficiente iniciar viveiros e dar treinamento a essas famílias, quando existirem condições regressam ao Ibo, Quirimba ou Quissanga valorizados para refazerem as suas vidas.
O último registo de produção do café do Ibo foi de 800 kgs, se esse dinheiro se esfumou em corrupção lá no Maputo, estamos perante o café mais caro do mundo, 7 250 euros por kg de café.
Porque a UNIDO não vem explicar aquilo que pretende fazer com esse dinheiro?? Está a usar esse valor para pagar os salários dos funcionários expatriados lá no Maputo?? Será que uma agência das Nações Unidas não deveria ter mais respeito pelos deslocados de Cabo Delgado?? Esse valor pertence às populações de Cabo Delgado, foi para isso que a Fundação Illy o doou de boa fé.
Infelizmente não é só a Frelimo que rouba em Moçambique, há gente lá no Maputo que consegue roubar tanto ou mais.
(Recebido por email)
Posted on 28/11/2021 at 12:16 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Portugal e Moçambique assinaram esta segunda-feira um novo Programa Estratégico de Cooperação (PEC) bilateral para o período 2022-2026, com um valor indicativo de 80 milhões de euros, mais 12 milhões que o anterior, que termina este ano.
Um reforço que “significa que o trabalho está a correr bem” e que vai chegar a novas áreas, disse Francisco André, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português.
O governante está em Maputo até quinta-feira para um programa que arrancou com a assinatura do PEC com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Manuel Gonçalves.
A educação e a saúde continuarão a ser as áreas em que haverá maior investimento de Portugal através das diversas entidades envolvidas na cooperação.
Cultura, capacitação institucional, ajuda humanitária e actividades de resiliência, a par de outros sectores, como a cooperação na área da segurança, fazem também parte dos planos, na continuidade do que tem sido feito e com uma atenção especial para a crise humanitária em Cabo Delgado.
O valor indicativo de 80 milhões de euros pode até subir.
“Assim as nossas autoridades, organizações, sociedade civil e todos os parceiros tenham essa capacidade de trabalhar: nós estamos disponíveis para aumentar esse envelope [financeiro] ao longo da vigência”, referiu Francisco André.
Os apoios financeiros servem para “mobilizar parcerias”, mas não como ajuda direta ao Orçamento do Estado (OE) moçambicano, explicitou, questionado pela Lusa.
“Se em dado momento for preciso, se for necessário fazer um apoio directo, logo se irá ponderar”, referiu.
Diversos parceiros, nomeadamente a União Europeia (UE) e os seus países, suspenderam formalmente os apoios directos ao OE em 2016 depois de descobertas as dívidas ocultas do Estado, no valor de 2,7 mil milhões de dólares, caso cujo julgamento decorre.
Sobre a cooperação nos próximos quatro anos, Francisco André deixou novas ideias, referindo que a estratégia prevê a aposta numa “transição económica, que é duplamente verde e digital” em que os dois países irão colaborar.
Posted on 23/11/2021 at 13:29 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Presidente do Ruanda reitera não ter recebido qualquer ajuda financeira externa para a operação em Cabo Delgado
O Presidente do Ruanda revelou que o seu Governo tem um contingente de quase dois mil homens, entre membros da Polícia Nacional do Ruanda (RNP) e da Força de Defesa do Ruanda (RDF), em Moçambique na luta contra grupos terroristas na província de Cabo Delgado.
Numa conversa mantida com o jornalista Steve Clemons, que trabalha para a agência americana de notícias The Hill, Kagame reiterou que o seu Governo respondeu de forma rápida ao pedido feito pelo Governo de Moçambique, que também foi endereçado a outros
“O Governo de Moçambique convidou-nos e muitos outros, eles convidaram os países da SADC, a região sul e os vizinhos de Moçambique para irem ajudar. Ruanda foi lá alegando que era bilateral e um convite de um país amigo que queria essa ajuda com urgência. Então, nós respondemos. Na verdade, desdobramos mais de mil soldados, temos cerca de 2000, efectivos militares e policias também ”, afirmou Kagame, que se congratulou com o facto de a rápida intervenção "ter ajudado a reduzir" a ameaça terrorista.
O Presidente ruandês reiterou que “não recebemos nenhum financiamento externo” e que o “Governo de Ruanda trabalha com Moçambique, nós dois encontramos recursos para implantar e apoiar essas operações”.
Kagame sublinhou que as relações bilaterais entre países empenhados em lidar com os problemas em África devem ser feitas de forma mais rápida e eficaz.
“Se tivéssemos, por exemplo, que esperar até que os planos fossem colocados em prática, a mobilização estivesse concluída, usando o formato usual, provavelmente ainda estaríamos à espera e não teríamos certeza de quando começaríamos”, defendeu Kagame, adiantando que Kigali e Maputo estão a trabalhar paraidentificar a causa raiz do problema e o que precisa ser corrigido”.
Ele sublinhou que as tropas do seu país não deverão estar no terreno para sempre, “mas sim trabalhar com o país para lidar com o problema enquanto o apoio for necessário e para fazer com que o país possa defender-se sozinho”.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado do Ruanda citou os esforços na região do Sahel para conter os grupos armados que, no entanto, não resultaram ainda.
“A questão não é lançar a culpa, mas, no mínimo, podemos dizer que algo está muito errado em termos de como as ameaças à segurança transfronteiriças são tratadas ”, defendeu Paul Kagame, quem enfatizou que “o fracasso em encontrar uma solução duradoura não é por falta de compromisso ou falta de dinheiro”.
Por causa da história do nosso país, ele concluiu que “o Ruanda está empenhado em contribuir para as operações de construção da paz e fazer a diferença onde podemos”.
O Governo de Moçambique nunca se pronunciou sobre o número exacto de tropas do Ruanda no país, que tinha sido inicialmente indica pelo Governo de Kigali como em torno de mil.
VOA – 13.10.2021
Posted on 13/10/2021 at 18:57 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Data: 12 de Outubro (Terça-feira) às 15:00
Inscreva-se através do link:
https://us06web.zoom.us/webinar/register/WN_4WBWTirVThC0z7v0OZxTAg
Posted on 07/10/2021 at 18:12 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Moçambique vai passar a dispor de um circuito fechado de televisão (CFTV) para garantia da segurança e ordem públicas e controlo das transgressões ao Código de Estrada. O projecto resulta de um acordo de crédito no valor de 88 705 000 dólares celebrado entre o governo de Moçambique e o Exim Bank da Coreia do Sul, destinado à capacitação do Ministério do Interior-PRM para o reforço da manutenção da segurança e ordem públicas.
O Governo vai estabelecer igualmente um sistema automático de verificação de impressões digitais (AFIS) para investigação criminal, incluindo ferramentas de recolha e armazenamento.
O projecto será implementado a partir do presente ano, devendo estender-se até 31 de Dezembro de 2025, perfazendo quatro anos. Ao abrigo da iniciativa, prevê-se ainda a construção da raiz da sala de operações Central na Cidade de Maputo. Também serão construídas de raiz salas de operações da cidade de Nampula, bem como nos distritos municipais de Angoche, Erati, Ilha de Moçambique, Malema, Monapo, Murrupula e Nacala-Porto.
Posted on 29/09/2021 at 17:20 in Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Caros candidatos,
A Confederação Canadense e a Universidade Saint-Francis-Xavier estão lançando um edital para inscrições para bolsas de estudo para este ano letivo 2021-2022. Essas bolsas são destinadas a nacionais de países em desenvolvimento, países do terceiro mundo e países europeus. As bolsas abrangem o período de um ciclo de treinamento de até seis (06) semestres e as despesas de viagem, ou seja, a passagem aérea de ida e volta (Pays de Provence-Canada) é da responsabilidade da Confederação Canadense.
