O ÚNICO LUGAR ONDE PODE VER, OUVIR E LER MOÇAMBIQUE!
Por Moçambique e para Moçambique! Um obrigado a todos! Fernando Gil - NOTA: Para aceder a todos os artigos click em "archives". Também pode aceder por temas. Não perca tempo e click na coluna da direita em "Subscribe to this blog's feed" para receber notificação imediata de uma nova entrada, ou subscreva a newsletter diária. O blog onde encontra todo o arquivo desde Abril de 2004.
Visitantes:
BENVINDO AMIGO(A)
OUÇA AQUI A MELHOR MÚSICA DE MOÇAMBIQUE
Já à venda em e- book e livro. Click na caixa:
CRIE UMA APP NO SEU TELEMÓVEL DO MOÇAMBIQUE PARA TODOS! aqui
PROCURE MILITARES DESAPARECIDOS! aqui
Disponível também em www.zambeze.info
MPT disponibiliza à PGR de Moçambique e a todo o mundo o "Relatório da Kroll"(em inglês) - Leia, imprima e divulgue.
Veja aqui o Relatório da Kroll
FreeCurrencyRates.com
Posted on 03/03/2021 at 13:20 in 25 de Abril de 1974, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Hugo Gonçalves
"Não faz muita diferença quem tu és, nem quanto tempo treinaste, nem se és muito duro. Quando estás no lugar errado, à hora errada, vais apanhar."
Em A Barreira Invisível, de Terrence Malick
Durante a guerra pisou uma mina. “Nem ouvi o barulho.” Havia trovões e chuva. O capim era alto. Uma emboscada. Os inimigos iniciaram os disparos após a explosão. “Tinha um buraco na minha perna. Via o osso. Rasguei o camuflado, apertei para não sair mais sangue. Continuei a fazer fogo. Fui evacuado uma hora depois.”
Na segunda vez que foi ferido, Sadjo Camara, nascido na Guiné, comando português, entrou no helicóptero e uma bala perfurou-lhe uma nádega.
Houve ainda um terceiro ferimento. “Era o comandante de grupo e, por isso, o primeiro a saltar do helicóptero – saltávamos de muito alto. Fui logo atingido.” Uma bala que lhe entrou de lado, acima da cintura, e que fugiu pelo outro. “Nem sabia onde estava. Lembro-me da enfermeira. Tiveram de coser-me as tripas.”
Leia em
Download e_depois_do_adeusguine.doc
REVISTA ATLÂNTICO - JUNHO DE 2005
PS: Recordando a propósito da morte de Marcelino da Mata
Posted on 03/03/2021 at 12:14 in 25 de Abril de 1974, Guiné - Bissau, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Descobri o quadro abaixo que me chamou a atenção pela posição que Moçambique, Angola e a Guiné(Bissau) detinham economicamente a nível do continente africano.
Desafio, pois, economistas, sociólogos e políticos a deterem-se nestes valores e nos de hoje. Reconheço que então, como agora, a média não traduz a realidade da distribuição de riqueza.
Poder-se-á dizer que a "pobreza absoluta" é consequência da colonização? Seriam pobres aqueles que até ao princípio do séc.XX viviam no seu "mato", cultivando, caçando e disputando entre si os melhores territórios?
De notar, também, ser de cerca de 52% o contributo directo de doadores ao Orçamento de Estado de Moçambique...
Quanto se andou para atrás...
Table 5
Comparative Per Capita Income (US dollars)
Country or Territory |
|
|
1965 |
1970 |
Angola |
|
|
210 |
333 |
Mozambique |
|
|
165 |
228 |
Portuguese Guinea (Guinea-Bissau) |
|
|
194 |
258 |
Central African Republic |
|
|
101 |
120 |
Ivory Coast |
|
|
225 |
301 |
Kenya |
|
|
107 |
128 |
Niger |
|
|
76 |
74 |
Nigeria |
|
|
95 |
61 |
Republic of Zaire |
|
|
29 |
90 |
Senegal |
|
|
198 |
185 |
Tanzania |
|
|
60 |
102 |
SOURCE: Statistical |
|
|
Yearbook of the United |
|
Nations, 19 71-19 72, pp. 325- |
-26 |
|
|
|
|
|
|
|
Aqui fica o desafio.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
NOTA: Julgo saber ser de cerca de 20 vezes a actualização dos valores monetários de 1970 para 2005
(Colocado a primeira vez em 03.03.2008, In http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2008/03/pobreza-absolut.html)
- Numa actualização com correcção monetária, o rendimento per capita, em 1970 era, em Moçambique, de 4560 USD contra os actuais 350 USD. Mantendo-se a progressão de 1965 para 1970, em quanto estaria hoje o rendimento "per capita" em Moçambique? São números da ONU. Quem desmente? Triste a realidade que a independência trazida pela FRELIMO criou em Moçambique.
Para quem quiser fazer melhores contas, visite
http://fx.sauder.ubc.ca/etc/USDpages.pdf
06.06.2010
Em tempo:
Posted on 02/03/2021 at 13:37 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, História, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Novos documentos revelam como Estados Unidos discutiram o interesse ou não em apoiar a evacuação de portugueses de Angola
Um mês antes da independência de Angola em 1975, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Melo Antunes, informou o Presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford, que a independência iria resultar no “caos económico e administrativo” de Angola, revelam documentos publicados pelo Departamento de Estado americano.
Melo Antunes disse que nenhum dos movimentos de libertação angolanos possuía quadros para garantir a estabilidade de Angola, revela a transcrição de uma reunião na Casa Branca entre Melo Antunes, o Presidente Gerald Ford e o então secretário de Estado, Henry Kissinger, que era também Conselheiro de Segurança Nacional de Ford.
Dezenas de documentos referentes às relações entre os Estados Unidos e Portugal, entre Outubro de 1973 e 1976, agora tornados públicos, reflectem com efeito a crescente preocupação do Governo americano face à radicalização dos vários Governos portugueses que se sucederam após o golpe de estado de 25 de Abril de 1974, à luz da guerra fria com a União Soviética e as implicações da retirada portuguesa de Angola nessa luta por influências entre as duas potências mundiais.
Neste contexto, as reuniões ao mais alto nível indicam como a independência de Angola torna-se não só um factor de preocupação para as autoridades americanas, mas também um instrumento de pressão em redor da questão da retirada de Angola de centenas de milhares de cidadãos portugueses, os chamados “retornados”, sobre os quais os dirigentes americanos chegam mesmo a discutir se o regresso desses portugueses iria favorecer forças anti-comunistas em Portugal ou se seria melhor permanecerem em Angola.
A ajuda ao regresso dos portugueses é também usada para tentar forçar os militares portugueses a deixarem de ajudar o MPLA, indicam os documentos que confirmam que, mesmo antes da proclamação da independência, navios carregados de material bélico soviético para o MPLA chegavam a Angola perante a passividade das autoridades portuguesas.
