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Posted on 10/01/2025 at 16:52 in Eleições 2024 Gerais, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 10/01/2025 at 16:45 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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A situação política em Moçambique, principalmente na cidade de Maputo, permanece tensa e preocupante devido às constantes manifestações e actos de vandalismo que prejudicaram não só a economia moçambicana, mas, directamente, a muitas pessoas que perderam seus bens e propriedades.
Muitos moçambicanos, especialmente os Nortenhos, mais conhecidos por Xingondos, não estão a par do trabalho que os Sulistas estão a realizar para garantir que o poder regresse ao Sul de Moçambique o mais rapidamente possível.
Os Sulistas dizem que os Xingondos não têm jeito para governar o país. Então, querem que o poder volte para o Sul agora mesmo! Não querem esperar mais 10 anos e nem cinco anos.
Para ser honesto, não sei quem ganhou as eleições em Moçambique. Duvido muito que seja Venâncio e o partido que o apoiou, Podemos. Num país com mais de 1000 localidades e zonas remotas não seria possível, num curto espaço de tempo, durante a sua campanha eleitoral, que se tornasse conhecido pelos moçambicanos em todos os cantos, lembrando que existe uma gritante falta de infraestrutura rodoviária para que ele viajasse de um canto para outro para ser conhecido.
Por outro lado, mesmo que tivesse vencido as eleições, ele não é o único candidato da oposição a vencer. Desde que o processo eleitoral começou em Moçambique, os candidatos presidenciais da oposição venceram eleições em Moçambique em várias ocasiões. Mas esses candidatos nunca incitaram a população a vandalizar e queimar propriedades alheias.
O que está a acontecer agora? Essas mesmas populações que vandalizaram e incendiaram lojas e bombas de gasolina de outras pessoas nos subúrbios, hoje já não conseguem encontrar uma única loja aberta para comprar mantimentos, gasolina, ou até mesmo para comprar uma caixa de fósforos. Precisam de viajar para a cidade de Maputo para fazerem compras.
Os Sulistas governaram o povo moçambicano por mais de meio século, de 1962 a 2014. Depois que o poder foi para o Norte, agora é a vez de o Centro governar Moçambique. Depois de cinco ou dez anos (período máximo de governação), os Sulistas podem insistir em governar. Não seria justo que os Xingondos também governassem o país por alguns anos?
O que o mundo não sabe e precisa saber agora é que as manifestações e os actos de vandalismo estão a acontecer apenas na cidade de Maputo e arredores. A situação está minimamente calma no resto do país. Por que então a situação estaria calma no resto do país se se acredita que o Venâncio tem apoio esmagador em todo o país?
Por outro lado, preocupa-me a intolerância demonstrada por Venâncio Mondlane mesmo não estando no poder ainda – como, por exemplo, a sua decisão de banir todos os símbolos da Frelimo, um partido cujo movimento lutou para a independência deste país e que possui um número incontestável de membros.
Venâncio me lembra do Presidente Samora Machel e isto me preocupa. Até fala como ele nos seus discursos. Tudo indica que, ao chegar ao poder, como Machel, irá impor decisões insensatas, irá experimentar diferentes teorias de governação, incluindo mesmo a moldagem de um “homem novo”, adiando assim cada vez mais o alívio do sofrimento do povo moçambicano.
O mundo está cheio de homens com boas intenções, mas não basta ter boas intenções para bem governar um país.
(Recebido por email)
Posted on 10/01/2025 at 14:09 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (214)
Esta é a derradeira carta que lhe escrevo como Presidente da República. Dou-lhe a minha palavra que lhe não vou devassar a vida “civil”, assim que abandonar aquela casa que ajudei a pagar a estadia e outras mordomias. E confesso: agora sou um homem feliz, como nunca fui. Ou seja, por ora pouco interessa quem virá em sua substituição, o importante é que o ainda Presidente da República abandone o Palácio da Ponta Vermelha.
E era bom que os responsáveis pela casa a limpassem com um daqueles desinfectantes que eliminam 99,9% das bactérias, germes e fungos, combate manchas e odores desagradáveis
Talvez, ao longo dos dois mandatos, eu tenha sido o único individuo que disse- e nunca reclamei mordomias por isso-, sem rodeios, que o Presidente da República nunca esteve à altura do cargo que exerce.
Faltaram-lhe sempre estatura presidencial e senso de estadista. Revelou-se, amiúde, ser um político menor (e medíocre) que buscava permanecer na regência do Estado, mesmo que esse propósito individual, para concretizar-se, seja revelador de uma irresponsável desconsideração das instituições democráticas de nosso País e do bem-estar de quem paga imposto.
Há que encontrar um Presidente com características únicas como as suas (a História registá-lo-ia com satisfação): distorcida visão do mundo, sustentada e exposta por quem o Presidente da República realmente é, desnuda-se ante a Nação como um político medíocre e que, além de possuir desprezível espírito auto-crático, também expôs-se, em plenitude, na sua conduta governamental, como a triste figura de um Presidente menor, sem noção dos limites éticos e constitucionais que devem pautar a conduta de um verdadeiro Chefe de Estado, capaz de respeitar a autoridade suprema da Constituição da República.
O Presidente da República despojou-se de toda respeitabilidade que imaginava possuir. E aventuro nisto: só durou no cargo porque teve à sua volta cidadãos dispostos a submeter-se e a curvar-se ao arbítrio e à prepotência do poder. São eles que alimentam todo tipo de idiota!
DN – 10.01.2025
Posted on 10/01/2025 at 14:01 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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O passaporte do Engenheiro Venâncio Mondlane foi retido pelos serviços de Migração de Moçambique logo após sua chegada ao Aeroporto Internacional de Mavalane. A explicação das autoridades migratórias foi que Mondlane, ao abdicar do estatuto de deputado, perdeu o direito ao passaporte diplomático.
A decisão rapidamente gerou controvérsia, com críticos apontando que a medida pode ser interpretada como uma tentativa de intimidação política. Mondlane, que tem se apresentado como “Presidente do Povo” e figura entre os membros do Conselho de Estado conforme os resultados eleitorais, teria prerrogativas que sustentariam o direito de uso do documento diplomático.
A acção foi comparada ao tratamento dispensado a figuras como os ex-presidentes Armando Guebuza e Joaquim Chissano, com questionamentos sobre a legitimidade e a equidade da decisão.
Analistas políticos apontam que casos como este podem deteriorar ainda mais a imagem do partido no poder, tanto nacional quanto internacionalmente, reforçando percepções de práticas antidemocráticas e autoritárias.
Mondlane desembarcou em Moçambique após dois meses fora do país e, durante sua chegada, reafirmou sua posição política ao se autoproclamar “Presidente do Povo”. Seus aliados já anunciaram que irão iniciar um processo legal para recuperar o passaporte. Esse desdobramento, segundo eles, poderá trazer à tona mais detalhes sobre as ordens que levaram à retenção do documento.
O episódio ocorre em um contexto de crescente tensão política no país, com observadores internacionais acompanhando de perto os desdobramentos do caso. A retenção do passaporte levanta debates sobre o respeito às leis, às práticas democráticas e aos direitos políticos no actual cenário moçambicano. (Nando Mabica)
INTEGRITY – 10.01.2025
Posted on 10/01/2025 at 13:47 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, pediu, esta quinta-feira, a Daniel Chapo, para envidar esforços de cessar as hostilidades pós-eleitorais em Moçambique, bem assim garantir segurança para Venâncio Mondlane.
Em conversa telefónica, as partes abordaram “a necessidade de um cessar imediato da violência, a garantia de segurança para a população e para todos os actores políticos, incluindo os candidatos às eleições”.
Uma comunicação da República portuguesa indica que a conversa visava reforçar a preocupação do Governo português com a situação de tensão e violência que se seguiu às eleições de 9 de Outubro de 2024.
O Primeiro-Ministro reiterou os apelos do Governo à contenção por parte das autoridades moçambicanas e de todos os responsáveis políticos, sublinhando a importância de promover um clima de paz, segurança e diálogo inclusivo, lê-se.
MZNews – 10.01.2025
Posted on 10/01/2025 at 13:42 in Eleições 2024 Gerais, Portugal | Permalink | Comments (0)
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“Apelo também à Comissão Europeia para que encete as melhores diligências tendo em vista a salvaguarda da integridade física de Venâncio Mondlane” escreveu Assis na sua página do Instagram.
Na mesma mensagem, disse que o Parlamentou Europeu tem a obrigação de se pronunciar sobre o que se está a acontecer em Moçambique, bem assim, de condenar a postura das autoridades, nomeadamente a violência policial desproporcionada.
“O que se está a passar em Moçambique não pode ser ignorado pela comunidade internacional. O PE tem o dever de se pronunciar sobre assunto e de condenar o comportamento que tem vindo a ser prosseguido pelas autoridades moçambicanas” lê-se.
Segundo o socialista “A repressão policial violenta e totalmente desproporcionada representa uma grosseira violação dos mais elementares Direitos Humanos”.
Ele prometeu apresentar, na próxima semana, uma proposta para que se realize um debate de urgência no PE sobre esta questão.
MZNews - 10.01.2025
Posted on 10/01/2025 at 13:36 in Eleições 2024 Gerais, Europa - União Europeia | Permalink | Comments (0)
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O Háfiz Ashraf Salimo, Muazin do Masjid Bilal, na Cidade de Maputo, foi alvejado pela PRM - Polícia da República de Moçambique na manhã de hoje, quando se dirigia ao seu local de trabalho (Masjid Bilal). Ele seguia sua rota normal, quando percebeu que havia apoiantes do VM7 - Venâncio Mondlane dispersandos perto do Masjid, vindos do Mercado Estrela Vermelha.
O incidente ocorreu por volta das 10/11 horas da manhã desta quinta-feira, 09 de janeiro de 2025, no cruzamento entre a Avenida Marian Nguabe e Maguiguana, na Cidade de Maputo.
Ele foi socorrido por conhecidos e levado ao Hospital Geral José, onde recebe cuidados. No momento, não podemos informar sobre seu estado de saúde, mas prometemos apurar a situação com mais clareza, Insha'Allah.
In Facebook
Posted on 09/01/2025 at 23:33 in Justiça - Polícia - Tribunais, Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0)
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Plataforma Eleitoral Decide registou 165 mortes resultantes dos protestos em Moçambique, desde 23 de Dezembro até dia 9.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) afirmou que dois polícias foram mortos no distrito de Moma, na província de Nampula, esta quinta-feira, 9.
"Na sequência de atos violentos, dois membros da Polícia da República de Moçambique, saindo do serviço, foram interpelados na via pública e agredidos fisicamente até a morte e os respetivos corpos carbonizados", informou o porta-voz da corporação, Orlando Mudumane, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Pelo menos três pessoas ficaram feridas e outras três pessoas foram detidas em Maputo durante confrontos com a polícia durante a receção de Venâncio Mondlane, disse ainda a PRM, fazendo o balanço das ocorrências registadas durante marchas de recepção de Venâncio Mondlane, após cerca de dois meses de exílio.
Segundo Mudumane, pelo menos cinco viaturas, incluindo uma da PRM, que o porta-voz diz ter sido vandalizada.
O Hospital Central de Maputo confirmou a morte de três pessoas e vários feridos. De acordo com a Plataforma Decide outras seis foram baleadas durante a manifestação de apoio a Mondlane.