O pré-requisito para a aplicação é:
- Tenha no máximo 18 a 55 anos
- Entenda e fale corretamente uma das línguas de instrução no Canadá (espanhol, inglês, alemão, italiano e francês)
– Tenha um diploma válido para o certificado de graduação, o bacharelado ou o certificado de aptidão profissional.
- Obtenha o contacto da Universidade Saint-Francis-Xavier, no Canadá, e o formulário de inscrição de bolsas através do endereço de e-mail: [email protected]
Université Saint-Francis-Xavier. O secretariado.
Posted on 29/09/2021 at 16:54 in Cooperação - ONGs, Ensino - Educação - Juventude | Permalink | Comments (0)
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"Se o instrumento cria dívida e risco, tem de ser tratado como tal, e não ser encarado assim é tentar encobrir a dívida e não enfrentar a realidade", respondeu o diretor do departamento africano do FMI à pergunta do ministro das Finanças de Maputo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) rejeitou esta quarta-feira um pedido de Moçambique para que a dívida contraída ao abrigo da emissão de títulos específicos para países em conflito militar não conte para os rácios de endividamento.
"A minha primeira reação, conceptualmente, é que se o instrumento cria dívida e risco, tem de ser tratado como tal, e não ser encarado assim é tentar encobrir a dívida e não enfrentar a realidade", respondeu o diretor do departamento africano do FMI à pergunta explícita do ministro das Finanças de Moçambique, durante o quarto Fórum sobre a Resiliência em África, durante o painel 'O nexo entre segurança, crescimento económico e investimento'.
"Nós ajudamos encontrando outras formas de financiamento, doações e mais tipos de empréstimos concessionais, e temos de ver as vantagens e desvantagens entre este instrumento e as formas alternativas de financiamento", acrescentou Abebe Aemro Selassie.
Em causa está um instrumento de financiamento que o Banco Africano de Desenvolvimento está a preparar, e que passa pela emissão de dívida especificamente para países afetados por conflitos, como é o caso de Moçambique, para que possam financiar-se para relançar as economias, particularmente nas regiões mais afetadas.
Ao financiarem-se através deste instrumento, que terá taxas de juro mais baixas que o habitual e períodos de pagamento mais longos, os países aumentam, ainda assim, a dívida, o que poderá prejudicar a Avaliação da Sustentabilidade da Dívida (DSA, no original em inglês).
Esta análise comporta cinco indicadores (Valor Atual da Dívida face ao PIB, às Exportações, às Receitas, o Serviço da Dívida face às Exportações e o Serviço da Dívida comparado com o valor das Receitas) para definir se o endividamento de um país é sustentável, ou seja, se o país tem capacidade para honrar os seus compromissos financeiros, não só com os credores comerciais, mas também com as instituições multilaterais com o FMI ou o Banco Mundial.
Na intervenção, o diretor do departamento africano argumentou, respondendo a uma questão sobre a flexibilidade do limite de défice que os países podem ter em tempo de pandemia, que "o FMI não decide o nível de défice, são os governos, o que explicamos é quais são as consequências para cada país quando o défice orçamental é elevado"
Para Selassie, "o primeiro foco das prioridades políticas em 2020 e 2021 é tentar ultrapassar a pandemia, o que inclui ter défices mais altos para apoiar as pessoas e os negócios mais vulneráveis".
O diálogo entre Adriano Maleiane e Abebe Selassie surgiu poucas horas depois de o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) ter afirmado que o banco estava a criar um novo instrumento financeiro para facilitar o acesso aos mercados internacionais.
"Estamos a criar um índice de títulos de investimento em segurança, que vai permitir mobilizar recursos dos mercados de capitais a taxas de juro baixas com quatro objetivos principais: reforçar a arquitetura de segurança, reconstruir projetos de infraestruturas, recriar a infraestrutura social, como água, educação e escolas, e por último garantir que em todo o continente há boa proteção e sistemas de defesa à volta das áreas de investimentos estratégicos", disse Akinwumi Adesina, depois de exemplificar que Moçambique foi um dos países afetados pelo terrorismo.
LUSA – 29.09.2021
Posted on 29/09/2021 at 13:18 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 14/09/2021 at 19:35 in Cooperação - ONGs, Europa - União Europeia, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Estou anunciando a designação de cinco líderes terroristas na África. Bonomade Machude Omar, Sidan ag Hitta, Salem ould Breihmatt, Ali Mohamed Rage, e Abdikadir Mohamed Abdikadir são designados como Terroristas Globais Especialmente Designados (ODS) sob a Ordem Executiva 13224, conforme alterada.
Como resultado de nossas ações de hoje, entre outras consequências, todos os bens e interesses em propriedade desses indivíduos devem ser bloqueados e reportados ao Departamento de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). Além disso, pessoas que se envolvem em determinadas transações com as pessoas designadas hoje podem ser expostas à designação. Além disso, qualquer instituição financeira estrangeira que conscientemente facilite uma transação financeira significativa ou forneça serviços financeiros significativos para as pessoas designadas hoje pode estar sujeita a contas correspondentes dos EUA ou sanções de contas a pagar.
Os Estados Unidos estão comprometidos em interromper os métodos de financiamento do ISIS-Moçambique, JNIM e al-Shabaab — todos designados organizações terroristas estrangeiras e ODS — limitando suas habilidades para realizar novos ataques contra civis e apoiando nossos parceiros nos esforços para interromper as finanças do terrorismo. Enfrentar a ameaça terrorista em todo o continente exigirá trabalhar em estreita colaboração com nossos parceiros para degradar a capacidade e as operações desses grupos terroristas, combatendo seu controle e influência na África Ocidental, Oriental e Mar Austral.
Posted on 07/08/2021 at 17:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (1)
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Programa Mundial de Alimentos (PMA) em Moçambique alerta que, caso não haja um "apoio internacional urgente", a assistência alimentar aos deslocados em Cabo Delgado poderá ser suspensa em setembro próximo.
Para aquela agência das Nações Unidas, a situação da crise alimentar no norte de Moçambique é cada vez mais crítica devido a falta de recursos financeiros para aquisição de alimentos. Milhares de deslocados internos dependem dessa ajuda na província de Cabo Delgado, assolada por ataques terroristas há quase quatro anos.
De acordo com Antonella D´Aprile, diretora nacional do PMA em Moçambique, caso não haja um "apoio internacional urgente", a situação poderá agravar-se nos próximos meses.
Em entrevista exclusiva à DW África esta quarta-feira (04.08), a diretora avançou que o PMA precisa de pelo menos 93 milhões de dólares para prestar assistência a mais de 800 mil deslocados internos em Cabo Delgado até dezembro deste ano.
DW África: O PMA alertou em julho para a iminência de "uma crise alimentar fora do controlo" em Cabo Delgado. Como é que está a situação atualmente?
Antonella D´Aprile (AA): Infelizmente, a situação está em agravamento. A província de Cabo Delgado sofre com a crise de deslocados que mais cresce ao nível do mundo. Desde 2017, a província já registou mais de 800 mil deslocados internos. São pessoas que foram obrigadas a abandonar as suas áreas de produção e isso impacta claramente na segurança alimentar das comunidades. A província tem também a mais alta taxa de desnutrição crónica no país.
E mais de 950 mil pessoas, nas províncias do norte de Moçambique [Cabo Delgado, Nampula e Niassa], vão enfrentar entre abril a setembro próximo uma insegurança alimentar devido aos ataques terroristas e fenómenos naturais.