“Savimbi é mais inteligente, Neto é casmurro”
Um mês antes da independência de Angola, Melo Antunes deslocou-se à Casa Branca, a 10 de Outubro de 1975, para uma reunião em que o Presidente Ford pediu ao ministro português uma avaliação dos dirigentes angolanos, começando por perguntar se era sua opinião que Agostinho Neto era comunista.
“É muito próximo disso embora seja difícil classificá-lo como um comunista ortodoxo”, respondeu Melo Antunes, acrescentando “estamos bem cientes do apoio que tem recebido da União Soviética e de outros países socialistas, mas principalmente da União Soviética”.
Interrogado sobre os dirigentes dos três movimentos de libertação, o então ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que o fundador e líder da FNLA, Holden Roberto, “não tem um fundo político muito sólido”.
“É facilmente corrompível e dependente de Mobutu”, afirmou em referência ao antigo Presidente do Zaire (agora República Democrática do Congo) onde Roberto se encontrava.
Dos três dirigentes, sublinhou Melo Antunes, “(Jonas) Savimbi é o mais inteligente, o mais capaz e o mais forte politicamente”, embora “alguns ponham em causa o seu senso político”.
“Tem jogado em todos os lados e mudou de apoiantes estrangeiros, e penso que irá acabar por perder popularidade devido a estas acções, mas de momento tem apoio considerável do Zaire e Zâmbia, enquanto (Agostinho) Neto (presidente do MPLA ) devido à sua casmurrice perdeu algum apoio”, acrescentou.
Posted on 25/02/2021 at 23:30 in Angola - Cabinda, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Quase no fim da Província de Moçambique, lá muito ao Norte, fica situada a povoação de Palma, administrativamente classificada como Sede de Circunscrição, incluindo nos seus limites, Olumbe, Mutamba e Quionga, como povoados mais importantes.
Situada na zona de influência muçulmana, Palma, cujo nome comemora um dos heróis que ajudaram a construir e consolidar a influência portuguesa na Costa Oriental, não foi conhecida nos mapas e nos documentos oficiais por esta designação, senão algum tempo depois dos acontecimentos que vão narrar e a sua Circunscrição apenas pela Portaria Número 6:202, de 17 de Novembro de 1945 adoptou a nova designação. -----
(…) Desde os primeiros tempos da nossa colonização, que este ponto do litoral moçambicano se denominava Baía de Tungue e a povoação, um miserável povoado arabizado, era conhecido também pelo mesmo nome. A influência dos portugueses nestes pequenos portos de mar foi sempre mais teórica do que prática, sendo frequentados pelos nossos navios, mas geralmente os marinheiros e comerciantes ficavam em terra o tempo suficiente para a carga das embarcações ou para a reparação de qualquer avaria mais grave que os impedia de arribar a Moçambique.
Quando o poderio português se estendia pela costa de África acima até quase à entrada do Mar Roxo, isto é, quando a Capitânia de Mombaça se encontrava em todo o seu esplendor e ao Capitão do Forte Jesus obedeciam todos os senhores mouros das ilhas e da terra firme, a Baía de Tungue não tinha grande importância estratégica por ficar na fronteira de dois domínios igualmente obedecendo ao Rei de Portugal, mas com a decadência do Século XVIII tudo mudou
A queda de Mombaça, em 1729, e o abandono da Ilha de Pate por António de Albuquerque Coelho, marcou o início de uma longa série de conflitos, tentativas de conciliação diplomática e vexames que Portugal teve de sofrer e que mais dolorosos foram para a honra nacional, por nos terem sido dirigidos por povos a nós nitidamente inferiores e por soldados que não passavam de bandos de maltrapilhos fanatizados.
Com a perda da Capitânia do Norte, os territórios sob a autoridade do Rei de Portugal ficaram circunscritos ao que hoje são, tendo-se logo marcado como limite extremo a foz do Rovuma, ou mais simplificadamente o Cabo Delgado, negligência essa que nos ia custando a posse de Quionga, como a seu tempo já se fez referência nestas crónicas históricas. No entanto, estes limites fronteiriços levaram o Governo Português a ter que entrar em guerra com o Sultão de Zanzibar, após quase um século de negociações, o que revelou da nossa parte uma paciência quase oriental, mas que uma vez desembainhadas as espadas a questão resolveu-se de vez, ACABANDO-SE COMO POR ENCANTO AS PRETENSÕES ISLAMITAS SOBRE ESTA BAIA (TUNGUE/PALMA).
Poucos anos após o desmoronamento do nosso poderio além Rovuma, as AMEAÇAS DOS SULTÕES DO NORTE fizeram-se sentir aos Governadores de Moçambique, levando Pedro do Rego Barreto da Gama e Castro, em 1745, a dirigir uma carta alarmante ao Cardeal da Mota, Ministro de D. João V, onde o monarca era informado de que os portugueses não possuíam meios para se oporem a um AVANÇO DOS MOUROS PARA O SUL.
Posted on 22/02/2021 at 11:58 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O papel dos soldados africanos que lutaram por Portugal na guerra colonial, a sua sorte após o 25 de Abril e os casos de tortura em 1974 e 1975.
Ouça aqui, pois que mais aproximado às realidades vividas naquela época, ainda não encontrei.
Marcelino da Mata e os comandos africanos – Observador
Recorde aqui https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2020/11/onde-e-como-nasceu-o-celebrado-25-de-abril-de-portugal.html
NOTA: Eu ouvi da boca de Almeida Santos, ao lado do então deputado Mário Tomé da Frelimo, dizendo que "em Moçambique, se a lei da nacionalidade fosse outra, como aqui é explicado, só em Moçambique, na altura da opção da nacionalidade, seriam cerca de 2 milhões a requerer a nacionalidade portuguesa. Na altura a população de Moçambique não chegava a 8 milhões de habitantes. O que seria do novo país Moçambique a nascer com 25% da sua população sendo estrangeira?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 19/02/2021 at 16:05 in 25 de Abril de 1974, Guiné - Bissau, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O ministro da Defesa de Portugal estima que cerca de 60 militares portugueses farão parte do contingente de formadores de forças especiais que será destacado em abril para auxiliar Moçambique no combate ao terrorismo.
"O que vamos destacar são formadores para formar fuzileiros e comandos. São militares que têm essas valências, forças especiais. Acredito que seja na ordem dos 60. Ainda não está estabilizado (o número de efetivos) porque ainda há um trabalho de planeamento em curso com as autoridades moçambicanas", afirmou João Gomes Cravinho, em entrevista à agência Lusa.
"Irão, em princípio, para locais diferentes: no sul do país, perto de Maputo, e no centro, mas ainda não está inteiramente decidido", adiantou ainda o responsável pela tutela.
Numa entrevista exclusiva concedida recentemente à DW, o ministro da Defesa de Portugal já tinha sublinhado a abertura da União Europeia (UE) em apoiar Moçambique. João Gomes Cravinho revelou também que no início de abril já "haverá condições" para começar a formação sobre terrorismo.