O candidato presidencial foi recebido, em Maputo, por uma multidão e fortes medidas de segurança. A polícia acabou por dispersar a multidão com recurso a tiros e gás lacrimogéneo.
Mondlane afirmou que o seu trabalho ainda não terminou, que quer a reposição da verdade eleitoral, apresentando-se como o vencedor das eleições.
A Plataforma Eleitoral Decide avançou esta quinta-feira, 9, números atualizados relativamente aos protestos em Moçambique desde 23 de Dezembro até dia 9. A organização registou 165 mortes, num total de 294 mortes desde o início das manifestações.
A maioria dos óbitos foram registados em Nampula e na Província de Maputo. Neste período, há 250 baleados, num total até ao momento de 604. A Plataforma Eleitoral Decide diz ainda que 187 pessoas foram detidas desde 23 de dezembro. 4218 foram presas desde o princípio dos protestos.
22 pessoas estão desaparecidas, informa a organização não governamental.
VOA – 09.01.2025
Posted on 09/01/2025 at 22:42 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Por Kant de Voronha
O regresso de Venâncio Mondlane (VM7) a Moçambique, após dois meses de uma presença tangencial, mas de forte impacto nas manifestações pós-eleitorais através das redes sociais, tem gerado intensas especulações. A sua jornada de volta ao país, marcada por uma série de gestos carregados de simbolismo, parece ser o início de uma nova etapa na sua carreira política, embora envolta em enigmas e mistérios que pedem explicações mais profundas. Mas seria este o momento de VM7 para assumir o protagonismo, como parece sugerir o título de seu recente showmício no Mercado Estrela Vermelha em Maputo? E o gesto de se ajoelhar no Aeroporto de Mavalane, com uma Bíblia nas mãos, seria apenas um espetáculo ou, de fato, um ato de redenção política, espiritual e social?
O Retorno de VM7: A Reinvenção ou O Recomeço?
A primeira observação que salta aos olhos é o contexto em que VM7 retorna a Moçambique: não se trata de um retorno convencional de um político que deixa o país para obter uma nova formação ou tentar novos rumos profissionais. O seu retorno se dá após uma temporada de intenso ativismo digital, durante a qual se tornou uma das figuras mais visíveis das manifestações pós-eleitorais, particularmente aquelas que ocorreram a partir de suas lives nas redes sociais. Durante o período de 24 de Outubro até o anúncio da Ponta de Lança, a sua liderança digital tornou-se uma espécie de bússola para muitos, indicando que uma mudança na política do país poderia estar à vista. A sua capacidade de mobilizar as massas e suscitar discussões sobre fraude eleitoral e os limites da democracia no país causou tremor nas estruturas políticas estabelecidas, tornando seu nome mais do que um simples símbolo de contestação: uma ameaça em potencial ao status quo.
O regresso de VM7, ocorrido na manhã desta quinta-feira (9/1), no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo, não pode ser visto apenas como o retorno de um exilado político, mas como a materialização de uma aposta na renovação do cenário político moçambicano. O que se segue é um questionamento: será este o momento em que ele, finalmente, vai governar Moçambique? Para responder a esta indagação, é fundamental entender os elementos de sua jornada até o momento, os gestos que marcaram seu retorno e, mais importante, o significado de suas ações.
O Ajoelhar-se em Mavalane: A Bíblia, o Poder e o Povo
O ato de VM7 ajoelhar-se no Aeroporto de Mavalane ao pisar o solo moçambicano, empunhando uma Bíblia nas mãos, foi um momento de grande carga simbólica. Num país onde a religiosidade tem um papel preponderante, especialmente em tempos de crise ou transição, esse gesto não passou despercebido. Não é difícil perceber o que ele procurou representar: a figura do político devoto, que não só se apoia em sua fé para moldar seu destino pessoal, mas que também tenta projetar uma imagem de “Moisés de Moçambique”, o “Salvador esperado”, o “homem do povo” que se submete humildemente às aspirações do povo moçambicano.
Mas, o que está além desse ato de fé aparente? O uso da Bíblia não é trivial. Num contexto onde a luta pelo poder político frequentemente se mistura com a religiosidade, a Bíblia torna-se não apenas um símbolo de consagração divina, mas também de um poder quase messiânico, como aquele que transcende a política tradicional e se conecta diretamente ao imaginário coletivo. Ao ajoelhar-se e empunhar a Bíblia, VM7 estabelece um paralelo com a ideia de redenção — não apenas pessoal, mas também política e social. Ele se apresenta como alguém que não apenas busca salvar a sua imagem, mas também o país, com uma mensagem de moralidade, ordem e justiça, algo que muitos podem ver como uma tentativa de se distanciar de outras figuras políticas que já não gozam da mesma confiança popular.
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Posted on 09/01/2025 at 22:37 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por : Elísio Macamo
O cenário político nacional está cada vez mais interessante, ainda que pelas piores razões. Pessoas que dizem estar a organizar o País andam desavindas e acusam-se de traição. Para alguém como eu que observa de longe (da contenda interna), o que me vem a cabeça é uma pergunta maldosa: como é que pessoas aparentemente incapazes de escolherem os seus aliados vão mesmo organizar o País? Como é que em tão pouco tempo de euforia foram capazes de demonstrar tanta inépcia política? O nosso País está mesmo perdido.
Uma coisa, porém, me parece cada vez mais um cenário interessante. O PODEMOS e o seu líder podem ser os principais vencedores destas eleições e os que tiraram as melhores ilações da crise pós-eleitoral. Isto é em termos de possibilidades para o futuro. Ao contrário de muitos, não vejo como tiro no próprio pé a decisão do PODEMOS de ir ao Parlamento. Há muita maturidade política e sentido de responsabilidade que podem ser auspiciosos para este partido e para o seu líder.
Eles devem ter percebido – espero pelo menos isso – que um País melhor não se constrói com as atitudes, a arrogância, e o desprezo pelas instituições que nos levaram até este ponto. Que sejam acusados de oportunismo material parece-me mais uma descrição de quem assim os acusa, pois nada impede que uma vez no Parlamento eles façam o seu trabalho político. A acusação só terá peso se eles não fizerem nada.
E todo o desafio está aqui. Moçambique andou sempre a brincar de oposição. A RENAMO concentrou-se demasiado nas prerrogativas dos seus membros e reduziu o papel de oposição à acomodação de guerrilheiros que nunca mais acabavam. O MDM conformou-se com o seu papel de partido com ambições locais e todos os outros – que são às dezenas – desperdiçaram o seu talento e potencial com a fragmentação num contexto político em que a união faz a força.
Sempre o disse, e repito-o aqui, os resultados eleitorais – com ou sem fraude – teriam sido diferentes se a oposição não se tivesse fragmentado como o fez neste pleito. Parte da responsabilidade por essa fragmentação é, infelizmente, do candidato independente. Tenho a certeza que a sua prestação teria sido ainda melhor se os outros candidatos da oposição tivessem desistido a favor do apoio a ele.
A Frelimo ganhou, mas não merecia ganhar. O risco agora – que é enorme – é que com a tomada de posse volte ao seu “normal”. A forma como tem vindo a gerir a crise pós-eleitoral mostra claramente que está sem ideias. Ela vai pagar um preço muito alto pela forma como geriu a sucessão e pela sua criminalização. Para alguém da minha geração, o mais chocante quando se olha para a Frelimo hoje é a total ausência, nas suas fileiras, dum “ideólogo”, de alguém com ideias políticas claras, sistemáticas e consequentes, alguém que saiba identificar problemas políticos para formular uma visão.
Posted on 09/01/2025 at 22:30 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por Edwin Hounnou
A soltura de presos em momentos de crise política faz parte do leque de manobras dos regimes antidemocráticos que querem dar a entender que estão sendo vítimas forças externas se serve para intimidar os que apoiam a oposição ou ainda forçar a oposição a manter-se calada para que não seja visitada por esquadrões da morte que, durante a noite, fazem "visitas de cortesia" às casas dos que ameaçam o regime.
A soltura de 1537 prisioneiros, a 25 de Dezembro, enquadra-se na estratégia do filme de longa-metragem que o regime vem ensaiando para amedrontar a oposição e as vozes críticas ao seu regime e, assim, continuar no poder sem qualquer contestações de forma aberta. Esta táctica vem sendo usada por regimes ditatoriais. É um dos últimos recursos dos regimes desacreditados aos olhos dos seus povos na sua derradeira tentativa de se fazer de vítima da "mão externa", como têm propalado.
Quando o regime decide soltar presos têm em vista criar pânico e desestabilização. É uma táctica usada em diferentes momentos da história das sociedades e em diversas partes do mundo por governos ditatoriais que desejam consolidar e perpetuar-se no poder e/ou, então, reprimir e diabolizar a oposição quando esta se mostrar firme e decidida a tomar o poder.
Com a soltura de presos, o governo da Frelimo pretende impingir que se evadiram da cadeia. É mentira. A soltura é, de modo geral, feita quando outras tácticas à montante ensaiadas por órgãos como o STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral), CNE (Comissão Nacional de Eleições) e o Conselho Constitucional, dominados pelo partido no poder, se mostrarem incapazes de parar os ventos de mudanças que sopram.
Na Síria (2011-2012), o governo de Bashar Al-Assad, durante a guerra civil, soltou criminosos violentos e islamistas radicais das prisões. O objectivo da soltura de criminosos era para criar o caos, violações dos direitos humanos e associar esses crimes à oposição a fim de justificar a repressão contra protestos pacíficos, em curso no país. Muitos dos soltos foram se juntar a grupos extremistas, como a ISIS, contribuindo para a radicalização do conflito.
Algo similar houve no Iraque (2003-2006), apôs a invasão dos Estados Unidos. Durante o período de ocupação dos EUA, algumas facções iraquianas foram acusadas de libertar prisioneiros ou de permitir que escapassem para aumentar a instabilidade política. O objectivo era o de provocar o caos a fim de enfraquecer adversários políticos e criar um ambiente onde fosse mais fácil justificar intervenções militares e a repressão policial.
Na África do Sul (1980) do sistema do apartheid, o governo foi acusado de facilitar fugas de prisioneiros para encorajar a violência em áreas residenciais da periferia das grandes cidades. O regime do apartheid criou divisões dentro da oposição, especialmente, nas comunidades negras a fim de justificar a repressão sob o pretexto de restaurar a ordem e tranquilidade públicas.
Posted on 09/01/2025 at 19:30 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 09/01/2025 at 18:10 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 09/01/2025 at 07:41 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 09/01/2025 at 07:32 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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As autoridades formaram um gordão de segurança nas imediações do aeroporto para impedir a massa popular de se aproximar da infraestrutura e receber Mondlane.
Há registo de dois mortos. Um vídeo mostra uma pessoa sendo carregada para dentro de uma ambulância depois de ter sido ferida por uma bala.
Recorde-se que Mondlane anunciou recentemente a sua chegada ao país na manhã de hoje, depois de exilar-se em parte incerta desde 21 de Outubro, a partir de onde liderou manifestações populares visando a reposição da verdade eleitoral.
Entretanto, no recinto aeroportuário estão pessoas mais próximas do candidato, nomeadamente, do seu circuito político e homens de segurança.
Há atiradores posicionados nos telhados da infraestrutura do aeroporto.