DW África: As ilhas do Ibo e de Matemo, em Cabo Delgado, são duas áreas muito afetadas devido ao elevado número de deslocados. Segundo a imprensa moçambicana, poderão mesmo estar à "beira da crise humanitária". São zonas que preocupam particularmente o PMA?
AA: O PMA está preocupado com todos os distritos da província. A resposta de emergência do PMA vai ao encontro dos deslocados onde eles estão, ou seja, seguimos o movimento das pessoas.
DW África: Em julho, a agência temia ficar sem recursos para continuar com as ações de assistência alimentar aos deslocados. Qual é o ponto da situação neste momento?
AA: Em junho, o PMA deu assistência alimentar para cerca de 700 mil pessoas deslocadas. Mas devido à falta de fundos para os meses de julho e agosto, o PMA programou assistir os deslocados com apenas uma cesta básica por família para cobrir os dois meses. E a distribuição de alimentos poderá ser retomada em setembro caso haja novos fundos.
Neste momento, o Programa Mundial de Alimentação precisa de pelo menos 93 milhões de dólares americanos para puder assistir mais de 800 mil deslocados até dezembro deste ano. Caso não consiga este valor até lá, a assistência alimentar aos deslocados infelizmente poderá ser suspensa.
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Posted on 04/08/2021 at 17:58 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Uma funcionária, que confessou o crime, foi detida, mas o seu superior hierárquico está a monte
Dois funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, são alvo de um processo aberto pelo Gabinete Provincial de Combate a Corrupção em Sofala, por, segundo a acusação, terem desviado oito milhões de meticais (cerca de 110 mil dóalres)
Uma funcionária foi detida mas o seu superior hierárquico encontra-se foragido.
Em conferência de imprensa na cidade da Beira, nesta terça-feira, 6, o porta-voz do Gabinete disse que “os actos praticados por estes funcionários consubstanciam o crime de peculato", ao fazerem “levantamentos através de cheques nas contas da instituição” que depois eram depositados “nas suas respectivas esferas patrimoniais".
Anastácio Matsinhe revelou que a mulher já detida confessou ter levantado os valores, que, segundo ela, eram entregues ao seu superior hierárquico.
Caso venham a ser considerados culpados, os dois acusados incorrem em penas de oito a 12 anos de prisão, segundo Matsinhe.
Na ocasião, aquele porta-voz referiu que foi o próprio PAM que detectou o desvio dos seus funcionários.
VOA – 07.07.2021
Posted on 07/07/2021 at 12:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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DIZ CHEFE DA MARINHA DA ÁFRICA DO SUL
A actividade insur[1]gente não controlada nas águas moçambicanas é uma indicação de que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) é incapaz de gerir eficazmente os seus espaços marítimos, de acordo com o chefe da Marinha da África do Sul, Vice-Almirante Mosiwa Hlongwane.
Hlongwane falava na Conferência de Segurança Marítima de 2021 no início de Junho. “Dentro da SADC, em particular, a capacidade dos Estados de responder à insegurança marítima está seriamente comprometida devido a desafios de recursos, tais como restrições orçamentais, formação inadequada, falta de competências, bem como equipamento envelhecido e obsolescência em massa. Como resultado, a governação eficaz e eficiente do espaço marítimo continua sendo um desafio significativo para a segurança marítima na sub-região ”, disse ele. “Pesquisas recentes sugerem que as questões de segurança marítima continuam a ser subordinadas às questões de segurança terrestre, mais ainda no continente africano, onde a alocação de recursos é frequentemente priorizada em torno das actividades terrestres, em vez das marítimas.
Hlongwane citou dois incidentes recentes que destacam a segurança marítima. “Esses dois eventos essencialmente redireccionaram a atenção da comunidade internacional não apenas para a importância da segurança marítima, mas também para o impacto desagradável da insegurança marítima. O primeiro evento é o bloqueio do Canal de Suez pelo ... navio porta-contêineres Ever Given. Llody’s List estimou que o custo do comércio mundial foi de 400 milhões de dólares por hora ou 6,7 milhões por minuto.
” Como resultado do bloqueio de seis dias em Março, vários navios desviaram-se da rota marítima do Cabo, necessitando de trânsito através do Canal de Moçambique. “Isso leva-me ao segundo evento sobre o qual desejo reflectir”, disse Hlongwane.
“Ao mesmo tempo que os acontecimentos se desenrolavam no Canal de Suez, a situação da segurança estava a evoluir rapidamente em Moçambique. A insurgência no norte de Moçambique em torno de Cabo Delgado, que inicialmente eclodiu em 2017, viu um aumento acentuado nos últimos meses. O seu transbordamento para o domínio marítimo pode ter tido um impacto venenoso na segurança contínua das linhas de comunicação marítimas.
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Posted on 05/07/2021 at 11:23 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Moçambique recebeu neste sábado (03.07) o primeiro dos três voos da ponte aérea humanitária da União Europeia para Pemba, que trazem donativos doados por várias ONGs da Itália e Portugal aos deslocados de guerra.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Francisco André, pediu este sábado (03.07), em Cabo Delgado, o envolvimento de outros países da União Europeia (UE) no apoio a Moçambique face à violência armada no Norte do país.
"Moçambique e esta região em concreto estão neste momento a precisar de ajuda”, começou por dizer Francisco André, destacando que "são centenas de milhares de deslocados, em tempo de pandemia, e isso só se resolve com a atuação de todos”.
O dirigente português defendeu por isso ser importante que "outros estados europeus e fora da Europa se juntassem a nós neste esforço para ajudar as populações do país", declarou Francisco André.
Aquele responsável falava à comunicação social no Aeroporto Internacional de Pemba, no âmbito da chegada do primeiro avião de três que vão garantir a ponte aérea humanitária da UE para apoiar as populações afetadas pela violência armada em Cabo Delgado.
Para Francisco André, a chegada do primeiro voo humanitário, organizado por Portugal e Itália, reflete a solidariedade dos povos daqueles países europeus para com a situação das populações afetadas pela violência em Cabo Delgado.
"É muito importante para o Governo português estar aqui a assinalar a chegada deste voo, sobretudo no final de um trimestre em que Portugal esteve em frente dos destinos da presidência do Conselho da União Europeia e que trabalhou bastante para colocar Moçambique como uma prioridade para política externa", declarou Francisco André.
Apoio de Bruxelas
Segundo o governante português, o apoio de Bruxelas a Moçambique pretende combinar várias vertentes, com destaque para a capacitação da juventude em Cabo Delgado e a formação militar de forças governamentais face às incursões de grupos rebeldes no norte daquela província.
"Isto mostra bem a mobilização que Portugal coloca para o apoio a Moçambique no plano europeu, além do apoio bilateral. Temos estado presentes desde a primeira hora e vamos continuar a reforçar o apoio", frisou.
A ponte aérea humanitária da UE para Pemba, norte de Moçambique, transportará perto de 15 toneladas de "equipamento que salva-vidas" e que visa "responder a necessidades humanitárias urgentes".
Os bens e equipamentos provém de contribuições específicas da Itália, de organizações como a Sant´Egídio, Oikos, Cuamm e, de Portugal, pela Unidade de Apoio Geral de Material do Exército, da CVP, Caritas e Tese.
O segundo voo da ponte aérea é esperado no domingo em Pemba, enquanto o terceiro chega no dia 09.
O secretário de Estado da província de Cabo Delgado agradeceu pelo apoio da UE, pedindo também o envolvimento de outros países, tendo em conta que "há muitas necessidades" face ao aumento do número de deslocados.
"Nós temos várias necessidades, sobretudo nas populações deslocadas. Elas estão a sair das suas terras de origem, não têm condições básicas de sobrevivência, alimentação nem abrigo", declarou António Supeia.