"Intensificação" da cooperação
A província moçambicana de Cabo Delgado está sob ataque desde outubro de 2017 por grupos de insurgentes ligados a organizações islâmicas radicais e classificados desde o início de 2020 pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma "ameaça terrorista".
Questionado sobre as alterações ao programa quadro de cooperação técnico-militar com Moçambique, para vigorar nos próximos três anos, Gomes Cravinho precisou que o que está previsto é uma "intensificação" da cooperação com este país, na sequência do contexto atual de ameaças.
A cooperação técnico-militar entre Portugal e Moçambique existe desde 1988.
DW – 17.02.2021
Posted on 17/02/2021 at 13:42 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Dele contava-se que antes de atacar mandava o corneteiro tocar porque não lhe parecia decente atacar um homem desprevenido. A sua vida dava muitos filmes. E confronta Portugal consigo mesmo.
Por Helena Matos
“Eu não fico cá. Ou me mandam para uma zona operacional ou fujo daqui”. Corria o ano de 1964. Marcelino da Mata não aguenta mais a tranquilidade da vida no quartel-general, em Bissau. Na verdade não precisou de fugir do quartel-general de Bissau pois conseguiu ir para Farim, onde em escassos dias convenceu o Tenente-Coronel Agostinho Ferreira a dar-lhe autorização para constituir um grupo de operações especiais.
“Quando me apresentei ao comandante, o Ten-Coronel Agostinho Ferreira, afirmei-lhe querer formar um grupo de operações especiais. Ele não concordou… Então, para mostrar que podia fazer tal actuação, num determinado dia peguei em cinco homens e saí do quartel em direcção a uma base do PAIGC, situada a 3,5 kms de Farim, numa destilaria de aguardente. Atacámos à noite e trouxemos nove presos, carregando 65 armas apreendidas. Às 6 horas da manhã já estava a bater à porta do quarto do comandante, a chamá-lo. Ele não queria aparecer, mas insisti. Quando surgiu, perguntou o que é que eu queria dele. Disse-lhe: “É para mostrar armas”. Ripostou: “E quais são as armas que eu não conheço?”. Respondi: “Estas não conhece, pois são do PAIGC”. Espantado, perguntou-me como tinha sido a actuação. Respondi-lhe: “Olhe! Eu nunca digo como faço as minhas operações. Fui lá, matei alguns e trouxe estes”. Disse ele: “Então deixa os prisioneiros andar com armas?” Retorqui eu: “Não faz mal; então não são homens como nós?!…”
Nos dias seguintes, Marcelino da Mata continuou a levar a cabo o que designava como “suas operações”, operações essas que descreve a Amaro Bernardo quando este o entrevista para o livro “Guerra, Paz e Fuzilamentos dos Guerreiros. Guiné”. Até que o inevitável acontece. Uma manhã, o Tenente-Coronel Agostinho Ferreira chamou o 2.º comandante: “Diz lá àquele tipo que pode formar o grupo de operações especiais”. Marcelino da Mata lembra: “Foi a partir daí que formei o grupo Os Roncos”.
Da “Tridente” à “Mar Verde”
Pode parecer estranho, mas a carreira militar de Marcelino da Mata começou por acaso: a 3 de Janeiro de 1960, quem devia ter entrado no CIM-Bolama era um seu irmão. Mas Marcelino foi ao centro de recrutamento informar-se sobre a situação do irmão e já não saiu. Tinha então 19 anos. Inicialmente, a sua principal mais-valia não é a forma como combate mas sim o domínio dos vários dialectos falados na Guiné.
Em 1963 vai para Angola fazer um curso de comandos. Já em 1964, regressa à Guiné a tempo de participar na “Operação Tridente”, que visava expulsar a guerrilha das ilhas da região do Como. Foram dois meses e meio entre pântanos, mato e lodo. Do Como, as tropas portuguesas trouxeram uma vitória — e Marcelino da Mata as suas primeiras cruzes de guerra.
A Torre e Espada vai ganhá-la anos mais tarde por ter resgatado uma companhia que fora aprisionada na zona da fronteira com o Senegal. Marcelino da Mata chefia um grupo de 19 homens que consegue não só enfrentar os guardas do PAIGC mais os soldados senegaleses como ainda levar os soldados portugueses pelos mais de 40 quilómetros que os separavam da Guiné. Diz quem lá esteve que o grupo de Marcelino da Mata não só fez tudo isto como, uma vez colocados os soldados a salvo, ainda voltaram atrás para repelir o PAIGC. Não será a única vez que o seu arrojo o leva a operações fora do território da Guiné.
Continue reading "Marcelino da Mata. O vírus foi mais forte do que as balas" »
Posted on 14/02/2021 at 17:44 in Guiné - Bissau, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 14/02/2021 at 12:32 in A GUERRA de Joaquim Furtado(RTP), História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Era um dos militares da guerra colonial mais condecorados. Tinha 80 anos.
Marcelino da Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite "Comandos", sendo conhecido nos meios militares como um dos mais "bravos e heróicos" combatentes lusos, especificamente nas então colónias ultramarinas.
Após a Revolução do 25 de Abril e do fim da Guerra Colonial foi proibido de voltar à sua terra natal, entretanto independente país de origem, e viu-se obrigado ao exílio, em Espanha, até ao contra-golpe do 25 de Novembro (que terminou com o Processo Revolucionário Em Curso).
Foi o militar mais condecorado de sempre do Exército, segundo o ramo. Em 1969, foi armado cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", após ter subido sucessivamente de patente, desde soldado a major.
Entre as mais de 2.000 missões de combate em que participou, naquele que é considerado dos teatros de operações mais difíceis da Guerra Colonial, contam-se as emblemáticas: Operação Tridente, o resgate de mais de uma centena de militares lusos no Senegal e a Operação Mar Verde.
Marcelino Mata reformou-se em 1980 e foi ainda promovido a tenente-coronel em 1994.
Nasceu a 7 de maio de 1940. Foi acidentalmente incorporado no lugar do irmão no CIM-Bolama em 3 de janeiro de 1960, ofereceu-se como voluntário após cumprir a primeira incorporação. Integrou e foi fundador da tropa de operações especiais COMANDOS na antiga Guiné Portuguesa tendo realizado operações no Senegal e na Guiné Conacri.
A 2 de julho de 1969 foi feito Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Apesar de várias vezes ferido em combate apenas teve que ser evacuado da Guiné por ter sido alvejado, por acidente, por um camarada, assistindo ao 25 de Abril de 1974 em Lisboa.
Após a independência da Guiné foi proibido de entrar na sua terra natal.
Em 1975 foi detido no quartel do RALIS, Lisboa, e sujeito a tortura e flagelação praticada e ordenada por Manuel Augusto Seixas Quinhones de Magalhães (capitão), Leal de Almeida (Tenente Coronel), João Eduardo da Costa Xavier (capitão tenente) e outros elementos do MRPP.
No decurso das perseguições de que foi alvo no ano de 1975 conseguiu fugir para Espanha, de onde regressou após o 25 de Novembro, participando ativamente na reconstrução democrática e no restabelecimento da ordem militar interna, agindo sempre com elevada longanimidade para com os seus opressores.
