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Posted on 08/11/2024 at 19:38 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Traça paralelismo com o 25 de abril. Pede a militares e polícias que "se juntem ao povo". Aceita diálogo com condições. E acredita que depois deste movimento "Moçambique nunca mais será o mesmo".
Jejum nacional e oração para esta quarta-feira, pediu o político-pastor evangélico-engenheiro. Porque quinta-feira, 7 de novembro, não é um dia qualquer, é “o dia D”. É o último de “Sete dias da libertação de Moçambique do colono preto”, como lhe chama VM7, o diminutivo que a imprensa e os apoiantes cunharam para Venâncio Mondlane. Será o culminar de uma semana de greve geral e manifestações, o momento da grande “Marcha sobre Maputo”, da “Manifestação contra o assassinato do Povo Moçambicano”, convocada para as 7h00 (mais um sete), pelo candidato independente às eleições gerais de 9 de outubro, que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) diz que perdeu e as ruas gritam que venceu.
Mais de “um milhão de pessoas” já terão chegado à capital, vindos de outras zonas do país, diz Venâncio Mondlane em entrevista ao Observador a partir de um local desconhecido: “Tenho a cabeça a prémio, acho que oferecem 16 milhões” revelou num dos seus vídeos transmitidos no Facebook. Umas horas depois da conversa com o Observador, surge em mais “uma live”, onde dá instruções e motiva os seus apoiantes, em direto, nas redes sociais. e divulga um vídeo onde se vê uma multidão a caminhar na Beira. Nos 48 minutos da tarde desta quinta-feira VM7 avisa que tem as contas bancárias bloqueadas. “Mas não vão parar a minha luta, porque é uma luta por convicções”. E pede às mulheres que levem “rosas e flores para pôr nos canos das armas da polícia e dos militares”.
Será um dia “histórico”, prevê, acreditando que depois deste movimento, “Moçambique não será mais o mesmo”, é “inevitável uma mudança”. Quinta-feira não será, porém, o culminar da contestação, apenas o fecho da terceira parte de uma estratégia em quatro atos que tem sacudido Maputo (e outras zonas do país) como nunca em muitas décadas.
Há várias semanas que as imagens e as notícias internacionais mostram uma violenta repressão policial, com gás lacrimogéneo, tiros com balas de borracha, algumas verdadeiras, contra os manifestantes que queimam pneus, incendeiam equipamentos públicos, alguns privados, cortam avenidas, lançam pedras e outros objetos às forças de segurança. Há pelo menos 16 mortes, duas figuras chave da equipa de Mondlane assassinadas, centenas de feridos e milhares de detidos (na quarta-feira foram libertados 2.700). Houve vias cortadas, como a maior autoestrada que liga o porto de Maputo à África do Sul, país que tem a fronteira de Lebombo fechada há cerca de dois dias.
Dois moradores de Maputo descrevem ao Observador um “ambiente explosivo”, com um forte dispositivo militar e policial nas ruas, helicópteros a lançarem gás lacrimogéneo não só para manifestantes mas para casas e tanques militares que ameaçam os que protestam.
Alguns dizem que saem pouco de casa com medo “não do povo, mas da polícia”, mas que a “cidade de cimento [por oposição aos bairros de terra batida] está calma”. Todos se queixam de um apagão nas telecomunicações para “impedir a circulação de informação”, e dizem que começa a haver falta de mantimentos porque o comércio está fechado, por precaução ou greve. Por outro lado, sem transportes públicos, as instituições não funcionam porque os funcionários vivem nas periferias, e já não há só soldados moçambicanos nas ruas, mas também “tropas ruandesas”.
Esta quarta-feira, Pretória apelou “à calma e contenção”, Lisboa aconselhou os portugueses que estão em Moçambique cuidados redobrados, e o ex-Presidente moçambicano reconheceu que “o país vive um momento grave” e que “ninguém deve impor o seu candidato”, pois fica “perigosamente perto do golpe de Estado”.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro Adriano Maleiane disse que a economia pode colapsar se as manifestações não acabarem. “Cada dia que nós não trabalhamos, a economia vai sofrendo e, se continuarmos assim, por exemplo, a discussão dentro de uma semana já não será o problema de eleições, será o problema da fome”, avisou. E nesse mesmo dia, a ministra dos Negócios Estrangeiros, reuniu-se com o corpo diplomático e pediu ajuda aos embaixadores de outros países para restaurar a estabilidade.
É neste cenário, na véspera da grande manifestação, que o Observador entrevistou Venâncio Mondlane pelo telefone.
Convocou uma grande manifestação para amanhã [quinta-feira] e no início do mês disse que estaria presente. “Se no dia 7 de novembro me balearem, me envenenarem , estou disponível para levar esta missão avante”. Mantém esta determinação? Vai abandonar o seu refúgio, fora do país, para participar neste protesto?
Saí porque fui informado de que havia ordens superiores para me assassinar. Mas quero muito estar lá. No entanto, confesso que estou num grande conflito interno. Estamos perante um grande movimento nacional, algo sem precedentes. E eu quero estar lá. Mas estou sob uma grande pressão para não ir.
O partido que o apoia, o Podemos (Povo otimista para o desenvolvimento de Moçambique), pediu-lhe que não fosse, há vozes a dizerem que precisam de si vivo e não como mártir. O que vai fazer?
Estou com a passagem marcada para viajar hoje [quarta-feira] e tudo, mas tenho 1.300 mensagens a pedirem para não pôr o pé em Moçambique, insistem em que não esteja lá, estou em grande conflito. O governo deu ordens para me caçar, por isso tive de sair do país. Mas deve estar frustrado nesta matéria, pois o tribunal rejeitou o mandado de captura porque ainda estou coberto pela imunidade de candidato presidencial. Então dizem-me que recorreu a atiradores. Podemos e CAD [Coligação Aliança Democrática] desencorajam a minha presença. Tenho 450 colaboradores nas províncias e 99% dizem que não posso pisar solo moçambicano. Mas gostaria muito de ir.
Não tem medo de ser preso? Há vários processos crime contra si.
Posted on 08/11/2024 at 19:08 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Acórdão do Conselho Constitucional deu provimento aos recursos interpostos pelos partidos PODEMOS, RENAMO e PAHUMO, relacionados com o contencioso eleitoral. PODEMOS pede a sua anulação.
Um acórdão do Conselho Constitucional (CC), datado de 6 de novembro, deu provimento aos recursos interpostos pelos partidos da oposição PODEMOS, RENAMO e PAHUMO, relacionados com o contencioso eleitoral. Neste acórdão, o CC delibera "remeter os processos" interpostos pela oposição para "o processo de validação das eleições gerais".
Em conferência de imprensa, esta tarde, em Maputo, o porta-voz do partido, Dinis Tivane, criticou o documento em causa. E anunciou a submissão de uma reclamação junto do CC em que afirma que o acórdão do órgão é "manifestamente ilegal e injusto", pedindo a sua anulação.
Para o partido PODEMOS, não faz sentido que o CC se pronuncie sobre os ilícitos denunciados pelos partidos da oposição na altura da validação dos resultados, porque depois desta validação já não há espaço para recorrer.
"Não sabemos por que o CC tem medo de dizer que a FRELIMO perdeu as eleições. Qual é o problema de dizer que a CNE foi incompetente? A fase da validação não é para observar se o número de eleitores é igual a de votantes, é só para deliberar e verificar se a CNE cumpriu com questões legais e se verificar isso, proclama os vencedores", explicou.
O PODEMOS havia solicitado ao CC, entre outros, "que ordenassse à CNE a repetição do apuramento geral", "solicitasse à CNE as atas e editais que serviram do apuramento geral".
Marchas vão continuar
Na mesma ocasião, o presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, garantiu que as manifestações anteriormente convocadas por Venâncio Mondlane vão continuar. Forquilha acusou a polícia de atirar em manifestantes "para intimidar".
"Quem devia proteger os manifestantes, assegurar que o processo decorra com harmonia, é a mesma pessoa que atira sobre os manifestantes para intimidar", declarou.
"Essa situação é entendida como tentativa de proteger as irregularidades que aconteceram nas eleições, intimidar as nossas reclamações pela justiça e isso pode extremar posições. Por isso, quem vai à rua pensa em como se defender", apontou Forquilha, indicando que a violência começa com as autoridades policiais.
Mortos nos protestos
"Estamos a começar a pensar que há, se calhar, um projeto de ganhar com isto. Ninguém apareceu a condenar o baleamento de moçambicanos, temos tantos moçambicanos a serem baleados como se fosse normal. Ninguém se opõe a isso, parece que há uma autorização de que podem matar para impedir que as pessoas se revoltem", acrescentou o presidente do partido Podemos.
Forquilha disse ainda que as manifestações fazem parte da "pressão aos órgãos eleitorais", defendendo que as marchas "vão continuar", e disse: "que fique claro que estamos a fazer uma pressão que a consideramos justa (...) Mas sabem que temos dezenas de pessoas que morreram nas manifestações com balas reais".
DW – 08.11.2024
Posted on 08/11/2024 at 17:25 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Um grupo de manifestantes derrubou, na terça-feira, a estátua do Presidente da República, erguida na Escola Secundária Engenheiro Filipe Jacinto Nyusi (em homenagem ao próprio Presidente), localizada no distrito de Boane, província de Maputo. O acto ocorreu de manhã e, até ao princípio da tarde daquele dia, os manifestantes circulavam em massa pelas ruas do bairro Belo Horizonte, exibindo a cabeça da estátua do Chefe de Estado.
Informações colhidas pela “Carta” indicam que antes de invadirem a Escola, onde decorriam avaliações finais, os moradores de Belo Horizonte (que residem nas proximidades da Escola) contactaram o Director daquele estabelecimento de ensino, pedindo para que evacuasse os alunos, pois, havia um grupo de manifestantes que se deslocavam àquele local com a intenção de remover a estátua.
Nesse momento, contam testemunhas, o caos instalou-se na escola, com os professores e alunos a entrarem em pânico. Aliás, durante a evacuação da Escola, alguns alunos ficaram feridos e vestígios de sangue ainda permanecem no pátio da Escola.
Aos gritos e em pânico, os poucos alunos que não conseguiram sair da Escola assistiram à destruição da estátua de Filipe Jacinto Nyusi pelos manifestantes que, curiosamente, foram escoltados pela Polícia no seu trajeto de ida e volta àquele estabelecimento de ensino, de acordo com os testemunhos recolhidos pela “Carta”.