DW – 03.07.2021
Posted on 03/07/2021 at 19:21 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs | Permalink | Comments (0)
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 83 países que integram a coligação global contra o Estado Islâmico manifestaram-se preocupados com a presença cada vez maior de afiliados e redes do denominado Estado Islâmico na África Subsariana, que, segundo eles, ameaçam a segurança e a estabilidade.
Numa reunião separada da conferência realizada nesta segunda-feira, 28, em Roma, Itália, eles destacaram a situação em Moçambique e na região do Sahel e garantiram o seu apoio à luta contra o terrorismo.
"A coligação está empenhada em trabalhar com os países afectados, para enfrentar as ameaças representadas pelo Estado Islâmico em África, para garantir a derrota global e duradoura da organização com o consentimento prévio dos países em causa e em total respeito com o direito internacional", reforça o comunicado.
Os ministros saudaram a presença de delegações de vários países africanos como observadores da reunião ministerial, entre eles Moçambique, Gana e Burkina Faso.
Eles “enfatizaram a protecção de civis como uma prioridade e afirmaram que o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos, conforme aplicável, bem como as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU, devem ser respeitados em todas as circunstâncias”.
Sob proposta do chefe da diplomacia italiana, Luigi Di Maio, a conferência decidiu criar um grupo de trabalho para combater o movimento 'jihadista' na África subsaariana, com a tarefa, numa primeira fase, de identificar as ameaças na região.
Na abertura do encontro, o secretário de Estado americano congratulou-se com o combate contra o Estado Islâmico, mas avisou que ainda há cerca de 10 mil combatentes do grupo terrorismo no Iraque e na Síria.
“Fizemos grandes progressos porque trabalhamos juntos, então esperamos que todos fiquemos empenhados nesta luta contra esta organização terrorista até que ela seja definitivamente derrotada”, afirmou Antony Blinken.
Ele insistiu na necessidade de se lutar contra as células residuais do Estado Islâmico que permanecem na Síria e no Iraque, “para travar a sua crescente ameaça em África”.
A coligação admitiu como novos membros a República Centro-Africana, a República Democrática do Congo, a Mauritânia e o Iémen.
VOA – 28.06.2021
Posted on 29/06/2021 at 15:39 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Europa - União Europeia, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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A organização obteve apenas nove por cento da ajuda necessária
As Nações Unidas alertam que o conflito armado na província de Moçambique agrava-se, particularmente no campo humanitário, com a necessidade de ajuda urgente.
Enquanto isso, a organização obteve apenas nove por cento da ajuda necessária para salvar um milhão e 100 mil vidas.
Em nota distribuída no final da noite de terça-feira, 15, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) revelou que o número de pessoas deslocadas internamente “aumentou de 172 mil em Abril de 2020 para mais de 732 mil pessoas até ao final de Abril de 2021”.
Desse total, um terço das pessoas já teve de fugir de onde se encontrava mais do que uma vez.
“O conflito continuou a crescer no primeiro semestre de 2021, impulsionando deslocações generalizadas e uma crise humanitária em rápido desenvolvimento”, disse numa nota o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos acrescenta a nota, que destaca que “após confrontos em todo o distrito”, o total de deslocados só daquela área ascende a 68 mil.
Ante este quadro, a OCHA afirma que “mais de 900 mil pessoas enfrentam insegurança alimentar severa e as comunidades de acolhimento estão também a precisar urgentemente de abrigo, proteção e outros serviços”, lê-se no documento.
“A grave falta de financiamento está a dificultar a resposta humanitária”, alerta aquela agência da ONU, cuja organização recebeu “apenas 22,3 milhões de dólares, cerca de nove por cento dos 254 milhões de dólares necessários para prestar assistência, protecção e salvar vidas a 1,1 milhões de pessoas em Cabo Delgado, Niassa e Nampula”.
VOA – 16.06.2021
Posted on 16/06/2021 at 16:59 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A ONG conservacionista de Nelson Mandela está a aproximar-se aconchegando ao Dyck Advisory Group, uma empresa de remoção de minas e anti-caça furtiva que também tem trabalhado para apoiar as forças policiais africanas. A Peace Parks Foundation (PPF), que administra parques naturais transfronteiriços, quer expandir sua presença na África Austral. A fundação foi criada em 1997 por Nelson Mandela, em conjunto com o príncipe holandês Bernhard de Lippe-Biesterfeld e o magnata sul-africano Anton Rupert, cujo filho, Johann Rupert, agora é o presidente.
O PPF tem um relacionamento sólido com os vários governos na área e com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que supervisiona as Áreas de Conservação Transfronteiriças (TFCA).
O PPF está actualmente a fazer campanha para criar novas reservas naturais transfronteiriças: as Poças do Baixo Zambeze - Mana, entre a Zâmbia e o Zimbabwe, e as Planícies de Liuwa - Mussuma, entre a Zâmbia e Angola. O diretor Werner Myburgh deseja criar as reservas com a ajuda do Fundo de Gestão e Conservação Ambiental (EMCT), parte do Grupo Consultivo Dyck (DAG). O DAG trata da segurança contra a caça furtiva em vários parques administrados pelo PPF em Moçambique e tem estado na imprensa recentemente devido ao seu trabalho como uma empresa militar privada para Maputo na luta contra a autoproclamada insurgência jihadista na província produtora de gás de Cabo Delgado.
Leia aqui
Posted on 15/06/2021 at 12:15 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cooperação - ONGs, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
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A intensificação do conflito em Cabo Delgado gerou um desastre humanitário traduzido em centenas de milhares de famílias deslocadas, que procuram, em função das suas condições de deslocação, locais mais seguros de integração. As famílias com maiores recursos económicos e contactos familiares deslocam-se para zonas mais afastadas. As restantes permanecem em zonas mais inseguras, vulneráveis a ataques e a recrutamento. Uma ampla ajuda humanitária foi constituída para assistir estas populações, tendo exercido um efeito paliativo em termos socioeconómicos, mas ainda sem capacidade de promover a reconstituição de actividades económicas geradoras de renda e de auto-suficiência alimentar, permanecendo centenas de milhares de indivíduos dependentes de assistência externa.
Neste Destaque Rural pretende-se descrever os movimentos migratórios no Norte do país e reflectir sobre as dinâmicas geradas sobre a assistência humanitária. Num segundo momento pretende-se descrever as condições de reintegração socioeconómica das populações, em termos de condições de habitação, saúde (incluindo acesso a água, saneamento, apoio médico e alimentar), de educação e de reconstituição de actividades económicas. Num último momento pretende-se reflectir sobre as expectativas das populações em relação ao futuro, apresentando-se um conjunto de recomendações.
Para baixar este Destaque Rural na página web do Observatório do Meio Rural clique no link:
https://omrmz.org/omrweb/publicacoes/dr-119/
Posted on 11/06/2021 at 17:28 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Letras e artes - Cultura e Ciência, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Assistência aos deslocados repatriados da Tanzânia
Maioritariamente obrigados a deixar a vila de Palma por conta do ataque terrorista de 23 de Março e posteriormente deportados da Tanzânia, os deslocados aglomerados na região fronteiriça de Negomano, distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, já começaram a receber apoio alimentar do Programa Mundial Alimentar (PMA).
Os apoios estão a chegar há pouco mais de duas semanas. Segundo se sabe, Negomano era um dos pontos da província que, infelizmente, não recebia apoios, mas esforços daquela entidade das Nações Unidas foram feitos a ponto de, neste momento, a população deslocada está a ter ajuda, particularmente alimentar.
Dos produtos que constituem o kit de apoio, destaque vai para arroz, óleo de cozinha e ervilha. Contudo, fontes locais continuam a relatar um verdadeiro ambiente de penúria e vulnerabilidade.
