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Posted on 12/09/2024 at 22:40 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Os populares do distrito de Mocímboa da Praia, norte de Cabo Delgado, localizaram nos últimos dias pelo menos três corpos sem vida. As causas da morte e a identidade das vítimas são desconhecidas, sabendo-se apenas que se trata de indivíduos do sexo masculino.
Fontes disseram à "Carta" que os corpos foram encontrados entre quarta e quinta-feira pela população das aldeias Malinde e Cabaceira, a menos de 40 quilómetros da vila-sede, todos com mãos e pernas amarradas.
Presume-se que as vítimas foram amarradas e depois lançadas ao mar onde morreram afogadas. "Não há nenhuma explicação até hoje. O que a gente estranha é que as vítimas foram encontradas amarradas nas mãos e pernas. Não sabemos quem fez isso, mas aqui na vila a situação não está boa desde o incidente do sábado passado", afirmou uma fonte na vila.
"O assunto de corpos sem vida é verdade, mas as pessoas não sabem o que está a acontecer ou a causa dessas mortes. Isso nos preocupa bastante", acrescentou outro morador, que preferiu ser identificado por Azizi.
As nossas fontes disseram igualmente que outras quatro pessoas capturadas pelos terroristas foram posteriormente libertas. Trata-se de um homem na aldeia Chimbanga e uma mulher com seus dois filhos menores na aldeia Mangoma.
Este incidente foi igualmente reportado no Boletim sobre o Processo Político de Moçambique, produzido pelo Centro de Integridade Pública (CIP), que confirma ainda a ocorrência na semana passada de outro ataque contra acampamentos de pescadores junto do lago Nguri no distrito de Muidumbe.
Neste local frequentado por pescadores e compradores locais e de outros distritos do norte da província, os atacantes roubaram igualmente diversos produtos alimentares.
CARTA - 09.09.2024
Posted on 09/09/2024 at 10:58 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
Após várias semanas de bombardeamento intensivo, a ofensiva liderada pelo Ruanda na costa do distrito de Macomia parece ter concluído, ou pelo menos pausado, sem incidentes relatados na área. No entanto, as forças ruandesas entraram em confronto com insurgentes na vila sede de Mocímboa da Praia, marcando o primeiro caso de violência insurgente na vila desde Setembro de 2021, logo após as Forças de Defesa de Ruanda (RDF) retomarem o controle da vila no mês anterior. Os insurgentes controlavam a vila desde Agosto de 2020. Enquanto isso, outros grupos de insurgentes continuaram a circular pelo oeste de Macomia.
Na noite de 31 de Agosto, cerca de 10 insurgentes armados infiltraram-se em Mocímboa da Praia, entraram em pelo menos uma casa de civis e pediram água. Fontes locais disseram a Cabo Ligado que os insurgentes abriram fogo contra as forças ruandesas quando estas estavam prestes a ser descobertas no bairro de Mota. Uma menina de 15 anos baleada mortalmente no confronto. O administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, disse à emissora estatal TVM que a polícia ruandesa caiu numa emboscada. O Estado Islâmico (EI) alegou ter matado pelo menos um soldado ruandês e ferido vários outros. Fontes locais relatam também que poderá ter havido vítimas ruandesas, mas este facto não foi verificado. Algumas agências da ONU reduziram as actividades em Mocímboa da Praia após o incidente.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-176 01.09.2024
Posted on 07/09/2024 at 15:44 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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“Os corpos foram vistos na praia. Não sabemos ao certo como foram lá parar”, disse um morador, salientando que a insegurança voltou a se instalar depois de uma atuação violenta do grupo insurgente.
Um outro morador explicou que os residentes “acordaram com essa informação de corpos a flutuar”, e muitos estão em pânico e a se preparar para abandonar a vila autárquica, protegida pela força ruandesa. “A situação não é boa. Outras pessoas estão a carregar pastas para fugir.”
Outras investidas
O Centro de Integridade Pública (CIP), que também reporta a descoberta de corpos, acrescenta que o grupo armado, terá capturado uma mulher e seus três filhos no dia anterior, na quarta-feira, 4, mas que viria depois a libertar.
“A situação em Mocímboa da Praia tende a piorar”, lê-se numa publicação do CIP.
No sábado, 31 de Agosto, o grupo de insurgentes fez a primeira invasão à Mocímboa da Praia, três anos depois de ter capturado e ocupado a vila aeroportuária por várias semanas, emboscando uma patrulha da força ruandesa.
A troca de tiros entre os insurgentes e a força resultou na morte de dois civis, incluindo uma adolescente, que foi atingida quando tentava escapar do confronto.
Sérgio Cipriano, administrador de Mocímboa da Praia, que confirmou a emboscada de sábado, descreveu a atual situação da vila de calma, mas apelou à vigilância dos moradores para travar a circulação de estranhos.
“Houve troca de tiros, os terroristas puseram-se em fuga e, como consequência, uma menina foi atingida mortalmente e foi achada uma granada dos terroristas. Não temos a situação agravada, mas sempre alertamos para uma vigilância”, disse Cipriano.
VOA – 06.09.2024
Posted on 07/09/2024 at 00:11 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Os terroristas saquearam bens alimentares como peixe, milho, arroz, entre outros. No local, os terroristas raptaram mais de duas dezenas de residentes para os ajudar a transportar os bens saqueados até ao destino.
Os raptados percorreram toda a noite caminhando com os terroristas até ao local onde os ordenaram para deixar os bens. Supõe-se ser base deles. Todos os civis raptados foram libertados pela manhã e já regressaram às suas origens.
Desde Agosto passado que parte do distrito de Muidumbe é de difícil acesso devido a acções terroristas. Trata-se de regiões de Miangaleua, Xitaxi, Chitunda e Criação, localizadas à beira da Estrada Nacional no1
Neste local, os terroristas têm colocado minas. Duas viaturas, uma de marca Mahindra, pertencente à Polícia e um camião que transportava civis já accionaram minas naquele local.
A situação obrigou os transportadores a abandonar a rota Pemba-Awasse, passando a usar a rota Pemba-Montepuez, que dá acesso a Mueda, Nangade, Palma, Mocímboa e Muidumbe-sede. Neste momento, está difícil ter acesso ao posto administrativo de Chitunda, bem como às suas localidades. ( Boletim CIP)
MZNews - 06.09.2024
Posted on 06/09/2024 at 10:48 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Uma publicação do Media Fax refere que o ambiente de apreensão e receio não só se limita ao espaço geográfico de Mocímboa da Praia, pois estende-se para outras regiões, particularmente numa altura que se sabe que os terroristas que têm estado a ser acossados ao longo da costa de Macomia têm estado a tentar dispersar-se por outras regiões da província.
A emboscada, cerca das 22 horas de sábado, de uma patrulha das Forças de Defesa do Ruanda (RDF na sigla em inglês) foi o episódio mais sério e que fez disparar os alarmes de segurança nas regiões atingidas pelo terrorismo e, de forma particular, o distrito de Mocímboa da Praia. Aliás, o facto de os grupos terem entrado até ao perímetro autárquico de Mocímboa da Praia, território altamente monitorado pelas temidas forças ruandesas, mostra a grande ousadia dos grupos atacantes.
De acordo com a mesma publicação, antes do ataque de sábado, relatos de vários distritos já indicavam a circulação, algo intensa, de grupos terroristas, o que foi associado à fuga a que são obrigados a recorrer face ao que se considera “intensos” bombardeamentos e perseguição que está a ter lugar na costa de Macomia. Nisto, houve, igualmente, relatos de circulação de terroristas na zona de Matapate, distrito de Palma, Litamanda, em Macomia, entre outros locais.
Há ainda indicação de que, depois da emboscada à patrulha ruandesa, o mesmo ou então outro grupo ter escalado a aldeia Chimbanga.
“Conversaram com jovens e disseram que apenas iam visitar. De seguida levaram alguns produtos nas barracas e disseram que qualquer dia voltarão. Esta situação coloca preocupação aos residentes da vila de Mocímboa da Praia” – relatou, nesta segunda-feira, uma fonte local, citada pelo Media Fax.
Entretanto, os canais de propagada do Estado Islâmico, entidade na qual estão afiliados os terroristas que actuam em Cabo Delgado, já reivindicaram a incursão na sede distrital de Mocímboa da Praia.
A publicação avança que atacaram com metralhadoras, uma patrulha das forças cruzadas do Ruanda, na vila de Mocímboa da Praia. Segundo a publicação, a emboscada “provocou a morte e ferimentos de vários deles”. As mortes e feridos no seio das forças ruandesas, que estão em Cabo Delgado em apoio às Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, ainda não foi confirmada por qualquer fonte independente, nem de fontes locais. A morte relatada é de uma adolescente de 16 anos, baleada na troca de tiros entre os terroristas e as forças ruandesas.
Há dias, o grupo reivindicou, igualmente, ter sido responsável pela colocação do engenho que explodiu depois de accionado por um camião, no troço entre as aldeias Antadora e Chinda, em Mocímboa da Praia. A publicação do Estado Islâmico era acompanhada por um vídeo que mostra o exacto momento em que a explosão teve lugar.
MZNews - 03.09.2024
Posted on 03/09/2024 at 17:35 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Durante o ataque, que resultou em troca de tiros entre os insurgentes e as forças ruandesas, uma menina perdeu a vida.
“Ontem, (Sábado) por volta das 22h15, uma patrulha das forças ruandesas caiu numa emboscada de terroristas. A ação resultou na troca de tiros e os terroristas puseram-se em fuga”, disse Sérgio Cipriano, em entrevista à Televisão de Moçambique.
O administrador de Mocímboa da Praia assegurou que a situação está controlada e as FDS estão em alerta para que a situação se mantenha sob controlo. “A situação está calma, os pescadores fizeram-se ao mar e a população que trabalha na ‘machamba’ também foi à ‘machamba’”.
Cipriano avançou, igualmente, que houve relatos de um segundo ataque em outras regiões do distrito, no entanto a informação não foi, ainda, confirmada pelas autoridades policiais.
“Alguns populares dizem que sentiram alguns disparos, mas ainda não tivemos dados avançados sobre essa matéria. A Polícia está, ainda, a trabalhar e, futuramente, poderemos explicar essa situação”, esclareceu.
Sérgio Cipriano apela para que a população se mantenha vigilante, pois é a primeira vez que ocorre um ataque dentro do raio autárquico.
Ainda não há suspeitos, mas aguardam-se os resultados das forças que estão, neste momento, no terreno.
MZNews - 02.09.2024
Posted on 02/09/2024 at 10:47 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Está interrompida a circulação rodoviária ao longo do troço Macomia-Oasse, em Cabo Delgado, desde a manhã desta quinta-feira (29). A medida foi imposta pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), sem informação prévia aos utentes da via.