Posted on 12/02/2021 at 11:37 in 25 de Abril de 1974, Guiné - Bissau, Portugal | Permalink | Comments (1)
Reblog
(0)
|
|
Em entrevista à DW, o ministro da Defesa de Portugal sublinha a abertura da UE em apoiar Moçambique no que precisar. Segundo João Cravinho, no início de abril "haverá condições" para começar formação sobre terrorismo.
A segurança e a estabilidade no continente africano, abrangendo o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, serão matérias na agenda na adiada cimeira União Europeia-África, ainda sem data marcada.
Além do Sahel e do Golfo da Guiné, um dos focos da presidência portuguesa nos 27 é Moçambique, segundo reafirma o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, em entrevista exclusiva à DW África.
DW África: O que pode Moçambique esperar mais da União Europeia (UE) para fazer face aos ataques armados de grupos terroristas que persistem em Cabo Delgado?
João Gomes Cravinho (JGC): Bom, desde logo Moçambique pode esperar solidariedade, um diálogo estreito e pode ter a convicção de que a União Europeia (UE) estará à altura daquilo que Moçambique sentir que precisa em matéria de apoio para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Já no primeiro mês da presidência portuguesa da UE, em janeiro, o meu colega, ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, foi a Maputo em nome da UE, não apenas em nome de Portugal – como eu estive em dezembro –, para desenvolver um diálogo que assenta em três pilares: apoio em termos de formação militar, apoio em termos de promoção do desenvolvimento e apoio em termos de socorro humanitário. E, portanto, [em relação a] esses três pilares, Moçambique pode contar com Portugal para desenvolvê-los no seio da UE no sentido de criar as melhores [condições] possíveis para que as autoridades moçambicanas possam exercer a sua soberania por todo o território moçambicano.
DW África: Recentemente, esteve em Moçambique uma missão militar portuguesa, depois do senhor ministro ter afirmado que haverá um reforço da cooperação. Nesta altura, estarão já delineadas as ações a serem implementadas no terreno para ajudar Moçambique a combater o terrorismo?
JGC: Sim. Depois da minha visita em dezembro [de 2020], esteve lá também o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas no final de janeiro e, logo de seguida, uma equipa técnica que ficou mais uma semana a trabalhar com os contrapartes moçambicanos no desenho de um apoio de formação bilateral, de Portugal para Moçambique. [Estou a falar de] formação de tropas especiais. Portanto, fuzileiros e comandos, muito dirigidos ao combate do terrorismo. Esse trabalho já está na fase de planeamento. No início de abril haverá condições para começarmos a formação no terreno, para que Moçambique possa ter todas as condições para que as Forças Armadas moçambicanas possam combater o terrorismo em Cabo Delgado.
DW África: Porquê só a área da formação? Não haverá outras áreas sensíveis de que Moçambique necessite também de apoio?
Continue reading "Cabo Delgado: Portugal diz que formação de militares poderá começar em abril" »
Posted on 10/02/2021 at 00:55 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 09/02/2021 at 14:09 in Antropologia - Sociologia, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
SINOPSE
Este trabalho mostra a atitude lânguida dos colonizadores portugueses, os primeiros europeus a “descobrir” Timor-Leste e Austrália, que se descartaram da Austrália e preferiram instalar-se em Timor devido à sua madeira de sândalo. A expansão holandesa forçou os Portugueses a colonizar Timor-Leste e a tentar "pacificar" a sua rebelde população.
Este diário de acontecimentos, até à sangrenta anexação de Timor-Leste, pretende mostrar como Portugal lidou incompetente e apressadamente com a sua retardada descolonização. Conclui-se que Timor-Leste não estava então preparado, nem os Portugueses tiveram tempo para os preparar, e, os EUA, Austrália e Indonésia estavam ansiosos para se verem livres do problema de Timor.
O Timor Português era um atraso, sem educação, nem infraestruturas. A Austrália competia pelo petróleo em plena crise energética de 1973, e Portugal estava ainda a aprender a tornar-se numa democracia depois de 48 anos de ditadura, à medida que tentava evitar a sua própria quase guerra civil.
Quando a descolonização se inicia em 1974, a Administração Portuguesa introduz medidas aceleradas para a preparação de quadros com vista à futura passagem de poderes e autodeterminação. A Indonésia já estava adiantada a falsificar a escrita apoiada pela histeria anticomunista dos EUA devido à queda de Saigão, à "Teoria do Dominó" do Dr. Kissinger e incentivada pela pragmática ingenuidade da diplomacia petrolífera australiana.
Leia aqui Download Timor_Leste_dossier_secreto_73_75_PT_cc0_pdf
Posted on 05/02/2021 at 13:17 in História, Portugal, Timor | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Num manifesto público, mais de 30 organizações portuguesas afirmam-se preocupadas com o meio milhão de deslocados internos em Moçambique. A ACNUR presta assistência a menos de 10% da população vitimada pela violência.
Organizações portuguesas mobilizam-se para prestar assistência a deslocados internos em Moçambique.
Mais de 30 organizações da sociedade civil portuguesa pedem maior envolvimento do Governo de Lisboa e da União Europeia (UE) na solução da crise humanitária em Moçambique - nomeadamente em Cabo Delgado -, por não se conformarem com a violência na região.
Moçambique é confrontado com a violência na região de Cabo Delgado e também tem de lidar com os efeitos desastrosos dos ciclones que assolam o seu território.
O país vive uma situação de emergência que exige mais esforço nacional e internacional, avançam mais de três dezenas de organizações não-governamentais portuguesas (ONG) que se mostram preocupadas com a atual realidade.
"Desejo de uma ação mais pragmática"
Numa carta pública, as organizações manifestam o desejo de uma ação mais pragmática de Portugal e da União Europeia (UE) para ajudar as populações locais
Consideram ainda que, antes, é preciso assegurar estabilidade nas zonas de risco, sensíveis aos ataques de grupos terroristas armados.
Segundo João Pereira, secretário-geral da Cáritas Portuguesa, "é muito difícil desenvolver trabalho humanitário no contexto de crise e de conflito".
"Estamos a falar de cerca de 400 mil deslocados, onde apenas 10% tem assistência humanitária dada pelo Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)", enfatiza.
A Cáritas, entretanto, pede mais que do que isso, diz João Pereira, porque Cabo Delgado "infelizmente é uma zona que ao longo de muitos anos tem padecido de investimentos".
A região também tem sido fustigada por várias catástrofes naturais, explica, portanto, "seria preciso mobilizar esforços a médio e longo prazos, não só da União Europeia a apoiar o Governo de Moçambique, mas também dos países vizinhos", diz.
Amnistia Internacional (AI)
A Amnistia Internacional (AI), outra organização não-governamental signatária do manifesto, diz-se preocupada com a situação dos deslocados internos provocada pela crise em Cabo Delgado.
