A Renamo vai perder 1.950 mil meticais mensais do Orçamento do Estado (OE), pelo facto de ter reduzido de 90 para 51 o número de mandatos na Assembleia da República (AR). Quem ganhará com isso será a Frelimo, que no seu cofre, vai aumentar mais 1.550 mil meticais no que recebia no mandato prestes a findar. Assim, dos 12.500 mil meticais mensais do OE destinados ao sustento dos partidos políticos com assento no Parlamento, a Frelimo vai receber 9.550 mil meticais, a Renamo 2.550 mil meticais enquanto que o recém criado
Se a Renamo, de Afonso Dhlakama, vinha reclamando de escassez de meios financeiros para o desenvolvimento das suas actividades políticas, a situação será ainda muito mais catastrófica nos próximos cinco anos.
Afonso Dhlakama deverá, a partir dos próximos dias, encarar-se com uma nova realidade, numa altura em que as alternativas de sobrevivência são cada vez mais escassas. Aliás, uma fonte bem colocada do partido de Afonso Dhlakama afiançou-nos que a Renamo não tem outra alternativa, senão tomar posse na AR. É que parte substancial do Orçamento corrente do partido em sustentado pelos fundos provenientes do OE via representação parlamentar.
As perdas da Renamo
A partir deste mês, o líder da Renamo deixará de receber mensalmente do Estado moçambicano cerca de 4.500 mil meticais e passará a receber 2.550 mil meticais, uma queda em 1.950 mil meticais.
O vazamento dos cofres da Renamo deriva do facto deste movimento ter perdido 39 mandatos dos 90 que possui na legislatura prestes a findar. O novo Parlamento deverá tomar posse próxima terça-feira.
Trata-se dum cenário descrito como sendo bastante triste e penoso na medida em que o líder da Renamo, que ao longo destes anos, estava habituado a gerir altos valores monetários, deverá apertar o cinto e desenhar nova estratégia para poder sobreviver com parcos meios.
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