Nesta quarta-feira, a Escola esteve encerrada, com todos os portões trancados, numa altura em que as avaliações ainda estavam em andamento. Recordar que a Escola Secundária em causa foi inaugurada no dia 31 de Janeiro de 2022, exactamente pelo Chefe de Estado, sendo que a sua estátua foi colocada há menos de um ano. (M.A.)
CARTA - 07.11.2024
Posted on 07/11/2024 at 12:58 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Leia aqui
Posted on 07/11/2024 at 12:46 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A cidade de Maputo acordou no meio de uma batalha pelo acesso à zona de cimento. Os manifestantes tentaram fazer uma marcha pacífica contra a fraude eleitoral, mas foram bloqueados de todos os lados com tiros e gás lacrimogénio. O maior número de manifestantes entre eles várias mulheres vinham da Maxaquene e Polana Caniço a que se juntaram aos grupos que vieram de Malhazine, Magoanine entre outros. A marcha saiu da Praça dos combatentes, vulgo Xiquelene, mas quando os manifestantes chegaram próximo a Praça da OMM foram recebidos com tiros, disparados pelas forças de defesa e segurança que incluem um grupo mais violento ainda, que os manifestantes chamam de "Ruanda", sugerindo que sejam ruandeses.
Na estátua Eduardo Mondlane, no Alto Maé, a polícia e o exército tomaram conta do local para que ninguém se aproxime. Este era um dos locais que havia sido anunciado como sendo de concentração. As forças que neste momento estão literalmente a esmagar o direito a manifestação estão a disparar indiscriminadamente incluindo gás lacrimogénio. A ideia é impedir que os manifestantes entrem na cidade. Os moradores da cidade estão "aquartelados" nos prédios com medo das forças de defesa e segurança e do "Ruanda". Os moradores dos bairros periféricos estão a tentar todas as formas de entrarem na cidade. Em resposta à carga policial em alguns pontos já começou a queima de pneus.
CANALMOZ - 07.11.2024
Posted on 07/11/2024 at 11:51 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Só ontem, foram baleados mortalmente nove cidadãos: três em Mocuba, na Zambézia, cinco nas cidades de Maputo e Matola e um em Tete. Mas os números podem ser bem maiores porque há mortos por baleamento que não são declarados pelos Serviços de Saúde e outros que estão em estado grave e que poderão perder, ou já ter perdido, a vida dias depois dos baleamentos.
Contas feitas mostram que nos últimos cinco dias foram assassinados pela Polícia Mais de 20 cidadãos. Mas, vamos às contas dos assassinados confirmados pelos nossos correspondentes em todos os distritos.
No primeiro dos oito dias de manifestações, foram registados quatro manifestantes assassinados, dois em Maputo e dois em Pebane, na Zambézia. Em Pebane, os assassinados foram dois adolescentes de 14 e 17 anos de idade.
Leia aqui Download CIP-Boletim-das-eleicoes-333-1 06.11.2024
Posted on 06/11/2024 at 22:45 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A CNE iniciou um processo de recolha de actas e editais originais das mesas de assembleias de voto às CPEs de sete províncias do país em cumprimento de uma solicitação do Conselho Constitucional. O prazo foi de oito dias e termina hoje.
Em um documento a que tivemos acesso, os vogais alegam que não foram informados sobre a solicitação da actas e editais; não foram envolvidos no processo de identificação da actas e editais; e não houve uma sessão extraordinária para apresentação e deliberação.
MZNews - 06.11.2024
Posted on 06/11/2024 at 18:54 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Mais um jovem que não foi possível apurar a sua idade foi baleado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) durante as manifestações no distrito de Inharrime, a sul da província de Inhambane, segundo apuramos de fontes fidedignas presentes no local dos factos.
Para além do baleamento mortal, a Polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes naquela Vila. Num vídeo amador gravado no local, os manifestantes colocaram barricadas na Estrada Nacional (EN1) e queimaram pneus, condicionando assim o trânsito.
Ainda neste distrito, os manifestantes tentaram sem sucesso incendiar a portagem e outros bens públicos e privados.
No entanto, para além do distrito de Inharrime, a manifestação está a acontecer em Morrumbene, na mesma província e até ao fecho desta reportagem não tivemos nenhum relato ou registo de casos de baleamento. (IMN)
INTEGRITY – 06.11.2024
Posted on 06/11/2024 at 18:47 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 06/11/2024 at 18:29 in Eleições 2024 Gerais, Informação - Imprensa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, acaba de comunicar, através de uma live, a partir de parte incerta, que as suas contas bancárias e carteira móvel eletrónica (Mpesa e e-mola) foram congeladas pelo Governo.
Venâncio Mondlane lamenta o facto desta decisão ter sido tomada de forma arbitrária e sem nenhum mandado judicial.
Diante da situação, o candidato do PODEMOS, que havia lançado uma nova campanha de pedido de apoio pelas redes sociais e disponibilizado as suas contas para o efeito, diz que apenas a sua conta Pay Pall é que está disponível para continuar a receber ajuda.
#VenancioMondlane
Posted on 06/11/2024 at 18:11 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A saída pelas traseiras depois de cruzar um salão de luxo, a "caverna de Adulão", o visto para o Dubai rejeitado, e, finalmente, um país seguro. A fuga de Venâncio Mondlane contada pelo próprio.
Há 17 dias que é um fugitivo. No dia 21 de outubro, Venâncio Mondlane, o candidato independente às eleições de Moçambique, foi obrigado a correr da praça emblemática OMM, em Maputo, quando dava uma conferência de imprensa. Dois dos homens fundamentais da sua candidatura tinham sido assassinados poucos dias antes e agora era o próprio Mondlane que estava na mira do gás lacrimogéneo das forças de segurança.
O engenheiro e pastor evangélico que garante ter vencido nas urnas o adversário do partido no poder há 49 anos, a Frelimo, começou aí um atribulado percurso que o tirou de casa e do país que vive momentos de grande tensão nas ruas, com confrontos violentos entre manifestantes e polícia. Na terça-feira, o presidente da Associação Médica dava conta de 108 pessoas baleadas, 16 mortes, dizendo que em algumas unidades de saúde há serviços em rutura.
A partir de um local incerto, de onde continua a sua luta digital pelo que chama a “libertação de Moçambique”, VM7, como é tratado pela imprensa e pelos apoiantes, falou com o Observador, contando o seu caminho até ao exílio, de que talvez saia esta quinta-feira, dia da marcha nacional em Maputo. No dia 1 disse que estaria presente mas a decisão não está assim tão clara agora. “Estou num tremendo conflito interno, porque estou a ser pressionado para não pisar Moçambique pois serei morto”, confessa. “Tenho a reserva da viagem feita e tudo, mas tenho mais de 1.300 mensagens a desencorajar a minha presença, a dizer para não estar lá, para não ir”, justifica.
Recorda-se bem do dia 21 de outubro. É uma segunda-feira, a primeira paralisação nacional que tinha convocado para contestar os resultados oficiais da Comissão Nacional de Eleições que faziam de Daniel Chapo o próximo Presidente de Moçambique.
Mas já não é só a greve no setor público e privado. É também um protesto de repúdio contra “a morte de dois membros séniores e de grande relevo no processo de reivindicação contra a fraude eleitoral cometida pelo partido no poder a 9 de outubro”, explica.
Funeral de Elvino Dias, assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, em Maputo, Moçambique, 23 de outubro de 2024. A polícia moçambicana confirmou no sábado, à Lusa, que a viatura em que seguiam Elvino Dias, advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário do Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), partido que apoia Mondlane, mortos a tiro, foi “emboscada”. LUÍSA NHANTUMBO/LUSA
Mondlane refere-se ao seu advogado e mandatário nacional Elvino Dias e Paulo Guambe, responsável pela área de comunicação e imagem, do Podemos, partido que o apoia. VM7 marca um encontro com os “manifestantes no mesmo local” onde foram”executados pela polícia”, diz, num “crime encomendado pelo governo da Frelimo”. Deposita uma coroa de flores e a seguir fala com os jornalistas na OMM, na avenida Joaquim Chissano, quando é alvo de “bombas de gás lacrimogéneo” e começa a correr.
"Fomos longamente perseguidos durante todo o dia, mas consigo, protegido por um grupo de 10 voluntários, a minha segurança pessoal, abrigar-me na casa de um amigo nas redondezas da cidade."
Posted on 06/11/2024 at 17:58 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A Ordem dos Advogados diz que três jovens, supostamente membros do partido PODEMOS, foram "retidos" na Macia, província de Gaza. Estariam a caminho de Maputo para a marcha convocada pelo candidato Venâncio Mondlane.
O comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gaza nega que os jovens, alegadamente membros do Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), tenham sido retidos na Macia, sede do distrito do Bilene, a caminho da cidade de Maputo. Mas a delegação da Ordem dos Advogados na província afirma o contrário.
Os três jovens – dois homens e uma mulher – seriam provenientes da cidade de Quelimane e terão sido "retidos" há quatro dias. Estariam a caminho da cidade de Maputo para se juntarem à marcha convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, contra a "fraude eleitoral", para quinta-feira (07.11).
À DW, o presidente do conselho provincial da Ordem dos Advogados de Gaza explica que uma equipa da agremiação está a interceder junto da Procuradoria distrital para restituir os jovens à liberdade.
"As pessoas são livres de circular no território moçambicano, não tendo sido violada nenhuma norma, nem havendo conhecimento deles estarem associados a um movimento para o cometimento de um crime. Então, há aqui uma violação dos direitos destes cidadãos", acrescenta o responsável.
Ordem dos Advogados critica polícia
Ainda hoje, a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) repudiou, em comunicado, os "atos erráticos" da polícia face aos protestos no país contra os resultados eleitorais, divulgados pela Comissão Nacional de Eleições, que dão a vitória à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo.
A OAM diz que há evidências de que a PRM está a atuar de forma "completamente desproporcional ao seu mandato constitucional". Segundo dados da Associação Médica de Moçambique, pelo menos 108 pessoas foram baleadas e 16 morreram devido à violência pós-eleitoral.
Continue reading "Apoiantes de Mondlane "retidos" na província de Gaza" »
Posted on 05/11/2024 at 22:35 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Faz menos de cinco horas, que Filipe Nyusi, Presidente da República, compartilhou um comunicado na sua rede social (Facebook) convocando a população a manter a calma, unir-se em tempos de desafios e reforçar o compromisso com o desenvolvimento nacional.