Fontes disseram à "Carta" terem visto uma longa fila de viaturas, com destino aos distritos do norte da província de Cabo Delgado. "Estamos aqui desde a manhã de hoje (quinta-feira), porque aqui não se passa e ninguém veio explicar os motivos, isso é um sofrimento", disse na noite desta quinta-feira um comerciante a partir da vila de Macomia, com destino ao distrito de Mueda.
"Ontem foram autorizados muitos carros a passar, mas hoje todas as viaturas estão imobilizadas. Pelo menos 30 viaturas ou mais estão paradas desde manhã e, infelizmente, as FDS não explicam as razões", disse outro utente daquele troço que pretende chegar ao distrito de Palma.
"Até às 18h00 havia muitas viaturas ali na estação, não sei o que aconteceu lá a frente, mas ultimamente a via de Oasse tem tido muitos problemas. Às vezes, os carros passam, mas de repente, há uma proibição", contou, afirmando que no sentido contrário testemunhou a chegada de apenas uma viatura.
Refira-se que, na semana passada, uma viatura civil detonou uma mina ao longo da mesma estrada. Acredita-se que o referido explosivo tenha sido colocado pelos terroristas.
CARTA - 30.08.2024
Posted on 30/08/2024 at 10:27 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Preocupação e menos movimento de viaturas
Nazir Salimo, morador de Muidumbe, contou à Voz da América que o novo incidente ocorreu no troço entre Chitunda e Mungwe e reativou a preocupação de segurança sobre a zona, que recebeu muita população e reabriu escolas recentemente.
“A estrada está asfaltada, mas existem alguns buracos, então aproveitam-se desses buracos para colocar a mina deles. O carro ficou todo danificado, irreconhecível”, acrescentou Nazir Salimo.
Estudo aponta Moçambique como um dos cinco países africanos mais atingidos pelo terrorismo
Outro morador contou a partir de Macomia que o ataque da semana passada está a retrair a movimentação de viaturas.
“O ataque ocorreu entre Chitunda e Mungwe, e os carros que partem de Mueda, passando de Chitunda para Pemba, estão a circular timidamente, mas de Chitunda para Awasse não sei se estão a circular”, precisou a nossa fonte.
Baixo risco
Analistas políticos que acompanham o conflito em Cabo Delgado dizem que sempre existiu o risco, apesar de ser de baixa intensidade, de o grupo usar as bombas artesanais para ataques em centros urbanos, à semelhança dos grupos terroristas que atuam na Somália.
Wilker Dias observa que atualmente não há um perigo iminente dos insurgentes atingirem a cidade de Pemba, que concentra os escritórios das organizações humanitárias que ajudam os deslocados do conflito.
“Não creio que constitua um perigo iminente para já o uso de explosivos em centros urbanos, homens-bombas ou de viaturas armadilhadas, porque o interesse desta guerra é diferente com o terrorismo convencional, como no Ocidente e noutros países africanos”, explica Dias.
Expansão terrorista
Aquele analista politico acrescenta que os insurgentes continuam focados em inviabilizar a realização dos megaprojetos bilionários de gás natural liquefeito, em Palma.
Por seu lado, Muhamad Yassine, especialista em terrorismo internacional, entende que os grupos armados que atuam em Cabo Delgado, por razões tradicionais, de língua e cultura, têm muita probabilidade de expandir suas ações para Nampula, onde o Governo concedeu há um mês a subsidiaria da petrolífera Italiana ENI, o direito exclusivo para conduzir operações de pesquisa e produção de petróleo na área Offshore Angoche A6-C.
Cabo Delgado, rica em gás natural, enfrenta desde outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
Moçambique recebeu o apoio da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral desde 2021 para combater o terrorismo, mas a missão militar SAMIM encerrou a 4 de julho de 2024, após “melhoria de segurança”, entretanto, sem estancar os ataques, embora alguns contingentes continuem na província, juntamente com tropas do Ruanda.
VOA – 27.08.2024
Posted on 27/08/2024 at 22:48 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Um camião detonou um dispositivo explosivo improvisado na estrada entre as aldeias de Mungwe e Chitunda, no distrito de Muidumbe, na província de Cabo Delgado, esta manhã. Não foram reportadas mortes até agora.
O camião viajava de Mocímboa da Praia para Pemba. Um minibus que seguia logo atrás voltou atrás após a explosão.
22.08.2024
Posted on 23/08/2024 at 12:21 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
A ofensiva ruandesa no distrito de Macomia, lançada no final de Julho, prosseguiu em Agosto, com bombardeamentos aéreos concentrados no posto administrativo costeiro de Mucojo. As Forças de Segurança do Ruanda também estão a enviar tropas para as proximidades da estrada N380 para confrontar os insurgentes do Estado Islâmico de Moçambique (EIM) que se deslocam para oeste para escapar à ofensiva. Outros pequenos grupos de insurgentes continuaram a operar nos distritos de Mocímboa da Praia e Nangade. Mucojo tem sido alvo de repetidos bombardeamentos por helicópteros ruandeses desde o início da ofensiva.
No dia 8 de Agosto, uma fonte informou que Mucojo estava “em cinzas” devido à intensidade dos ataques aéreos, o que suscitou o receio de vítimas civis. A 16 de Agosto, Mucojo foi novamente bombardeado, tendo fontes locais informado que muitos civis tinham procurado refúgio na vila sede de Macomia. Alguns civis teriam receado represálias por parte das tropas governamentais assim que estas recuperassem o controlo da costa e estariam em fuga do avanço das forças de segurança. Até 16 de Agosto, centenas de tropas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique tinham sido enviadas para a ilha do Ibo, a mais de 30 quilómetros a sul de Mucojo, possivelmente em antecipação de outra fase da ofensiva.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-175 18.08.2024
Posted on 22/08/2024 at 17:05 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Os funcionários da FADM estavam afectos ao sector de administração e finanças, e a sua detenção foi levada a cabo pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).
Um comunicado do GCCC a que tivemos acesso diz haver indícios suficientes que apontam para o cometimento de crimes de peculato, enriquecimento ilícito, abuso de cargo ou função, fraude fiscal, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Na verdade, como refere a nota, já corriam na instituição processos-crime, autuados em Setembro de 2023, “cujo objecto incide sobre a apropriação indevida de 40.691.022,00 meticais, alocados ao Estado Maior General das FADM”.
Ainda no âmbito do mesmo processo foram apreendidos três imóveis de habitação e três viaturas.
O documento assegura que dentro dos prazos legais os indiciados serão ao juiz de instrução para efeitos do primeiro interrogatório judicial e fixação de medidas de coação, prosseguindo a instrução, finda a referida diligência.
MZNews - 21.08.2024
Posted on 21/08/2024 at 13:04 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Recentemente, um grupo de cerca de 70 pescadores foram capturados por terroristas, em meio às suas actividades, ao sul de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado. Entretanto, depois de passarem três dias em cativeiro dos terroristas, em Quiterajo, no distrito de Macomia, os mesmos foram libertados, ilesos.
De acordo com o portal, Zitamar, que cita fonte que terá falado com uma das vítimas, os terroristas – de maioria moçambicana de língua suaíli, muitos de Mocímboa da Praia, mas também havia tanzanianos – capturaram seus três arrastões e os obrigaram a descarregar o peixe. Em seguida receberam arroz e mandioca para comer.
As vítimas puderam ver helicópteros militares de patrulhas sem que por estes fossem notados.
Um outro refém disse que não foi seviciado pelos terroristas e que reconheceu algumas pessoas, incluindo parentes de Mocímboa da Praia, no grupo dos insurgentes.
Os insurgentes têm muitas bases nas florestas de Macomia e foram vistos dirigindo veículos roubados durante o ataque à cidade de Macomia, em Maio.
Aos reféns, os terroristas reconheceram as suas baixas no ataque recente, bem como do lado das forças de segurança. Mas também avisaram que não têm intenções de abandonar as florestas. Eles estarão determinados até o fim.
Depois de três dias, os reféns foram soltos sem explicação ou pagamento de resgate, e tiveram permissão para ficar com seus peixes.
Benjamin Isaque, secretário permanente de Mocímboa da Praia, disse: “Eles não foram maltratados pelos insurgentes, não perderam nenhuma propriedade e agora estão vivendo com suas famílias”.
MZNews – 20.08.2024
Posted on 20/08/2024 at 13:20 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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É uma notícia que foi recebida com muita alegria por parte dos familiares que passaram dias de incerteza quando os pescadores foram inesperadamente vítimas de sequestro na região sul de Mocímboa da Praia, enquanto exerciam a sua actividade naquela noite.
Não há qualquer indicação de que os familiares ou os seus patrões, proprietários das embarcações, tenham pago os 60 mil meticais que até manhã de segunda-feira (12), eram supostamente exigidos para a sua libertação.
Os cerca de 70 pescadores capturados pelos terroristas no passado dia 9 de agosto, já gozam de liberdade, após terem sido soltos no final da tarde desta terça-feira “Todos estão nas casas dos familiares desde terça-feira. Todos voltaram saudáveis e nós agradecemos”, disse membro familiar de um dos pescadores que tinha sido capturado pelos alshababs.
O nosso interlocutor afirmou ainda que após regresso, os pescadores, primeiro foram encaminhados às autoridades onde prestaram algumas declarações e depois foram dispensados “Estão a circular livremente aqui na vila, eles disseram que não foram maltratados durante os quatro dias. Contam que alguns terroristas são daqui mesmo Cabo Delgado”, acrescentou.
O administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, também confirmou numa entrevista à Voz da América que os pescadores foram postos em liberdade. “Integrity” sabe as autoridades de Mocímboa da praia que ainda mantêm interditas as actividades pesqueiras durante a noite.
INTEGRITY – 15.08.2024
Posted on 15/08/2024 at 13:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Os terroristas que na sexta-feira, 9 de agosto, sequestraram mais de 50 pescadores ao lado sul de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, estão alegadamente a exigir dinheiro para libertá-los com as respectivas três embarcações.
Uma fonte familiar de um dos pescadores que vivia na zona residencial de Pantunda em Milamba, Mocímboa da Praia, disse à “Integrity” que até na manhã de terça-feira, 13, os sequestradores pediam 60 mil meticais para cada embarcação.
A mesma fonte afirmou que foram os próprios terroristas que autorizaram os sequestrados para ligar e informar aos familiares ou seus patrões que são necessários tais valores monetários para a sua libertação.
Uma outra fonte ouvida pela “Integrity”, assegura que as forças moçambicanas e do Ruanda bem como outras autoridades marítimas estão a trabalhar para localizar a zona onde foram levados os mais de 50 pescadores.
Devido a situação, desde sábado, as actividades de pesca nocturna foram interrompidas por ordem das autoridades, contudo o clima de medo também está instalado no seio de pescadores de Mocímboa da Praia.