MZNews - 09.01.2025
Posted on 09/01/2025 at 07:22 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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ENQUANTO ISSO, OS OUTROS OU RETORNAM ÀS CAUSAS DO POVO, OU OS VERDADEIROS PARTIDOS DE OPOSIÇÃO SAIRÃO DAS SUAS CINZAS
Por: Roberto Júlio Timbana
Percepção ou realidade, o certo é que se consolida no seio de uma grande parcela da sociedade a ideia de que os principais partidos da oposição em Moçambique estão enveredar por um caminho que monta a uma traição das causas do povo, manifesta no seguinte:
1. Abandono da reivindicação da verdade eleitoral como ainda um objectivo fundamental da luta política após a mega-fraude arquitectada pela Frelimo e facilitada pela Comissão Nacional de Eleições, o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral e o Conselho Constitucional nas eleições gerais de 9 de Outubro de 2024.
2. O abandono da exigência de incluir o Venâncio Mondlane, principal candidato presidencial da oposição (que ao que tudo indica ganhou as eleições), do diálogo para a solução da crise política em curso no pais.
3. O abandono da exigência de um diálogo inclusivo de todas as forças políticas e cívicas da sociedade, optando por entrar num fórum de diálogo cada vez mais ilegítimo convocado por um Presidente da República cessante aparentemente apostado em deixar o país em caos total.
4. Tomar parte num parlamento fraudulentamente constituído, e a predisposição para a transferência do diálogo necessário para esse parlamento que se será mais uma vez num “Cube Fechado” sob controlo hegemónico da Frelimo.
5. A exclusão da agenda negocial da questão fundamental da justiça para as pessoas e famílias que foram barbaramente atingidas por violações grosseiras de direitos humanos e perca de vida por consequência de actos que comprovadamente montam a terrorismo de Estado.
No que respeita ao PODEMOS, que se notabilizou no cenário político nacional tomando “boleia” do capital político do candidato presidencial Venâncio Mondlane, considera-se que baixou muito cedo os braços na luta pela verdade e justiça eleitoral. Apesar do ser lesado pela fraude, o PODEMOS não tomou parte activa na organização dos protestos convocados pelo candidato com quem se comprometeu a ombrear na luta política até 2028. Isso facilitou que os protestos pacíficos fossem desvirtuados por ausência de organização de base e por acção de elementos infiltrados e pela diversão das forças de defesa e segurança para justificar a repressão que monta a crimes de terrorismo de Estado.
A Renamo já vinha com um histórico de incompetência política e negociatas com a Frelimo que construiu essa reputação de traição às causas, o mais flagrante tendo sido a abdicação da vitória que obteve em grandes cidades (incluindo Maputo e Matola) durante as eleições autárquicas de 2023. De tal forma que não foi surpresa o descalabro que sofreu durante as eleições gerais de 9 de Outubro de 2024, e o seu afastamento indisfarçado dos protestos que se seguiram. Não é, portanto, surpresa que no esforço de manter a sua relevância no espaço político nacional a Renamo opte por soluções que revelam mais uma vez que o Partido só vê a sua salvação vivendo sob protecção da Frelimo mesmo que seja em troca da traição às causas populares.
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Posted on 09/01/2025 at 06:28 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Hoje, nós vamos falar sobre uma “deserção” muito especial que está acontecendo no exército ucraniano porquê ela se dá em solo francês.
Bom, o que acontece é seguinte: tem um grupo, estou escrevendo aqui acompanhado as notícias de 23[00] soldados ucranianos treinando para formar uma Brigada, essa Brigada vai “lutar” depois na Ucrânia, eles estariam em Marne na França, o nome da Brigada é «Ana Kiev» é homenagem a uma Princesa ucraniana que casou-se com o Rei Henrique I da França.
Agora, como é que é o treinamento dessa Brigada? A Brigada têm +– 45[00] homens, isto é, 23[00] treinam na França e o restante treina na Ucrânia. Esses 23[00] que estão treinando na França são treinados por “militares franceses” eles têm a 'supervisão' lógico dos seus superiores; Oficiais e Sargentos são cerca de [300] Oficiais e Sargentos que enquadram esse pessoal, “fazem tradução” e uma série de coisas. Quer dizer, você manda uma tropa para exterior, também você manda alguns Comandantes que é para manter a organização, hierarquia, disciplina etc.
Só que, o que acontece é o seguinte: está bastante “rumoroso” esse caso, está circulando na imprensa, porquê parece que teve + de [50] “deserções” em solo francês e o que acontece é que as autoridades francesas ficam numa “sinuca de bico”, porquê na verdade é um “crime” de outro país. Eu não sei como é que os ucranianos estão tratando as “deserções”, se eles estão tratando como “crime”, por exemplo, aqui em Moçambique é “crime”, mas lá é uma coisa bastante complicada a “jurisdição francesa” fica num “terreno pantanoso” nessa história porquê tem gente que diz não dá para prender o pessoal.
Repare, se aconteceu realmente, se tem esse número de [50] “desertores” é uma coisa bastante complicada, porquê numa Brigada de 23[00] homens você ter [50] “deserções” é quase 2% em solo estrangeiro principalmente além do “escândalo” é uma coisa bastante alta.
Mas, o quê que acontece: esse pessoal, pessoal jovem que foi “recrutado” agora é o que eu digo sempre, uma frase que eu uso sempre porque é da época da guerra do Vietnam; 'ninguém quer ser o último a morrer numa guerra já pedida'. Todo o mundo sabe quê a Ucrânia está “nas cordas” dessa guerra, provavelmente o Trump vai querer acabar com essa guerra eles esperam as negociações, logo na lógica das pessoas: “porquê que eu vou morrer com uma coisa que já não faz mais sentido!”
E…é assim, se for verdade mesmo, porquê há “investigações” tem gente na Ucrânia que nega, é aquela coisa de sempre, mas se for verdade mesmo já é um “sinal muito mau” de que o exército ucraniano pode estar próximo a uma “desagregação” é difícil saber. Agora, se tem uma coisa quê a Ucrânia “provou” eu sempre falo aqui para vocês:
Primeiro que é o 'melhor exército' que a NATO teve, eu não tenho menor dúvida disso!
Posted on 08/01/2025 at 23:54 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 08/01/2025 at 22:51 in Eleições 2024 Gerais | Permalink | Comments (0)
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A explosiva situação que se vive em Moçambique, bem como o anúncio do regresso ao país, amanhã, de Venâncio Mondlane (principal líder político da revolta popular de contestação aos resultados eleitorais de Outubro), motivaram um apelo de diversas personalidades da Lusofonia a Marcelo Rebelo de Sousa que, dizem, temem pela sua segurança do candidato da oposição de Moçambique.
Eis o apelo dirigido ao Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, subscrito por William Afonso Tonet, Paulo de Morais, Ana Gomes, Fernando Nobre, Henrique Neto, João Soares, Léo Silva Alves e Orlando Castro:
«Na próxima quinta-feira, dia 9, regressa a Moçambique o líder da oposição e candidato presidencial Venâncio Mondlane, que se ausentou do país por questões de segurança e em resultado da instabilidade política, social e militar provocada pela não aceitação dos resultados eleitorais.
«Considerando essa instabilidade, na perspectiva de que Venâncio Mondlane possa ser também um factor de estabilização, de pacificação e de reconciliação nacional, importa apelar às autoridades moçambicanas que garantam a sua segurança.
Os subscritores acreditam que o Presidente da República, a Assembleia da República, bem como o Governo, em representação de todos os cidadãos portugueses, podem e devem desempenhar nesta altura crucial para os nossos irmãos moçambicanos, o papel de moderador e de estímulo ao diálogo entre as partes.
«Em Democracia, todos somos convocados ao dever cívico, assente numa cidadania activa e responsável, de ajudar Moçambique a encontrar a via do diálogo e da aceitação das regras basilares de um Estado de Direito e Democrático.
«Presentemente os moçambicanos enfrentam uma devastadora situação de pré-guerra civil que nos impõe o dever cívico de tudo fazermos para evitar um desastre de enorme envergadura.
«O apelo geral da sociedade portuguesa, através nomeadamente dos seus representantes políticos, é uma obrigação indeclinável, que as circunstâncias actuais não só legitimam, como indiciam ser decisiva.»
In https://jornalf8.net/2025/regresso-de-mondlane-motiva-apelo-a-marcelo/
Posted on 08/01/2025 at 22:39 in Eleições 2024 Gerais, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Os cidadãos da cidade de Maputo estão a viver dias de verdadeiro calvário para irem trabalhar e para regressar às suas casas. Motivo: Filipe Nyusi mandou encerrar todas as vias que dão acesso à Presidência da República e à Ponta Vermelha. Desde que se iniciaram as manifestações contra a fraude eleitoral, a Casa Militar decidiu bloquear todas as vias que passam pela Presidência da República e Ponta Vermelha. Os bloqueios estão em todas as ruas e avenidas que vão dar a Julius Nyerere. Foi criado um cordão de segurança absolutamente insano que no lugar de dar segurança a Filipe Nyusi está a trazer indignidade aos cidadãos e ao Estado.
O bloqueio começa no cruzamento entre as avenidas Julius Nyere com a avenida Mao Tsé Tung nos escritórios do Provedor da Justiça, intercessão entre as avenidas Julius Nyerere com a avenida Kwame Nkrumah, na residência oficial da Presidente da Assembleia da República. No cruzamento da avenida Julius Nyerere com a avenida João de Barros que vai dar à sede dos Serviços Secretos. Na continuidade da intercessão do nó entre as avenidas António Bocarro e Damião de Giós que sai pela embaixada da França.
Está também bloqueada a zona de intercessão da Praça do Destacamento Feminino logo depois da embaixada da França, condicionando o funcionamento de um banco e de um famoso restaurante. A partir da Praça do Destacamento Feminino está bloqueado o início da Rua José Craveirinha que via dar a rotunda do South Beach /Radisson. Está também bloqueada a Rua 1253 que começa nos semáfaros da Praça do Destacamento Feminino e se prolonga até à marginal por detrás da Presidência da República. Também está bloqueada a Rua Bernabé Thawé que dá acesso à residência oficial do embaixador do Brasil e do Rwanda, que é a estrada que separa pela Julius Nyerere, o terreno da Presidência da República e o Gabinete do Protocolo do Estado na zona da antiga televisão Miramar. Na zona da Ponta Vermelha, está bloqueada a rua do Farol que passa pelo viaduto, logo depois do Ministério da Defesa.
O Canal de Moçambique fez hoje uma experiência. Do Restaurante da Costa do Sol até à Praça do Destacamento Feminino, normalmente é um troço fazível em 10 minutos. Mas os automobilistas estão a levar três a quatro horas. Do Destacamento Feminino até à Praça dos Combatentes, vulgo "Xiquelene" que normalmente se faz em 5 minutos, agora são necessárias duas ou três horas.
CANALMOZ - 08.01.2025
Posted on 08/01/2025 at 20:37 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Número de políticos assassinados em Moçambique continua a crescer. Descoberta vala comum com 8 corpos. "Qualquer indivíduo da oposição que tenha liderado manifestações tem de fugir", diz João Feijó.
Em três dias, três membros do maior partido da oposição moçambicana foram assassinados, ao mesmo tempo que se torna conhecida a descoberta de uma vala comum com oito corpos, aumentando assim o número de políticos do Podemos (Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique) mortos desde as eleições de 9 de outubro.