O discurso, porém, gerou uma onda de reações críticas entre os cidadãos, que expressaram frustração e descrença nas promessas de união e prosperidade. O contexto actual do país, marcado por tensões políticas, alegações de fraudes eleitorais e informações (até aqui não confirmadas oficialmente) sobre o uso de tropas estrangeiras, contribuiu para o tom das respostas.
O apelo do presidente para que os moçambicanos enfrentam as dificuldades com solidariedade e esperança foi recebido com uma série de comentários incisivos, apontando os problemas que afectam o cotidiano dos cidadãos. Um comentário destacou: “Um povo com fome é um povo perigoso”, evidenciando o descontentamento com a falta de melhorias nas condições básicas de vida e as dificuldades econômicas. Outra resposta apontou: “O povo moçambicano está faminto de prosperidade, esperança e melhores condições de vida”, reforçando o sentimento de insatisfação em relação às políticas governamentais.
Contexto da tensão política e social
A mensagem do presidente surge em um momento delicado no país, com parte significativa da população questionando os resultados eleitorais, levando a uma onda de manifestações em todo o país, e reclamação de suposta presença de tropas estrangeiras (ruandesas). Muitos cidadãos também relatam que o governo implementou restrições na internet, o que foi motivo de insatisfação generalizada. “Ora vejamos, como espera que esse comunicado chegue às pessoas? Se a internet não funciona para certas pessoas”, escreveu um usuário, destacando a ironia de um discurso sobre união e paz em meio a limitações que afectam directamente a comunicação no país.
Reclamações sobre segurança e repressão
Outra camada de críticas se referiu ao tratamento dado pelas forças de segurança em protestos e manifestações públicas. Diversos cidadãos condenaram a repressão policial que, segundo relatos e vídeos postos a circular no meio virtual, tem resultado em agressões e até mortes de manifestantes. Comentários como “Como podemos estar juntos se há velhos, jovens até crianças a serem mortas?” Foram acompanhados por pedidos para que o governo reveja a postura das forças de segurança e suas acções contra a população. Os usuários também fizeram um apelo directo para que o presidente ordene a retirada das forças estrangeiras: “Senhor presidente, veja se nos tire as tropas ruandesas do nosso país”, apontando o descontentamento com o uso de tropas externas para controle da ordem interna.
Demandas por justiça e transparência
Diversos comentários reflectem a percepção de que o governo actual (da FRELIMO) não representa a vontade popular. Um cidadão comentou: “O Povo já está unido há muito, excelência! Falta tu, como o actual Presidente da nação, se unir a este Povo, contribuindo para reposição da verdade eleitoral”. Esse sentimento foi reiterado por muitos que exigiram que o presidente reconheça a derrota eleitoral e permita que o governo passe para novas lideranças (liderado por Venâncio Mondlane). Outro comentário, representando o sentimento de desesperança de alguns cidadãos, expressou: “O povo está cansado… estamos fartos de tanta injustiça”.
Reações irónicas e apelos pela mudança
Em meio a críticas severas, algumas reações adoptarem um tom de ironia e sarcasmo. Um usuário escreveu: “Calado és um bom poeta“, enquanto outro mencionou: “Se eu fosse você, teria vergonha de vir fazer este anúncio“. No entanto, pode se notar que a ironia reflecte a descrença de parte da população quanto à sinceridade do governo em resolver as dificuldades enfrentadas pelo povo. A crítica mais recorrente, contudo, é a de que o discurso presidencial não estaria em sintonia com a realidade. “O senhor presidente não consegue manter a calma quando se dirige à nação, como quer que nós mantenhamos?” questionou um cidadão, referindo-se à postura de Nyusi quando tem feito as suas comunicações à nação.
De referir que desde que iniciaram as manifestações no dia 21 de outubro, convocadas por Venâncio Mondlane, o chefe do governo, não fez ainda uma comunicação à nação com carácter incisivo à situação actual em que o país vive, se limitando a ficar na superficialidade do discurso. (Bendito Nascimento)
INTEGRITY – 05.11.2024
Posted on 05/11/2024 at 20:24 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 05/11/2024 at 17:05 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O Partido PODEMOS, neste acto representado pelo seu Mandatário Nacional, Filipe Acácio Mabamo, vem ao abrigo da primeira parte da alínea d), do numero 2, do artigo 243 da Constituição da República, apresentar reclamação contra o despacho do Conselho Constitucional que solicita a CNE para, no prazo de oito (08)dias proceder ao envio de actas e editais do apuramento parcial(realizado nas mesas de votação), as actas e editais do apuramento intermédio(realizado pelas comissões distritais ou de cidade de Eleições).
Leia aqui Download Reclamação PODEMOS ao CC sobre prazo de 8 dias a CNE e assuntos conexos
Posted on 05/11/2024 at 12:02 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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As manifestações contra a fraude eleitoral são lideradas pelo candidato presidencial independente Venâncio Mondlane. Ele tem o apoio do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos). Venâncio Mondlane reclama vitória da corrida presidencial nas eleições de 9 de Outubro passado.
Outros líderes e partidos da oposição concorrentes concordam com Mondlane, e dizem ter provas de contagens paralelas. Eles também declararam apoio às reivindicações.
O partido no poder, a Frelimo, condena as manifestações que chegam a ser violentas, com a polícia a disparar gás lacrimogénio e balas letais contra aos manifestantes. Há dezenas de mortos e feridos pela polícia. Venâncio Mondlane acusa a polícia e a procuradoria-geral da república de estarem a actuar em benefícios dos interesses do partido Frelimo. Os manifestantes dizem que a luta é não é somente pela reposição da verdade eleitoral, mas pela libertação do povo moçambicano do regime frelimista.
A respeito desse cenário político-social que já atravessou as fronteiras, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, manifestou o interesse em ajudar ao diálogo entre as forças políticas em Moçambique.
“…no que depender de Portugal, tudo faremos para ajudar a que esse diálogo seja possível, para que tenhamos uma solução para que o povo moçambicano não tenha que passar por mais nenhuma provação” disse Paulo Rangel, citado pela imprensa portuguesa.
Ele falava ontem sobre a situação em Moçambique, no início do debate na especialidade do Orçamento de Estado português para 2025. Era a sua resposta à pergunta colocada pelo deputado Rodrigo Saraiva, da Iniciativa Liberal, sobre a posição do país europeu em relação ao actual desenho de Moçambique.
Ele assegurou que Portugal já tem feito alguns contactos através da embaixada.
Ainda na segunda-feira, em Maputo, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, esteve reunida com embaixadores e pediu ajuda para a resolução da situação.
Macamo é membro sénior do partido Frelimo. Foi Presidente do parlamento moçambicano por duas legislaturas consecutivas. Foi a mandatária do partido no dia da divulgação dos resultados centralizados pela CNE.
MZNews - 05.11.2024
Posted on 05/11/2024 at 11:47 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Trata-se de uma suposta falsificação que visa dar resposta à solicitação do CC à CNE dos editais e actas originais do apuramento parcial e intermédio da votação de 09 de Outubro.
Numa denúncia sustentada pelas informações que circulam nas redes sociais (sobretudo WhatsApp e Facebook), Dinis Tivane, um dos assessores do candidato Venâncio Mondlane revelou haver delegados de candidatura de diversos partidos, incluindo do PODEMOS, que têm sido contactados por membros das Comissões Distritais de Eleições para “assinarem documentos falsos”.
Citado numa publicação da Carta de Moçambique, Tivane avançou que na província de Nampula, por exemplo, o processo está a ser liderado pelos cidadãos Ossufo Ossufo (Presidente da Comissão Distrital de Eleições de Nampula); Cristina Alde (Chefe Provincial do Património da Frelimo); Adriano Selemane (da Renamo); Rachide Cheia; entre outros membros dos órgãos eleitorais e da Frelimo.
“Uma vez que as actas e editais juntas pelo Denunciante [PODEMOS] junto do CC [Conselho Constitucional] comprovam uma vitória do PODEMOS e do seu candidato Venâncio António Bila Mondlane, as Células do Partido Frelimo, espalhadas em todo o território nacional, têm vindo a receber ordens ‘superiores’ para subverter a vontade soberana do povo”, alega a denúncia, exigindo o esclarecimento do caso pela inerte Procuradoria-Geral da República.
Para o PODEMOS, os actos em curso nas Comissões Distritais consubstanciam em crimes de falsificação, associação criminosa e corrupção para actos ilícitos, todos puníveis nos termos do Código Penal moçambicano.
Para o efeito, o PODEMOS pede que a PGR solicite actas e editais entregues pelas Comissões Distritais de Eleições à Comissão Nacional de Eleições e compare com as que se encontram na posse de outras formações políticas; abertura de processos-crimes; que sejam identificados todos os infractores; que sejam presos preventivamente de modo a evitar a continuidade da actividade criminosa.
Mais adiante, o partido exige a constituição de assistentes do processo, o Conselho Constitucional; Provedor de Justiça; Comissão Nacional de Eleições e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral; Ordem dos Advogados; a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia; a Embaixada dos Estados Unidos da América; e a Embaixada do Reino Unido.
MZNews - 05.11.2024
Posted on 05/11/2024 at 11:41 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 04/11/2024 at 13:44 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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(Fotos do JORNAL SAVANA de 01 de Novembro 2024)
[VERSO 1]
VM7 TEM UMA MISSÃO DIVINA A CUMPRIR
VER VM7 APAGADO É A MAIOR AMBIÇÃO DELES
MAS SOBREVIVEREMOS NESTE MUNDO DE CÃO,
MESMO AOS SEUS MORTÍFEROS ESQUADRÕES DA MORTE
PORQUE NÃO IMPORTA O QUE ELES POSSAM FAZER
VM7 VAI SEMPRE SOBRESSAIR
E NÃO IMPORTA O QUE ELES POSSAM DIZER
NADA VAI CONVENCER OU ACALMAR O POVO CANSADO DE SER ENGANADO
VM7 MANDA UMA LIVE NOVAMENTE
ESPALHANDO OS MISTÉRIOS DO AMANHÃ
VM7 MANDA UMA OUTRA LIVE E NADA TEME
JÁ NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA CONTEMPLAÇÕES OU LAMENTAÇÕES
[VERSO 2]
ENTÃO ELES CONSTROEM SEU SISTEMA SOBRE UMA GRANDE CONFUSÃO
PARA NOS FORÇAR A CAIR NA ILUSÃO DO DIABO
MAS A PEDRA QUE O STAE, A CNE E O CC RECUSAM
SERÁ A PEDRA ANGULAR PARA REERGUER ESTE PAÍS DAS CINZAS
E NÃO IMPORTA QUE JOGO ELES POSSAM JOGAR E
PODEM LHE LEVAR E TIRAR TUDO, OS SEUS VOTOS, AS SUAS TERRAS, RIQUEZAS,
OS SEUS VERDADEIROS HORÓIS E REVOLUCIONÁRIOS
MAS O POVO TEM ALGO QUE ELES NUNCA LHE PODEM TIRAR
[VERSO 3]
O FOGO, É O FOGO!
