Resultados da votação autárquica no município de Cuamba
- Nesta terça-feira, mais um recurso do MDM foi reprovado com base na mesma lógica argumentativa, a falta de impugnação prévia
Numa altura em que é quase certo que todos os recursos de contencioso eleitoral da oposição serão rejeitados com base no argumento da falta de impugnação prévia, o Conselho Constitucional (CC) decidiu, também, reprovar o recurso do partido Frelimo, relativo aos resultados da votação autárquica no município de Cuamba, província do Niassa.
No recurso, a Frelimo exige a anulação da votação das mesas 1,2,4 e 5 da Assembleia de Voto nr. 4, alegadamente pelo facto de os resultados anunciados para as referidas mesas não corresponder à vontade expressa pelos eleitores. Diz a Frelimo que a Renamo protagonizou, por volta das 23 horas e 30 minutos do dia da votação, 10 de Outubro, uma grande confusão, incluindo disparos, realidade que obrigou à dispersão de votantes e membros das mesas de voto e consequente enchimento de urnas a favor do partido actualmente liderado por Ossufo Momade.
Entretanto, o Conselho Constitucional decidiu negar provimentoà queixa, também com base na falta de impugnação prévia, à semelhança do argumento encontrado para chumbar, até aqui, todas as reclamações submetidas pelos partidos Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
“Assim, este Conselho Constitucional conclui que o recorrente não fez a impugnação prévia no momento do apuramento autárquico intermédio, acolheu, por consequência, o argumento e a decisão tomada pelo Tribunal a quo” – justifica o CC, negando provimento ao recurso da Frelimo.
Aliás, ainda nesta terça-feira, o Conselho Constitucional disse não ao recurso do Movimento Democrático de Moçambique em relação à votação e resultados da cidade municipal de Guruè, na província da Zambézia.
Entretanto, a Renamo, se sabe, inconformada com a reprovação dos seus recursos, decidiu voltar a submeter nova reclamação na qual questiona a transparência em todo o processo que culminou com a votação de 10 de Outubro último.
MEDIA FAX – 08.11.2018
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