As autoridades tanzanianas não querem que os moçambicanos fixem residências naquele território, mesmo na zona fronteiriça de Ntambaswala.
Porém, têm estado a admitir que os deslocados moçambicanos atravessem a chamada ponte da unidade, de Negomano para Ntambaswala, simplesmente para, no mercado local, fazer algumas compras.
Ainda de Mueda chegaram-nos informações dando conta da disponibilização, pelo Governo distrital, de alguns espaços para os deslocados erguerem tendas residenciais e para a prática de pequenas actividades agrícolas.
A distribuição de espaços acontece nos bairros Eduardo Mondlane e Idovo, redondezas da vila sede. A cerimónia foi dirigida pelo Secretário Permanente do distrito, Albertino Manamba. Enquanto isso, as acentuadamente degradadas infra-estruturas do Clube de Desportos de Mueda continuam a servir de local de recepção e trânsito de deslocados que, incessantemente, continuam a chegar ao distrito.
MEDIA FAX – 09.06.2021
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Muitas crianças não frequentam a escola e passam fome
Um estudo da organização Save the Children, diz que pelo menos 350 mil crianças deslocadas, devido à violência armada em Cabo Delgado, estão temporariamente abrigadas em centros de acolhimento e precisam de apoio urgente.
O estudo "Ouvindo a Voz das Crianças em Cabo Delgado" aborda o quotidiano dessas crianças, e diz que pais desaparecidos, a falta de escolas e certidões de nascimento perdidas, são alguns dos temores mais prementes levantados pelos menores.
O mesmo resultou de consultas feitas a crianças de Cabo Delgado deslocadas dentro daquela província e nas vizinhas províncias de Niassa e Nampula.
O director da Save the Children em Moçambique, Chance Briggs, disse que a acção visa melhorar a forma como as necessidades das crianças são respondidas no contexto das guerra naquela província.
Briggs afirmou que "as crianças enfrentam falta de alimentos, vestuário e de máscaras de protecção contra a Covid-19, entre outras necessidades fundamentais.
Acima de tudo, revelou Briggs, "as crianças dizem que precisam de segurança e querem ir à escola, e algumas não podem entrar na escola, porque não estão formalmente inscritas".
Chance Briggs referiu que ao dar voz às crianças de Cabo Delgado, a Save the Children espera que os doadores e governos oiçam, de facto, o que elas estão a dizer e tomem acções no sentido de protegê-las e ajudá-las a sobreviver e a prosperar, apesar dos desafios que enfrentam.
VOA – 04.06.2021
Posted on 05/06/2021 at 12:41 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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João Mosca revela que os deslocados estão envolvidos em esquema de corrupção. O investigador denuncia ainda que o Governo impede ONG de distribuir apoio, ação permitida apenas às instituições públicas e Exército.
Estima-se que o terrorismo no norte de Moçambique fez até agora cerca de 800 mil deslocados internos. Faltam ao Governo recursos para apoiar adequadamente esse grupo, mas privados, associações e organizações não governamentais nacionais e internacionais têm prestado assistência humanitária, colmatando um pouco as dificuldades do Executivo.
Com o tempo, vários fenómenos vão nascendo nos campos que acomodam os deslocados. O investigador da ONG Observatório do Meio Rural (OMR), João Mosca, conta, por exemplo, que existem famílias deslocadas na província a registarem-se mais do que uma vez para receberem ajuda. O objetivo é colocar os produtos oferecidos no esquema de corrupção. A DW África entrevistou João Mosca:
DW África: Na atual situação de terrorismo em Cabo Delgado é difícil estimar número de deslocados internos...
João Mosca (JM): Os números de deslocados oficialmente referidos são superiores àqueles que podem ser efetivamente, considerando a população existente em Cabo Delgado, entre distritos e localidades. Se somarmos a população existente antes do conflito e aqueles que hoje dizem que permancem nos seus locais, que não foram afetados pelo conflito, a soma é muito superior à soma que estes locais possuem. Isso signifca que há pessoas a registarem-se em mais do que um sítio com as suas famílias a fim de receberem mais alimentos do que receberiam em casos de famílias individuais. A mesma família pode registar-se em vários sítios no sentido de receber duas ou três vezes mais ração a que teria direito. Daí pode-se gerar todo um processo de negócio que já está a acontecer entre os próprios deslocados de guerra.
DW África: E como isso pode ser resolvido? É que, por exemplo, se houvesse um sistema digital, o que nas atuais circunstâncias acreditamos ser praticamente impossível, isso seria evitado. Mas na falta de condições, como minimizar esse problema?
JM: Não só pode ser a mesma pessoa a registar-se em vários sítios, como podem ser pessoas da mesma família a registarem-se em sítios diferentes. Então, como fazer isso nessas condições fica muito difícil. Porém, localmente penso que será possível fazer a partir do momento em que as ações de quem distribui os recursos tenham muita atenção à população que está a ser recebida. E mesmo entre a comunidade, sabem muito bem quem tem mais recursos e está a fazer comércio com esses bens. Só com conhecimento local, estando no terreno, mas é preciso dizer também que as pessoas que distribuem, o exército que faz a distribuição nalgumas zonas esteja ciente que ele próprio não deve entrar nesse negócio. Aqui se gera uma multiplicidade de interesses e negociatas entre pessoas com interesses diversos, que acabam por fazer compromissos entre si, no sentido de que todos ganhamos um pouco e vamos aproveitar o máximo disto.
DW África: E relativamente a ajuda internacional?
JM: Moçambique tem recusado que organizações internacionais e nacionais da sociedade civil façam a distribuição de recursos de assistência humanitária diretamente à população. Significa que o Governo exige que esses recursos sejam entregues às instituições públicas e ao Exército para realizarem essa operação de distribuição no terreno.
DW África: Estamos a falar de uma espécie de corrupção que se instala na ajuda humanitária em Cabo Delgado?
JM: Com certeza. Mas não só por parte da população, esse tipo de negócios já foi detetado há algum tempo. Não é um caso atípico, porque em outras situações, por exemplo de calamidades, infelizmente muito comuns em Moçambique, as próprias instituições públicas responsáveis por acudir a população em condições de choques ambientais fortes, agora em situação de conflito, deveriam ter conhecimento da possibilidade destes fenómenos surgirem imediatamente em condições de grande instabilidade das pessoas nos locais que acolhem deslocados para evitar esse tipo de corrupção que envolve várias pessoas, e existem compromissos entre pessoas e pactos de silêncio e interesses de um grupo bastante alargado que envolve uma cadeia. É uma situação bastante generalizada.
DW – 19.05.2021
Posted on 19/05/2021 at 13:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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O chefe da diplomacia europeia revelou em entrevista à rádio portuguesa Renascença que a UE pondera o envio de 200 a 300 formadores militares para Moçambique. Josep Borrell, entretanto, admitiu que negociação está lenta.
À margem do Conselho de Negócios Estrangeiros que reuniu em Bruxelas, na passada quinta feira (06.05), os ministros da Defesa da União Europeia (UE), Josep Borrell garantiu o envio a Moçambique de uma missão de formação militar da UE, em resposta ao pedido de assistência do país.
Numa entrevista ao órgão português, Renascença, publicada esta segunda feira (10.05), O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revela que a União Europeia pondera o envio inicial de 200 a 300 formadores militares para Moçambique.
Borrell admitiu também que o processo negocial está a ser lento em Bruxelas.
"A formação não é pouca coisa. Os exércitos necessitam de ser formados. Estamos a fazer muita formação em África e espero que os estados-membros se ponham de acordo para o fazer em Moçambique", explicou.