Na sexta-feira, Abdul Bacar, o chefe de mobilização do Podemos em Montepuez, Cabo Delgado, foi baleado por volta das 19h00 quando conversava com a namorada à frente da casa desta, por dois homens. Abdul morreu no local, mas a mulher, que também foi atingida e levada para o hospital, sobreviveu. Esta morte veio preocupar ainda mais o delegado provincial do Podemos, Singano Assane que, em declarações à TV Miramar disse que os últimos dias têm sido marcados por terror entre os apoiantes do partido e de Venâncio Mondlane, o candidato presidencial até aqui apoiado pelo Podemos e que tem liderado a contestação aos resultados eleitorais.
Abdul Bacar foi o quinto membro sénior do Podemos a ser baleado desde as eleições de 9 de outubro, assinala, no X, Zenaida Machado da Human Rights Watch (HRW) em Moçambique. A investigadora da reputada organização não governamental recorda as mortes de Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane e de Paulo Guambe, mandatário do Podemos, ainda a 19 de outubro para referir que “os assassinatos políticos são um problema grave em Moçambique” e que “a HRW documentou vários outros casos no passado”. Zenaida Machado sublinha ainda que “os autores de todos os outros assassinatos continuam a gozar de impunidade”.
OBSERVADOR(LX) – 08.01.2025
Posted on 08/01/2025 at 20:19 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Por Rodrigo Saraiva
Os democratas devem exigir, sem ambiguidades, que Mondlane possa regressar em segurança ao país natal. Nenhum outro cenário é tolerável. E o povo deve marcar presença, de forma ordeira e pacífica.
Como se não chegassem as sangrentas incursões armadas em Cabo Delgado e o flagelo dos raptos, temos agora uma gravíssima crise política, marcada pela violenta repressão policial dos protestos populares, legítimos e pacíficos, contra a fraude e a manipulação das eleições de 9 de outubro passado.
As fraudes eleitorais não são, infelizmente, novidade no país. Contudo, desta vez, foram ainda mais grosseiras. Ou mais denunciadas. O regime anunciou resultados que a Frelimo nunca antes tinha alcançado, como a alegada vitória em todas as províncias, com proporções de 80% para 20% em algumas.
Além do bloqueio à participação da CAD (partido que sustentava Venâncio Mondlane) nas legislativas, houve diversas irregularidades documentadas, começando pela própria organização dos cadernos de recenseamento. A missão de observação da União Europeia revelou que vários dos seus 179 observadores foram impedidos de acompanhar o processo em distritos, províncias e até a nível nacional. Qualquer semelhança com um escrutínio realmente democrático seria pura coincidência, se tivesse ocorrido. Mas nem isso ocorreu.
O desfasamento entre o poder político moçambicano – monopolizado há meio século pela Frelimo – e as aspirações da população do país, composta em larga maioria por jovens que não viveram o período colonial nem a devastadora guerra civil que durou década e meia, entre 1977 e 1992, tornou-se inegável.
A Frelimo, na prática, deixou de representar os moçambicanos. Tornou-se uma força de bloqueio dentro do próprio país, cultivando o nepotismo e a corrupção. Nada de surpreendente. É geralmente o que acontece nos países onde os partidos de regime se perpetuam sem fiscalização nem contraditório. Funcionam em circuito fechado. Tornam-se indiferentes às aspirações do povo. Tornam-se surdos à voz da rua.
Não custa perceber este divórcio entre a população e a casta dirigente de Maputo. As estatísticas são bem reveladoras dos contrastes entre uma elite que enriquece à custa de um povo que vive cada vez mais pobre e sem perspectivas de futuro. Apesar das suas imensas riquezas naturais, Moçambique figura em 185.º lugar entre 189 países no índice de desenvolvimento humano e na 107.ª posição, entre 127, no índice de fome global. Quase dois terços da população – 62,9% – vive abaixo do limiar da pobreza.
Tudo isto evidencia um facto que já nenhuma propaganda pró-governamental consegue encobrir. O povo moçambicano perdeu o medo. Protesta, reclama, exige, reivindica. Quer pão e água potável, quer paz e liberdade. Quer hospitais, escolas, estradas. Quer trabalho. Aspira a uma vida melhor, promessa que a Frelimo atraiçoou sujeitando o país a experiências devastadoras. Começando pelo regime marxista-leninista dos anos pós-independência, com os seus campos de “reeducação”, a supressão de vozes dissidentes e a destruição do tecido económico do país, e terminando, hoje, num capitalismo de Estado de que se serve para alimentar as suas clientelas.
Esta semente totalitária permanece hoje sob outras formas, mais refinadas, mas não menos inaceitáveis. Incluindo a instrumentalização das forças de segurança para silenciar protestos. E o recurso, em casos limite, ao assassínio político. Como se comprovou em Outubro, com as mortes violentas de Elvino Dias e Paulo Guambe, colaboradores muito próximos de Venâncio Mondlane, o principal candidato presidencial da oposição. Quando a força da razão está ausente, impera a razão da força. À lei da bala, se for preciso.
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Posted on 08/01/2025 at 16:57 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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As relações entre o candidato presidencial Venâncio Mondlane e o Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) parecem estar a desatar-se. Isto se deve à pretensão madrugadora do partido em tomar posse como o principal da oposição da X legislatura.
Em carta aberta, datada de 07 de Janeiro, a que o MZNews teve acesso, o candidato presidencial Venâncio Mondlane estipulou o prazo de três dias para o PODEMOS se pronunciar sobre questões constantes do acordo de Manhiça, de 21 de Agosto de 2024.
Mondlane se refere a pontos do acordo que constituem os seus direitos, tal como consta do Acordo de Manhiça, de 21 de Agosto de 2024, a que consultamos.
A alínea d) e o n.5 a que se refere o candidato presidencial na sua questão não nos foi possível identificar como tal, dado que na continuação do texto, na página 6 as alíneas que se seguem são a) e b) e o número 8.
“Solicitamos que a resposta sobre a pergunta acima nos fosse dada no prazo de tres dias … e de forma pública como foram os pronunciamentos dissonantes com o espírito do acordo” lê-se na carta de Venâncio Mondlane.
O candidato presidencial adverte que “a falta de resposta no tempo apresentado será interpretada como desinteresse do PODEMOS no cumprimento das questões colocadas”.
Mondlane entende que o PODEMOS deve adiar para a “alvorada” a tomada de posse dos deputados, como forma de demostrar o seu compromisso moral e dever político para com o povo, até porque muitos commpatriotas tombaram na luta pela reposição da verdade eleitoral.
Posted on 08/01/2025 at 12:46 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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9 de janeiro de 2025. O dia que vai marcar a virada da história de Moçambique. Ou será que será apenas mais um capítulo no teatro de horrores encenado por aqueles que, de forma insidiosa, se perpetuam no poder?
Venâncio Mondlane, o incansável VM7, retorna não como um mero líder político, mas como o martelo de justiça que irá esmagar a falsa serenidade do regime. Ele chega não para dialogar com os opressores, mas para mostrar, de forma contundente, que o povo não vai mais engolir as mentiras, nem se curvar diante das balas da repressão!
O regime, aquele que abusa do poder para calar as vozes dissonantes, está prestes a sentir o peso da verdade. E que verdade é essa? A verdade dos assassinatos, das mortes a sangue frio, das perseguições implacáveis de quem ousou levantar a voz. A verdade das valas comuns, onde caem os corpos de quem foi silenciado, de quem foi apagado da história pelos tentáculos da polícia e das forças de segurança. Essas mãos que, ao invés de proteger, enterram vivos os sonhos de um povo.
VM7, durante sua ausência, liderou o clamor de um país esfomeado de liberdade. As manifestações pós-eleitorais não foram apenas protestos; foram gritos de quem não aguenta mais. O povo de Moçambique não mais aguenta o sufoco do medo, da censura, da violência. Ele se ergue, com as cicatrizes da opressão, e exige justiça! E quem ousa calar o grito do povo? A resposta é simples: o regime! Que jamais se esqueça que a justiça, embora demore, nunca falha.
O regime tentou esconder suas sujeiras, jogando corpos nas valas, assassinando a dignidade de tantas mães, pais, filhos e filhas. Mas não conseguirão mais manter o jogo sujo em segredo. O regresso de VM7 não será um simples espetáculo político. Será a explosão de uma verdade que não pode mais ser abafada. Será o momento em que o regime enfrentará a realidade nua e crua: o povo não está mais com medo.
O que o regime não percebeu, ou talvez tenha ignorado por tanto tempo, é que o povo não se cala, não se submete. Em cada rua, em cada bairro, há uma centelha de revolução pronta para incendiar as estruturas que sustentam essa mentira. E quem será o primeiro a cair? O regime, que matou, torturou e fez do país um cemitério de esperança.
No dia 9 de janeiro, VM7 chega para representar todos aqueles que não puderam estar lá para lutar. Para dar voz àqueles que foram calados. Para enfrentar de frente quem se esconde nas sombras do poder. Chega o dia de enterrar a hipocrisia e erguer a bandeira da verdade, da justiça e da liberdade. Porque, em Moçambique, o que o regime chama de poder, nós chamamos de opressão. E essa opressão está com os dias contados.
Preparem-se. O teatro do poder vai desabar, e quem estiver de joelhos, vai se levantar. A revolução chegou para limpar a sujeira do regime! (Dedos D’eus)
INTEGRITY – 08.01.2025
Posted on 08/01/2025 at 12:37 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 08/01/2025 at 12:24 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 08/01/2025 at 12:01 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Por: Luís Munguambe Junior
Há uma tragédia em Moçambique que não é causada pelas cheias que afogam vidas, nem pelas secas que transformam sonhos em pó. É uma tragédia humana, fabricada e sustentada por mãos que se dizem patrióticas, mas que sangram a nação até ao último suspiro. Tem uma assinatura clara: FRELIMO. Este partido, que se veste de libertador, é na verdade um carrasco que aperta o jugo no pescoço de um povo que já não respira, mas sobrevive. Falam-nos de democracia. Que democracia é esta onde as urnas não contam votos, mas fraude? Onde as eleições são peças teatrais com um desfecho previamente escrito? Onde opositores não são adversários legítimos, mas inimigos a serem eliminados? Moçambique não é governado; é possuído. Não há líderes, há senhores feudais que tratam o país como uma propriedade privada, repartindo terras, recursos e vidas entre si, enquanto o povo é deixado com promessas vazias e bolsos rasgados.
Prometeram liberdade, mas entregaram-nos à obediência cega. Canta-se a igualdade enquanto se ergue um muro entre a elite insaciável e as multidões que morrem de fome e sede. Nos gabinetes refrigerados do poder, o país é vendido pedaço a pedaço, em contratos secretos que asseguram que os lucros do gás, do carvão e da madeira preencham os cofres dos que já têm tudo, deixando o povo com migalhas. A propaganda diz-nos que o país está a crescer. Mas crescer para quem? O cidadão comum enfrenta inflação galopante, salários que envergonham, escolas que são ruínas e hospitais que mais parecem câmaras de tortura. O desemprego devora os jovens, que perdem os melhores anos da sua vida à procura de algo que nunca chega. A saúde pública é uma sombra do que deveria ser; as mães perdem filhos por falta de médicos, medicamentos e dignidade.
E onde está a paz de que tanto falam? Nas zonas mais remotas, as armas nunca se calam. Há guerra, há deslocados, há crianças sem infância e adultos sem futuro. E quem fala disto? Não a FRELIMO, que silencia qualquer voz dissonante. Jornalistas desaparecem, ativistas são perseguidos, e a censura, subtil mas implacável, enreda a verdade em camadas de mentira. A ditadura já não precisa de tanques nas ruas; basta-lhe o medo.