A diretora de Investigação e Advocacia da Amnistia Internacional (AI) Portugal, Maria Lapa, explica que "além das organizações que, no terreno, prestam ajuda direta à população, muitas outras se têm dedicado a informar e a alertar o público para o que está a acontecer, e a pressionar Moçambique e os governos externos para que tomem ação urgente", diz.
Continue reading "Moçambique: Cabo Delgado terá ajuda de organizações portuguesas" »
Posted on 30/01/2021 at 12:07 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Emigração - Imigração - Refugiados, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Resumo:
O artigo intitulado “pesquisando a história da luta armada em Moçambique: o contexto dos desafios atuais da comunicação científica” apresenta um debate atualizado da produção historiográfica de um dos campos de estudos da história de Moçambique, “o movimento de libertação nacional”. Também apresenta uma análise do processo da circulação daquela produção, considerando seus problemas e desafios, bem como analisa a importância das memórias como fonte de pesquisa histórica. Em Moçambique, nos últimos anos tem sido recorrente a publicação de memórias através das quais, ex-combatentes relatam suas próprias experiências, vivências e sua contribuição enquanto sujeito co-construtor daquele período histórico.
Posted on 22/01/2021 at 17:36 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Não, entendem pesquisadores. Portugal ganhará influência e prestígio no campo das relações internacionais. E, como "não há almoços de graça", o ex-colonizador poderá querer também contrapartidas de natureza económica.
Não há como não notar que Portugal tem-se desdobrado em esforços para ajudar Moçambique a enfrentar a insurgência em Cabo Delgado, uma das regiões mais ricas em gás do mundo.
Em 2020, levou o problema da sua ex-colónia à mesa da União Europeia (UE), com os seus eurodeputados a fazerem os corredores em Bruxelas. Surtiu efeito. Mais sensibilizados, os 27 já se movimentam em direção a Maputo.
As estrelas estão alinhadas para Lisboa
Raúl Braga Pires, especialista nos PALOP com influência islâmica, sublinha que "há uma conjugação de fatores que permitirão a Portugal ser ainda mais ativo no que toca a questão de Cabo Delgado, isto porque Portugal assume a presidência da UE nos próximos seis meses".
O analista recorda que "há uma outra conjugação muito interessante": Portugal tem um Governo socialista e um ex-secretário socialista e ex-ministro como secretário-geral da ONU, António Guterres.
Neste âmbito, Raúl Pires entende que "há uma oportunidade de haver um olhar mais lusófono por parte das lideranças europeias, que permitirão um apontar de soluções e colocar Cabo Delgado na agenda".
E assim começaram as idas de governantes portugueses a Moçambique. Portugal passou a ser a ponta de lança da União Europeia no que se refere ao combate ao terrorismo em Cabo Delgado. O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Silva, enviado do alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, reuniu-se esta semana em Maputo com as altas autoridades locais.
Contudo, há o entendimento de que esta não se trata de uma investida desinteressada de Lisboa.
"Moçambique terá de pagar alguma contrapartida"
O especialista em paz e segurança Calton Cadeado entende que "Portugal faz de tudo para servir de instrumento de influência nesses espaços multilaterais onde tem alguma voz para poder fazer passar a agenda de Moçambique - sempre na lógica de que não há almoços de graça nas relações internacionais, Moçambique terá de pagar alguma contrapartida".
Continue reading "Cabo Delgado: Empenho de Portugal em ajudar é desinteressado?" »
Posted on 22/01/2021 at 17:22 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Por Francisco Nota Moisés
Missão a Moçambique - Terça-feira no terreno (2)
“De momento vão a Maputo e espera-se que possam ir a Cabo Delgado”, disse, acrescentando que tal “vai depender das condições de segurança da zona”. “Vamos ver de que maneira podemos ajudar mais o governo de Moçambique a fazer frente a um problema que não é só de Moçambique, que vem da Somália, que afecta uma região que tinha estado bastante isolada e onde podemos ter um fenómeno de extensão do terrorismo islamista”, explicou. ... O Alto Representante frisou que quaisquer iniciativas da União Europeia só podem ser desenvolvidas depois de obtido “o acordo das autoridades de Moçambique, [que] é um país soberano”, mas apontou o treino e equipamento militar, a ajuda humanitária às populações deslocadas e, eventualmente, missões de vigilância costeira."
Joseph Borrell, o tal Alto representante da União europeia para a politica externa, sabe falar e fala muito, e, no e ao cabo, só desfala. Ele vai enviar o bom Augusto Santos Silva, o ministro português dos Negócios Estrangeiros antes do regime maputense lhe dizer se a missão pode prosseguir ou não. Porque ele quer se abaixar assim? Somente ele e que pode explicar.
E aposto que o bom ministro português, orgulhosamente muito lusitano com o sangue de Viriato a lhe correr nas veias, pode ver que isto é uma piada, mas não pode dizer ao seu superior em Bruxelas que agindo assim eles vão se fazer de ridículos, pois que ele não tem nada a perder. Tem o bilhete de avião primeira classe pago, boa comida, vinho tinto, e talvez aguardente enviado por Felipe Nyusi como sinal de boa vontade entre Portugal e os seus antigos terroristas em Moçambique.
Ou será um avião militar português que vai levá-lo e *a sua companheira de viagem a Maputo?
Obviamente, Joseph Borrell é um daqueles que fala às toas. Diz que o problema da rebeldia contra o regime de Maputo vem da Somália, e isto enquanto se diz que os rebeldes nortenhos não tem nada a ver com os islamitas da Al-Shabab da Somália e que são pessoas locais que lhes deram a alcunha de Al-Shabab.
O próprio regime em Maputo agora admite sotto voce, ou em voz baixa, baixinha, que o problema foi causada pelo esquecimento do povo de Cabo Delgado e a sua miséria e acaba de receber 50 milhões de dólares dos americanos para empreender programas de desenvolvimento naquela parcela do país. Mas são os americanos que deram tanta massa aos terroristas maputenses que se fazem de ingénuos. Se a Frelimo não quis fazer nada para desenvolver a região antes da revolta popular em Cabo Delgado, será agora que vai faze-lo com uma grande parte da província sob controle dos rebeldes e a fugir, com faz, dum lado para o outro?
Ou será que os americanos farão tudo em coordenação com os rebeldes? Tudo é possível. Não admiraria ver os americanos a estabelecer contactos com os rebeldes como o fizeram com os Talibãs em Afeganistão depois de compreenderem que tinha sido profundamente derrotados. Agora são os próprios americanos que deram credibilidade aos Talibãs que eles pensavam que eram demónios com cornos e tudo quanto mais.
Obviamente, nenhum tostão daquele dinheiro será empregue no desenvolvimento de Cabo Delgado ou de qualquer outra parte do Norte ou Centro de Moçambique. Irá aos bolsos de gatunos no poder em Maputo.