Presente no encontro em Bruxelas, João Cravinho, ministro da Defesa português, confirmou que Portugal poderá contribuir com militares até 50% da missão da UE. No entanto, Borrell avança, na mesma entrevista, que a dimensão da participação portuguesa está ainda a ser definida.
"Se é com metade ou com um terço, não sei. Mas é claro que Portugal tem um papel muito importante a desempenhar como motor e participante".
O que está a ser pensado para Moçambique trata-se de uma missão não executiva, que não vai estar situada na zona onde há conflitos, e dedicada essencialmente à formação de forças especiais moçambicanas, esclareceu na semana passada, o ministro da Defesa de Portugal.
DW – 10.05.2021
Posted on 10/05/2021 at 16:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Europa - União Europeia | Permalink | Comments (1)
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Os ministros da Defesa de Portugal, João Cravinho Gomes, e de Moçambique, e Jaime Bessa Augusto Neto assinam na segunda-feira, 10, em Lisboa o Programa-Quadro da Cooperação no Domínio da Defesa 2021-2026, já enquadrado no reforço da capacidade das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanos no combate aos insurgentes na província de Cabo Delgado.
A assinatura decorre dias depois da União Europeia (UE) ter decidido enviar uma missão civil a Moçambique, onde, segundo o chefe da diplomacia do bloco, já estão equipas avançadas portuguesas.
O programa entre Portugal e Moçambique prevê formação e treino de forças especiais, fuzileiros e comandos, outras linhas de cooperação militar no âmbito da formação.
Nos próximos três anos, os militares portugueses, que ficarão instalados em Catembe, perto da capital Maputo, vão treinar "sucessivas companhias" das Forças Armadas e Defesa de Moçambique.
VOA – 07.05.2021
Posted on 07/05/2021 at 20:36 in Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (0)
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O jurista e académico sul-africano Andre Thomashausen considerou hoje à Lusa que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está a contar com o financiamento da União Europeia para o envio de 3.000 militares para Cabo Delgado.
"Julgo que se pode excluir um grande apoio financeiro da China, da Rússia ou da Índia, ou de um outro parceiro do Sul, o Brasil, mas irão procurar o financiamento na União Europeia, em primeiro lugar, e depois dos Estados Unidos, visto também que a exploração do gás no norte de Moçambique é liderada por uma empresa europeia, a francesa Total, que aliás tem um controlo financeiro maioritariamente americano", adiantou Andre Thomashausen.
Uma missão de avaliação técnica da SADC vai propor o envio de uma força de intervenção militar de cerca de 3.000 efetivos como parte da sua resposta para ajudar Moçambique a combater a "insurgência `jihadista`" na região norte, segundo um relatório da organização elaborado após uma visita de uma semana ao país, de 15 a 21 de abril, incluindo um dia em Cabo Delgado, para avaliar as necessidades de ajuda ao país vizinho regional.
Em termos de meios, a equipa de avaliação da SADC propõe que sejam enviados para Moçambique 16 meios militares, nomeadamente dois navios de patrulha, um submarino, um avião de vigilância marítima, seis helicópteros, dois drones e quatro aviões de transporte.
"A conclusão técnica desta análise é que a insurgência em Cabo Delgado não pode ser controlada simplesmente com um pequeno apoio na formação ou de consultoria às FADM [Forças Armadas de Defesa de Moçambique]", salientou o analista sul-africano, em declarações à Lusa.
Nesse sentido, Andre Thomashausen, catedrático jubilado da Universidade da África do Sul (UNISA), considerou que "o enquadramento de logística" da "força considerável" proposta pela equipa de avaliação técnica da SADC "está muito claramente dirigido à África do Sul".
"É o único país que tem uma capacidade naval com submarinos, de transporte aéreo militar de grande alcance, entre outros meios, e também se pode entender que o batalhão de forças, com grande apoio logístico que a África do Sul tem mantido no leste da República Democrática do Congo, no contexto de uma missão de paz das Nações Unidas, que por vontade do Governo congolês deve sair daquele país, poderia encontrar uma nova missão no norte de Moçambique, o que poderá ser muito conveniente para a África do Sul", adiantou.
O Governo de Pretória, sublinhou o analista sul-africano, "está desesperadamente à busca de meios" para reforçar e reabilitar as suas capacidades operacionais militares através da intervenção no norte de Moçambique, salientando que "a SADC está a querer que toda esta operação seja financiada por um apoio da União Europeia e, em certa medida, também dos Estados Unidos".
"O papel que a SADC está a prever para a União Europeia seria de apoio financeiro, mais do que logístico ou de recursos humanos", adiantou à Lusa Andre Thomashausen.
Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo `jihadista` Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.
O mais recente ataque foi feito em 24 de março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.
As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás com início de produção previsto para 2024, avaliado em 20 mil milhões de euros, e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.
LUSA – 28.04.2021
Posted on 28/04/2021 at 21:39 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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O Banco Mundial vai emprestar ou doar 700 milhões para os deslocados de Cabo Delgado, será que há 1,5 milhões de usd, para comprar semente de milho e fertilizante para distribuir pelas 100 000 famílias de deslocados??
700 milhões de usd a dividir por 700 000 deslocados dá 1 000 usd por deslocado, que quantidade de dinheiro vai efectivamente chegar a cada deslocado??
Tudo se vai esfumar nos meandros da corrupção lá do Maputo.
5 kgs de semente de milho, são 5 usd, 10 kgs de fertilizante, são 10 usd, total 15 usd, por família cerca de 1 000 meticais, para as famílias dos deslocados fazerem as suas próprias machambas e quebrarem a máfia da PMA a distribuir comida, fica muito mais barato e tem mais eficiência no longo prazo, distribuir semente e fertilizantes que comida só por si.
O governo vai fazer tudo, por tudo para usar esse dinheiro e fixar as famílias bem longe de Cabo Delgado, de modo a não regressarem mais às suas aldeias de modo, a não serem empecilhos para as negociatas grandes da gente importante da Frelimo.
Segundo a Frelimo a faixa costeira de Cabo Delgado tem que ser esvaziada de Mwani e Macuas.
As tropas da SADC terão que entrar em Moçambique, como capacete azul e sob o comando unificado das Nações Unidas, evitando ao máximo o combate e ser uma força de pacificação, permitindo o recuo das forças e da polícia moçambicanas, as populações têm mais medo dos militares e policiais Moçambicanos que dos insurgentes.
A maioria das destruições e desmandos em Palma, foi efetuado por militares e policiais Moçambicanos, os insurgentes roubaram aquilo que precisavam e foram embora.
Conquistar Vila por Vila, aldeia por aldeia, esse será o trabalho da SADC, chamando de imediato os seus habitantes que fugiram dando proteção e ajuda no reassentamento dos deslocados nas vilas e aldeias que abandonaram.
Os militares e policiais de Moçambique que regressem para treinamento em Maputo ou Nampula, deixem as forças da SADC trabalhar, essa é que deverá ser o trabalho das forças convidadas por Moçambique.
Se o objetivo das tropas da SADC for o combate, vão andar a fazer o jogo do gato e do rato e nada vão conseguir pacificar, Cabo Delgado vai andar sempre em guerra.
(Recebido por email)
Posted on 28/04/2021 at 18:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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O Banco Mundial aprovou hoje, 28, a elegibilidade de Moçambique para beneficiar-se do seu instrumento de Alocação para Prevenção e Resiliência (PRA), “desbloqueando até 700 milhões de dólares em financiamento para prevenir a escalada do conflito e construir resiliência em Moçambique”.
Mais de 600 mil pessoas foram forçadas a fugir de distritos do norte de Cabo Delgado, desde o início dos ataques do grupo Estado Islâmico, em 2017. Pelo menos duas mil foram mortas, muitas por decapitação. Várias infraestruturas foram destruídas, incluindo escolas, hospitais e bancos.