Mas até o medo tem limites. Os moçambicanos já provaram que têm resiliência, que têm força. Resistiram ao colonialismo, resistiram à guerra civil, resistem todos os dias à fome e à miséria. Esta é uma luta contra um opressor disfarçado, que se esconde atrás de slogans e hinos, mas que é apenas mais uma face da exploração. O povo já mostrou vigor e coragem. A resistência não pode continuar a ser desperdiçada em protestos que acabam em nada. Se é para tomar uma posição, que se tome o poder onde ele importa. Os ministérios que ditam políticas opressoras, os escritórios onde se assinam as sentenças de um povo condenado à pobreza. Os manifestantes não podem continuar a destruir infraestruturas privadas que, muitas vezes, são o único sustento de famílias. Se é para destruir algo, que sejam os símbolos da opressão: edifícios públicos que representam a má gestão, a corrupção e o desprezo pelo povo.
E os polícias? Esses que juraram proteger o povo, mas se transformaram em armas nas mãos do regime? Atiram para matar, sem hesitação, sem compaixão. Ceifam vidas como se fossem ervas daninhas, esquecendo-se de que o uniforme que vestem deveria ser uma extensão da justiça, e não da repressão. Esses também são vítimas da máquina, mas não têm o direito de virar as costas ao povo que deveriam defender. O povo já não pode esperar que a salvação venha de cima. É hora de perceber que o poder está nas suas mãos, que o regime é apenas um castelo de cartas, sustentado pelo medo e pela desinformação. Quando o povo decidir que chega, o regime cairá, não por vontade própria, mas porque a força da justiça é imparável.
A FRELIMO, esse império de mentira e opressão, já esgotou a paciência de uma nação inteira. Que a sua queda seja o início de uma nova história, onde o povo, e não uma elite gananciosa, seja finalmente o verdadeiro dono de Moçambique. O destino do país não está nas promessas vazias de quem governa, mas na coragem de quem resiste. Que venha o dia em que a verdade destrua as ilusões e o povo se levante para reivindicar o que é seu.
Posted on 08/01/2025 at 11:44 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Atenção! Não confunda idoso com velho. Idosa é uma pessoa que tem bastante idade, velha é aquela pessoa que “pensa” que já sabe tudo, que “pensa” que já conhece e que não precisa + aprender. Idosa é uma pessoa com [70] anos de idade, [80] anos de idade; velho você pode ser e eu também com [20] ou [30] anos de idade, [60] ou [70] anos.
E, então o “grande perigo” das nossas Universidades hoje no país não é de ficarem idosas, mas é sim de ficarem velhas, aliás as principais Universidade do país UEM, UP, ISPU,UJC,ACIPOL, ISEDEF,AMMSM, UC que são as primeiras formas que têm + de [50], [30], [20] e [10] anos de história correram em vários momentos e ainda correm “um risco” não de ficarem idosas, mas de ficarem velhas.
Mas, qual é a “diferença” repito entre o idoso e o velho? O velho é aquele que “pensa” que já sabe tudo, é aquele que “pensa” que já está pronto. Repare em português há uma palavra emprestada do latim que se usa em francês, se usa em espanhol e se usa em inglês mm português, nós usamos com frequência a palavra perfeito. Perfeito, como sabem os que estudaram o latim significa feito por completo, feito por inteiro, ou seja, concluído.
Por isso, 'cuidado' Universidades moçambicanas porquê uma Universidade “envelhece” quando os homens e as mulheres que neles “representam e actuam” consideram quê o que fazem é perfeito, quer dizer, já está feito por completo, feito por inteiro e… “basta reproduzir”.
Repare, nós vivemos num mundo hoje em que há uma “veloz mudança” nos modos de fazer, “de pensar” e de actuar, qual é o grande risco disso? É, nós ficarmos satisfeitos ou satisfeitos e a satisfação muitas vezes paralisa, adormece e entorpece.
Guimarães Rosa, escritor brasileiro já falecido dizia e é verdade: “o animal satisfeito dorme”. A satisfação nos “conduz” muitas vezes ao um estado perigoso de tranquilidade, tanto que, a primeira grande 'virtude' de um professor universitário é que ele tenha “insatisfação positiva”, ou seja, que ele ou ela “não se contentem” em saber apenas o que já sabe, em ensinar apenas no modo como já ensina, em formar na maneira como forma.
Albert Hanstan, um das grandes alemãs da história que “ganhou inclusive” a cidadania norte-americana é autor de uma frase inolvidável que diz assim: “tolice é fazer as coisas sempre da mesma forma e esperar resultados diferentes”. Traduzindo em outras palavras; tolice é fazer as coisas sempre da mesma forma e aguardar resultados diferentes.
Quer isto dizer, que nós Universidades moçambicanas, precisamos “separar” como professores e professoras do nosso dia-a-dia à possibilidade de sermos velhos e tolos, nós precisamos ser “sábios idosos”, por isso, para que sejamos eu e você, um “idoso sábio” e não um “velho tolo” é preciso quê tenhamos uma 'virtude' junto com a anterior, a anterior como sendo uma “insatisfação positiva”.
É evidente, quê a segunda 'virtude' que não é teologal, ela é pedagógica; a segunda grande 'virtude' pedagógica é a “humildade”, repare que a “humildade” é diferente da “subserviência”, uma pessoa “subserviente” é aquela que se curva com qualquer facilidade.
Continue reading "Universidades velhas, Universidade idosas [Elementos de Autocrítica]" »
Posted on 08/01/2025 at 11:39 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Leia aqui
Posted on 08/01/2025 at 11:23 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A população da vila de Macomia acusa militares das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas de estarem a assaltar, agredir e matar comerciantes locais que têm ido ao posto administrativo de Mucojo comprar peixe.
Um correspondente do Ikweli em Macomia confirmou que na última segunda-feira (6), pelo menos, um cidadão que em vida respondia pelo nome de Dremane Andinane foi morto na aldeia Cherico, também conhecida por antena ou então pedreira [local onde era retirada pedra para a fábrica de cimentos localizada em Mieze], e o seu dinheiro, na ordem dos 210.000,00Mt (duzentos e dez mil meticais) ficou com os militares.
“Estes militares que estão a fazer essas coisas estão na estrada que vai da vila de Macomia ao posto administrativo de Mucojo, ali na antena”, anota uma das nossas fontes em Macomia, que explica que “também, na segunda-feira agrediram brutalmente um senhor que ia a Mucojo comprar peixe. Este senhor estava com a mulher e o filho. Eles [os militares] ficaram com os 95.000,00Mt (noventa e cinco mil meticais) que ele tinha”.
Igualmente, ficamos a saber das nossas fontes que “eles levaram ele para o quartel, bateram nele que nem os braços conseguia mexer. Chegou aqui na vila [depois de a família ir reivindicar] na terça-feira (7) e foi levado de ambulância para Pemba, porque está muito mal”.
IKWELI - 08.01.2025
Posted on 08/01/2025 at 10:56 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Está instalada a polémica no Tribunal Supremo (TS). Tudo porque a Directora de Documentação, Edição Judiciária e Biblioteca do TS, Denise Catarina constatou elevadas incongruências no Acórdão de validação e Proclamação dos resultados eleitorais de 09 de Outubro de 2024 anunciados pela Presidente do Conselho Constitucional (CC), Lúcia Ribeiro, que contra todas as expectativas e reclamações que paralisaram o País por mais de três meses e mais de 280 mortes, acabou declarando a Frelimo e o seu candidato presidencial Daniel Chapo como vencedores.
Entretanto, nos últimos dias, por meio de um vídeo altamente partilhado e debatido em diferentes círculos, a Directora de Documentação, Edição Judiciária e Biblioteca do TS, Denise Catarina, revelou fortes incongruências e violação de pressupostos jurídicos extremamente preocupantes.
“Desta vez eu me dirijo aos membros do Conselho de Estado que é um órgão político de consulta do Presidente da República e cuja composição está escrita no artigo 163 da CRM (…) há um vídeo que Venâncio Mondlane explica porque que apesar de terem sido identificado que 60% do material estava fraudado, havia 40% aproveitados. Das 27 mil existentes no País, 16 mil eram aproveitáveis, onde Venâncio Mondlane ganharam com 53% (…) a Lei 15/2024, de 23 de Agosto, portanto, uma Lei que aprovado e publicado no Boletim da República (…)”, explica Denise Catarina.
Denise Catarina citando as Leis disse que “não faz sentido que o CC tenha proclamado Daniel Chapo como vencedor, uma vez que ele não foi o candidato escolhido pelo povo, ademais, a Lei utilizada para proclamar Daniel Chapo como vencedor foi a Lei revogada e não a Lei em vigor, uma situação inadmissível segundo ela entende.
Em reacção, o TS através do Gabinete do Presidente, Adelino Manuel Muchanga emitiu um comunicado distanciando-se das declarações da “Senhora Denise Catarina” e avançando que medidas cabíveis serão tomadas para preservar a imagem da instituição e reitera no documento “o seu compromisso de respeito pelas decisões dos outros órgãos de soberania.”
O TS afirma que respeitam os mandatos constitucionais de outros órgãos do Estado, como a Assembleia da República e do Conselho Constitucional (CC). Assim como, os Tribunais, por sua natureza, como órgãos de composição de litígios, incluindo em matéria eleitoral, devem ser equidistantes em relação a questões políticas. Aliás, não é por acaso que os magistrados e oficiais de justiça e assistentes de oficiais de justiça estão vinculados ao dever de não proferir declarações de carácter político-partidário, como resulta do artigo 37 do Estatuto dos Magistrados Judiciais, aprovado pela Lei n° 7/2009, de 11 de Março (EMJ), do artigo 24, n° 3, do Código de Ética dos Magistrados Judiciais aprovado pela Deliberação n° 8/CSMJ/P/2022, de 13 de Maio.
Contudo, o caso está a levantar fortes debates no seio da sociedade moçambicana e ao nível do Tribunal Supremo (TS), uma vez que o mesmo judiciário traz elementos de não ser partidarizado é o mesmo que recentemente esteve a mandar bloquear contas do candidato Venâncio Mondlane sem que tivesse um mandado judicial contra o mesmo e que devido à trapalhice que se verificou o próprio Adelino Muchanga veio desmentir que Mondlane era processado.
Ademais, sabe-se da relação comercial e de familiaridade existente entre algumas figuras judiciárias do topo com altos membros do partido Frelimo e que compõem o Governo, razão pela qual, os pronunciamentos e a posição de Denise Catarina estão a ser enquadradas por certos sectores do TS como mecanismo de autodefesa de Adelino Muchanga e alguns juízes para a renovação de funções nos próximos meses com a tomada de posse de Daniel Chapo, candidato do partido Frelimo. (Omardine Omar)
INTEGRITY – 07.01.2025
Posted on 07/01/2025 at 23:15 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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(VENÂNCIO MONDLANE: o vencedor das Eleições Presidenciais de Moçambique de 2024)
As Eleições de 9 de Outubro de 2024, em Moçambique, culminaram com a (aparente) queda do regime da FRELIMO que já se arrasta desde 1975, com três Presidentes da República que nada fizeram senão ROUBAR e DESTRUIR Moçambique e o Povo. Mais: estas Eleições constituiram uma VIGARICE nunca vista por parte da FRELIMO com Boletins de Voto falsificados “à boca das Urnas” e que acabariam por marcar o fim de um ciclo brutal no nosso País já de si pelas “ruas da amargura”, com Filipe Nyuse e seus “materalhas” no “poleiro” desde 1975. Praticamente todo o Povo Moçambicano de Norte a Sul do País há muito que esperava por este resultado e o fim de um sofrimento — e não o começo de um capítulo ainda mais sombrio, em consequência das circunstâncias posteriores que foram registadas um pouco por toda a parte, em Moçambique, fruto das manifestações descontroladas e de violentas destruições por parte do Povo revoltado que ficou com os resultados anunciados pelo Conselho Constitucional de triste memória...