Se aquela tal delegação da União Europeia fôr a Cabo Delgado, irá somente estar em Pemba onde receberá briefings sobre a situação na província. E talvez que ela dai poderá enviar uma mensagem aos rebeldes para ela tentar saber mais sobre a situação na província e também rogar aos rebeldes se poderão lhes admitir escalar Mocímboa da Praia e outras partes sob o controle dos rebeldes para as rezas de agradecimento a Allah. Poderão também convidar o bispo Luís Fernando Lisboa de Pemba para nessas orações pronunciar uma reza cristã. E de bom grado, o homem de Deus cristão, que agora está muito feliz por os rebeldes não estarem a empreender actividades contra o Cristianismo, comparecerá com uma Bíblia num sovaco e uma bengala na mão. E assim a paz virá.
Posted on 18/01/2021 at 23:57 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Portugal quer iniciar, ainda no decorrer do primeiro semestre deste ano, atividades de formação em Moçambique em coordenação com as autoridades locais.
O ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho, adiantou esta quarta-feira, (06.01), que haverá "um reforço bastante significativo" da cooperação militar com Moçambique na área da formação ainda no primeiro semestre do ano.
Portugal prevê empenhar um contingente de 1.706 militares em ações externas em 2021, num total de 27 missões internacionais, assim como 75 viaturas, sete aeronaves e seis navios por parte dos três ramos das Forças Armadas: Marinha, Exército e Força Aérea.
"No caso de Moçambique, não será uma FND [Forças Nacionais Destacadas] do ponto de vista técnico. Será um reforço bastante significativo da nossa cooperação, dedicado à formação. Estamos a trabalhar na sua definição exata. É um trabalho feito em estreitíssima coordenação com as autoridades moçambicanas", afirmou o responsável pela tutela em Portugal.
Gomes Cravinho referia-se ao pedido de auxílio de Moçambique, já formalizado junto da União Europeia, para o combate ao terrorismo jihadista na região norte do país, especificamente em Cabo Delgado.
"Não tenho uma data específica. Estou a trabalhar com o ministro da Defesa de Moçambique para uma visita dele a Portugal na sequência da minha visita de dezembro e nessa ocasião assinaremos o programa-quadro. Durante este mês de janeiro irá intensificar-se o diálogo e espero que, durante o primeiro semestre (março/abril), seja já possível iniciar as atividades de formação", anteviu.
DW – 06.01.2021
Posted on 06/01/2021 at 16:12 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Desde 2010 que investigo: “O poder colonial e o impacto do Islão em Moçambique (1954-1974), no âmbito de um pós-doutoramento, orientado pela Professora Doutora Joana Pereira Leite no CEsA/CSG/ISEG/UL. Nesta apresentação, que se insere na publicação final que estou a preparar gostava de partilhar as histórias de vida e de sofrimento com as quais me deparei no decurso da pesquisa, quando procurava no ambiente associativo islâmico iniciativas de clandestinidade e resistência.
Selecionei assim, o drama que conheci em Cabo Delgado, mais concretamente em Pemba/Ex-Porto Amélia e, sobretudo no Ibo, lugar paradisíaco no arquipélago das Quirimbas, local de História e Memória em que estava instalada uma cadeia da PIDE/DGS, mais concretamente na Fortaleza de S. João Batista, onde na porta de entrada se podia ler um presságio de horror: “entrada sem saída”, como nos relataram os nossos entrevistados!
Leia aqui
Download OIN_Historias_de_Vida_e_de_Sofrimento
NOTA: Por conhecimento pessoal e de uma autoridade administrativa que ali residiu vários anos, posso garantir que nunca existiu a placa com os dizeres "entrada sem saída".
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 31/12/2020 at 13:38 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 28/12/2020 at 20:38 in Gungunhana - Imperador de Gaza, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 27/12/2020 at 15:43 in A GUERRA de Joaquim Furtado(RTP), Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Por Visitação B. Monteiro *
(Salazar e Pandit Nehru)
A data de 19 de Dezembro é comemorada no antigo Estado da Índia como o Dia da Libertação de Goa.
Aqui é entendida como a libertação do regime colonial português e a adesão à União Indiana a partir de 20 de Dezembro de 1961 - designada como o “dia marcado” no Decreto Presidencial n.º 2 de 62, ratificado pelo Acto do Parlamento n.º 1 de 62.
Mas estamos realmente desfrutando da liberdade como filhos deste solo vermelho de Goa? Esta é uma grande questão que quase todos os goeses estão levantando hoje. A libertação territorial de um domínio estrangeiro não significa necessariamente a liberdade real.
Depois de 1961, os Goeses tiveram que lutar com agitações, manifestações, marchas e protestos contra tudo o que destrói Goa e até hoje ainda lutam. Isto significa que eles ainda não são gratuitos. Direito de Ramponkars 'Agitation, Zuari Agro Chemicals Pollution Agitation, Nylon 6.6 (com 1 morte), Konkani Language Agitation (com 5 mortes), Konkan Railway Realignment, Meta Strips, Regional Plan 2011, SEZ'S etc. (apenas para mencionar os principais) e actualmente contra Carvão, Linha Ferroviária Dupla e Linha Eléctrica Tanmar.
Por quanto tempo ainda teremos que lutar? - Uma pergunta aberta! Insatisfeitos com este tipo de Libertação e sem conseguir encontrar empregos adequados, os goeses estão a deixar Goa utilizando passaportes portugueses para as costas europeias.
Isso nunca aconteceu durante o regime português anterior. Os portugueses respeitavam os goeses e as suas regras fundiárias baseadas em costumes e costumes centenários, através dos quais os goeses cresceram “como povo pacífico”, nas suas Comunidades de Aldeia designadas pelos Portugueses na sua língua – por “Comunidades”. Os portugueses sempre respeitaram a autonomia destas instituições de autogoverno, que hoje se vê apagada.
Como o povo mais pacífico do mundo, os goeses nunca se revoltaram contra nenhum governante. Bem visto, os goeses foram governados do século III aC até 1961 por mais de 17-18 governantes, por vezes dinastias que se estendiam por séculos. Dos tempos imemoriais até o século III aC, quando um governante aparecia eu em cena, até 1961 eles se governaram mais democraticamente nas suas Comunidades de Aldeia ou Ganvkaris cuidando de ganvkars e não ganvkars ou migrantes no seu rebanho. Assim, cresceram na atitude de “amar, cuidar e compartilhar”. Nesta terra de Goa, nunca se ouviu dizer que alguém morreu de fome (falta de comida), precisamente por causa das atitudes de verdadeira fraternidade em Goa - 'uma verdadeira Comunidade ou Somudai'.
Os goeses também nunca lutaram entre si.
Observando as leis gerais de Governança de Aldeia, baseadas no 'Código de Manu', cada aldeia governava a si mesma e a atitude de cooperação e compreensão mútua estava presente. Isso é visto de muitas maneiras, especialmente na demarcação dos limites de suas aldeias e até mesmo na junção das águas do rio entre as aldeias de um lado do rio e as aldeias do outro lado do mesmo, de modo a limitar o curso do rio.