QUE ESTÁ QUEIMANDO TUDO
CONSEGUEM SENTIR O FOGO A PARTIR DOS VOSSOS PALÁCIOS E PALACETES?
SÓ OS PÁSSAROS TÊM ASAS, É OU NÃO É?
NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA SERMOS DISTRAÍDOS E ENGANADOS
OH, IRMÃOS, NEM EXISTE ÁGUA CAPAZ DE APAGAR OU DEBELAR ESTE FOGO
ESTE FOGO, ESTE FOGO PODER DO POVO, ESTE FOGO INFERNAL!
MARCHE, VM7, MARCHE MEU POVO,
VÁ LÁ, VM7, VÁ LÁ LHES DIZER TODAS AS FRUSTRAÇÕES DO POVO
O FOGO ESTÁ FORA DE CONTROLE
PÂNICO EM TODO O PAÍS, OS COLONIZADORES CHORANDO PELAS SUAS RIQUEZAS
EM TODO PAÍS ESSE FOGO ESTÁ QUEIMANDO E ARRASANDO TUDO
DESTRUINDO E BARRALHANDO SUAS MENTES E ORGULHOS DE CASTELOS DE ARREIA
MARCHE, VM7, MARCHE MEU POVO,
VÁ LÁ, VM7, VÁ LÁ LHES DIZER TODAS AS MISÉRIAS DESTE POVO
[VERSO 4]
AGORA O BAIXINHO E REDONDINHO, QUAL UMA BOLA, TENTA FAZER UM DISCURSO
MAS O POVO ENTENDE QUE É TARDE DEMAIS
O FOGO ESTÁ QUEIMANDO E CONSUMINDO TUDO,
INCLUINDO AS SUAS ALMAS, ORGULHOS E VAIDADES
MEU, VEJA SE CONSEGUE PUXAR OU MOVIMENTAR ESSAS SUAS BANHAS
PORQUE O FOGO ESTÁ EM SUA DIREÇÃO
VM7 MARCHA NOVAMENTE, DESTA VEZ INCANSAVELMENTE E DECISIVAMENTE,
ESTAMOS DIZENDO VÁ LÁ, VM7
OH, MARCHE, VM7, MARCHE MEU POVO,
E VÁ LÁ, VM7
MARCHANDO CONTRA OS SEQUESTROS, BALAS VERDADEIRAS, GÁS LACRIMOGÉNIO
[VERSO 5]
MARCHE, VM7, MARCHE MEU POVO
VÁ LÁ, VM7, VÁ LÁ LHES DIZER O QUANTO ESTE POVO JÁ NÃO OS QUER!
MARCHA, VM7 PARA LHES DIZER: ACABOU E UMA NOVA PÁGINA NA HISTÓRIA SE ABRE
QUE A REVOLUÇÃO TRIUNFOU! QUE
A LIBERDADE E A DIGNIDADE DO POVO ESTÁ PRESTES A SER REESTABELECIDA!
MARCHA, VM7!
MAS MARCHA, MEU POVO, SEM PARAR, ATÉ A LIBERTAÇÃO TOTAL!
(Recebido por email)
Posted on 03/11/2024 at 15:39 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O primeiro dos sete dias de manifestações foi bastante violento, sobretudo nos bairros da Maxaquene, Luís Cabral, 25 de Junho e Hulene, todos na cidade de Maputo. O resultado foi a vandalização e queima das sedes do partido Frelimo no bairro da Maxaquene. No distrito de Gilé, na Zambézia, uma sede da Frelimo, uma estátua e duas residências de agentes da polícia foram destruídas. Confirma-se o baleamento de 12 pessoas em Nacala-Porto, província de Nampula, e em Gilé, Zambézia.
Posted on 02/11/2024 at 23:08 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A CNE e o seu presidente, o bispo Carlos Matsinhe, acreditam definitivamente em fantasmas e permitem-lhes votar. Mas, na maior parte de Gaza, até os fantasmas não votaram na Frelimo. No entanto, Gaza tem seis assentos parlamentares extra inteiramente para fantasmas, o que poderia ser suficiente para empurrar a Frelimo para mais de três quartos dos assentos da AR. a situação permitiria à Frelimo alterar a Constituição unilateralmente. Portanto, os fantasmas estão a fazer o seu trabalho,
mesmo sem votar.
Gaza tem apenas 800.000 adultos em idade de votar mas 1,2 milhões de eleitores registados, o que significa que 400.000 eleitores - um terço de todos os eleitores - são fantasmas. Como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) não permite uma auditoria aos cadernos eleitorais, é impossível verificar os fantasmas.
O quadro apresentado abaixo mostra que Gaza está fortemente dividida. A parte norte de Gaza, mais escassamente povoada, é de facto Frelimostan. Há sete distritos que registam uma taxa de participação superior a 86%, o que inclui muitos fantasmasMais de 97% deste votam na Frelimo.
Leia aqui Download CIP-Boletim-das-eleicoes-330-1 02.11.2024
Posted on 02/11/2024 at 23:01 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Nampula viveu um dia de terror e desespero neste sábado. O que começou como um protesto pacífico contra os resultados eleitorais rapidamente virou um pesadelo urbano, marcado pela violência e pela perda de vidas. Na zona do trim-trim, manifestantes apenas exigiam justiça, mas em minutos, as suas vozes foram silenciadas pelo som das balas verdadeiras disparadas pela polícia.
No mercado grossista de Waresta, a cena era dantesca. Testemunhas contam o horror de ver feridos caídos pelas ruas, ensanguentados e clamando por socorro. Gritos de dor e pânico ecoavam pelo ar. Três vidas foram tragicamente arrancadas, sem piedade, deixando famílias destruídas e uma comunidade em luto. A brutalidade não ficou restrita a Nampula. Em Namialo, a polícia usou de força desproporcional, resultando em feridos e outra morte confirmada. A tensão espalhou-se como fogo por toda a província, com o bloqueio do cruzamento que liga Nampula a Pemba e Nacala, aprisionando milhares de cidadãos, reféns do medo e da incerteza.
O clima de revolta chegou ao auge em Mecubúri, onde manifestantes invadiram a sede do partido FRELIMO, um reflexo da ira de um povo que se vê ignorado, sufocado pela opressão. É um grito de dor e fúria que clama por justiça, num país que promete democracia, mas entrega repressão.
Não são apenas números – são vidas ceifadas, sonhos interrompidos, famílias devastadas. O povo de Nampula foi abandonado à própria sorte, pisoteado pela força de um sistema que deveria protegê-los. Esse banho de sangue exige respostas. Quem pagará por essas vidas?
NGANI - 02.11.2024
Posted on 02/11/2024 at 22:10 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciaou esta noite (01.11), que vai estar na marcha do dia 7 na cidade de Maputo. “Se tirarem minha vida, vocês já sabem o que fazer”, alertou Mondlane.
Falando numa live na sua página do Facebook, o candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS garantiu que todas as condições estão criadas para regressar à Maputo e juntar-se aos manifestantes.
"No dia 07 de novembro, se me balearem, me envenenarem estou disponível para levar esta missão avante”, disse Mondlane acrescentando que "seja como for se houve eliminação física de Venâncio quando eu chegar ai em Maputo, vocês sabem o que fazer”, disse Mondlane, num claro apelo aos seus simpatizantes para que não abandonem a luta.
Indicou que a concentração na cidade de Maputo será nas principais avenidas da capital moçambicana, nomeadamente, Avenida Eduardo Mondlane, 25 de setembro, Julius Nyerere e 24 de julho.
Apelou ainda aos seus simpatizantes para que sábado e domingo acelerem o passo rumo à grande concentração na cidade de Maputo a quinta-feira da próxima semana.
Mondlane voltou a apelar as forças de defesa que parem de disparar para manifestantes pacíficos. Relembrou ainda que manifestação é um direito constitucional, por isso que a polícia deve se abster de atacar as marchas. "Então, ninguém deve balear a ninguém”, sublinhou.
O candidato presidencial suportado pelo PODEMOS revelou ainda que pretende caso chegue ao poder, introduzir uma lei de amnistia para os crimes económicos e financeiros que possam ter sido cometidos contra o Estado.
"Aqueles que roubaram ao Estado e ao povo vão ter um período para devolver o que roubaram ao Estado e ficam amnistiados”, esclareceu Venâncio Mondlane, para que "não estamos para perseguir ou meter na cadeira ninguém”.
Mondlane terminou o seu discurso agradecendo o apoio que tem recebido de várias partes, principalmente dos angolanos e declarou a sua abertura a apoiar o povo angolano nas próximas eleições, em 2027, "a ter eleições justas, livres e transparentes”. "E tudo que for necessário para quebrar o ciclo de roubo de votos em Angola, nós moçambicanos estaremos disponíveis para ajudar”, prometeu Venâncio Mondlane.
DW – 01.11.2024
Posted on 01/11/2024 at 20:25 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Sabe-se e é do conhecimento geral, para a FRELIMO firmar-se como um movimento nacionalista que aglutinava todos moçambicanos com intenção de libertar a terra e o Homem precisou de um acordo que serviria e até então serve de símbolo inquestionável da legitimidade do seu poder.
Nota introdutória
O presente artigo tem como objectivo principal fazer uma avaliação e reportagem da actual situação política e social que se vive em Moçambique desde 09 de outubro do ano em curso, data que se realizou as sétimas eleições gerais (presidenciais e legislativas) e quartas provinciais (das assembleias provinciais). É longe, pois resultou do trabalho de cruzamento de informações de diversas fontes e redigido com espectativas de esclarecer questões ou dívidas que surgem em vários pontos do país, continente e do mundo.