Moçambique, durante 50 anos marcada pela vigarice, pelo roubo, pelo tráfico de droga, pelo índice assustador dos Impostos, da falta de Emprego, de uma deficiente e não menos lastimosa Saúde, de um Ensino nada condigno, a todos os níveis, pela insegurança, pelo «limiar da pobreza» de mais de 80% do Povo Moçambicano, pela FOME, pela falta de Emprego e de Horizontes e ainda pelo dinheiro desviado dos nossos (des)governantes para paraísos fiscais, pela política de «uma mão lava a outra», pela repressão, pela violência da PRM e do seu comandante em chefe, além do favoretismo que sempre existiu entre os amigalhaços “Metralhas” da FRELIMO em detrimento do seu próprio Povo, está agora diante de um Futuro incerto, por causa dos resultados aldrabados de Votos a rondar surrealisticamente os 70% de votantes no Partido FRELIMO — como “eles” anunciaram pela “voz” do Conselho Constiticional, com a nomeação do candidado Daniel Chapo para Presidente da República de Moçambique, foi/é de “bradar aos céus” e representou a «gota de água no copo» que o fez transbordar...
O que inicialmente poderia ser visto FINALMENTE como uma Vitória para a Democracia e para a Liberdade para Moçambique e para o seu Povo, a verdade é que está a ser/foi eclipsado por uma ascensão ainda mais perigosa de forças dos frelimistas, que insistem em continuar a tomar o Poder, com os “Metralhas” à frente, impondo uma nova realidade no País... como senão lhe chegasse 50 anos de “poleiro”, com a bréca!!...
Posted on 07/01/2025 at 20:31 in Afonso Almeida Brandão, Eleições 2024 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 07/01/2025 at 19:51 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Por: Elisio Macamo
O cenário político nacional está cada vez mais interessante, ainda que pelas piores razões. Pessoas que dizem estar a organizar o País andam desavindas e acusam-se de traição. Para alguém como eu que observa de longe (da contenda interna), o que me vem a cabeça é uma pergunta maldosa: como é que pessoas aparentemente incapazes de escolherem os seus aliados vão mesmo organizar o País? Como é que em tão pouco tempo de euforia foram capazes de demonstrar tanta inépcia política? O nosso País está mesmo perdido.
Uma coisa, porém, me parece cada vez mais um cenário interessante. O PODEMOS e o seu líder podem ser os principais vencedores destas eleições e os que tiraram as melhores ilações da crise pós-eleitoral. Isto é em termos de possibilidades para o futuro. Ao contrário de muitos, não vejo como tiro no próprio pé a decisão do PODEMOS de ir ao Parlamento. Há muita maturidade política e sentido de responsabilidade que podem ser auspiciosos para este partido e para o seu líder.
Eles devem ter percebido – espero pelo menos isso – que um País melhor não se constrói com as atitudes, a arrogância, e o desprezo pelas instituições que nos levaram até este ponto. Que sejam acusados de oportunismo material parece-me mais uma descrição de quem assim os acusa, pois nada impede que uma vez no Parlamento eles façam o seu trabalho político. A acusação só terá peso se eles não fizerem nada.
E todo o desafio está aqui. Moçambique andou sempre a brincar de oposição. A RENAMO concentrou-se demasiado nas prerrogativas dos seus membros e reduziu o papel de oposição à acomodação de guerrilheiros que nunca mais acabavam. O MDM conformou-se com o seu papel de partido com ambições locais e todos os outros – que são às dezenas – desperdiçaram o seu talento e potencial com a fragmentação num contexto político em que a união faz a força.
Sempre o disse, e repito-o aqui, os resultados eleitorais – com ou sem fraude – teriam sido diferentes se a oposição não se tivesse fragmentado como o fez neste pleito. Parte da responsabilidade por essa fragmentação é, infelizmente, do candidato independente. Tenho a certeza que a sua prestação teria sido ainda melhor se os outros candidatos da oposição tivessem desistido a favor do apoio a ele.
A Frelimo ganhou, mas não merecia ganhar. O risco agora – que é enorme – é que com a tomada de posse volte ao seu “normal”. A forma como tem vindo a gerir a crise pós-eleitoral mostra claramente que está sem ideias. Ela vai pagar um preço muito alto pela forma como geriu a sucessão e pela sua criminalização. Para alguém da minha geração, o mais chocante quando se olha para a Frelimo hoje é a total ausência, nas suas fileiras, dum “ideólogo”, de alguém com ideias políticas claras, sistemáticas e consequentes, alguém que saiba identificar problemas políticos para formular uma visão.
Posted on 07/01/2025 at 19:23 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Todas as estradas que vão dar à presidência estão bloqueadas pela policia, tropa e até uma máquina de guerra (bindado) em plena av Julius Nyerere.
Estão criar o caus no trânsito.
Já não basta quando eles do governo queren passar nos chutaren das das ruas con os seus batedores?
Estamos a sofrer há mais de uma semana.ruas fechadas
da retunda do Glória mall ao destacamento feminino.
Do naval à retunda do gloria mall 1 faixa fechada.
A subida vinda do naval que vai dar ao destacamento femenino.
Keneth khaunda da CNE ao destacamento femenino
E por último e mais ridículo um blindado na J. Niyerere. No semáforo do hotel Polana.
A zona trazeira da presidência tem até barricadas de sacos de areia com tropa de arma em punho armada até aos dentes.
É para matarem a quem?
Por acaso fomos invadidos por algum exército inimigo e os jornalistas ainda não sabem?
Essa gente tem mêdo de quem?
Do povo que lhes elegeu?
Moçambicanos, parem de achar tudo normal.
Não podenos ser pisoteados assim nos nossos direitos. Abram as esrtradas.
Quem tem mêdo, que vá para lá onde mandam o dinheiro que roubam do povo, escondam-se lá.
Mas deixem -nos circular nas nossas vias que já são tão poucas e debilitadas.
Ps. Av do Zimbabwe cruzamento com kim il sung, já tem 2 buracos grandes tds dias entram lá carros....
Posted on 07/01/2025 at 18:20 in Defesa - Forças Armadas, Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Excelência,
Posted on 07/01/2025 at 18:06 in Eleições 2024 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Não se vislumbra qualquer base social capaz de sair em defesa da Frelimo, quer nas ruas, quer nas redes sociais.
Num mundo cada vez mais conectado, a legitimidade política pode ser aferida de várias formas, sendo que, em casos como o de Moçambique, a “prova dos nove” da regularidade eleitoral ultrapassa as velhas maneiras de medir o apoio popular. Se até há poucos anos poderíamos restringir a análise ao sufrágio e, no caso de contestação, à força das manifestações de rua, hoje é cada vez mais difícil ignorar o barómetro das redes sociais, onde se dão trocas de argumentos, partilhas de indignações e se podem medir apoios genuínos ou forjados.
Este barómetro é incontornável para perceber o que está a acontecer em Moçambique na sequência das últimas eleições. A legitimidade do Regime – nas mãos da Frelimo há praticamente meio século – parece claudicar não apenas no terreno, onde, apesar da repressão e do medo, o Regime não está a conseguir estagnar a contestação, mas também no espaço virtual, que se esperaria fosse palco de uma claque fervorosa em defesa do partido-Estado se, de facto, a maioria esmagadora do eleitorado tivesse escolhido a sua continuidade no Poder.
As discrepâncias são evidentes: primeiro, a Frelimo autoatribuiu-se uma vitória expressiva de 71%. Após a pressão internacional –com a União Europeia a encabeçar uma lista de organismos que apontam graves irregularidades – e a contestação interna, os números recuaram para 65%. Um “desconto” de 6 pontos percentuais que, ainda assim, faz crer que o “Povo” foi esmagador no apoio à Frelimo e nos convida a refletir: se um partido controla, ao que diz, pelo menos dois terços da vontade popular, por que não vemos uma expressão minimamente relevante desse apoio nas redes sociais?
Quando questionados sobre a dúvida que assola muitos de nós – “onde andam os apoiantes da Frelimo?” – os porta-vozes do Regime argumentam que, no terreno, reina um clima de intimidação e violência que afasta os seus potenciais apoiantes de demonstrações públicas. No entanto, que receio poderiam ter estes apoiantes do mundo digital? As redes sociais, além de serem relativamente mais anónimas – e, portanto, mais seguras para a livre expressão –, costumam ser o primeiro espaço onde aflora a defesa de quem (supostamente) se considera vitorioso. A lógica do “nós ganhámos, nós celebramos” costuma ver-se em qualquer canto do mundo, sob a forma de hashtags, memes, vídeos, transmissões em direto e outras ações de difusão digital.
O contraste em Moçambique é gritante. Enquanto o candidato Venâncio Mondlane tem uma força mediática impressionante, os ruídos, as publicações ou os simples gestos de apoio à Frelimo que seriam expectáveis para um partido que se diz representar a escolha inequívoca de pelo menos dois terços dos eleitores são praticamente inexistentes. Porquê este silêncio clamoroso, mesmo entre as classes mais jovens e digitais?
Quando um ato eleitoral suscita contestações em massa e vários relatórios de instituições internacionais apontam irregularidades, a capacidade de rapidamente confrontar a propaganda estatal com perceções reais no terreno e na esfera virtual torna-se uma boa forma de perceber se, de facto, estamos perante uma eleição justa e transparente ou, pelo contrário, se a fraude é evidente.
Posted on 07/01/2025 at 17:55 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por: Luís Munguambe Junior
A história de África habituou-nos a cenários de hostilidade velada contra a liberdade. Seja ela de expressão ou patriótica, o continente tem sido palco de uma ficção perversa que impõe silêncio às consciências mais despertas. O manifesto contra a política dominante, um eco das lutas que remontam à era colonial, carrega o intuito de expor a continuidade de uma guerra que, agora modernizada, se perpetua contra o povo adormecido. A polémica instalou-se há muito. Os nossos governos, em conluio, autorizaram a pilhagem sistemática dos nossos recursos pelo Ocidente, que sempre desejou corroer o nosso continente, usurpar as nossas riquezas e esgotar a resiliência do povo africano.
Após a independência, no fervor das revoluções, o cidadão iluminista foi visto como um inimigo perigoso, alguém a ser silenciado. A construção de um "novo Homem africano", uma utopia imposta desde as trincheiras ideológicas da revolução, consolidou-se em congressos que exigiam afastar a sociedade africana de crenças consideradas “supersticiosas” e “obscurantistas”. A responsabilidade recaiu sobre os Estados, incumbidos de conduzir os povos a uma visão materialista e científica do mundo.