A fonte que temos vindo a citar anotou que o seu vizinho que habitualmente vai à pesca à noite, comentou que pretende abandonar a prática de pesca nocturna, pois embora seja mais rentável que a praticada no período diurno devido ao medo de cair num sequestro à semelhança dos outros.
INTEGRITY – 14.08.2024
Posted on 14/08/2024 at 20:26 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Mais de 50 pescadores foram na passada sexta-feira, 9 de agosto, raptados por supostos terroristas no extremo sul do distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado em plena actividade.
Informações na posse da “Integrity Magazine News”, dão conta que os pescadores foram raptados na noite de sexta-feira, enquanto puxavam suas redes. No total eram duas embarcações.
A situação está a preocupar muitas famílias em Mocímboa da Praia, sobretudo aquelas que têm os seus filhos no grupo dos raptados. As famílias temem ser um recrutamento para as fileiras terroristas e depois desencadear novas incursões.
“Desde sexta-feira a noite até aqui não se dorme irmão, sobretudo aqui em Milamba, muitas pessoas estão chocadas por este acontecimento, pior até então não há qualquer sinal de que estejam vivos”, disse um munícipe da vila de Mocímboa da Praia sob condição de anonimato.
Ainda não é sabida qualquer reacção das Forças de Defesa e Segurança (FDS), bem como ruandesas, mas, várias fontes asseguram que o assunto foi reportado.
“No sábado (10.08) saíram duas embarcações pequenas a motor até aquela zona talvez podiam encontrar, mas, nada. Apenas disseram que as pessoas viram uma embarcação a ser puxada por outra em direcção ao rio Messalo”, explicou outro munícipe também por anonimato.
A pesca noturna ao nível do distrito de Mocímboa da Praia era praticada mesmo antes do início dos ataques terroristas. A prática foi introduzida por pescadores tanzanianos.
INTEGRITY – 13.08.2024
Posted on 13/08/2024 at 12:28 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Boa tarde colegas
Comunico a morte do nosso colega Adilson Arménio Mondlane, Guarda da Polícia, natural da província de Maputo, nascido aos 08 de Maio de 1996, Motorista da segunda companhia da UIR Palma. O facto ocorreu hoje pelas 08H30 min na zona entre Chitunda e Chitachi que dista a 1,5km de Chitunda, em missão de serviço e se dirigia a Pemba para a manutenção da viatura operativa, de Marca Mahindra, com a chapa de inscrição AKH 156, na altura conduzida pelo membro acima citado, onde o Comandante da 2ª CIA, Paulo Doliz Malone, Adj. Superintendente da Polícia transportava se, a viatura acionou uma bomba de fabrico caseira que foi colocada na estrada pelos terroristas, o colega sofreu ferimentos graves na perna direita e foi socorrido até o quartel da tropa de Rwanda, mas devido aos ferimentos graves que sofreu, acabou perdendo a vida. Medidas todas; feito a pelícia no local do incidente encontrou se estilhaço de explosivo e uma corda acionista para a explosão, e foi rebocada a viatura para o quartel da tropa da Rwamda. como ilustra as imagens da viatura e respectivos estilhaço do explosivo.
In Whatsap
Posted on 11/08/2024 at 17:26 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Um ataque terrorista na vila de Palma, arredores da zona de operação, em Março de 2021, obrigou a multinacional francesa a decretar Força-Maior. Suspendeu as actividades e retirou pessoal.
Em 2022 reactivaram-se as esperanças de reinício das actividades à medida que a situação de ataques terroristas era controlada pelas forças de defesa nacional e seus aliados.
Até novas informações, as incertezas sobre a segurança constituíam o principal imbróglio para a TotalEnergies regressar, de uma vez por todas, a Palma. Contudo, como revelou esta semana o semanário Savana, existe uma questão financeira que pode estar a encavilhar o avanço da TotalEnergies.
Na publicação da sexta-feira (09), o jornal refere que o consórcio liderado pela francesa já mobilizou o empréstimo de 15,5 mil milhões de dólares, junto de várias instituições de crédito à exportação. Esse grupo inclui o US-EXIM (EXIM Bank norte-americano), que ainda não desembolsou cerca cinco mil milhões de dólares do valor total do projecto.
Na verdade, “o desembolso” da agência norte-americana “ainda não foi garantido, uma das razões de fundo para atrasos no reinício do projecto”, escreve.
Todos os financiamentos carecem de reconfirmação devido aos acontecimentos relacionados com o ataque a Palma, em Março de 2021.
Para o caso do US-EXIM o desembolso já foi aprovado pelo “board”, mas não tem as assinaturas finais devido ao período eleitoral nos Estados Unidos da América e as questões ambientais sobre a exploração de combustíveis fósseis.
Uma decisão favorável do US-EXIM pode fazer cair o cepticismo de outros financiadores, refere.
MZNews - 10.08.2024
Posted on 10/08/2024 at 13:21 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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Indivíduos até aqui desconhecidos queimaram na noite da última sexta-feira, 8 de agosto, por volta das 22 horas, ao lado de uma estância turística conhecida por pensão MM, localizada "no coração da vila de Macomia", na província de Cabo Delgado.
Várias fontes disseram ao “IMN” que antes de queimarem os malfeitores fizeram tiroteio e depois viram-se muitas chamas, mas, a maioria da população não chegou a abandonar as suas casas.
Acrescentaram que até esta manhã (por volta das 10 horas) não se sabia ainda o autor do crime, uns suspeitam ter sido feito por terroristas e outros por indivíduos de má fé e há quem suspeita-se que sejam membros das FDS moçambicanas.
Refira-se que há mais de duas semanas, que na vila de Macomia foi estabelecida uma posição das Forças de Defesa do Ruanda, e que com regularidade fazem patrulhas em diferentes artérias da vila de Macomia.
INTEGRITY – 09.08.2024
Posted on 09/08/2024 at 18:52 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
Nas últimas duas semanas, as Forças de Segurança do Ruanda (RSF) lançaram uma grande ofensiva no distrito de Macomia, concentrando-se na floresta de Catupa e na costa, enquanto os insurgentes entraram em confronto com as tropas moçambicanas e tanzanianas no distrito de Nangade.
A 23 de Julho, às RSF iniciaram patrulhas ao longo da costa norte de Macomia, em torno de Quiterajo, onde realizaram palestras e apresentaram vídeos aos habitantes locais sobre os perigos do extremismo violento, disse uma fonte ao Cabo Ligado. A 27 de Julho, os ruandeses atacaram os insurgentes em Marere, no sul do distrito de Mocímboa da Praia, cercando a sua posição a partir do norte e do sul, via Quiterajo. Relatórios de várias fontes indicam que os combates continuaram no Posto Administrativo de Mbau até 1 de Agosto.
Esta operação parece ter preparado o terreno para uma investida séria em Macomia a partir de Mocímboa da Praia. Nos dias 29 e 30 de Julho, ouviram-se fortes tiros ao longo da costa de Macomia, entre Quiterajo e Mucojo. Pelo menos dois helicópteros terão bombardeado as bases insurgentes na floresta de Catupa e nos arredores de Mucojo. Não está claro até que ponto estes ataques aéreos foram apoiados por tropas terrestres, que serão necessárias para manter o território limpo.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-174 04.08.2024
Posted on 09/08/2024 at 18:46 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Esse processo, conforme avança o semanário Savana, abrange cerca de 80 trabalhadores, entre moçambicanos e expatriados. Apenas será mantido o pessoal “essencial” em Afungi, em Cabo Delgado, e nos escritórios de Maputo.
Apesar disso, uma fonte citada pelo jornal assegura que a francesa vai continuar a investir em componentes sócio-económicas como a formação e oportunidades de negócio para criação de emprego.
Recorda o semanário que, esta não é a primeira vez que a TotalEnergies esvazia pessoal. Em 2021, a empresa fez grandes despedimentos na sequência de um ataque terrorista no distrito de Palma. Porém, em 2022, assistiu-se à recontratação do pessoal afastado em 2021 e à contratação de nova mão-de-obra.
Mas esta actual medida é antagónica aos “progressos positivos” na área de operações para a retoma do projecto, admitidos pelo CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, em Maio deste ano.
As previsões optimistas para o regresso das operações do projecto de mais de 20 mil milhões de dólares apontam para o primeiro trimestre de 2025. Entretanto, está dependente de uma avaliação de risco sobre a segurança e libertação de financiamento.
MZNews - 09.08.2024
Posted on 09/08/2024 at 11:50 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que os terroristas apoiados pelo grupo Estado Islâmico estão mais ativos e a implementar medidas de ataques mais sofisticadas na província moçambicana de Cabo Delgado, incluindo em áreas próximas onde está instalado o maior projeto de gás em África.
No relatório, a equipa de monitoria de suporte analítico e sanções do Conselho de Segurança da ONU, citada pela Bloomberg, anota que a situação de Cabo Delgado está mais fluída, depois de uma mudança no cenário de segurança, realçando que houve um pico de ataques "cuidadosamente orquestrados".
"Moçambique havia repelido os rebeldes com a ajuda de tropas de um bloco regional e do Ruanda, mas houve um ressurgimento da violência este ano, principalmente com a retirada, no mês passado, da missão militar regional", diz o relatório, que acrescenta que a maioria dos ataques ocorreu a pelo menos 80 quilómetros do projeto de gás natural liquefeito, suspenso em 2021 devido à questões de segurança.
Sofisticação
O relatório refere que os rebeldes, que agora reivindicam ataques sob a bandeira do Estado Islâmico, aumentaram suas operações entre Janeiro e Junho de 2024.
Ao reagir o relatório, Tomás Queface, investigador do projecto Cabo Ligado, que monitora o conflito, observa que duplicou o número de ataques, no último semestre em relação ao ano passado.
"No ano passado, tivemos cerca de 69 ataques envolvendo as forças do Estado Islâmico, mas este ano houve um aumento em quase 100%, foram 120 ataques, isso dá entender que houve um recrudescimento da violência, e isso foi visível com o ataque à sede de Macomia e confrontaram as forças da SAMIM e do Ruanda", diz Queface.
Contudo, Queface entende que o grupo armado foi igualmente degradado desde finais de Maio passado, por isso não constitui ameaça ao projecto de gás, liderado pela TotalEnergies.
Por sua vez o especialista em terrorismo internacional, Muhamad Yassine, nota que, além de sofisticação, os combatentes islâmicos organizaram-se em três grupos principais como refere o relatório da ONU.
Informe do PR
No seu informe anual sobre o estado da nação, apresentado nesta quarta-feira, 7, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi,disse que está normalizada a situação de segurança em Cabo Delgado destacando o regresso de metade de mais de 1.2 milhões de deslocados.
Dércio Alfazema, analista político, entende que a radiografia traçada pelo Presidente reflete a realidade, sobretudo no fim da missão militar do bloco regional.