Instalação de um Estado Autoritário, violações de direitos humanos pela PRM que já resultou em óbito de mais de uma dezena e ferimentos de centenas de cidadãos indefesos fazem parte de conteúdos presente no presente artigo em todo território nacional, detenções ilegais.
Contextualização
Moçambique está à beira de entrar numa crise política, social e militar jamais vista desde a sua existência como Estado independente e soberano, a 25 de junho de 1975. Embora tenha vivido 16 anos de conflito armado entre a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e governo do partido no poder, a FRELIMO que terminou com assinatura do acordo geral de paz, em Roma, capital Italiana, no dia 04 de outubro de 1992, a actual crise política poderá evoluir e causar situações descontroladas que poderá obrigar a intervenção militar.
Sabe-se e é do conhecimento geral, para a FRELIMO firmar-se como um movimento nacionalista que aglutinava todos moçambicanos com intenção de libertar a terra e o Homem precisou de um acordo que serviria e até então serve de símbolo inquestionável da legitimidade do seu poder.
Refiro o acordo de Lusaka, assinado a 07 de setembro de 1974 entre o governo português e a FRELIMO, onde Portugal reconheceu o direito à independência do povo e território moçambicano. Também se sabe muito bem que o incumprimento e ou violação desse acordo é um dos factores que ditou o surgimento da RENAMO.
Por outro lado, a RENAMO para firmar-se como uma organização política nacional que aglutina os Moçambicanos com visão diferente da FRELIMO precisou assinar acordo acima referido (acordo geral de paz) com o regime do dia (a 04.10.1992). Foi com base nesses dois principais partidos políticos moçambicanos que foram fazendo a política, foi através desses dois acordos que os moçambicanos foram obrigados a engolir sapos durante três décadas.
Assistimos à aprovação de leis diabólicas na Assembleia da República sendo que algumas foram apadrinhadas pela RENAMO e MDM e outras pela força de voto da maioria parlamentar. Corrupção, exclusão social, ausência do Estado nas comunidades, falta de políticas públicas inclusivas de exploração de recursos naturais, etc, são algumas razões que levaram a sociedade moçambicana descontente e ver Venâncio Mondlane, um cidadão que conseguiu romper as barreiras políticas colocadas no sistema político nacional pelos partidos políticos com assento parlamentar.
Continue reading "As eleições em Moçambique e os sinuosos dias até a entrada de um novo Governo" »
Posted on 01/11/2024 at 16:53 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Decorreu nesta quinta-feira (31.10) em Maputo, um encontro entre o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael e Albino Forquilha, Presidente do PODEMOS.
Como sempre, Bernardino Rafael, vestido com a farda policial, assumiu a postura de comissário político para atacar o candidato presidencial Venâncio Mondlane e menosprezou a luta do PODEMOS ao afirmar que já conseguiram alguns assentos parlamentares e que implicitamente poderiam “se contentar com isso”, abandonando as manifestações que vêm sendo realizadas desde o dia 21 de outubro.
Em resposta, Albino Forquilha, num estilo sereno e didático, disse em frente de Bernardino Rafael que “a nossa luta também visa melhorar a vossa vida. Temos esquadras sem uma simples máquina de datilografar e sem condições, isto não faz sentido (…) tal como foi em 1960 e 1964, os jovens tiveram que dizer basta: a independência ou a morte, e vamos continuar a manifestar até que justiça eleitoral no País seja respeitada.”
Mesmo perante a insistência de Bernardino Rafael, de que as manifestações tinham que parar, Forquilha respondeu “o PODEMOS não pauta pela violência, mas sim, pela justiça e paz, mas aquilo que se assistiu em Mecanhelas, onde um lado estavam membros de um partido e doutro do PODEMOS, não vamos permitir.”
A reunião que era tida como forma de dissuasão para que os membros do PODEMOS não manifestem, pelo contrário, acabou sendo, um espaço para Albino Forquilha demonstrar que a sua luta pela verdade eleitoral vai continuar com manifestações nas ruas pacificamente até que a verdade eleitoral seja reposta, onde segundo afirma o seu partido tem direito há mais de 138 assentos no parlamento, rebatendo a afirmação de Rafael que falou de “alguns assentos”.
Numa outra abordagem, Bernardino Rafael, usando o emotivismo discursivo, tentou instalar uma discórdia entre as afirmações metafóricas de Venâncio Mondlane sobre a caminhada do pessoal do norte e centro em direcção a cidade de Maputo para no dia 07 de novembro tomarem poder, como uma ameaça a soberania, facto que entrelinhas, Forquilha disse que tudo está nas mãos do Conselho Constitucional (CC) que tem a última palavra para parar as reivindicações desta juventude e das pessoas que já perderam fé nas instituições eleitorais nacionais.
Contudo, Forquilha reiterou que as manifestações pacíficas vão continuar e que irão cooperar com a polícia caso existam pessoas infiltradas nas caravanas, tendo exortado que a Polícia deve agir de forma republicana e não limitado os direitos que os cidadãos que exigem a justiça eleitoral possuem. (Omardine Omar)
INTEGRITY – 31.10.2024
Posted on 31/10/2024 at 13:14 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O mandatário político da Renamo, Geraldo Carvalho, disse, hoje, desconhecer as informações segundo as quais o presidente do partido assumiu ser ele próprio o principal problema actual do partido e que, por isso, colocou o lugar à disposição, com um pedido pronunciado de demissão.
Havendo a necessidade de se organizar a saída de Momade do topo do partido, a decisão será tomada no Conselho Nacional da formação política. O CN do partido poderá ser convocado nos próximos dias, avançou.
Por outro lado, Carvalho disse não constituir a verdade que a sede do partido tenha sido tomada de assalto por ex-guerrilheiros, que exigem a demissão de Ossufo Momade.
Geraldo Carvalho falava à imprensa em repúdio dos pronunciamentos que têm sido feitos por Vitano Singano – presidente da Revolução Democrática (RD) – sobre dos desmobilizados da Renamo.
Segundo Carvalho, Singano tem sondado o número do efectivo de desmobilizados da Renamo.
MZNews – 31.10.2024
Posted on 31/10/2024 at 12:08 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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É a primeira vez que a oposição conjuga esforços, e o destaque vai para a presença dos parlamentares Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e do extra-parlamentar Nova Democracia (ND) que se juntaram ao partido Podemos. Recorde-se que, recentemente, o presidente do MDM, Lutero Simango, anunciou que, se não fosse reposta a verdade eleitoral, a última alternativa seria unir-se às marchas e manifestações. O presidente da Renamo, Ossufo Momade, também demonstrou abertura nesse sentido.
Os partidos são unânimes em afirmar que as eleições gerais de 9 de Outubro passado foram fraudulentas, repletas de irregularidades e não reflectem a vontade popular.
Unidos, os partidos da oposição rejeitam os resultados anunciados pela CNE por estarem enfermados de vícios; exigem o respeito pela vontade eleitoral; exigem uma auditoria forense em benefício da verdade eleitoral e responsabilização criminal aos principais dirigentes dos órgãos de administração eleitoral.
“Enquanto não houver a reposição da justiça e verdade eleitoral pelo Conselho Constitucional, as manifestações pacificas irão continuar de forma coordenada e organizada por todos os partidos políticos da oposição e declarantes” disse, Diniz Tivane, representante do Podemos.
“Esta declaração conjunta expressa, não apenas a união de todos os partidos da oposição, como também de todo um povo que vê os seus direitos, a sua vontade vandalizada pelos órgãos eleitorais… juntos devemos fazer uma marcha até a reposição da verdade eleitoral” referiu, Salomão Muchanga, presidente da ND.
MZNews - 31.10.2024
Posted on 31/10/2024 at 10:47 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A última de segunda-feira foi de tensão na Renamo. Ex-guerrilheiros tomaram de assalto a sede nacional do, até ao momento, maior partido da Renamo, numa clara pressão ao demissionário Ossufo Momade, que já colocou o seu lugar à disposição durante a reunião da Comissão Política Nacional realizada no sábado passado, na cidade de Maputo.
Os ex-guerrilheiros da Renamo estão preocupados com o destino do seu partido e ainda não foram informados que Momade já colocou o lugar à disposição. Os homens, em número não especificado, só se retiram da sede nacional da Renamo após conversações, cujos termos não tivemos acesso.
O CIP Eleições sabe que os ex-guerrilheiros estão a pressionar Ossufo Momade para que aceite que se retorne às armas. Fonte sénior da Renamo disse que os ex-guerrilheiros estão dispostos a retornar às matas para retomar o conflito armado.
Ossufo Momade deverá convocar o Conselho Nacional da Renamo para anunciar a decisão e definirem-se os passos a serem seguidos até à realização do congresso electivo. O Conselho Nacional será convocado para o próximo ano, logo que terminar a crise eleitoral em curso.
Na sua primeira intervenção durante a sessão da Comissão Política Nacional, Ossufo Momade anunciou que colocava o seu lugar à disposição, porque percebeu que ele era o problema na Renamo. “Eu sou, neste momento, o problema desta organização”, foi nestes termos que justificou a colocação do lugar à disposição, reconhecendo as suas fraquezas.
A maioria dos membros concordou com o pedido de demissão do Presidente do partido, mas houve uma minoria de seis a sete membros que não concordou, de onde se destacaram Celeste Macote, ex-líder da Liga Feminina da Renamo, e Victor Mudivila Viandro.
No final, a Comissão Política aconselhou que o processo fosse avançado depois da contestação eleitoral, alegadamente porque todos estavam a agir “com cabeças quentes”. Mais do que isso, é que, se Ossufo deixar o partido imediatamente, a Renamo será dirigida temporariamente por José Manteigas, que preside a mesa do Conselho Nacional, uma figura bastante contestada dentro da Renamo.
Ossufo Momade deverá criar condição para uma transição que não aumente a divisão no seio da Renamo. O próximo sucessor da Renamo deverá ser uma figura mais consensual possível, que possa liderar o retorno dos membros da Renamo que abandonaram o partido, como Manuel Bissopo e os filhos de Afonso Dhlakama. Abre-se ainda a possibilidade de retorno de Venâncio Mondlane.
A Renamo irá rever os seus estatutos para que o presidente do partido não seja necessário e automaticamente candidato do partido às eleições. Isso permitirá que a Renamo possa ter um presidente e encontre um candidato do partido sem que haja conflitos.