Neste cenário, o governo africano adoptou uma postura de restrição e perseguição, sufocando acções humanitárias e humanistas em todo o continente. Antes mesmo dos congressos, porém, a política já assumira um carácter antirreligioso. Missionários eram taxados de agentes do imperialismo, e as igrejas eram acusadas de transformar os seus ensinamentos em dogmas que, longe de libertar, escravizavam. Faziam o povo acreditar que a miséria e a opressão eram inevitáveis, parte imutável do destino. É nesse contexto que emerge a associação nefasta entre a igreja e a política, com o claro intuito de manter o povo numa obediência quase hipnótica. Vários pensadores renascentistas, no entanto, ergueram as suas vozes em cartas contundentes, questionando o ideal do “Homem novo”.
“Uma coisa é combater o obscurantismo, a superstição e os preconceitos. Outra, muito distinta, é combater a religião em si”, alertavam. Confundir religião com obscurantismo é um erro grave e comum, um erro que apenas gera novos preconceitos e formas renovadas de ignorância. Não é correcto confundir a crítica à religião com a negação pura de Deus, nem com a humilhação do homem crente. A intolerância religiosa, sempre ofensiva à dignidade humana, é um reflexo do desrespeito por valores fundamentais. Influenciados por ventos de mudança, a igreja católica foi politizada. Em Moçambique, por exemplo, a intenção de criar uma igreja ministerial — pobre, despojada de bens e apoiada na participação comunitária, desvinculada do Estado — tornou-se evidente. No entanto, esta visão desafiava as estruturas de poder e despertava forças que preferiam manter as velhas alianças intactas.
Assim, a história de África continua a ser escrita com traços de resistência e esperança. Porém, só com uma reflexão crítica e um esforço colectivo é que conseguiremos resgatar a essência do continente e devolver-lhe a liberdade tão sonhada.
"Uma coisa é combater o obscurantismo, a superstição e os preconceitos. Outra coisa, bem diferente, é combater a religião. Confundir obscurantismo com religião é perpetuar um erro grave, infelizmente ainda cometido por muitos. Este erro, por sua vez, cria na consciência do povo, especialmente na dos seus sucessores, novos preconceitos e formas de obscurantismo. É imperativo não confundir a crítica à religião com a negação pura e simples de Deus, ou, pior ainda, com a humilhação daqueles que professam a sua fé. A intolerância religiosa é uma realidade triste e uma afronta à dignidade humana.
Posted on 07/01/2025 at 17:49 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por Edwin Hounnou
O que o que é xpoko? - Segundo uma crença popular quase generalizada, é alma do outro mundo. É fantasia. É alma que vagueia de um lugar para outro e infunde muito medo nas pessoas.
Quem tiver incarnado xipoko, age sob sua influência, destruindo a convivência entre amigos e parentes. Destrói amizades, envenena laços entre famílias. Os partidos da Oposição, em Moçambique, actuam como tivessem xipoko. Comparam-se ao jogador de futebol que se atira ao chão quando o público grito GOLO!!!
Acredita-se que xipoko habita em cemitérios ou em lugares considerados misteriosos. Tanto de dia como de noite, as pessoas têm medo de passar por lugares tidos como onde sobrevoam ou aparecem xipokos. Ninguém tem coragem de visitar lugares onde "vivem" xipokos ou fazem seus passeios nocturnos que xipoko é símbolo do mal.
O xipoko persegue oposição política moçambicana. No passado víamos a Renamo, correndo a toda a velocidade em direcção à baliza da Frelimo e com o público gritando golo, mas, sem nenhum motivo aparente, o ponta de lança a jogar ao chão. Nada se podiam explicar tais falhanços eleitorais para além das jogadas do propalado xipoko.
A Frelimo criou raízes, tornou-se arrogante, virou uma associação para delinquir devido às facilidades que a oposição lhe dá para roubar votos, encher as urnas de votos falsos.
Mesmo perdendo uma eleição, como foi a de 09 de Outubro de 2024, sempre. diz que venceu, de forma retumbante, sufocante e asfixiante. A culpa não tem sido da Frelimo. A culpa sempre foi da oposição que se julga à altura de, cada partido, capaz de vencer o estado.
A Frelimo é o estado. Reveste-se da couraça do Estado para existir e sobreviver. Para vencer as eleições. Frelimo é Estado por 24/24. Quem disputa uma eleição com a Frelimo está a desafiar o Estado.
Não se conhece muito bem de onde veio o xipoko que convenceu a Oposição de que poderia vencer alguma eleições concorrendo individualmente. Se a Oposição estiver à espera de qualquer segredo de xipoko a dizer-lhe para se unir e concorrer numa única frente, todos os partidos que pensam de tal modo, vão cair no esquecimento popular por terem existido e não terem nada de especial.
Não custa aprender dos erros da Renamo, um grande partido num passado recente, que nunca quis ler, de forma correcta, os sinais dos tempos e hoje está com as portas a fechar.
Continue reading "Xipoko político que atormenta a Oposição" »
Posted on 07/01/2025 at 17:41 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 07/01/2025 at 14:01 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, gerou controvérsia ao classificar os órgãos eleitorais e instituições estatais como "bandidos" durante um discurso público. A declaração ocorreu em um evento na cidade, onde o autarca criticou a transparência e imparcialidade do sistema eleitoral moçambicano.
Segundo Araújo, para conquistar e manter o poder em Moçambique, é necessário superar uma série de desafios impostos por diversas instituições do Estado. Ele citou órgãos como a Polícia da República de Moçambique (PRM), os Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), e as comissões eleitorais distritais, provinciais e nacionais, apontando-os como obstáculos para a democracia.
“Para governar neste país, é preciso vencer a Unidade de Intervenção Rápida, a PRM, o Conselho Constitucional e as comissões eleitorais em todos os níveis. Só depois de derrotar esses ‘bandidos’ todos é que você pode governar”, declarou.
Araújo também relembrou o processo eleitoral autárquico em Quelimane, no qual, segundo ele, o seu partido, a Renamo, foi vítima de irregularidades durante a contagem de votos. “Vencemos quatro vezes em todas as instâncias: distrital, provincial, nacional e até no Conselho Constitucional, mas mesmo assim, foi uma luta para que o resultado fosse reconhecido”, afirmou.
O discurso, marcado por repetições e tom inflamado, foi alvo de críticas e elogios. Enquanto apoiadores da Renamo veem as palavras de Araújo como um reflexo da indignação popular contra as supostas fraudes eleitorais, opositores consideram o tom exagerado e desrespeitoso.
Até o momento, os órgãos mencionados não se manifestaram oficialmente sobre as acusações. No entanto, a fala de Manuel de Araújo reacende o debate sobre a credibilidade do sistema eleitoral e a necessidade de reformas para garantir eleições livres e justas em Moçambique.
In https://www.financesandwellness.pro/2025/01/manuel-de-araujo-chama-orgaos.html
Posted on 07/01/2025 at 13:12 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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A violência e a agitação continuaram na província de Cabo Delgado ao longo de Dezembro e no início de 2025, devido à insurgência em curso e ao conflito pós-eleitoral
Forças de segurança disparam contra a milícia de Naparama a partir da ponte Lúrio perto de Namapa, na província de Nampula, por volta de 26 de Dezembro de 2024
A violência e a agitação persistiram na província de Cabo Delgado durante todo o mês de Dezembro e no início de 2025. Grande parte dessa violência foi perpetrada por insurgentes apoiados pelo Estado Islâmico, mas a instabilidade pós-eleitoral também levou a alguns incidentes mortais.
O Estado Islâmico de Moçambique (ISM) era mais ativo em torno da bacia do rio Messalo, no distrito de Muidumbe. Os insurgentes atacaram a aldeia de Miangalewa em 11 de dezembro, matando dois civis e roubando comida e gado, disseram fontes locais ao Zitamar News. O Estado Islâmico também reivindicou a responsabilidade pelo ataque através das redes sociais.
Os insurgentes reapareceram na aldeia em 18 de dezembro, provocando pânico, mas nenhuma vítima foi relatada.
Em 25 de dezembro, os insurgentes saquearam a vila vizinha de Litapata, perto da margem do Messalo, fazendo com que a população local fugisse para a cidade de Muidumbe.
O Estado Islâmico afirmou em 2 de janeiro ter atacado a aldeia de Matapata em Muidumbe, publicando um conjunto de fotos mostrando prédios em chamas e os cadáveres de três homens em roupas civis.
Seguiu-se outra alegação de ter matado um soldado moçambicano no seu quartel na aldeia de Quiterajo, na costa do distrito de Macomia, a 4 de Janeiro.
Em um incidente sem precedentes, a tradicional milícia Naparama atacou as forças de segurança na aldeia de Namapa, no distrito de Eráti, na província de Nampula, matando até cinco soldados, incluindo o comandante da polícia distrital, em 25 de dezembro, informou a DW.
Os Naparama, que tomam uma poção que eles acreditam torná-los invulneráveis a balas, supostamente incendiaram a delegacia de polícia, o tribunal e o depósito médico.
O motivo deste ataque ainda não está claro. Os Naparama, que originalmente lutaram contra a Renamo na guerra civil de Moçambique na década de 1980, ressurgiram em 2022 para ajudar as forças de segurança na luta contra o ISM.
A agitação após a certificação dos resultados das eleições gerais pelo Conselho Constitucional em 23 de dezembro, dando a vitória ao partido no poder Frelimo e seu candidato presidencial Daniel Chapo, forçou a evacuação temporária de funcionários da Mina de Rubi de Montepuez (MRM), de propriedade da Gemfields, em Namanhumbir, no distrito de Montepuez.
Duas pessoas foram mortas a tiros quando cerca de 200 pessoas tentaram invadir o local do MRM em 24 de dezembro, disse a Gemfields em um comunicado.
A Gemfields alegou que os mineiros ilegais instigaram tumultos nos quais os prédios da MRM e a delegacia de polícia na vila vizinha de Namanhumbir foram incendiados.
A mineradora iniciou um "retorno em fases" de sua equipe em 26 de dezembro.
ZITAMAR - 07.01.2025
Posted on 07/01/2025 at 12:53 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Posted on 07/01/2025 at 12:47 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Infelizmente, nenhum Chefe de Estado africano foi “convidado” para fazer parte da Cerimónia de tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos [EU] o Donald Trump, dentro da lista está o Presidente chinês, Xi Jinping + algumas “figuras emblemáticas” que tu vais conhecer nesta Carta.
Agora, questão que se coloca é, “porquê razão” nenhum Chefe de Estado africano foi “convidado” e qual é o “impacto” deste cenário para política interna e externa dos EU e também para geopolítica africana.
Dentre os Presidentes que foram “convidados” para a Cerimónia de tomada de posse do Donald Trump estão os nomes aqui:
Repare, se nós olharmos aqui pela lista veremos que são todos políticos ligados a direita, alguns dizem ser da extrema-direita, são + da vertente Capitalista, menos investimento em questões ambientais, defesa a pessoa, ao homem, nada de aborto, mais Capitalismo, mais dinheiro para as Empresas, menos impostos aos empresários, menos apoio social…ou seja, se nós virmos aqui são + políticos “virados“ à direita com 'excepção' do Presidente chinês, Xi Jinping.
Não há aqui “convite” ao Presidente russo Vládimir Putin, nem ao Presidente da Ucrânia até ao momento os que foram convidados. Mas… para nós africanos que + nos “questiona” é, até ao momento não foram “convidados” nenhum Chefe de Estado ou Primeiro-ministro africano, isso é bom? É mau? Que significa?