Já Tomás Queface discorda, anotando que "o Presidente sempre que aborda a questão de Cabo Delgado tenta ser mais otimista do que é a realidade", e deu como exemplo as suas declarações anteriores sobre a desativação de todas bases terroristas, o que contrasta com as novas operações em curso de desativação de bases.
Yassine insiste que análises erradas sobre o terrorismo em Cabo Delgado vão sempre "trazer resultados errados", alertando para a necessidade de busca de estratégias realistas do fenómeno.
Confrontos
Entretanto, relatos de vários moradores apontam que, desde 28 de Julho, está em curso uma operação militar nas zonas onde se acredita haver novas bases de terroristas.
Os relatos sugerem que a operação esta a ser liderada pela tropa ruandesa posicionada em Macomia, com o apoio das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, para desmantelar bases terroristas nos postos administrativos de Mucojo e Quiterajo.
Reporta-se que foi para essas áreas que os terroristas levaram as viaturas e produtos alimentares saqueados no assalto a 10 de Maio, o ataque mais visível do grupo terrorista este ano.
"A zona está em fogo cruzado. É uma zona que tem mata, que também é rota dos terroristas", contou Abibo Rafik, um morador de Macomia.
VOA – 07.08.2024
Posted on 07/08/2024 at 21:12 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Foi através de três comunicados reivindicativos que o grupo Estado Islâmico (EI) afirmou que travou diferentes combates nos últimos dias com os membros das Forças Conjuntas de Moçambique e Ruanda.
Segundo consta em mais uma nota reivindicativa que o grupo terrorista que actua em Cabo Delgado afirmaram que detonaram no domingo (04.08) um engenho explosivo contra uma patrulha dos exércitos moçambicano e ruandês, na estrada entre as aldeias de Mbau e Limala, na zona de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, ferindo vários deles.
Na senda das reivindicações, os terroristas afirmaram que entraram em confronto com as patrulhas navais do Exército do Ruanda, no domingo (04.08) quando tentavam avançar em direcção para às posições dos terroristas, na aldeia de Darumba, no distrito de Macomia, em Cabo Delgado, com metralhadoras, o que os levou à fuga supostamente.
De acordo com o grupo terrorista Estado Islâmico, o grupo também entrou em confronto com patrulhas navais do Exército do Ruanda no domingo (04.08), que tentavam avançar em direcção às posições dos terroristas, na aldeia de Kramezi, no distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado ontem, com metralhadoras, o que também segundo o grupo os levou a fugir.
De referir que nos últimos dias as Forças Conjuntas de Moçambique e Ruanda lançaram uma vasta operação contra as bases terroristas nos distritos de Macomia e Mocímboa da Praia, tendo abatido vários terroristas durante a mega-operação, mas, entretanto, os resultados das operações ainda não foram tornados públicos.
INTEGRITY – 07.08.2024
Posted on 07/08/2024 at 12:57 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Os desvios foram detectados pelo Gabinete de Central de Combate à Corrupção (GCCC), e suspeita-se do envolvimento de altos funcionários dessas instituições nos desfalques.
Na AT está a ser investigado o desvio de cerca de 81 milhões de meticais, e no MND cerca de 52 milhões de meticais.
Suspeita-se de desvio de fundos da AT através de fraude fiscal e uso de documentos falsificados para a obtenção de reembolso do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA). Nesse esquema aponta-se uma empresa do sector de combustíveis em Tete com elos com funcionários da instituição que receberam o valor.
O processo tem quatro arguidos, entre eles um em prisão preventiva. São indiciados nos crimes de falsificação de documentos, abuso de cargo e função, burla agravada e branqueamento de capitais.
No MDN, altos funcionários teriam transferido os valores para empresas, sem a realização de concursos públicos e celebração de contratos, alegando urgências militares.
Neste caso, já foram constituídos cinco arguidos, num processo que ainda está em fase de instrução. São acusados de crimes de peculato, fraude fiscal, enriquecimento ilícito e branqueamento de capitais.
Estas informações foram avançadas na terça-feira (06), pelo porta-voz do GCCC, Rómulo Johnam, no balanço semestral das actividades da instituição.
MZNews - 07.08.2024
Posted on 07/08/2024 at 12:15 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Ferozes refregas opondo insurgentes islamitas e tropas aliadas do Governo de Moçambique do Ruanda foram reportados por camponeses que trabalham nas matas de Macomia, província nortenha moçambicana de Cabo Delgado.
Por seu turno, os jihadistas alegam que os combates se estendem a zonas de Mocimboa da Praia, com danos para as partes em presença no terreno.
Segundo as fontes, as refregas entre a missão militar coligada e os insurgentes acontecem há três dias, nas matas do posto administrativo de Mucojo, a 40 quilómetros da sede distrital, com intervenção de meios aéreos, designadamente dois helicópteros.
Nas referidas operações as tropas do Governo moçambicano e aliados ruandeses estão ainda a empregues meios pesados, incluindo blindados e homens armados, com relatos de tiroteios em locais considerados como esconderijos destes grupos.
Os próprios insurgentes emitiram comunicados separados referindo que as tropas governamentais estão a recorrer, também a meios navais que “tentam avançar em direcção às posições dos mujahideen, na aldeia de Karamezi na região de Macomia”.
Através dos seus habituais meios de propaganda, os terroristas dão conta, ainda, de combates em torno da zona de Daruba, também em Macomia, alegando terem “afugentado” os integrantes do “exército cruzado”, numa aparente alusão às tropas estatais.
Usando os seus habituais veículos noticiosos, os jihadistas reclamam confrontos com patrulhas das forças governamentais e ruandesas ao longo da estrada entre as aldeias de Mbau e Limala, em Mocimboa da Praia.
“Começámos a ouvir de forma intensiva há três dias (…), até nos assustamos porque só se ouve fogo”, relatou uma fonte a partir de Macomia.
Um camponês de Macomia acrescentou que estes confrontos precipitaram a saída de alguns camponeses por medo, devido à intensidade dos bombardeamentos, sobretudo por acontecerem próximo às zonas agrícolas de Namigure e Nambine, onde alguns realizam actividades como desbravamento de matas, preparando a próxima época agrícola.
“Como ficar onde o fogo não cessa, só na estrada de Mucojo. Só se vê blindados, carros de militares a passarem, ruandeses e os nossos”, disse ainda.
Não há relatos de vítimas entre as partes, mas a população camponesa admite a progressão no terreno das forças militares de Moçambique e do Ruanda.
“Faz tempo que não víamos algo assim, os carros estão a passar toda hora para lá, em Mucojo, os blindados também. Se temos medo é porque é guerra, se não, por engano, alguém morre”, disse a fonte, que trabalha um campo agrícola em Nambine.
Cabo Delgado enfrenta desde Outubro de 2017 uma insurreição armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de Maio à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
A população de outros distritos da província tem relatado a movimentação destes grupos de insurgentes, que provocam o pânico à sua passagem, nas matas, mas sem registo de confrontos, o que acontece numa altura em que os camponeses tentam realizar trabalhos de colheita nos campos de cultivo.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou em 16 de junho que a ação das várias forças de defesa permitiu acabar com “praticamente todas” as bases dos grupos terroristas que operam em Cabo Delgado.
“O resultado dessa conjugação de forças é surpreendente. Conseguiram desativar os terroristas de todas as vilas e aldeias que haviam sido ocupadas, destruíram praticamente todas as bases fixas do inimigo, tornando-os nómadas, e colocaram fora de combate muitos extremistas violentos, incluindo alguns dos seus principais dirigentes”, disse Nyusi, em Mueda, província de Cabo Delgado.
O chefe de Estado reconheceu o esforço das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, em conjunto com os militares do Ruanda, da missão dos países da África austral – que concluiu a retirada total em 04 de julho – e da Força Local, constituída por antigos combatentes da luta de libertação nacional, no combate a estes grupos nos últimos seis anos.
“Andam aí no mato, mas já não ficam num sítio porque têm medo de ser encontrados”, disse ainda, renovando o apelo à população “para continuar a reforçar a vigilância”.
Posted on 02/08/2024 at 22:54 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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De acordo com fontes militares, nos últimos dias foram destruídas várias bases dos terroristas conhecidos localmente por Al Sunna Wa Jamma'h. As operações estão a ser realizadas nas matas de Catupa e Mucojo ao sul do rio Messalo, no distrito de Macomia, na província nortenha de Cabo Delgado.
Segundo as fontes, a destruição deixou os terroristas em debandadas durante os dias 29 e 30 de julho de 2024, onde foi possível, graças á uma operação levada a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) e do Ruanda, utilizando helicópteros de combate, permitindo lançar ataques de artilharia contra vários alvos dos terroristas na imensa e densa floresta de Catupa, em Macomia.
De acordo com as fontes até ao momento, não há confirmação de baixas por parte das forças conjuntas de Moçambique e Ruanda, por conta da escassez de informação, apenas há confirmação de destruição em massa, das bases localizadas nas densas matas de Catupa e Mucojo. Estando as matas de Catupa ainda sob fogo intenso, pois a operação ainda está em curso, já tendo atingido também as bases destes, nas zonas costeiras de Pangane e Quiterajo junto da margem Sul do Rio Messalo.
Essa operação, ocorre tempo depois de Ruanda ter destacado cerca de dois mil militares para combater em regiões sob ataque terrorista na província de Cabo Delgado.
INTEGRITY – 01.08.2024
Posted on 01/08/2024 at 17:11 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Várias centenas de soldados ruandeses chegaram à vila de Macomia, na semana finda, elevando para mais de 4.000 o total de militares ruandeses presentes na província de Cabo Delgado. Estão a responder ao que o conceituado Focus Group chama de “uma insurgência cada vez maior e cada vez mais forte”.
As tropas ruandesas controlam a zona de gás – distrito de Palma – e dois terços norte do distrito de Mocímboa da Praia, além das minas de grafite em Ancuabe, e acabam de chegar à vila de Macomia. Os tanzanianos controlam o distrito de Nangade.
De norte a sul, os insurgentes controlam as florestas muito densas ao longo do rio Messalo, que é a fronteira entre Mocímboa da Praia, a zona costeira do distrito de Macomia, e alguma área que vai para oeste em direcção a Ancuabe. Os insurgentes também têm pequenas bases no sul de Cabo Delgado.
Ocupação de Macomia
A ocupação de 10 a 12 de Maio, na vila de Macomia, é vista como estando ao mesmo nível das ocupações de Quissanga (2020), Mocímboa da Praia (2020) e Palma (2021). O Focus Group afirma que “o ataque à vila de Macomia foi bem coordenado, com os insurgentes bem armados e evidentemente com conhecimento do movimento das forças de segurança”.
Os insurgentes foram relatados na área antes do ataque. Macomia está numa encruzilhada. Seguindo o padrão dos ataques anteriores à cidade, quatro grupos atacaram de quatro direções diferentes na manhã de 10 de Maio. Eles controlavam a cidade ao meio-dia.