Na verdade, esta ideia surge da traição havida no congresso da Renamo na medida em que havia consenso de que Ossufo Momade não seria candidato da Renamo. O Presidente da Renamo tinha aceite a proposta, mas após a eleição, aceitou a proposta dos membros de ser ele o candidato da Renamo.
Havia uma lista curta de possíveis candidatos da Renamo que incluía Manuel de Araújo, Ivone Soares e Venâncio Mondlane (passaria por um processo de pacificação interna). A Renamo tinha colocado também a possibilidade de avançar com Rosário Fernandes, mas precisaria da sua aceitação dada a sua ligação com o partido Frelimo e também a sua aceitação pelas alas radicais da Renamo. (CIP Eleições)
CARTA - 30.10.2024
Posted on 30/10/2024 at 10:53 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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De acordo com a mesma publicação na sua edição de terça-feira, Ossufo Momade terá apresentado a sua demissão durante uma reunião da Comissão Política Nacional da Renamo, realizada no passado sábado, em Maputo.
O CIP cita Momade como tendo dito na reunião: “Neste momento, eu sou o problema desta organização”. A maioria dos membros da Comissão aceitou a proposta de demissão de Momade, mas uma minoria de seis ou sete discordou. Ainda assim, a demissão não foi anunciada publicamente.
Segundo a mesma publicação, os próximos passos deverão ser a convocação, por Momade, de uma reunião do Conselho Nacional da Renamo, que decidirá os passos a seguir antes da realização de um congresso para a eleição de um novo Presidente da Renamo.
No final da reunião de sábado, a Comissão Política da Renamo aconselhou que as coisas só devem avançar depois de resolvidos os actuais diferendos decorrentes das eleições gerais de 09 de Outubro.
A reunião propôs que Momade estabeleça condições para uma transição que não aumente as divisões no seio da Renamo. O seu sucessor deve ser uma figura consensual que possa atrair de volta à Renamo pessoas que abandonaram o partido nos últimos anos.
Entretanto, na segunda-feira, os ex-guerrilheiros da Renamo, tomaram de assalto a sede nacional da Renamo, numa clara pressão ao demissionário Ossufo Momade.
Momade ainda é líder da oposição, porque a Renamo é o maior partido da oposição no parlamento cessante. Mas quando o novo parlamento tomar posse, no início do próximo ano, a Renamo será substituída pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), o partido que deu o principal apoio organizacional ao candidato presidencial independente, Venâncio Mondlane.
MZNews - 30.10.2024
Posted on 30/10/2024 at 10:37 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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É como a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique descreve a atuação da polícia, desde que começaram os protestos contra os resultados das eleições gerais.
Tamém em Maputo, protesto foi reprimido por forte atuação da polícia
Os protestos nas ruas – convocados por Mondlane – têm sido reprimidos pela polícia com gás lacrimogéneo e tirosFoto: Siphiwe Sibeko/REUTERS
As ondas de protestos em Moçambique começaram à medida em que eram divulgados os resultados das contagens paralelas dos votos nas eleições de 9 de outubro.
O candidato presidencial independente Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido PODEMOS, autoproclamou a sua vitória na eleição presidencial com base nessas contagens. Ao mesmo tempo, a oposição em bloco e observadores eleitorais apontaram irregularidades graves no escrutínio, mesmo depois da Comissão Nacional de Eleições ter anunciado a vitória da FRELIMO e do seu candidato presidencial, Daniel Chapo, na semana passada.
Os protestos nas ruas – convocados por Mondlane – têm sido reprimidos pela polícia com gás lacrimogéneo e tiros. Há relatos de que os agentes têm usado balas reais.
Ferosa Zacarias, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique, diz que a polícia não está a cumprir o seu dever de proteger o povo. Pelo contrário, "a polícia age de forma desumana".
"Parece que estamos num momento de guerra ou a lidar com seres que não são semelhantes a eles. É de extrema preocupação. E isso parece que acontece por conta da irresponsabilidade com que tem se norteado quando estamos diante de situações dessas dos direitos fundamentais dos cidadãos, principalmente quando tem a ver com o exercício da liberdade a manifestação," acrescenta Zacarias.
Moçambique: Mondlane rejeita "resultados adulterados"
"Esse assunto precisa de ser tratado e olhado aqui, de forma doméstica, e nós já estamos a contribuir", garante.
O ativista social e defensor dos direitos humanos Abudo Gafuro afirma ser inaceitável que os moçambicanos estejam a passar por esse tipo de violência.
"Não pode ser de hábito e costume que, após as eleições, haja sempre violações dos direitos humanos", critica.
Para Abudo Gafuro, a solução passa por uma repetição do escrutínio.
Ajuda de fora
O partido PODEMOS recorreu, na segunda-feira (28.10), ao Conselho Constitucional contra os resultados das eleições gerais anunciados pela CNE, na semana passada. Apresentou os resultados que apurou da contagem paralela que fez com base em atas e editais recolhidos nas mesas de voto.
O ativista Abudo Gafuro pede ajuda à comunidade internacional:
"Nesse momento, a comunidade internacional deve saber como entrar para a sua mediação tendo em vista a recontagem dos editais verdadeiros e originais, para que as eleições sejam anuladas e haja uma segunda volta," apela.
A pressão externa também pode ajudar a evitar mais abusos pela polícia, acrescenta Ferosa Zacarias, da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique: "Porque Moçambique, quando há situações gritantes noutros países africanos ou no resto do mundo, nós como ativistas e órgãos [não-]governamentais, nos posicionamos."
"E precisamos de sentir ainda mais essa comoção internacional", conclui.
DW – 29.10.2024
Posted on 29/10/2024 at 19:17 in Eleições 2024 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 29/10/2024 at 17:52 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Foi durante um encontro online com embaixadores moçambicanos na diáspora que Filipe Nyusi, Presidente do Partido Frelimo e da República de Moçambique atacou grosseiramente a comunidade internacional que exige transparência eleitoral, esclarecimento urgente e responsabilização dos assassinos e mandantes da morte do Advogado Elvino Dias e Paulo Guambe, no passado dia 19 de outubro, em Maputo.
De acordo com Filipe Nyusi, “se já têm conclusões sobre o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe que nos deem os dados para responsabilizarmos os criminosos como Estado (…) todos os pronunciamentos de missões diplomáticas foram unanimes na condenação dos assassinatos associando-os ao actual processo político, no entanto, sem acusar nas entrelinhas insinuavam que os incidentes tinham a ver com os vencedores das eleições.”
“Não se pode fazer insinuações. Isso limita o raciocínio. Um dos embaixadores até teve coragem de emitir uma comunicação em nome do seu País associando o assassinato ao roubo de votos pela Frelimo. Como sabe disso? Se já há conclusão é prático trazer-nos esses dados para nos responsabilizarmos por esses actos como Estado. O mais correcto é deixar as investigações prosseguem em todas as versões e pistas que podem estar disponíveis”, avançou Nyusi.
Para Filipe Nyusi, o Estado está a investigar para posteriormente responsabilizar os criminosos. Numa outra perspectiva, Nyusi disse que os observadores e jornalistas acreditados estiveram nas mesas de voto e primeiramente disseram que tudo havia corrido bem, mas posteriormente vieram afirmar que houve enchimentos, como? Se isto existiu, então eles colaboraram para tal.
Num outro desenvolvimento, Nyusi atacou Venâncio Mondlane por ter se autoproclamado vencedor das eleições quando apenas estavam contabilizados cerca de 10% dos votos. Entretanto, estas afirmações do Presidente da República, surgem num contexto em que o nível de críticas vem subindo de tom, principalmente num mandato, onde já foram assassinados figuras como: Gilles Cistac, Jeremias Pondeca, Mahamudo Amurane, Paulo Machava, Anastácio Matavele, Elvino Dias, Paulo Guambe e tantos outros, havendo algumas figuras incômodas ao regime são constantemente ameaçadas de morte, espancadas e detidas injustamente, mas nunca houve qualquer responsabilização, ademais, sempre procurou-se razões enfadonhas, medonhas e misantrópicas contra as vítimas e seus familiares. (Omardine Omar)
INTEGRITY – 29.10.2024
Posted on 29/10/2024 at 11:34 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O encontro de concertação teve lugar esta segunda-feira na cidade de Maputo. A Renamo aceitou fazer parte do grupo. A declaração poderá ser feita a qualquer altura.
O CIP Eleições sabe de fontes próximas do grupo que ainda ontem uma equipa constituída por membros dos partidos da oposição reuniu-se na Matola para elaborar a declaração conjunta dos partidos exigindo a criação de um governo de unidade nacional. A ideia é unir a oposição numa única frente de luta de contestação aos resultados eleitorais mais fraudulentos da história de Moçambique.
Nos últimos dias, Venâncio Mondlane tem defendido esta ideia que já tinha sido avançada pelos bispos Católicos, na sua última Carta Pastoral (leia mais boletim no 319)
Leia aqui Download CIP-Boletim-das-eleicoes-327-1 29.10.2024
Posted on 29/10/2024 at 11:14 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Na madrugada desta segunda-feira (28.10), a sede da localidade de Manhiça e dois comités de Círculo do partido FRELIMO, localizados em Homoíne, na província de Inhambane foram incendiadas por um grupo de cidadãos até então desconhecidos.
Presume-se que o sucedido teria sido originado no âmbito das manifestações em curso no País convocadas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS.
A chefe da localidade expressou indignação em relação aos prejuízos causados por esse grupo de cidadãos, ressaltando o impacto negativo do ato para a comunidade.
Moradores nas proximidades manifestaram preocupação com o incidente. “Estamos alarmados com o que aconteceu e tememos pela segurança na nossa área”, disseram.
Além da sede da localidade de Manhiça, os cidadãos também atearam fogo aos dois Comités de Círculo do partido Frelimo em Homoíne. Contudo, graças à rápida intervenção das autoridades, esses comités não foram completamente destruídos.
A polícia foi contactada e prometeu se pronunciar sobre o assunto, informando que as investigações estão em andamento para identificar e neutralizar os responsáveis por esses actos. (Armindo Vilanculos, em Inhambane)
INTEGRITY – 28.10.2024
Posted on 28/10/2024 at 17:05 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Um morto e cinco feridos graves e ligeiros é o balanço do terror perpetrado por membros da PRM (Polícia da República de Moçambique) contra membros e simpatizantes do PODEMOS, partido que suporta a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, ocorrido no sábado, no distrito de Mecanhelas, província do Niassa.