Pode significar qualquer coisa, muita coisa, pouca coisa. Vale dizer, que segundo a história da política dos EU “convidar” entidades internacionais não é costume, porque a Cerimónia de tomada de posse é + para “convidar” indivíduos da política interna, ou seja, não costumam “convidar” pessoas de fora é + uma Cerimónia domestica. Mas, agora estamos aqui a ver líderes estrangeiros, mas em África zero! Isso tem alguma influência? É claro quê poderá ter influencia porque mexe com o 'ego' de certos líderes africanos, por exemplo, o Quénia, o Marrocos que são aproximadamente os países com + relações, com melhores relações com sucessos Governos dos EU, mas não foram mencionados nem foram convidados.
Posted on 07/01/2025 at 12:36 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Opinião | Permalink | Comments (0)
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A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) realizou uma Cimeira Extraordinária virtual de Chefes de Estado e de Governo da Troika do Órgão no dia 5 de Janeiro de 2025 para discutir a situação política e de segurança pós-eleitoral na República de Moçambique.
A Cimeira foi presidida por Sua Excelência a Dra. Samia Suluhu Hassan, Presidente da República Unida da Tanzânia, na sua qualidade de Presidente do Órgão da SADC para a Cooperação em Política, Defesa e Segurança. A Cimeira contou também com a presença de Sua Excelência o Senhor Hakainde Hichilema, Presidente da República da Zâmbia e Presidente cessante do Órgão da SADC para a Cooperação em matéria de Política, Defesa e Segurança. A Excelentíssima Senhora Nancy Gladys Tembo, Ministra dos Negócios Estrangeiros da República do Malawi, representou o novo Presidente do Órgão da SADC para a Cooperação em matéria de Política, Defesa e Segurança, Sua Excelência o Dr. Lazarus McCarthy Chakwera, Presidente da República do Malawi.
A Cimeira contou ainda com a presença do Ilustre Embaixador Mahmoud Thabit Kombo, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação da África Oriental e Presidente do Comité Ministerial do Órgão (MCO), Ministros dos Estados Membros da Troika do Órgão da SADC, nomeadamente Malawi, República Unida da Tanzânia e Zâmbia; e o Secretário Executivo da SADC, Sua Excelência o Senhor Elias M. Magosi.
Na sua declaração de abertura, a Presidente do Órgão da SADC, Sua Excelência Dra. Samia Suluhu Hassan, sublinhou que a região da SADC não se pode dar ao luxo de ignorar o que está a acontecer na República de Moçambique, especialmente quando tem impacto directo no tecido socioeconómico de Moçambique.
Na sua contribuição, o Presidente cessante do Órgão, Sua Excelência o Presidente Hichilema da República da Zâmbia, destacou que a situação política e de segurança em Moçambique não está apenas a afectar o povo de Moçambique, mas também a dificultar o comércio regional em sectores críticos como a energia e os transportes. Sublinhou a necessidade de a Comunidade da SADC apoiar firmemente as intervenções destinadas a restaurar a paz e a estabilidade em Moçambique através da acção colectiva na promoção da segurança e cooperação regional.
O Secretário Executivo da SADC, Sua Excelência o Sr. Elias M. Magosi reiterou a solidariedade da SADC com o povo de Moçambique no espírito de unidade e cooperação para preparar o caminho para o povo de Moçambique regressar a uma vida normal de paz e prosperidade.
A Cimeira registou com preocupação a deterioração da situação política e de segurança pós-eleitoral na República de Moçambique, incluindo o impacto socioeconómico no país e os efeitos adversos nas cadeias de abastecimento de produtos essenciais.
Posted on 06/01/2025 at 23:26 in Eleições 2024 Gerais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 06/01/2025 at 23:02 in Eleições 2024 Gerais, Geral | Permalink | Comments (0)
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Afonso Almeida Brandão
É uma imbecilidade votar FRELIMO. Há cinco décadas que isso dá garantidamente pobreza, dívida, estagnação, emigração, serviços públicos deficientes, ajudas europeias desperdiçadas (ou habilidosamente desviadas para as contas de alguns dos mais conhecidos (des)governantes e os últimos lugares económicos dos PALOP´s, quiçá, dos países da África Austral. Cada vez que há uma crise nacional, como agora com as vigarices das Eleições Presidenciais ocorridas no passado dia 9 de Outubro de 2024, Moçambique não faz outra coisa senão persistir na teimosia arrogante de que obetve cerca de 70% dos Votos à “boca das urnas”, a nível do País, porque não se ”enxergam” de ser gente mentirosa e anormal.
Claramente, e sobre qualquer contagem verificada dos Votos destas Eleições Presidenciais de 2024, a verdade é que os “nossos” «chuxalistas» são muito fracos como pessoas sérias em termos de comportamento e acção, nos resultados que o Conselho Constitucional anunciaram, porque todos sabemos que não passam de grandes foliões na festa socrática. Adoram espatifar o dinheiro todo dos nossos impostos e das ajudas que o nsosso País recebe da Europa através dos Duadores, da China e dos EUA (a título de exemplo) além dos eestranhos e “encaputados” negócios dos amigos que os promovem por debaixo da mesa, e depois mandam mentir na TVM, na RM e nos jornais NOTÍCIAS, ZAMBEZE, DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE e DOMINGO que todos conhecemos que a FRELIMO é óptimo e não tem rival igual...
Como se enganam 70% de 30 Milhões de cidadãos nacionais a votarem repetidamente na FRELIMO? Desde Joaquim Chissano a darem maiorias absolutas ao mesmo grupo de indivíduos inábeis e esbanjadores? Como é possível entregar de bandeja o “poder” num País da CPLP como Moçambique no século XXI a um grupo tão medíocre profissionalmente e sem mundo nem sofisticação, como o de Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyuse e dos seus (?) Ministros “formados” nas matas da Tanzânia e de Moçambique, nas Juventudes de «chuxalistas» frelimistas ou nos cursos mais fáceis, os de sociologia, sem matemática nem ciência? Como é que não exigimos resultados nem retornos no investimento dos nossos impostos “geridos” por tais “boys metralhas” frelimistas, que não conseguiriam no mundo mais emprego nenhum senão serem nomeados pelos camaradas para o Governo com os piores resultados dos países que fazem parte dos PALOP´s, Justiça mais lenta e função pública mais caótica?
Os moçambicanos inteligentes, alguns dos nossos intelectuais mais conhecidos da Sociedade, quer dos Partidos da RENAMO e do MDM não têm feito outra coisa senão denunciar como falsa — e desprezar activamente — a informação da nossa Imprensa Escrita, TV e Rádio esquerdistas, subornadas pela actual FRELIMO. Há demasiado tempo que essa Comunicação Social faz muito mal a Moçambique, porque engana cerca de 70% dos 32 milhões de moçambicanos eleitores incautos da FRELIMO «chuxalista» que caem em mentiras, logo votam FRELIMO. Tal Comunicação Social da “treta” pertence aos falsos empresários subsídio-dependentes, que recebem milhões sem fim da Europa e dos nossos impostos através do Partido no no ”poleiro” desde 1975. Isto para, em troca, elogiarem, sem pudor, a “competência” dos nossos ministros incapazes vindos sabe-se lá muito bem de onde. Isto apesar da total ausência de resultados de tal (des)governação. Tais empresários propagandistas da FRELIMO deviam ter vergonha de tirarem tanto ao País e não darem nada em troca, senão contribuírem há décadas para a perpetuação do socialismo e terceiro-mundismo de estagnação económica, quase comunista. O modelo da gestão “ridícula” frelimista é baseado em altíssimos impostos (excepto para os amigos nos negócios onde há perdões fiscais e ajudas europeias) e salários todos nivelados por baixo.
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Posted on 06/01/2025 at 22:53 in Afonso Almeida Brandão, Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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É que a sociedade civil moçambicana submete providência cautelar no Tribunal Africano para impedir a tomada de posse do candidato presidencial, Daniel Chapo, dada as tamanhas irregularidades verificadas durante todo o processo.
A Sociedade civil pede na providência cautelar o cancelamento da tomada de posse do candidato presidencial, Daniel Chapo, mas também a penalização dos responsáveis pelas atrocidades no Tribunal Africano e Penal Internacional.
Wilker Dias, um dos responsáveis por esta acção, e que se encontra na África do Sul, disse que o assunto poderá ser debatido no Parlamento Sul africano, a pedido da sociedade civil moçambicana, a semelhança do que aconteceu em Israel e pelo facto de o número de vítimas baleadas pela Polícia termos cidadão de nacionalidade sul africana.
Segundo Dias, o Tribunal Africano tem a competência de cancelar o processo de tomada de posse mesmo que tenha sido automaticamente já aprovado pelo Conselho Constitucional.
Além das irregularidades havidas no processo eleitoral, durante a fase das manifestações em protesto aos resultados eleitorais, houve graves violações dos direitos humanos, sendo que o número de vítimas mortais ultrapassa os 400.
MZNews - 06.01.2025
Posted on 06/01/2025 at 19:27 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Por: Rui Lamarques
Ao contrário de muitos não vejo esses sinais de fraqueza nas falas dele. É que, no meu entender, a decisão de Venâncio Mondlane de se apresentar no Aeroporto Internacional de Mavalane, caso se concretize, é mais do que um simples gesto. Trata-se de um movimento político estratégico, corajoso e carregado de simbolismo. Em tempos de grande tensão política, essa acção projecta Venâncio como um líder que não recua diante do poder estabelecido, mas que o desafia directamente num palco de alta visibilidade. Ou seja, ao anunciar a sua presença em Mavalane, Venâncio envia uma mensagem clara: ele não está à margem, escondido ou hesitante. Ele está no centro da acção, assumindo riscos calculados. Isso demonstra confiança, pois se posiciona como um líder de massas que encara o regime de frente, sem medo das consequências.
Também - é bom que se diga - há simbolismo nisso, pois o aeroporto é um espaço público e internacional, no qual se dá a oportunidade de amplificar a sua mensagem de resistência e renovação política independentemente do que for a acontecer.
É preciso salientar que a presença física de Venâncio no aeroporto coloca o regime diante de um dilema de difícil resolução:
1. Se permitir que ele esteja presente, isso será visto como uma demonstração de força de Venâncio e um sinal de fraqueza do regime, que cedeu à pressão popular e internacional.
2. Se o detiver ou reprimir, essa reacção será lida como abuso de poder, o que vai reforçar a narrativa de que o regime é opressor e antidemocrático, além de potencialmente atrair mais críticas locais e internacionais.
Em ambos os cenários, Venâncio sai fortalecido, enquanto o regime é pressionado a justificar as suas acções. Portanto, o simples anúncio da sua presença no aeroporto já é suficiente para atrair uma massa de apoiantes, jornalistas e observadores. Esse tipo de movimentação transforma o aeroporto num palco de mobilização e resistência e numa vitrine para o mundo. Ou seja, qualquer incidente naquele recinto, seja positivo ou negativo, ganha grande repercussão tanto local quanto globalmente. Sem contar a presença de pessoas no local reforça a imagem de que Venâncio representa uma força colectiva, e não apenas individual.
Embora a decisão de estar em Mavalane envolva riscos, é claramente um movimento estratégico. Venâncio parece estar a apostar numa fórmula de “perde-perde” para o regime, onde qualquer reacção terá um custo político elevado. Se for bem-sucedido na sua presença, consolidará a sua posição como líder de resistência. Se for reprimido, o regime fornecerá combustível para críticas ainda mais intensas e mobilizações imediatas e/ou futuras de efeito imprevisíveis.
Posted on 06/01/2025 at 19:22 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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