As forças governamentais pediram ajuda e foram enviadas forças sul-africanas do sul e ruandesas do norte. Ambos foram emboscados por forças insurgentes que os esperavam. O Focus Group afirma que, em retrospectiva, o próprio movimento público das forças insurgentes para o sul e para Nampula, em Abril, foi explicitamente um desvio.
A capacidade de realizar uma série de pequenos ataques como forma de diversão "indicava níveis mais elevados de estratégia, comando e controlo". Os insurgentes deixaram Macomia por vontade própria, com camiões roubados e grandes quantidades de alimentos, no dia 12 de Maio.
Corações e mentes
“A insurgência evoluiu dentro da zona de conflito e adaptou as suas estratégias para reagir ao crescente destacamento militar”, destaca o Grupo Focal. “De táticas que causaram um elevado número de vítimas civis, a insurgência ajustou a sua estratégia para uma estratégia em que visa cada vez mais as forças de segurança e aqueles considerados os “inimigos” da insurgência.
O Focus Group afirma que, no fim de 2020, os líderes insurgentes foram à República Democrática do Congo (RDC) para se reunirem com membros do Estado Islâmico, que enfatizaram a necessidade de evitar a matança indiscriminada de civis e a necessidade de construir o apoio popular. Isto levou a uma campanha de corações e mentes.
E o Focus Group adverte que a contrainsurgência por si só não pode vencer, devido à “falta de desenvolvimento sócio-económico”. Devem existir medidas económicas para "elevar a população empobrecida e, por sua vez, desmotivar o apoio à insurgência".
A má conduta dos soldados moçambicanos continua a causar problemas. Em Junho, a polícia de choque (Unidade de Intervenção Rápida), utilizada para tarefas militares, foi acusada de extorquir e deter arbitrariamente civis. Soldados mataram um comerciante do mercado após o toque de recolher em 8 de Julho. Na manhã seguinte houve um motim contra o exército com entre dois e cinco soldados mortos.
No distrito de Chiúre, os moradores acusaram a milícia local de extorquir a população, cobrando até 50 meticais (1 dólar) para usar as estradas, informou a Zumbo FM. As pessoas em Macomia também continuam a queixar-se do comportamento abusivo por parte do exército moçambicano. Muitos vivem com medo de extorsão, prisão arbitrária e violência sexual, afirmou uma fonte.
Outras lutas e movimentos
A colocação das novas tropas ruandesas na vila de Macomia indica que se espera que ataquem a leste, no distrito de Macomia. Foram observados movimentos de forças insurgentes na floresta de Catupa, ao longo do rio Messalo, indo para oeste através de Chai, com outros para oeste, em direcção a Ancuabe e para sul, através de Metuge. Portanto, os insurgentes parecem querer manter algumas das suas forças fora de perigo.
Outras actividades insurgentes têm ocorrido no sul do distrito de Mocímboa da Praia, perto da cidade, e na estrada norte para Palma. Um grande ataque falhou em 29 de Maio em Mbau, matando pelo menos uma dúzia e até 50 insurgentes.
Os insurgentes regressaram ao distrito de Nangade e houve incidentes no distrito de Muidumbe, entre a zona insurgente e Mueda. A estrada N380 para norte, através de Macomia, tem sempre comboios armados, mas tem sido esporadicamente fechada por soldados. (Joseph Hanlon)
(CARTA - 31.07.2024)
Posted on 31/07/2024 at 12:09 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Uma nova movimentação de grupos armados, supostamente ligados ao Estado Islâmico, está a provocar pânico em aldeias da província moçambicana de Cabo Delgado, que entra este ano para o sétimo ano de ataques terroristas.
Um morador, que pediu anonimato, disse que centenas de homens atravessaram o rio Montepuez para aldeias de Ancuabe passando por Intutupue.
"Intutupue praticamente é o caminho de terroristas, criam pânico sempre que passam", precisou o mesmo morador, que relatou igualmente uma nova agitação nos últimos dias.
Face ao cenário, Muhamad Yassine, que estuda o fenómeno, adverte o governo a desenhar uma estratégia para travar os ataques.
VOA - 30.07.2024
Posted on 30/07/2024 at 22:46 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Convencida que o anúncio de uma reunião no bairro Napulubo, na vila de Macomia, em Cabo Delgado, seria para falar de como os ruandeses iriam coordenar com a população na manutenção da ordem, segurança pública e combate ao terrorismo, os residentes vindos de diferentes bairros abandonaram a reunião na quinta-feira (25), quando os intervenientes começaram a falar do processo de votação.
“Todas as pessoas saíram, só ficaram crianças, porque na quarta-feira (24.07) a ideia era que vamos ouvir o que os ruandeses vão dizer, uma vez que eles já estão aqui então quando agente chegou, falam de eleições, as pessoas saíram logo”, disse Sabila Ussene, um dos participantes.
Segundo as fontes, tudo acontece porque a população está alegadamente “cansada” pela forma como os dirigentes e as Forças de Defesa e Segurança (FDS) tratam as pessoas no lugar de estabelecer boas relações.
“Se não tivessem falado dos ruandeses ninguém iria, porque os nossos dirigentes aqui não fazem nada, foi por isso que as pessoas deixaram entre os chefes. Nós queremos paz, por isso era desejo que viessem os ruandeses, e estão aqui, esses da UIR e FADM a tirarem todos”, acrescentou mais um residente daquela vila.
Os sinais de deficiente relação entre as autoridades e a população evidenciaram-se no dia 9 de julho, quando uma fúria popular matou pelo menos quatro elementos das Forças de Defesa e Segurança em resposta à morte de um civil no dia anterior. Nessa altura, por um comunicado as FADM suspeitaram que o morto fosse um terrorista.
Para reter os participantes, inicialmente a cerimônia de lançamento da educação cívica, a que os dirigentes de Macomia propagaram que seria uma conversa com os ruandeses, diversas actividades foram feitas com destaque às danças tradicionais. (Mussa Yussuf)
INTEGRITY – 26.07.2024
Posted on 26/07/2024 at 15:54 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
O período abrangido por este relatório começou com um motim sem precedentes contra as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas em Macomia, no dia 9 de Julho, que resultou na morte de pelo menos dois soldados, cinco de acordo com um relatório, e deixou mais dois gravemente feridos. Os membros das FDS foram atacados por uma multidão depois de um soldado ter matado um comerciante do mercado que saía de casa depois do recolher obrigatório na noite anterior.
O Ministério da Defesa Nacional expressou “profundo pesar” pelo incidente e afirmou que a vítima levantou suspeitas depois de ter sido vista a transportar uma caixa vazia de munições de metralhadora e fugiu ao ser questionada pelos soldados. Segundo o Ministério, ele foi morto acidentalmente quando os soldados tentaram disparar tiros de advertência. Fontes locais disseram que a vítima estava apenas a tentar encontrar um lugar para se aliviar quando foi sumariamente executada. Cabo Ligado sabe que as FDS e o governo local são os únicos prestadores de cuidados de saúde em Macomia, e é possível que algumas das vidas dos soldados pudessem ter sido salvas se houvesse melhores cuidados médicos disponíveis.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-173 21.07.2024
Posted on 25/07/2024 at 17:28 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Insurgentes apoiados pelo Estado Islâmico retomaram os ataques no distrito de Nangade, na província moçambicana de Cabo Delgado, espalhando o medo entre a população local, grande parte da qual só recentemente regressou à zona depois de ter sido deslocada pelo conflito.
Grupos de entre cinco e dez insurrectos foram avistados a 9 de julho em torno das aldeias de Nkonga e Chitama, a 40 km da vila sede de Nangade, a capital do distrito do norte, que fica na fronteira com a Tanzânia.
“Em Nkonga, eles só queriam comida e só ficaram por algumas horas”, disse uma fonte local.
O pânico espalhou-se quando quatro insurgentes chegaram à aldeia de Chitama, a cerca de 15 quilómetros de Nkonga, no mesmo dia. Outros 15 insurgentes foram vistos a circular nas duas aldeias a 10 de julho.
As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e a Força de Defesa Popular da Tanzânia perseguiram os insurgentes e trocaram tiros nos arredores da aldeia de Quinto (V) Congresso no dia 11 de julho. Dois insurgentes foram mortos, de acordo com uma fonte de segurança, não tendo sido registadas baixas entre as forças de segurança moçambicanas e tanzanianas. Os insurgentes retiraram-se, deixando para trás várias armas, informou uma fonte.
“Eu estava em Nkonga; [os insurgentes] entraram em algumas casas, levaram comida e ao mesmo tempo estavam a disparar para expulsar as pessoas”, disse uma fonte local ao Zitamar News. “Eles levam comida porque a sua logística é má, têm fome, por isso o seu principal objetivo quando atacam é obter comida.”
As forças tanzanianas continuaram a patrulhar a zona nos dias que se seguiram ao confronto. Uma fonte local afirmou que se ouviram mais tiros a 17 e 18 de julho, mas ainda não foram confirmados quaisquer pormenores.
O último ataque de insurgentes confirmado em Nangade foi registado em torno da aldeia de Nkonga, a 18 de maio, e envolveu um confronto ligeiro com a milícia da Força Local, sem vítimas.
No final de junho, o Presidente Samia Suluhu e o Presidente Filipe Nyusi reuniram-se na capital da Tanzânia, Dar Es Salaam, onde discutiram a segurança e a extensão da presença militar tanzaniana em Cabo Delgado.
Zitamar News – 25.07.2024
Posted on 25/07/2024 at 17:12 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Quem são os moçambicanos que se juntaram a uma empresa ruandesa para prestar serviços de segurança à TotalEnergies? O empresário Assif Osman, membro da FRELIMO, é um dos nomes apontados. ONG apresentou queixa na Justiça.
O recente anúncio da entrada de mais uma empresa ruandesa em Cabo Delgado causou alarido, devido a um suposto envolvimento político.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, trata-se da Isco Global Limited, próxima de Kigali, que juntamente com uma empresa moçambicana formam a companhia Isco Segurança.
O consórcio, dominado pelos ruandeses com 70%, vai prestar serviços de segurança não armada à TotalEnergies, que explora gás no norte de Moçambique.
À partida, o académico João Feijó não vê inconveniente. Só "se uma empresa multinacional resolve realizar contratos com empresas privadas", afirma. "Se essas empresas privadas forem controladas por partidos políticos ou próximas de partidos, levanta problemas éticos, sim."
Porém, um dos nomes apontados da contraparte moçambicana na "joint venture" é membro sénior do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
O empresário Assif Osman
Segundo o Boletim da República de 4 de julho de 2022, a contraparte moçambicana na Isco Segurança é a Osman Yacob SGPS, de Mahomed Assif Osman, que é membro do comité central da FRELIMO, ao que se sabe, convidado. Mas quem é esta figura?