Uma nota do Banco Mundial diz que foi, em paralelo, aprovada “uma doação de 100 milhões de dólares da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) em apoio ao Projeto de Recuperação da Crise do Norte de Moçambique”.
Além da melhoria de serviços básicos, tal iniciativa, diz o Banco, visa “a restauração de meios de subsistência e criação de oportunidades económicas (...) bem como a reabilitação de infraestruturas públicas selecionadas destinadas a beneficiar as pessoas deslocadas internamente e comunidades anfitriãs em áreas específicas do Norte de Moçambique.
"A operação irá apoiar “o governo à medida que este intensifica sua assistência direta aos deslocados internos e comunidades anfitriãs e implanta sua estratégia para prevenir a escalada do conflito enquanto constrói a resiliência das comunidade,” afirma Idah Z. Pswarayi-Riddihough, directora do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Comores, Maurícias e Seicheles.
VOA – 28.04.2021
Posted on 28/04/2021 at 16:36 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Nesta semana, um amigo meu de origem alemã me surpreendeu com um documento muito recente, que aborda o assunto dos “MADGERMANES”
Estes cerca de 17.000 homens e mulheres que na altura em que foram trazidos para trabalhar na RDA, compreendiam as idades de 18 a 25 anos.
Esta gente que viu 60 por cento dos seus salários e seguros sociais sendo confiscados por decreto, na promessa de serem reavidos no seu regresso à pátria amada.
As mulheres que por sua vez eram proibidas por lei, o direito de engravidar durante a estadia neste país europeu sob o risco de serem deportadas para Moçambique. Muitas delas, e várias vezes, se viram obrigadas a abortar seus filhos.
O documento me trouxe muita indignação. “Atenção! Indignação, e não solidariedade”🙂
Me encontrando eu a residir cá na Alemanha, este assunto é um triste fantasma que silenciosamente assombra as ruas e avenidas de cada cidade por onde passo.
Já tive a oportunidade de conhecer alguns desses homens, tanto os que regressaram à Moçambique, assim como os que cá ficaram e adquiriram nacionalidade.
Os que cá ficaram, se mostraram tão frustrados ao ponto de nem sequer quererem falar sobre o assunto. Quando falam, não falam nada bem de Moçambique como nação.
Os que regressaram à Moçambique e ainda vivem, continuam protestando sem sucesso às quartas-feiras como é bem sabido por todos nós.
Mas o que me faz escrever este texto, não é apenas o mérito financeiro destes homens e mulheres, mas sim o mérito histórico e social.
A dura realidade é que esta gente foi usada, não apenas pelo governo moçambicano, mas sim por todos nós Moçambicanos.
Eles ofereceram muitos anos das suas vidas para pagar a dívida que Moçambique contraiu junto da RDA. O que lhes dá no mínimo um mérito histórico na minha opinião.
O que difere os MADGERMANES daqueles que pegaram nas armas e libertaram a pátria aos 25 de Junho de 1975?
Imaginemos que esses heróis da nossa terra tivessem o pobre destino de passar o resto das suas vidas a mendigar uma simples pensão e algum reconhecimento simbólico do país que libertaram.
Essa imaginação, é apenas a realidade que Moçambique e Moçambicanos tanto ignoram.
MADGERMANES foram soldados e heróis de Moçambique sim, heróis renegados pela pátria que libertaram.
Numa situação em que os outros soldados que lutaram em solo pátrio, comem e esbanjam celebrando esta liberdade adquirida com o sangue e suor de todos Moçambicanos.
Que lhes neguem o mérito financeiro, já é habitual, mas o mérito histórico não devia ser assinado em escritórios, essa autoridade é do povo.
Que haja justiça para os Madgermanes.
Osias Jalane (Minha esferográfica, meus binóculos).
Posted on 19/04/2021 at 12:15 in Cooperação - ONGs, Europa - União Europeia, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Após um recente cerco militar na cidade de Palma, no norte de Moçambique, por insurgentes islâmicos, matando dezenas, incluindo um zimbabuano, enquanto deixava um rastro de derramamento de sangue e destruição em seu rastro, o presidente Emmerson Mnangagwa enviou forças especiais para a rica província de Cabo Delgado para combater os militantes em chamas.
FONTES DE SEGURANÇA DE OWEN GAGARE disseram ao The NewsHawks esta semana que o Zimbábue enviou forças especiais de combate para ajudar os moçambicanos com a "campanha de varrer" palma no final de março, uma semana após o ataque mortal.
"O Zimbábue enviou uma equipe de forças especiais para Cabo Delgado após o cerco a Palma por insurgentes islâmicos para ajudar a eliminar os militantes", disse uma fonte de segurança.
"Logo após o ataque de Palma, as forças especiais foram destacadas trabalhando sob o exército moçambicano para ajudar a expulsar os militantes. Eles tiveram que entrar por causa do ataque surpresa que marcou uma grave escalada, o banho de sangue subsequente e também que há zimbabuanos que estão lá, um deles foi realmente morto."
A implantação do Zimbábue será seguida por uma rápida manobra militar regional sob o exército moçambicano. Os países sadc querem uma resposta coletiva para evitar serem alvos individualmente dos insurgentes.
Moçambique prefere uma implantação técnica estratégica da Sadc para evitar inflamar a situação em um conflito regional e piorar a situação atraindo mais terroristas de fora.
Isso ocorre quando os ministros da Defesa da Sadc da África do Sul, Botsuana e Zimbábue – que formam a troika do órgão sobre política, defesa e cooperação em segurança – devem se reunir na quarta-feira da próxima semana para finalizar a intervenção regional em Moçambique antes da cúpula dos líderes troika no dia seguinte.
Dirigindo-se a uma reunião de politburo zanu pf na quarta-feira em Harare, Mnangagwa parecia beligerante e pronto para a ação, um outro sinal de que o Zimbábue já estava no chão.
"Como Zanu PF, nos solidarizamos com nosso partido irmão, Frelimo, bem como com o Governo e o povo da República de Moçambique na esteira dos distúrbios em curso na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Um ataque a um de nós é um ataque a todos nós. Unidos estamos. Portanto, não podemos sentar e permitir que atos de insurgência continuem sem uma resposta regional robusta. Na semana passada, participei da cúpula da troika dupla Sadc em Moçambique, onde o bloco regional resolveu imediatamente fazer implantações técnicas para restaurar a paz e a estabilidade", disse Mnangagwa, citado pelo diário estatal The Herald.
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Posted on 17/04/2021 at 18:44 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Palma segundo o governo, está livre de insurgentes, está com fome porque razão o governo continua a não permitir as lanchas à vela a navegar de Pemba para Palma??
Quanto mais não seja para levar comida aos seus habitantes.
É uma vingança contra os Mwani/Macuas, os donos das lanchas à vela??
Está na hora dos Macondes/Changanes pararem com estas vinganças, "vou-te dar uma grande lição", Moçambique é só um país todos falam Português.
No Ibo continua a corrupção de PMA/IOM/Oikos, casas de pau a pique pré fabricadas, que vão ser alimento de muché, no próximo ciclone pós Kenneth e tudo levantará voo.
Se o Kenneth destruiu 90% das casas do Ibo de cimento e chapa, o próximo ciclone destruirá 100% das casas, pré fabricadas de pau a pique que a Oikos está a montar no Ibo, a PMA a transportar e a IOM a pagar.
Tenham respeito pelo dinheiro dos doadores, isto é uma vergonha.
O próximo ciclone de Cabo Delgado, já tem nome vai ser o PMA/IOM/Oikos.
Se o Ibo é uma zona sujeita a ciclones, como a IOM vai construir casas pré fabricadas, sem resistência a estes fenómenos da Natureza??