É nessas Comunidades de Aldeia que a identidade, língua e cultura goeses vieram a ser desenvolvidas e por isso os goeses cresceram como um povo 'sossegado' - sem preocupações - como gente educada e decente.
Os goeses eram realmente um povo livre. A sua liberdade de possuir e gerir as suas próprias terras, agricultura e governação foi respeitada por todos os governantes ao longo dos tempos e os portugueses na sua chegada codificaram os costumes e usos do povo de Goa, na forma de Foral de Afonso Mexia em 1526 e o Governo Português declarou os goeses como proprietários das suas terras a 15 de Abril de 1961 pelo Diploma Legislativo 2070.
Se nos aprofundarmos em alguma correspondência sobre a liberdade de Goa entre a Índia e Portugal, disponível para nós nas páginas amarelas do Govt., no diário de 2011, comemorando os 50 anos da Libertação de Goa, encontraremos o seguinte:
“Depois da Independência, Pandita Nehru escreveu ao Dr. Salazar sugerindo que os portugueses deveriam partir de Goa, Damão e Diu com honra, como os franceses tinham feito no caso de Pondichéry.
De facto, o Pandita Nehru escreveu de novo ao ditador português em Janeiro de 1953 dizendo que as barreiras políticas artificialmente criadas por um acidente da história para o qual não existia justificação até ao presente, já não poderiam conter a maré crescente do anseio nacional pela unidade. Simultaneamente, o primeiro-ministro garantiu ao Dr. Salazar que a Índia manteria os direitos culturais e outros, incluindo a língua, as leis e os costumes dos habitantes desses territórios e não faria alterações em tais questões, excepto com o seu consentimento. ”
O Pandit Jawaharlal Nehru manteve a promessa feita ao Dr. Salazar e promulgou a Lei Parlamentar nº 1 de 1962 de 27 de Março de 1962 chamada “A Lei da Administração de Goa, Damão e Diu de 1962, que diz em sua seção nº 5:
“5. Continuidade das leis existentes e sua adaptação.
Se todas essas antigas leis ainda estão em vigor, de acordo com esta Lei do Parlamento, como é que a Lei de Locação Agrícola de 1964 e o Código de Receita de Terras de Goa de 1968 foram promulgados e aplicados com força à Comunidade Lands? É por causa dessas duas legislações que as terras de Goa diminuíram drasticamente. Quem é o responsável por esta bagunça em que os goeses se encontram?
Algumas pessoas da geração moderna estão questionando por que os Goeses ficaram calados sobre isso por tanto tempo? A resposta é obviamente a mesma de hoje. Se os goeses levantassem a voz, eram chamados 'pró-portugueses', 'anti-indianos', 'antinacionais' e continuam a ser chamados. Aqueles que fizeram isso foram eliminados e até mesmo removidos de seus empregos no governo. É este o tipo de liberdade que os goeses esperavam e estão celebrando hoje?
O nosso governo vai convidar o Presidente da Índia para inaugurar o 60º ano da libertação de Goa e pretende gastar 100 crores de rupias para celebrar a cultura, história e tradições de Goa. O nosso governo sabe de onde vêm a nossa história, património, cultura e tradições? E se isso acontecer, por que não há menção disso em nenhum dos discursos do governo sobre a liberdade de Goa nos últimos 59 anos? Eles têm medo da verdade? Deixem-nos saber que apenas a 'Verdade' nos pode tornar 'Goeses Livres' e não todas essas numerosas celebrações, enquanto somos 'subjugados', dia a dia, em vez de sermos 'libertados'.
Espero que um conselho mais sábio prevaleça sobre nosso governo para ver a verdade e segui-la.
Só então os goeses poderão desfrutar dos frutos da Libertação!
* Sacerdote, residente em Goa
Tradução livre de O HERALDO, de hoje
Posted on 20/12/2020 at 18:45 in Goa, Índia, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O CDS e o PAN apresentam propostas para ajudar a resolver a crise criada pelo conflito moçambicano, que passam por recorrer a canais diplomáticos junto da comunidade internacional.
A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba
A violência na província moçambicana de Cabo Delgado e o papel de Portugal na solução do problema estarão esta sexta-feira em debate na sessão plenária do parlamento português, com CDS-PP e PAN a apresentarem resoluções.
Com o título, “Colocar a crise humanitária e o problema de terrorismo vivido em Moçambique nas prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia”, a resolução do CDS-PP pretende, em primeiro lugar, “tentar que a questão seja discutida e não esquecida”, e dar-lhe “o destaque e a prioridade que merece”, quer a nível interno, quer em termos internacionais, afirmou, em declarações à Lusa, o deputado centrista Telmo Correia.
O texto da resolução do CDS-PP considera que “é dever, não só das Nações Unidas, mas também da União Europeia, apoiar mais Moçambique, de forma a minimizar a crise humanitária e a combater o terrorismo”.
Telmo Correia sublinhou assim “a relevância do papel de Portugal” na resolução do problema, não só pelos laços históricos com Moçambique, mas também pela “importância estratégica e geopolítica que tem aquela região”.
“Somos os primeiros a ter a obrigação de trazer o assunto ao debate na comunidade internacional”, realçou. E “Portugal tem de procurar que a União Europeia seja um ator principal na solução desta crise”, defendeu.
O texto da resolução recorda que entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2021, Portugal assume a Presidência rotativa do Conselho da UE, sucedendo à Alemanha e precedendo a Eslovénia.
Nesse programa do Conselho para 18 meses, ficou previsto que “as três Presidências assegurarão que, nas suas relações com África, a UE envie esforços no sentido da realização das prioridades conjuntas acordadas na Cimeira UE-União Africana, incluindo a manutenção da paz e da segurança no continente africano”, realça.
Assim, considerando que Moçambique, particularmente na região de Cabo Delgado, enfrenta atualmente “uma das mais sérias e graves crises humanitárias”, provocada por constantes ataques terroristas, e as relações que unem Portugal e Moçambique, o CDS entende que o país “tem o dever e a obrigação de colocar esta realidade nas prioridades da agenda da Presidência portuguesa do Conselho da UE”.
Posted on 17/12/2020 at 16:12 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, revelou hoje que pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, que se desloque a Moçambique como seu enviado, para abordar com as autoridades locais a situação em Cabo Delgado.
“Pedi ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que assumirá a presidência [do Conselho da UE] dentro em breve, que se desloque à região como meu enviado pessoal, já que eu não posso ir por questões de agenda.
E pedi-lhe, como colega do Conselho, que dedique especial atenção durante a sua presidência ao que ocorre neste país, que de resto Portugal conhece muito bem”, anunciou Borrell, durante um novo debate no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre a crise humanitária e de segurança no norte de Moçambique.
LUSA – 15.12.2020
Posted on 16/12/2020 at 00:20 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Europa - União Europeia, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Por Francisco Nota Moisés
'Portugal vai apoiar Moçambique na organização logística e capacitação de militares para fazer face ao terrorismo na província de Cabo Delgado. A garantia foi dada pelo ministro da Defesa de Portugal, João Cravinho..."Nós estamos a falar de uma missão não executiva." O que nós vamos fazer é dar apoio as autoridades moçambicanas para que elas possam exercer a sua soberania", frisou João Gomes Cravinho.'