Assif Osman é um empresário de Cabo Delgado "que opera no mercado e que naturalmente tem bons contactos políticos. É um bom relações-públicas e consegue capitalizar essas boas relações para fins económicos", refere Feijó.
Segundo o académico, Osman tem conseguido "sondar bem o mercado e sabe investir em áreas onde sabe que terá mercado, falando com grandes 'players', conseguindo assim subcontratos. Ele aproveita estas oportunidades."
A sociedade civil muito se bate por oportunidades para pequenas e médias empresas no contexto dos megaprojetos, como do gás. Será esta uma resposta a esse apelo?
Um "negócio da guerra"
Seja como for, a suposta constelação político-comercial desencadeou imediatamente suspeitas de falta de transparência e tráfico de influência nalguns setores da sociedade civil, levando mesmo o Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) a entrar na Justiça contra a parceria.
Posted on 24/07/2024 at 19:13 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Um pescador foi raptado por indivíduos que se acredita serem terroristas na noite desta segunda-feira (22), quando estava na companhia de outros a pescar ao largo das aldeias Lucheti e Kalugo, no distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.
À "Carta", fonte familiar disse que ao todo eram quatro pescadores, mas três lançaram-se ao mar quando se aperceberam da aproximação de uma embarcação estranha. Os três nadaram até à margem onde comunicaram às autoridades e à Força do Ruanda.
"Contaram-nos que o seu colega não conseguiu lançar-se à água e tudo indica que os terroristas o raptaram e a embarcação também foi com eles. Os três que conseguiram nadar até à margem informaram a esposa que nos comunicou aqui na vila", explicou Awa Jafar, acrescentando que os terroristas vieram do lado sul, dando a entender que se trata do lado do posto administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia.
Outro interlocutor secundou que, contrariamente aos episódios anteriores, os terroristas não accionaram o motor da embarcação quando se aproximaram dos pescadores.
“No passado, eles usavam embarcação a motor para surpreender os pescadores, desta vez não foi o caso. Talvez foi por causa disso que conseguiram aproximar-se de onde estavam aqueles pescadores".
Uma fonte militar disse à "Carta" que as FDS não têm dúvidas de que os terroristas mantêm activas algumas bases no posto administrativo de Mucojo, concretamente ao longo das margens do rio Messalo.
"Não é a primeira vez que os terroristas recorrem àquela zona depois de uma incursão neste lado aqui. No ano passado, quando atacavam as ilhas, sempre fugiam para aquele lado", acrescentou alertando que "essa brincadeira tem dias contados".
Refira-se que as aldeias Lucheti e Kalugo distam poucos quilómetros da sede do posto administrativo de Mbau, onde recentemente os terroristas tentaram sem sucesso atacar a população e a posição das forças de defesa do Ruanda, responsável pelo cordão de segurança no distrito de Mocímboa da Praia.
CARTA - 24.07.2024
Posted on 24/07/2024 at 10:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Os terroristas que ainda circulam no posto administrativo de Mbau, distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, escalaram na passada sexta-feira (19) a aldeia Nazimoja, onde tentaram convencer a população local a vender-lhes produtos alimentares para suprir a problemática de fome no seio daquele grupo filiado ao Estado Islâmico.
O grupo era composto por cerca de uma dezena de terroristas, a maior parte deles comunicando-se em línguas Kimuani e Kiswahili. Fontes disseram à "Carta" que, após a sua chegada [de forma pacífica], os terroristas persuadiram as pessoas para lhes vender qualquer produto alimentar, justificando que estavam a passar mal.
"Chegaram na sexta-feira, mas não fizeram mal às pessoas, só se apoderaram de alimentos e saíram", confirmou um residente de Nabubissi, em Mocímboa da Praia.
Quase todas as pessoas recusaram-se a vender quaisquer produtos alimentares aos terroristas, enquanto abandonavam as casas. Na mesma ocasião, a sua presença foi comunicada às Forças do Ruanda.
"Ninguém aceitou vender, mas devido ao medo, as pessoas saíram e eles aproveitaram para levar os produtos, sobretudo a farinha chamada mata fome recentemente oferecida à população pelo Programa Mundial de Alimentação", acrescentou outro residente.
As fontes explicaram ainda que, quando os soldados ruandeses chegaram, os terroristas já tinham abandonado a aldeia.
Contudo, devido à suspeita de que certos elementos estariam a fornecer apoio logístico aos terroristas, a deslocação das pessoas no raio das aldeias, sobretudo as do sul de Mocímboa da Praia, será feita mediante uma declaração passada pelas estruturas locais.
CARTA - 22.07.2024
Posted on 22/07/2024 at 17:10 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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As Forças de Defesa e Segurança (FDS) impediram esta quarta-feira (17), no cruzamento de Silva Macua, a passagem de todas as viaturas que partiram da cidade de Pemba para o centro e norte da província de Cabo Delgado. A proibição foi imposta por Agentes da Unidade de Intervenção Rápida, da Polícia de Protecção e de Trânsito e da Força Local, que retiveram todas as viaturas em trânsito.
A decisão que não foi previamente comunicada e nem explicada aos motoristas e aos outros utentes daquele troço prejudicou a muitos que saíram da cidade de Pemba com destino aos distritos do centro e norte.
Um motorista do serviço de transporte semi-colectivo entre Macomia e a cidade de Pemba contou que até às 18h00 desta quarta-feira era visível uma longa fila de viaturas na estação de Silva Macua porque desde manhã não foram autorizadas a seguir viagem para os seus destinos.
"Eu saí de Macomia até Pemba, mas ao regresso, por volta das 10h00, encontrei muitos colegas aqui em Silva Macua e desde essa hora até este momento (18h00) estou aqui e posso lhe dizer que vamos pernoitar aqui com os nossos passageiros, não há esperança de sair", contou Amimo Bacar.
Bacar informou igualmente que outros dois colegas que usaram a via de Ancuabe-sede para continuar a viagem foram mandados de volta quando chegaram numa aldeia pouco depois de Silva Macua.
"Temos dois colegas motoristas que usaram a via de Silva Macua-Metoro-Ancuabe-sede até Nacussa, mas quando chegaram lá encontraram uma unidade das Forças e foram enviados de volta. Outro tinha adiantado até Biaque, ali onde fica o escritório do Parque das Quirimbas, também foi mandado de volta com os passageiros para Silva Macua", explicou.
Um passageiro que na tarde desta quarta-feira viajou de Macomia à cidade de Pemba também confirmou à "Carta" que nenhuma viatura foi permitida para seguir para o centro e norte da província, a partir de Silva Macua.
"Nós viajamos de Macomia até Silva Macua, não cruzamos com qualquer viatura, mas quando chegamos a Silva Macua, ao longo da estrada, encontramos pelo menos três cancelas, da força local e da UIR", contou um passageiro que chegou a Pemba por volta das 19h00.
"Infelizmente hoje não conseguimos ir a Macomia, estamos com os passageiros aqui em Silva Macua, não comemos nada, só mandioca fresca, isso porque a estrada está fechada. Aqui estão os agentes da polícia de trânsito e lá à frente está a UIR e a força local. Não deixam passar nenhum um carro", acrescentou Juma Rachide, cobrador de transporte semi-colectivo de passageiros.
Entretanto, as fontes informaram que, no sentido contrário, ou seja, o trânsito flui normalmente do norte e centro da província para a cidade de Pemba ou outros locais passando por Silva Macua.
CARTA - 18.07.2024
Posted on 18/07/2024 at 19:51 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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O recente anúncio de adjudicação do contrato de provimento dos serviços de segurança ao projeto da TotalEnergies consubstancia um golpe à soberania de Moçambique visto que, este projecto avaliado em $20 bilhões, representa o futuro promissor para Moçambique. Negar que Moçambique proteja este investimento é, sem dúvida, um golpe à soberania
Se estamos recordados, a ProIndicus tinha como objectivo a proteção da zona económica exclusiva e dos projectos que ocorrem lá. Para tal, a ProIndicus foi dotada de equipamento não letal de última geração para realizar essa tarefa, nomeadamente meios marítimos, equipamento de vigilância e de comunicação. Na sua constituição, a ProIndicus era detida a 100% por empresas do Estados, o que a tornava, por via dos seus accionistas, uma empresa do Estado. A ProIndicus era soberanamente moçambicana.
Estamos, certamente, todos á par do escândalo levantado em torno da criação e financiamento da ProIndicus, e de outras duas empresas irmãs a EMATUM e MAM, as quais integravam o SIMP (Sistema Integrado de Monitoria e Proteção da Zona Económica Exclusiva). Qual era o objectivo da problematização e escandalização destes projectos? Estou seguro que muitos agora começam a perceber a cabala.
Recordam-se que a viabilização financeira da ProIndicus passava pela assinatura dos “off-take agreements” com as empresas petrolíferas para prestação dos serviços de segurança. Infelizmente, o Governo de Moçambique não concedeu autoridade à ProIndicus para avançar nesse sentido.
Infelizmente, hoje ouvimos, com muita dor, que tudo o que foi negado à ProIndicus está sendo concedido à Ruandesa ISCO. Esta empresa Ruandesa é uma subsidiária em Moçambique onde são accionistas privados Ruandeses e Moçambicanos. Afinal de contas, o quê que está a acontecer aqui?
Primeiro, temos de entender o que é segurança não-letal ou não armada. Consiste essencialmente em vedar o acesso às operações de exploração, processamento e comercialização dos produtos petrolíferos por terceiros, através de implementação de medidas de vigilância, monitoria e protecção, em toda a cadeia de valor upstream e midstream. Isto envolve o controlo das leituras das válvulas, manómetros, bombas e outros ficheiros electrónicos gerados para o controlo da produção, para além do controlo de perímetro e acesso de pessoas às instalações. Isto significa que as autoridades moçambicanas só terão dados de produção apenas aqueles que forem formalmente fornecidos pela TotalEnergies. Não terão homens no terreno recolhendo Informação sobre a produção.
Porquê que o controlo dos dados sobre a produção corresponde ao exercício de soberania? Vamos em partes!
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Posted on 18/07/2024 at 18:33 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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Uma companhia de segurança, ligada ao partido no poder no Ruanda, foi contratada para proteger o projeto de gás da Total em Moçambique, revela o jornal britânico Financial Times.
A companhia Isco Segurança é uma "joint venture" entre a Isco Global Limited do Ruanda e uma companhia moçambicana, não identificada pelo jornal, que afirma que a Isco Global controla 70% da Isco Segurança, que fornece segurança “não armada” ao projeto.
A Total confirmou a seleção da companhia para fornecer segurança depois de “um processo rigoroso de concurso”.