Por favor Dr. António Vitorino acabe com estes desmandos da IOM Moçambique.
A corrupção dentro da PMA brada o ridículo, como as lanchas à vela estão paradas em Paquitequete, só a PMA está a carregar pau a pique para o Ibo, aproveitam-se da pobreza e da falta de trabalho dos donos das lanchas, PMA paga tarde e a más horas, ao fim de dois ou três meses e os donos das lanchas têm que pagar refresco aos carregadores para conseguir carga para as suas lanchas, carregarem de Pemba para o Ibo.
Trabalho de Razak e sus muchachos da PMA de Pemba.
Ser pobre é a pior doença que existe.
(Recebido por email)
Posted on 15/04/2021 at 15:54 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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O Governo moçambicano precisa de um total de 7 mil milhões de meticais (94 milhões de euros) para o plano de gestão dos deslocados devido à violência armada em Cabo Delgado, anunciou hoje o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
O valor vai servir para melhorar as condições de alimentação, abrigo e educação, bem como relançar o setor privado e incentivar pequenas atividades para geração de rendimento nas populações deslocadas, disse Luísa Meque, diretora geral do INGD, durante uma reunião com quadros do Governo e parceiros em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Segundo a fonte, até ao momento, as autoridades têm assegurados cerca de 600 milhões de meticais [oito milhões de euros] para a implementação do plano, que integra várias ações estratégicas para assistência das populações afetadas.
A cidade de Pemba, a capital de Cabo Delgado, tem sido o principal destino das populações que fogem dos ataques armados que começaram em 2017 em distritos mais a norte da província, albergando atualmente quase o dobro da sua capacidade.
A violência armada em Cabo Delgado começou há mais de três anos, mas ganhou uma nova escalada há duas semanas, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.
Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.
Posted on 12/04/2021 at 17:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs | Permalink | Comments (0)
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Srs. do PAM e IOM, 23 000 pessoas estão à espera de ajuda em Palma, os senhores têm os armazéns cheios em Pemba, alguém vos ensinou a usar as lanchas à vela, que há mais de 500 anos fazem serviços de cabotagem ao longo da Costa de Moçambique.
Essas lanchas à vela são de Mwanis e Macuas, carregam entre 15 e 45 toneladas e estão todas paradas em Paquitequete, estão proibidas de navegar, acusam-nas injustamente de serem insurgentes.
O vento está de Sul, em 3 a 4 dias se as carregarem elas chegam a Palma, os insurgentes não as vão atacar desde que elas naveguem sem militares ou funcionários do governo.
O objectivo dos insurgentes é atacar funcionários públicos e militares, as lanchas à vela só podem carregar comida e materiais humanitários nada mais.
Changanes e Macondes do governo e nas forças de segurança, está na hora de parar os ataques contra Mwani e Macuas, todos vocês são Moçambicanos, já é tudo gente crescida.
O ataque a Palma foi gravíssimo, muitas famílias estão a sofrer a perda de entes queridos, a comunidade internacional quer ajudar, mas voçês têm que se deixar ajudar.
Permitam que as lanchas à Vela naveguem até Palma com ajuda humanitária.
Basta de tanta mortandade, devido à vossa ganância.
(Recebido por email)
Posted on 11/04/2021 at 22:07 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Sra. Laura Tomm Donde, da Organização Internacional das Migrações lá do Maputo, tenha vergonha daquilo que a IOM, está a fazer no Ibo, ao fim de dois anos da passagem do Ciclone Kenneth, a IOM descarrega as primeiras casas pré fabricadas de Pau a Pique no Ibo para serem montadas por uma ONG Italiana Oikos e oferecidas às famílias!!!
Quanto custa cada casa dessas pré fabricadas de pau a pique?? As 400 casas que irá montar no Ibo quantos milhões de usd, vão custar??
Em Cabo Delgado com 700 000 deslocados, se cada família tiver 10 pessoas terá que construir 70 000 casas, será um modelo a replicar??
Quantos milhões de usd irá precisar para construir 70 000 casas pré fabricadas de pau a pique em Cabo Delgado??
A senhora Laura que se aloja nos melhores hotéis, iria passar uma noite numa dessas casas/barracas??
Então porque vai sujeitar 400 famílias no Ibo a viverem em casas abarracadas??
Não teria sido muito mais fácil e barato com o mesmo orçamento ter oferecido cimento, barrotes e chapas às famílias e agora passado dois anos a maioria das famílias já tinham a vida estabilizada??
A Sra. Laura, sabe que nas regras do procurement da UN, há que ser efetuado um concurso público e pelo menos 3 cotações apresentadas pelos diferentes concorrentes, neste caso a ONG, Oikos Italiana assinou o contrato para a montagem das casas no Ibo, mas as ONG's não pagam Iva nem impostos à autoridade tributária de Moçambique, por isso estará sempre em vantagem ao competir com uma empresa local registada nas finanças.
As restantes cotações foram apresentadas porque empresas??
Isto trata-se de um comportamento mafioso entre uma agência das Nações Unidas e uma ONG, que nunca deveria ser tolerado.
À mulher de César não basta parecer há que ser, Sra. Laura, no Canadá as regras são assim, porque em Moçambique as regras teriam que ser diferentes do Canadá??
Para tornar mais bizarro este esquema mafioso de uma agência das Nações Unidas, o Programa Alimentar Mundial, PAM, oferece o transporte destas barracas para o Ibo.
O PAM com 700 000 deslocados em Cabo Delgado, ainda tem excesso de dinheiro para oferecer transportes?? Sinceramente não compreendo porque razão andam sempre a chorar que o orçamento não chega para comprar xima para os deslocados.
Enfim Sra. Laura, demita-se quem está à frente de uma organização das Nações Unidas como a IOM, não pode adoptar comportamentos mafiosos.
(Recebido por email)
Posted on 11/04/2021 at 11:27 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Analistas encaram com bastante pessimismo o facto de uma reunião da Troika da SADC, convocada com muita urgência e com a participação de cinco presidentes, tenha como questão importante a criação de uma comissão técnica para avaliar uma situação que os moçambicanos sabem que é dramática.
Eles realçam não ser previsível que nas próximas cimeiras deste órgão aconteçam decisões importantes sobre Cabo Delgado.
"Esta decisão de se criar uma comissão técnica pode ser mais do mesmo, ou o princípio de algo mais concreto, ou seja, pode ser o continuar dos adiamentos sucessivos duma resolução sobre o problema de Cabo Delgado, como aconteceu até aqui, com reuniões em que nada se decide", diz o jornalista e analista Fernando Lima.
Lima, que espera que tal grupo produza algo de concreto, que possibilite os ministros e depois os presidentes tomarem uma decisão, lamenta que “uma reunião convocada com a urgência com que foi convocada e que teve a participação de cinco chefes de estado, tenha como questão palpável a criação de uma comissão técnica".
Para aquele analista, esperava-se que algo mais concreto, imediato e palpável fosse atingido neste encontro, "que criou muitas expectativas".
Posição inamovível do Governo
Lima considera que o facto de não ter sido atingido algo concreto tem a ver com a posição de princípio de Moçambique, que parece, até agora, inamovível, relativamente à intervenção de tropas estrangeiras em Cabo Delgado, pelo que é preciso trabalhar mais em soluções diplomáticas, que levem o país a aceitar uma determinada participação de forças externas.
Mas esta não é a perspectiva do analista João Mosca. Na sua opinião, o problema é que os países da África Austral, except, talvez, a África do Sul, não têm capacidade, nem interesse em participar neste conflito que, duma forma directa, não tem consequências nesses países.
Posted on 09/04/2021 at 17:48 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (1)
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