ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Quando se fala dum Golpe de Estado na Guiné-Bissau, a meu ver, os perpetradores desse acto, acabam por enveredar uma acção meramente amadora. Quando se fala de Golpe de Estado, houve um ataque ao Palácio do Governo, onde havia o Presidente da República presidia a reunião do Conselho de ministros, e onde havia também diversos funcionários do Governo, e alguns cidadãos que foram lá atrás de alguns serviços.
Houve esse ataque, e não houve a tentativa de tomada por exemplo; da Rádio, da tevê, controle das fronteiras etc. Quer dizer, para ser um Golpe de Estado habitualmente em África configura essas tomadas de forças.
A meu ver, eu acho prematuro falar de um Golpe de Estado, porque eu não vejo características de um Golpe de Estado. Contudo, se houve, há que tentar apurar a veracidade dos actos, se se tratar dum atentado à vida do Presidente da República, e dos membros do Governo, porque repito, as características de um Golpe de Estado acabam por ficar por trás.
Por exemplo, as afirmações [declarações], dos governantes, do próprio Chefe do Executivo, se quisermos assim, o próprio Presidente da República, a meu ver, quando preside a reunião do Conselho de ministros, eu subentendo, de que, que ele naquele momento é circunstancialmente o Chefe do Executivo, afirmou que se tratava dum grupo de narcotraficantes [criminosos] que estava tentar, pôr em causa a paz social, e tentar repelir o trabalho que o Governo vem fazendo contra o narcotráfico. Foi o que ele disse! Estou apenas a reproduzindo suas palavras.
Quer, dizer, isso teria um lado mais criminal da situação, mas ao mesmo tempo o Governo fala também da subversão da reconstrução do Estado, no fundo que é uma versão mais política e eu não sei se dá para perceber qual é que têm mais força.
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