A Isco Global pertence à companhia Intersec Security Company que é, por seu turno, uma subsidiária da Crystal Ventures, uma companhia de investimentos fundada pelo partido no poder no Ruanda, cujo diretor é o antigo dirigente do Fundo Soberano do Ruanda, Jack Kyonga.
O Financial Times diz que a Isco Global “é uma das diversas companhias ruandesas que estabeleceram subsidiárias em Moçambique desde 2021 em setores incluindo segurança, construção e minas”.
O Ruanda tem cerca de quatro mil soldados em Moçambique enviados depois de insurgentes atacarem a província de Cabo Delgado, com destaque para lugares próximos aos investimentos multimilionários da TotalEnergies.
VOA - 17.07.2024
Posted on 17/07/2024 at 22:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Os utentes do troço que liga a localidade de Oasse à vila de Mocímboa da Praia e vice-versa manifestam grande preocupação devido ao retorno de circulação de terroristas naquela rodovia. A mesma inquietação foi expressa pelos moradores das aldeias Oasse-sede, Ntotwé e Manilha.
Depois de uma ligeira acalmia, a movimentação dos "Mababus" tinha reduzido nos últimos meses, com a intensificação das patrulhas da Força ruandesa. Os relatos na posse da "Carta" indicam que na semana passada os terroristas foram vistos pelo menos quatro vezes a movimentar-se na zona das antenas de telefonia móvel, localizadas junto às aldeias Mumu, Manilha e Ntotwe no distrito de Mocímboa da Praia.
Segundo relatam os moradores, o facto está a contribuir para o aumento de medo e insegurança, embora a movimentação dos "Mababus" (terroristas) ainda não tenha impedido a livre circulação de pessoas e bens. A distância entre a localidade de Oasse e a vila de Mocímboa da Praia é de 41 quilómetros.
"Os terroristas ainda circulam por aqui. Passeiam naquela zona das antenas, em Ntotwé. Foi visto um grande número de terroristas a movimentar-se do sul para norte", contou um morador de Oasse, admitindo que outro grupo passou na mesma zona em direcção ao distrito de Nangade.
Saide Juma, (nome fictício), também de Oasse, descreve que a movimentação de grupos terroristas naquele troço intensificou-se nos últimos dias, ameaçando a segurança das pessoas.
"Acho que eles estão se aproveitando da fraca circulação das forças ruandesas para passearem. Na semana passada passaram dois grupos e isso nos desencoraja de irmos às machambas", acrescentou, alertando às autoridades para estabelecer um posto de controlo permanente na zona.
Um membro da Força Local em Mocímboa da Praia confirmou à "Carta" que nos últimos dias tem se notado uma frequente circulação de pequenos grupos terroristas, mas sem protagonizar actos de violência.
A mesma fonte salientou que há duas semanas uma viatura da transportadora Nagi Investimentos que saía da cidade de Nampula à vila de Mocímboa da Praia teve que recuar a marcha até ao Posto Policial de Oasse quando na zona das antenas, perto da aldeia Mumu, o motorista visualizou um grupo de terroristas a atravessar a estrada. A viagem continuou no dia seguinte.
Refira-se que há muito tempo que os carros que partem de Oasse à vila de Mocímboa da Praia e também à de Mueda deixaram de viajar sob escolta militar. Oasse é apenas o ponto de partida de escolta militar para a vila de Macomia e vice-versa.
CARTA - 17.07.2024
Posted on 17/07/2024 at 12:20 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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RESUMO DA SITUAÇÃO
A actividade do Estado Islâmico de Moçambique (EIM) foi mínima nas últimas duas semanas, com ACLED a registar apenas quatro eventos de violência política. No entanto, os insurgentes parecem ter restabelecido uma presença na parte continental do distrito de Palma, onde estão baseados os projectos internacionais de gás natural liquefeito, pela primeira vez desde Fevereiro de 2023.
No dia 27 de Junho, foram relatados disparos na aldeia de Quelimane, no distrito de Mocímboa da Praia, na estrada para Palma. O EI alegou ter matado uma pessoa, mas isso não foi corroborado. Nesse dia, os insurgentes também foram vistos na floresta de Namalala, perto de Olumbe, no distrito de Palma. Dois dias depois, os insurgentes decapitaram um homem nos arredores de Pundanhar, segundo a Carta de Moçambique. No dia 30 de Junho, os insurgentes atacaram um camião que transportava alimentos na mesma estrada, fora da aldeia de Mute, no distrito de Palma. O camião atravessou a emboscada e o motorista escapou, mas o ajudante do motorista saltou do veículo e morreu. Mais tarde, o EI reivindicou a responsabilidade pela morte de uma pessoa no ataque.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-172 07.07.2024
Posted on 12/07/2024 at 18:03 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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A vila de Macomia, na província de Cabo Delgado, voltou a viver momentos caóticos nesta terça-feira, após centenas de cidadãos rebelarem-se contras as acções das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), acusadas de assassinar um cidadão indefeso naquela região do país, na noite da última segunda-feira.
O caos, vivido logo nas primeiras horas da manhã, levou à morte de dois militares e dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), num cenário que vem, mais uma vez, caractetizar a difícil relação entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e as populações das zonas afectadas pelos ataques terroristas.
Em comunicado de imprensa emitido na manhã desta quarta-feira, o Estado-Maior General das FADM afirma que o indivíduo foi assassinado por elementos da patrulha da sua força, após ter sido interpelado a transportar “um recipiente vazio de munições de uma metralhadora, o que levantou grandes suspeitas sobre as suas verdadeiras intenções”.
“Questionado pelos elementos da patrulha conjunta sobre a origem da caixa, o indivíduo pôs-se, imediatamente, em fuga tendo os elementos da patrulha efectuado, sem sucesso, vários disparos de aviso e que na tentativa de neutralizá-lo, o individuo foi atingido mortalmente”, narram as FADM, sem no entanto explicarem as razões que levaram a tropa a disparar, ao invés de perseguir o suspeito. O facto ocorreu por volta das 20h30m, um período de recolha obrigatória, imposta pelas FDS, em Macomia e outras zonas severamente afectadas pelos ataques terroristas.
Na nota de imprensa enviada à comunicação social, as FADM não dão quaisquer detalhes sobre o caos vivido ontem em Macomia, apenas defendem que o “incidente [o assassinato do suposto terrorista]” será “rigorosamente investigado para assegurar que todas medidas de segurança tomadas foram justificadas e necessárias”.
As Forças Armadas defendem que as medidas de segurança estabelecidas, incluindo o recolher obrigatório, “são cruciais para prevenir a ameaça terrorista e garantir a segurança de todos naquela região da província de Cabo Delgado”.
Refira-se que este é o primeiro caso de confronto entre as FADM e a população, devido à alegada má actuação das tropas moçambicanas, que desde 2019 vem sendo acusadas de desmandos nas zonas afectadas pelos ataques terroristas.
Aliás, há menos de duas semanas, a população daquela vila distrital acusou os agentes da UIR (Polícia anti-motim) e membros das FADM de perseguir civis e de colaborar com os terroristas, com destaque para extorsões e actos de violação sexual. Os actos nunca foram comentados e muito menos repudiados pelo Governo.
CARTA - 11.07.2024
Posted on 11/07/2024 at 12:16 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Um comunicado da FADM esclarece que o cidadão foi interpelado a circular horário proibido durante uma patrulha nocturna realizada por uma unidade conjunta das FADM e outras Forças de Defesa e Segurança.
Na sequência constatou-se que o mesmo transportava consigo uma caixa de munições de metralhadora do tipo “PK” que, entretanto, estava vazia. Ainda assim, devido ao elevado nível de ameaça terrorista naquela Vila, “levantou grandes suspeitas das suas reais intenções”.
O documento refere que o indivíduo se colocou imediatamente em fuga quando foi questionado sobre a origem da caixa. Os elementos da patrulha efecturam disparos de aviso, mas sem sucesso, “e na tentativa de neutralizá-lo, o indivíduo foi atingido mortalmente”.
Na nota, as FADM lamentam o incidente, considerando que as medidas de segurança estabelecidas, incluindo restrições de circulação nocturna “são cruciais para prevenir a ameaça terrorista em Cabo Delgado”.
Além disso, as FADM dizem estar comprometidas com a observância dos padrões internacionais dos Direitos Humanos, prometendo investigar rigorosamente o incidente, para apurar as razões para a contundência daquela medida de segurança.
MZNews - 11.07.2024
Posted on 11/07/2024 at 12:06 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Quatro (4) membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) destacados na vila de Macomia foram mortos na manhã desta terça-feira (09) pela população em fúria, após espancamentos com recurso a pedras e outros objectos.
O primeiro momento de revolta ocorreu quando a população tomou conhecimento de que um grupo de agentes das Forças de Defesa e Segurança, supostamente em serviço de patrulha, atirou mortalmente contra um comerciante informal, na noite de segunda-feira (08). A vítima era filho de um funcionário dos Serviços de Identificação Civil naquele distrito.
Dos quatro agentes das FDS mortos pela população, dois (2) eram militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e outros da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), espancados até à morte pouco depois do início da manifestação, por volta das seis horas da manhã.
"Um agente foi maltratado e depois queimado na zona de Nhamele, o outro foi morto na ponte para quem vai à sede. Para além destes, um corpo sem vida foi encontrado na zona do hospital dos Médicos Sem Fronteiras e outro ao lado da Mesquita da África Muslim, aqui mesmo em Nanga”, contou à "Carta" uma testemunha que confirmou a morte dos quatro agentes das FDS.
A revolta popular levou à intervenção das Forças de Defesa e Segurança posicionadas em Macomia, através de tiroteio, dispersando os manifestantes que tinham ocupado toda a zona comercial da vila e que pretendiam dirigir-se à residência do Administrador distrital, Tomás Badae.
Na sequência do intenso tiroteio, a população foi obrigada a paralisar a manifestação e refugiar-se à mata por algumas horas, deixando toda a vila completamente vazia e os estabelecimentos comerciais encerrados.
"Os militares tiveram que disparar várias vezes para dispersar as pessoas [que eram muitas], tinham ocupado toda a estação de Macomia, mas a situação só voltou à normalidade por volta das 10h00 e algumas pessoas regressaram às casas. Contudo, outras nem acreditam que a situação está controlada, por isso vão dormir nos esconderijos", contou na tarde desta terça-feira um comerciante informal da vila de Macomia que também testemunhou a manifestação.
Até ao princípio da noite de terça-feira, a situação na vila de Macomia era descrita como calma, tendo algumas pessoas retornado às suas residências, mas o comércio não foi reaberto apesar do apelo das autoridades.
Refira-se que, nos últimos dias, as relações entre os militares destacados para proteger a população dos ataques terroristas no distrito de Macomia deterioraram-se, uma vez que os residentes acusam as FDS de violação dos direitos humanos
CARTA - 10.07.2024
Posted on 10/07/2024 at 19:52 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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O caos volta a tomar conta da vila de Macomia, na província de Cabo Delgado. Uma vila bastante dilacerada em consequência dos ataques terroristas, está sob forte tensão desde a manha desta terça-feira.