Os agentes da PRM balearam os manifestantes quando estes marchavam próximo à sede do Comité Distrital da Frelimo, onde membros daquela formação política celebravam os resultados das eleições anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que dão vitória ao partido no poder e seu candidato presidencial Daniel Chapo.
Residentes disseram à "Carta" que a violência foi protagonizada pela própria Polícia que, em vez de lançar gás lacrimogéneo, usou balas reais para dispersar os manifestantes indefesos, num acto descrito como de uso desproporcional da força. O cenário foi retratado em vídeos amadores, em que são vistos agentes da Polícia de Protecção, Polícia de Trânsito e da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) disparando contra os membros do PODEMOS, enquanto os da Frelimo aplaudiam as acções da corporação.
Fontes relatam que, para além dos membros e simpatizantes da Frelimo de Mecanhelas, estavam também membros da comitiva da Governadora do Niassa, Elina Judite Massangele, que se deslocou àquele distrito para participar da marcha de celebração da vitória.
Um jornalista local, que também assistiu ao terror, disse à “Carta” que, para impedir que o assunto se tornasse viral nas redes sociais, os directores do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) recolheram à força os telemóveis dos jornalistas por cerca de duas horas. No vídeo, o “espião” e o “boss” do SERNIC são vistos a ameaçarem os jornalistas com agressão caso não entregassem os celulares.
Em conferência de imprensa, a porta-voz da PRM no Niassa, Angelina Gaudêncio Cuaela, alegou que a corporação começou a responder quando os manifestantes do partido PODEMOS tentaram arrancar a arma de um dos agentes, o que obrigou a Polícia a disparar. Como resultado, seis membros e simpatizantes do PODEMOS ficaram feridos e foram levados para o centro de saúde local, onde um perdeu a vida devido à gravidade dos ferimentos.
Angelina Cuaela garantiu que os líderes da marcha serão responsabilizados, afirmando que um trabalho está em curso para neutralizá-los, onde quer que estejam. Ela também alegou que os membros do PODEMOS portavam objectos contundentes, supostamente para inviabilizar a marcha dos membros e simpatizantes da Frelimo, que celebravam a vitória do seu candidato, Daniel Francisco Chapo.
Na manhã deste domingo, a situação de segurança na sede do distrito de Mecanhelas era descrita como calma, embora os membros do PODEMOS ameaçassem retaliar, especialmente contra os membros da PRM. "Carta" apurou que um deputado da Assembleia da República pela bancada do partido Frelimo, residente em Mecanhelas, tem sido vítima de perseguição pela população local, que tentou atacá-lo em duas ocasiões.
Soube ainda que alguns membros da Frelimo não dormem nas suas casas desde o dia das eleições, alegadamente por terem contribuído para a manipulação e alteração dos resultados eleitorais que supostamente davam vantagem ao candidato Venâncio Mondlane.
CARTA - 28.10.2024
Posted on 28/10/2024 at 14:04 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Continuam na ordem do dia os resultados oficiais das eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais de 09 de Outubro último, divulgados na passada quinta-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), dando vitória à Frelimo e ao candidato presidencial Daniel Francisco Chapo.
Consideradas as mais fraudulentas da história da democracia multipartidária moçambicana – e que já levaram milhares de moçambicanos às ruas em todo o país em protesto aos dados oficiais – as eleições de 09 de Outubro revelam que a Renamo deixa de ser o maior partido da oposição, cedendo o lugar para o PODEMOS (de Albino Forquilha), partido que apoia a candidatura de Venâncio Mondlane.
De acordo com os números divulgados pela CNE, o partido liderado por Ossufo Momade passa, a partir de Janeiro de 2025, a contar com 20 deputados, contra os actuais 60. Ou seja, 40 membros da Renamo deverão deixar a Assembleia da República, dos quais 31 serão substituídos pelos deputados do PODEMOS e nove por deputados da Frelimo.
Entre os deputados da Renamo que deverão deixar o Parlamento estão Ivone Soares, antiga Chefe da Bancada Parlamentar (2015-2020); Clementina Bomba, actual Secretária-Geral do partido; António Muchanga, antigo porta-voz do partido; André Magibire, ex-Secretário-Geral do partido; Glória Salvador; e Muhamed Yassine.
Na Cidade de Maputo, por exemplo, a Renamo conseguiu somente um mandato, que será ocupado pelo “General Bob”, nome de guerra de Hermínio Morais. De fora da Assembleia da República, deverão ficar figuras como Domingos Gundana, Delegado Político da Renamo, na Cidade de Maputo, e Ivan Mazanga, Presidente da Liga Juvenil daquela formação política.
Na província de Maputo, a CNE afirma que a Renamo não conseguiu votos suficientes para eleger sequer um deputado, pelo que figuras como Clementina Bomba, António Muchanga e José Samo Gudo, que concorriam por aquele círculo eleitoral, não poderão regressar ao Parlamento.
A dupla CNE/STAE diz ainda que a Renamo, tal como vem acontecendo desde 1994, não conseguiu eleger um deputado na província de Gaza, assim como nos círculos eleitorais de África e do Resto do Mundo. Aliás, nestes círculos eleitorais, desde as primeiras eleições legislativas que somente a Frelimo elege deputados.
Posted on 28/10/2024 at 11:01 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 28/10/2024 at 10:07 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Os resultados eleitorais anunciados na quinta-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) mostram 170.000 votos falsos para a Frelimo e para Chapo. Mais uma vez, os números falam, e contam uma história de fraude.
Cada eleitor chega e recebe três boletins de voto, um para cada uma das três eleições. Há três urnas separadas e ninguém denuncia eleitores que colocam boletins de voto numa caixa e não nas outras.
No entanto, a CNE relata que, na Zambézia, 56.000 eleitores colocaram boletins de voto na urna para o Parlamento (Assembleia da República) mas não para o Presidente. Em Inhambane, 6% dos eleitores supostamente votaram para o Parlamento mas não para o Presidente, e ninguém se apercebeu.
Posted on 27/10/2024 at 23:19 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 27/10/2024 at 19:47 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Por Edgar Mundulai Barroso
Pediram-me para escrever de forma sintética, objectiva e directa para as pessoas comuns entenderem. OK. Vamos a isso. Nas últimas eleições gerais de 2024, diz-se que Daniel Chapo e a Frelimo venceram com 70%... e que Venâncio Mondlane e o PODEMOS tiveram apenas 20%. Ok. Estão a acontecer, em todo o país, manifestações e acções de desobediência civil contra estes resultados, levadas a cabo pelos tais 20%. Por seu lado, os tais 70% que venceram também estão em “contra-ataque”, principalmente na imprensa e nas redes sociais deles. Reuni alguns dados interessantes sobre isso. Basicamente:
Aos 20%, os 70%
* Pedem que eles recorram aos órgãos judiciais para reclamar da fraude e da desvirtuação dos resultados eleitorais… Elvino Dias assim o fazia e o assassinaram com 25 balas
* Pedem para que eles não vandalizem, por estes dias, bens e propriedades públicas… mas as mesmas pessoas que assim o pedem roubam (desviam?) fundos públicos desde a independência, há 49 anos
* Pedem que eles sejam pacíficos nas ruas… mas a polícia é a primeira a disparar contra eles, indiscriminada e desproporcionalmente
* Pedem que eles sejam democratas e aceitem a derrota nas urnas… as mesmas urnas que foram enchidas, roubadas ou adulteradas antes, durante e depois das eleições
* Exigem que o Venâncio seja responsabilizado criminalmente pelas manifestações… mas nunca falam dos Sidats e companhia que devem ser responsabilizados criminalmente por terem colocado material de votação nas mãos da “máquina” deles antes das eleições
Os 70%
* Fizeram desaparecer actas e editais originais, adulteraram dados na secretaria via Comissão Distrital e Provincial de Eleições, e se proclamaram a si mesmos vencedores absolutos das eleições gerais de 2024… e só eles próprios acreditam nisso, como confirmaram os observadores nacionais e internacionais, os delegados, a imprensa não cooptada e a comunidade internacional representada no país
* Dizem que ganharam as eleições, mas têm medo de sair às ruas para celebrarem com os (reais?) eleitores que os votaram
Posted on 27/10/2024 at 12:40 in Eleições 2024 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Em um discurso transmitido na sua conta de Facebook na tarde deste Sábado (26 de outubro), Venâncio Mondlane, fez um apelo à união dos partidos da oposição, propondo a formação de uma frente única para fazer face a Frelimo.
Mondlane, que é um crítico vocal do governo dos camaradas, destacou a importância de uma colaboração mais estreita entre as diversas forças políticas do país, enfatizando que a divisão actual entre os partidos enfraquece a luta por uma democracia genuína.
“Então, temos condições aqui. Nós também, como oposição, formamos uma frente única. Com os mesmos ideais de lutar por este povo […] E, ao invés de andarmos divididos e cada um a ser, digamos, cooptado pela FRELIMO. A FRELIMO dar uma mala de dinheiro aqui, dar uma mala de dinheiro ali, não pode. Temos uma oportunidade aqui”, afirmou Mondlane, referindo-se à prática do partido no poder de tentar corromper a oposição.
Este, não poupou elogios a outros líderes partidários, incluindo ao de Ossufo Momade, Presidente da RENAMO, ressaltando a participação activa desses líderes em eventos significativos, como o funeral de Elvino Dias e Paulo Guambe. “Eu aproveito, em público, felicitá-los e dizer que estou totalmente disponível para fazermos essa luta juntos, esta caminhada juntos, para salvaguardarmos a verdade eleitoral, para salvaguardarmos o nosso povo, para defendermos os direitos fundamentais do nosso povo. Estamos todos disponíveis para isso”, declarou.
Mondlane denunciou o que chamou de “eleições fraudulentas” e “burladas”, afirmando que a oposição precisa se unir para desafiar essa realidade. “Vamos mostrar que nós estamos dependentes do dinheiro. Vamos mostrar que não estamos corrompidos. Então, vamos ter a mesma voz. Vamos fazer uma comunicação conjunta. Vamos fazer um comunicado de imprensa conjunta”, insistiu.
Além disso, a terminar, Mondlane abordou a necessidade de reformar a polícia, argumentando que ela deve servir ao Estado e não a partidos políticos. ” Não queremos mais uma polícia que sirva partidos. Queremos acabar com isso”, afirmou, reforçando a urgência de mudanças institucionais.