Segundo uma fonte do Ikweli, baseada na vila de Macomia, um comerciante local foi morto durante a noite de ontem pelos militares, sem razão aparente.
“Um comerciante daqui da vila de Macomia saiu a noite para mijar e foi morto pelos militares, deitaram o corpo numa lixeira”, narra um dos nossos correspondentes na vila de Macomia, prosseguindo que “quando a população perguntou porquê mataram o comerciante, os militares disseram que erraram e pediram desculpas”.
Não tendo gostado, a população decidiu fazer a justiça pelas próprias mãos. “Pegaram em dois militares, mataram e queimaram os corpos”.
Esta reação fez com que os militares, das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, começassem a disparar contra a população, por isso “a população dos bairros de Nanga, Napulubo e Changane refugiaram-se para as matas”.
Os nossos correspondentes confirmaram ainda que os tiroteios tinham cessado quando eram pouco depois das 8h10.
IKWELI - 09.07.2024
Posted on 09/07/2024 at 23:21 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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A informação foi confirmada ontem, segunda-feira (08), pelo administrador distrital de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, garantindo que as Forças mistas composta por FADM, Força Local e ruandesas estão em prontidão para manter a segurança.
“Notamos algumas movimentações de pequenos grupos de terroristas nos últimos dias, e as forças de FADM, Força Local e Ruanda estão fazer tudo para defender a população e garantir a segurança”, revelou o administrador citado pelo portal Zumbo FM Notícias, para depois acrescentar que, “os terroristas foram vista nas zonas do posto administrativo de Mbau e às aldeia Naquitengue e Limala, criado pânico no seio das comunidades.
Entretanto, a fonte apelou aos terroristas para abandonarem as armas por forma a ajudar o distrito no processo de reconstrução.
“Queremos apelar aos terroristas para que deixem as armas e venham viver nas comunidades, ninguém vai vos fazer mal, deixe as armas para reconstruirmos o distrito”, concluiu.
MZNews - 09.07.2024
Posted on 09/07/2024 at 18:24 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Deslocados de Mocimboa da Praia, na província de Cabo Delgado, exigem que suas residências, actualmente ocupadas por militares ruandeses, sejam devolvidas.
As vítimas da insurgência manifestam o desejo de retornar às suas zonas de origem, assim como outros deslocados que já o fizeram.
A situação foi confirmada pelo administrador da vila, que, via telefone, informou que o governo está ciente do problema e trabalhando para resolvê-lo. Uma resposta sobre o futuro dessas residências deve ser anunciada em breve.
A ocupação das casas por militares estrangeiros está gerando tensão entre os deslocados, que esperam uma solução rápida para poderem reconstruir suas vidas e voltar à normalidade.
MOZALINE NEWS - 09.07.2024
Posted on 09/07/2024 at 11:31 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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O grupo terrorista que desde outubro de 2017 vem atacando a província de Cabo Delgado reivindicou ontem através dos seus canais de propaganda, a detonação de um engenho explosivo contra um civil, nas proximidades da aldeia Dimayo, no distrito de Muidumbe. Este acto hediondo acontece numa altura em que as Forças Militares da SAMIM retiraram-se oficialmente e por completo da província de Cabo Delgado.
Ainda na semana passada, um militar das Forças de Defesa e Segurança (FDS) enforcou-se no passado dia 04 de julho, na cidade de Pemba, capital provincial. De acordo com fontes militares, até ao momento não se sabe as razões reais da trágica decisão, mas suspeita-se que deve ser por esgotamento psicológico depois de sucessivas missões onde terá visto companheiros de trincheira tombarem em defesa da pátria.
A situação em Cabo Delgado continua imprevisível, uma vez que os grupos terroristas foram desintegrados das suas bases habituais e continuam em movimentos realizando ataques esporádicos e mortes de inocentes.
Contudo, apesar das incursões esporádicas e desesperadas dos terroristas em diferentes distritos, o facto é que o desempenho militar das FDS e as Forças ruandesas melhorou bastante em Cabo Delgado, havendo operações que desde abril do presente ano já levaram ao abate de mais de 150 terroristas pelas matas de Chiúre, Mocímboa da Praia e Nangade. (O.O.)
INTEGRITY – 08.07.2024
Posted on 08/07/2024 at 17:04 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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As Forças de Defesa e Segurança (FDS) em Cabo Delgado são acusadas pelos utentes da EN340 de interditar a circulação de pessoas e bens naquele troço que dá acesso aos distritos da região norte da província e a vizinha República da Tanzânia. As FDS são responsáveis pela escolta militar no troço Macomia-Oasse.
À "Carta", alguns utentes disseram que a situação está a criar constrangimentos há quase uma semana. Até este domingo (07), os militares e agentes da UIR recusavam-se a escoltar viaturas de particulares de Macomia ao norte de Cabo Delgado.
"Não há passagem há mais ou menos cinco dias. Os militares não querem nada, ora dizem que não tem combustível, ora a situação não está boa, então ninguém sabe, mas quem se atreve a passar é mandado de volta e até apontam com armas”, disse um utente.
"Eu mesmo venho de Mocímboa da Praia, quando ouvi isso, tive que arriscar via Mueda-Nairoto-Montepuez até Pemba, mas ali passa quem tem dinheiro", explicou um motorista que se encontra na cidade de Pemba.
Por outro lado, as nossas fontes denunciaram cobranças ilícitas nas cancelas para que os automobilistas que se dirigem no sentido Oasse-Macomia tenham livre trânsito, mesmo sem escolta militar.
"Nestes dias, só os carros que pagam é que passam sem problemas", denunciou um automobilista.
"O problema não é pagar, porque pagamos todos os dias, em todas as cancelas dos militares e da força local, cem, duzentos ou mais", acrescentou outro automobilista, pedindo às FDS que permitam a circulação de pessoas e bens.
CARTA - 08.07.2024
Posted on 08/07/2024 at 13:34 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Um policial da fronteira, que pediu anonimato, relatou em uma publicação no Facebook:
"Socorro, este país foi entregue aos lobos famintos. Eu sou da polícia da fronteira, em missão de serviço aqui em Cabo Delgado, no batalhão de Mieze. Perto de Pemba, já estamos há 5 dias sem o que comer, e sem água de banho e nem de beber.
Estamos mal. Se o Estado não está em condições, nos mande de volta para nossas províncias. Socorro, este é o choro de pais de família que viraram mendigos do Estado.
O mais caricato é que as forças de outros países vivem bem e têm subsídios, enquanto nós, os donos da casa, estamos a sucumbir de fome. Pelo menos nos mandem de volta para nossas províncias."
A situação desesperadora expõe as difíceis condições enfrentadas pelos militares locais em comparação com as forças estrangeiras presentes na região.
MOZALine – 07.07.2024
Posted on 07/07/2024 at 19:40 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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O investigador Pedro Vicente defende que a religião não é "uma causa profunda" do conflito em Cabo Delgado. Mas está a ser usada para mobilizar insurgentes, através do radicalismo Islâmico.
Na vila de Chiùre, sul da província moçambicana de Cabo Delgado, a vida muda, agora, do dia para a noite e o amanhecer na rua deixou de ser possível com a aproximação dos ataques terroristas na última semana, Chiùre, Moçambique, 24 de fevereiro. Na avenida principal da vila, o movimento intenso das primeiras horas do dia, com comércios abertos, centenas de vendedores ao longo de uma rua que se mistura entre terra batida, buracos e algum alcatrão, centenas a comprar ou caminhar sob um sol escaldante, vai esmorecendo ao início da tarde.
O investigador Pedro Vicente disse à agência Lusa que a religião não é “uma causa profunda” do conflito em Cabo Delgado, Moçambique, mas está a ser usada para mobilizar insurgentes, através do radicalismo Islâmico.
O centro de investigação NOVAFRICA, da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE, em inglês), fez “uma série de trabalhos de investigação sobre sensibilização religiosa em Cabo Delgado”, explicou à Lusa um dos fundadores do centro, Pedro Vicente.
“A ideia principal [dos trabalhos] é a de prevenção de dissidências, num contexto em que, embora a religião não seja uma causa profunda do conflito [em Cabo Delgado, na região norte de Moçambique], ela está a ser utilizada para mobilizar insurgentes, especificamente através do radicalismo islâmico“, declarou o também professor na Nova SBE.
Um dos trabalhos foi feito em Pemba, a capital da província de Cabo Delgado, junto dos jovens, “sobre os impactos de uma sensibilização religiosa à volta da ideia de que o Islão defende a paz e não a violência”, disse. E acrescentou: “Descobrimos que essa sensibilização diminuiu comportamentos antissociais.”
“Fizemos outro trabalho em que mensagens de paz foram difundidas por líderes religiosos muçulmanos e cristãos em oito rádios comunitárias de Cabo Delgado. Descobrimos que essas mensagens diminuíram a incidência de eventos de violência”, medidos através da organização não-governamental Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED) e do Uppsala Conflict Data Program (UCDP), indicou.
Por isso, para Pedro Vicente “o envolvimento das organizações religiosas locais pode ser um ponto importante na estratégia de prevenção de conflitos em Cabo Delgado”. Para si, “a situação em Cabo Delgado continua a ser muito preocupante”.
O investigador relatou que esteve em Pemba em maio, na altura em que eclodiram os ataques em Macomia, onde cerca de uma centena de insurgentes saquearam a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique. “De facto os ataques acontecem em sítios muito diversos o que indicia que os insurgentes se movem com frequência”, alertou.
Posted on 07/07/2024 at 12:38 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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A Missão da SADC que combatia contra o terrorismo junto com as Forças de Defesa Nacional (FDM) em Cabo Delgado, fez a entrega, esta quinta-feira, de diverso material bélico capturado nas mãos de terroristas.
O acto estava inserido na cerimónia de encerramento da missão da SADC em Moçambique, que estava a ajudar o país no combate ao terrorismo desde 2021.
“Gostaríamos de reiterar que esse material não foi capturado num simples olhar, foi fruto de muito sacrifico. Isto custou sangue dos africanos. E queremos acreditar que o sangue derramamento vai regar as plantas da paz em África”, disse, o comandante das forças da SAMIM, o major general Patrick Njabulo Dube, citado pela Rádio Moçambique.
Do material ora entregue, destaque vai para oito RPG-7 e PKM, uma metralhadora, um morteiro, setenta AK-47, sete pistolas e uma AKS/SAR, G3 RIFLE capturadas dos terroristas em diversas operações combativas nas matas de Cabo Delgado. O material inclui também foguetes, munições e cartuchos, bem como livros sagrados do islão.
MZNews - 05.07.2024
Posted on 05/07/2024 at 15:41 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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