De realçar que o país vive desde segunda-feira passada intensas manifestações e levantes populares contra os resultados eleitorais e a morte de Elvino Dias e Paulo Guambe, ao longo de vários pontos do país, com a polícia disparando de forma deliberada para os manifestantes e em paralelo a Comissão Nacional de Eleições dá a vitória das eleições ao partido FRELIMO e o seu candidato presidencial Daniel Chapo com 70% dos votos. (Bendito Nascimento)
INTEGRITY – 26.10.2024
Posted on 26/10/2024 at 23:31 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Os dois dias de manifestações foram caracterizados por ambiente de terror em algumas cidades e vilas como Maputo, Matola, Boane, Chimoio, Nampula e Nacala-Porto. O saldo até aqui é de cerca de 10 pessoas assassinadas pela polícia, dezenas de feridos e cerca de 500 detidos, três sedes do partidos Frelimo queimadas, diversos lojas saqueadas e viaturas incendiadas. Como sempre, a polícia não fala de nenhuma morte
O dia 24 tinha começado calmo em todo o país, mas o cenário mudou após o anúncio dos resultados eleitorais. Milhares de cidadãos, maioritariamente jovens, saíram às ruas para contestar os resultados eleitorais que deram 70% de votos a favor da Frelimo, uma mega fraude nunca vista na história do país. Foram montadas barricadas e pneus queimados em diversos pontos das principais vias das cidades e vilas.
Leia aqui Download CIP-Boletim-das-eleicoes-323-2 26.10.2024
Posted on 26/10/2024 at 22:16 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Presidente da Renamo diz que seu partido "não se responsabiliza pelos possíveis eventos pós-eleitorais".
Um crime, é como o presidente da Renamo, até agora o principal partido da oposição em Moçambique, classifica o processo eleitoral concluído a 9 de outubro e pede que o mesmo seja anulado.
"Estas não foram eleições. Foi um crime, um desrespeito e violação flagrante dos direitos fundamentais, como é o caso de enchimento nas urnas, infiltração de atas e editais falsos, manipulação dos resultados eleitorais, discrepâncias numéricas entre os editais distritais e as mesas de votos", afirmou Ossufo Momade, 16 dias depois das eleições que remeteram o seu partido para o terceiro lugar no Parlamento, com apenas 20 em 250 deputados.
Nas declarações aos jornalistas em Maputo nesta sexta-feira, 25, ele afirmou estar ciente da responsabilidade que a Renamo tem no país e disse que os resultados representam uma "alteração da vontade de popular".
"Declaramos, aqui e agora, que não aceitamos os resultados e vamos usar todos os mecanismos internos e internacionais para que estas eleições sejam declaradas inexistentes e seja resposta a justiça eleitoral", disse Ossufo Momade que, sem dar mais detalhes, acrescentou que "a Renamo não se responsabiliza pelos possíveis eventos pós-eleitorais".
O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) passa a ser o segundo partido na Assembleia da República, com 31 deputados, e o seu líder, Albino Forquilha será o líder da oposição.
Na corrida presidencial, Momade ficou no terceiro lugar, com apenas 5,81 por cento, muito longe de Venâncio Mondlane, com 20,32, po cento, e de Daniel Chapo, da Frelimo, com 70,67 e próximo Chefe de Estado.
O Conselho Constitucional terá de confirmar os resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, mas o candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou que vai recorrer por considerar que ganhou as eleições.
VOA – 25.10.2024
Posted on 25/10/2024 at 20:15 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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No balanço, hoje, das ocorrências de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, o Comando-Geral PRM não fez menção a ocorrência de mortes. Entretanto, pelo menos, a PRM na cidade de Nampula, anunciou, ontem, o registo de uma fatalidade. O cidadão foi atingido mortalmente pela PRM.
Maputo, Manica e Nampula foram os principais palcos dos protestos e da violação dos direitos humanos dos cidadãos, com destaque para o direito à vida e à integridade física, de acordo com o CDD. “Também foi violado o direito à manifestação previsto no artigo 51 da Constituição da República”.
MZNews - 25.10.2024
Posted on 25/10/2024 at 17:10 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Moçambique voltou, ontem, a ser banhado de sangue, terror e luto, gerado pela PRM (Polícia da República de Moçambique), nas suas mais diversas especialidades, incluindo a Polícia de Trânsito. Balas verdadeiras e gás lacrimogénio voltaram a se fazer ouvir e sentir nas cidades de Maputo, Matola, Nampula e Nacala-Porto.
O dia, uma quinta-feira de sol na capital do país, até começou calmo, com milhares de pessoas a marcharem pacificamente em quase todas cidades do país. Em alguns casos, com escolta da Polícia, mas o cenário viria a mudar momentos ainda no final da manhã, com a Polícia a lançar gás lacrimogénio e disparar balas verdadeiras nas cidades de Nampula e Nacala-Porto, na província de Nampula. Pelo menos quatro pessoas perderam a vida, em Nampula, e uma em Nacala-Porto.
Tal como na segunda-feira, a “proatividade” da Polícia, incluindo agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal, em querer dispersar os manifestantes, acabou resvalando em violência, com os manifestantes a lançar pedras e garrafas aos agentes da Polícia. Igualmente, colocaram barricadas nas estradas e queimaram pneus, como forma de retaliação.
A Polícia, mais uma vez, retaliou e, além de usar balas de borrachas e gás lacrimogénio, recorreu às balas verdadeiras, disparando de forma indiscriminada, causando vítimas mortais nas cidades de Nampula, Nacala-Porto e no município de Boane, província de Maputo.
Na capital do país, a situação ganhou contornos alarmantes após o anúncio dos resultados das eleições de 09 de Outubro, que dão vitória a Daniel Chapo e seu partido, a Frelimo, com mais de 70% dos votos. As Estradas Nacionais Nº4, Nº 1 e Nº2 foram literalmente bloqueadas, nos bairros Luís Cabral, Fomento, 25 de Junho, George Dimitrov e Cumbeza.
As avenidas Eduardo Mondlane, 24 de Julho, Joaquim Chissano, Julius Nyerere e FPLM, na Cidade de Maputo, também foram palcos de manifestações, com centenas de jovens a tomarem o controlo das vias. Postes de iluminação, painéis publicitários e contentores de lixo voltaram a ser derrubados pelos manifestantes, que iam gritando o nome do candidato presidencial Venâncio Mondlane, como o presidente eleito pelo povo.
Ao cair da noite, na Estrada Circular de Maputo, concretamente no Município da Matola, um grupo de manifestantes começou a incendiar pneus e a montar barricadas, impedindo a circulação normal dos carros. A Polícia foi obrigada a intervir para dispersar a população.
Dados ainda não confirmados pelas autoridades indicam que a Polícia matou pelo menos seis pessoas em todo país, sendo quatro na cidade de Nampula, uma em Nacala-Porto e outra em Boane, província de Maputo. Na segunda-feira, pelo menos uma pessoa morrem com balas da Polícia.
Refira-se que as manifestações continuam esta sexta-feira, em todos bairros e distritos do país, conforme reiterou ontem Venâncio António Bila Mondlane, candidato presidencial responsável pela convocação da greve, em repúdio aos resultados eleitorais, aos raptos e sequestros. (M. Afonso)
CARTA - 25.10.2024
Posted on 25/10/2024 at 14:11 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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De acordo com Mondlane, já terá sido manifestada alguma intenção “da outra parte” de se encontrar um ponto de comum acordo.
“Temos linhas vermelhas neste diálogo. A primeira é a reposição da verdade eleitoral, que a vontade do voto do povo seja respeitada” disse.
Mondlane desafiou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e ao partido Frelimo a apresentarem os editais que comprovam a vitória da formação política e seu candidato nas eleições gerais de 9 de Outubro.
“Esta é a grande questão: apresentem os editais. Se os editais comprovarem, de forma inequívoca, que a Frelimo ganhou, nós não temos necessidade de continuar com as nossas manifestações, com esta reivindicação”, adiantou.
O candidato independente, suportado pelo partido Podemos, reiterou a abertura para dialogar caso sejam apresentadas as evidências da vitória.
“Podemos estar a manifestar sem-razão, aí vamos aceitar, vamos nos corrigir, e vamos arranjar um entendimento. Estamos interessados em ter entendimento e que não haja paralisação por muito mais tempo” vincou.
MZNews - 25.10.2024
Posted on 25/10/2024 at 13:25 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Na sequência do anúncio dos resultados eleitorais de 2024, que proclamaram uma vitória retumbante para o partido FRELIMO e rebaixaram a RENAMO ao terceiro lugar, Fernando Mazanga, vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), não poupou críticas. Em declarações contundentes, Mazanga chamou seus colegas da CNE de “incompetentes” e afirmou que não houve justiça eleitoral durante o processo.
Mazanga expressou sua indignação, acusando a FRELIMO de utilizar as eleições para “legitimar e perpetuar seu poder”. Segundo ele, as eleições foram manipuladas, comprometendo a democracia no país e desrespeitando a vontade do povo.
‘‘Não houve verdade elitoral. É uma mentira esta que aconteceu. Nós estamos a ter um problema sério de pretendermos perpetuar um regime com base numa eleição falsa. Não pode ser assim. Eu quero convidar os meus colegas da Comissão Nacional de Eleições para porem a mão na consciência. Não está se a respeitar a verdade eleitoral, não está a se respeitar as opiniões das minorias.’’ Disse.
Fernando Mazanga afirmou que não votou a favor dos resultados, considerando o processo uma “piada”. Ele criticou falhas desde o recenseamento e denunciou a coleta de cartões de eleitor sem ação da CNE.
NGANI - 25.10.2024
Posted on 25/10/2024 at 13:21 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Esta eleição foi a mais fraudulenta desde 1999 porque, passo a passo, a Frelimo tem vindo a assumir o controlo de todo o processo eleitoral. Por lei, as comissões eleitorais e o STAE são dominados pela Frelimo por este ser o maior partido no parlamento. E a Frelimo usa esse poder para garantir a sua continuidade. Os partidos da oposição podem nomear pessoas para os STAE e para as comissões eleitorais, mas estas são marginalizadas e não são treinadas para serem os olhos da oposição. O poder sobre os STAEs levou ao recenseamento de um milhão de eleitores fantasmas - mais eleitores registados do que adultos em idade de votar - em vários distritos.
Leia aqui Download CIP-ESTA-ELEICAO-FOI-A-MAIS-FRAUDULENTA-DESDE-1999-25.10.2024
Posted on 25/10/2024 at 13:10 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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