Para os frelimistas que se iludiam e viam parte do exército português a chegar massivamente em Moçambique, a escrita está agora bem clara na parede. O ministro da defesa português, um muito bom lusitano, João Gomes Cravinho não misturou as suas palavras: trata-se dum equipa para o tal treinamento dos soldados da Frelimo para eles próprios combaterem os rebeldes do Norte e os do Centro e não de tropas portuguesas a se instalarem nas matas de Moçambique para empreender operações contra os rebeldes e os rebeldes atacá-los visto que estes não cruzariam os braços para só serem atacados. Tais operações fariam alguns soldados regressar em caixões para sua terra-mãe.
Não senhor. Isto não. O bom povo português com o qual nós temos muitas coisas em comum como a sua linda língua (não dito Bela língua por este termo só se referir a Língua de Moliere), cultura e duma certa maneira no seu modo de pensar não está para este tipo de cenários de ver os seus filhos ir matar o povo de Moçambique e ver alguns dele a regressar como cadáveres por apoiar um grupo de terroristas que se chama Frelimo.
Portugal está militarmente metido no Mali como parte de apoio do Ocidente à França que lá se meteu para rechaçar os islamitas, na Republica centro-africana como parte da missão da ONU, no Afeganistão como parte da OTAN de acordo com a estipulação da Carta da OTAN (NATO) que diz que um ataque contra um é um contra todos na sequência dos ataques dos islamitas de 9/11 nos Estados Unidos e está em Timor Leste como parte do dever de Portugal com antiga potência colonial para manter a ordem depois da retirada da Indonésia.
E que obrigação moral tem Portugal para com os seus antigos terroristas da Frelimo que mesmo depois da sua retirada de Moçambique nunca o respeitou e até mesmo empreendeu actos de terrorismo no seu próprio território na Europa como no caso de Evo Fernandes, antigo secretário geral da Renamo, que foi sequestrado e assassinado em Portugal por ordens da Frelimo? E que tal dos milhares e milhares de portuguese que foram aterrorizados e espoliados pelos terroristas da Frelimo antes e depois da saída oficial de Portugal?
E Portugal nunca se sentiu culpado por ter abandonado o povo de Moçambique e os milhares e milhares de soldados nativos da sua tropa nas garras dos terroristas da Frelimo sem antes da sua saída ter exigido garantias politicas para o povo e para aqueles militares que vieram depois a ser vitimas do terror de magnitude Khmer-rouge-esca nas mãos da Frelimo?
Portugal nem devia dar um apoio limitado que agora quer conceder aos terroristas que alegam estarem sob ataque doutros terroristas do Daesh como eles e a Frelimo ainda não apresentou nenhum daeshita aos moçambicanos e a Portugal para dizer aqui está um daeshita da Síria e do Iraque e perguntem-lhe porque está aqui em Moçambique. E o bom ministro português acredita que Daesh está metido. Mas bem que ele também disse que o conflito do Norte tem seus aspectos locais.
Posted on 13/12/2020 at 17:50 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Portugal vai apoiar Moçambique na organização logística e capacitação de militares para fazer face ao terrorismo na província de Cabo Delgado. A garantia foi dada pelo ministro da Defesa de Portugal, João Cravinho,
No último dia da visita de trabalho que realiza a Moçambique desde quarta-feira (09.12), o ministro da Defesa de Portugal, João Gomes Cravinho, informou à Lusa que "a partir do início de janeiro virá uma equipa de militares portugueses para trabalhar com o Estado-Maior General das Forças de Defesa e Segurança (FDS) do país no desenho do projeto, que queremos que comece muito rapidamente".
Segundo Cravinho, a formação, a ser feita em Moçambique, vai abranger as forças de intervenção rápida, forças especiais, fuzileiros e militares da área do controlo aéreo tático, tendo sido definidas como as "áreas de interesse específico" a ciberdefesa, a cartografia, a hidrografia e a cooperação industrial de defesa.
"Nós estamos a falar de uma missão não executiva. O que nós vamos fazer é dar apoio as autoridades moçambicanas para que elas possam exercer a sua soberania", frisou João Gomes Cravinho.
Para o ministro, o terrorismo no norte de Moçambique tem algumas especificidades locais e o primeiro elemento importante para travar as incursões destes grupos é "conhecer o inimigo".
"O aparecimento do terrorismo no norte do país tem algumas características em comum com o terrorismo em outras partes do mundo, particularmente na costa africana. Mas também tem especificidades locais. Portanto, é fundamental perceber aquilo que vem de fora e aquilo que se desenvolveu com raízes nacionais", declarou.
João Gomes Cravinho disse ainda que Portugal, que assume a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2021, vai procurar reforçar o pedido de apoio já feito por Maputo a Bruxelas.
"É uma coincidência muito favorável. Vamos utilizar esta presidência para reforçar a capacidade de resposta da UE face às necessidades no terreno", declarou João Gomes Cravinho.
A situação
A província de Cabo Delgado está desde há três anos sob ataque de insurgentes e algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.
A violência está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Moçambique e Portugal têm um acordo de cooperação na área da defesa desde 1988.
A visita de trabalho do ministro da Defesa português a Moçambique tinha em vista a negociação de um novo programa de cooperação bilateral no domínio da Defesa e o estreitamento de relações com África no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE), que se iniciará em janeiro.
DW – 11.12.2020
Posted on 12/12/2020 at 11:43 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Leia aqui
NOTA: Por maior que seja o empenho de Portugal em ajudar Moçambique, não seria mais curial ser uma delegação de Moçambique a deslocar-se a Lisboa? Quem precisa é que caminha. Ou será que o bom camarão é mais apelativo?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 08/12/2020 at 11:05 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (1)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 07/12/2020 at 11:47 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
INTRODUÇÃO
Tão flagrantes eram as distinções existentes entre os habitantes do actual litoral moçambicano (distinções em idioma, costumes, armamento, hábitos alimentares, tatuagens e escarificações, etc.) que não surpreende haverem começado com os primeiros portugueses as tentativas de «classificação étnica». Reconhecemos hoje que tais tentativas, repetidas por inúmeros autores à medida que crescia o conhecimento dos povos nativos, representaram fútil desperdício de tempo e esforços. É que esqueceram invariavelmente quer as sobrevivências deixadas por seculares unidades políticas, quer a progressiva adaptação das populações aos condicionalismos ecológicos, quer as mutações culturais desencadeadas pelos contactos com o mundo exterior, quer até mesmo as diferenças linguísticas, sem dúvida o critério mais seguro de caracterização embora difícil de aplicar devido à carência quase total de estudos científicos, sistemáticos e comparativos.
Leia aqui
Posted on 05/12/2020 at 16:04 in Antropologia - Sociologia, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Um ex-militar português adverte para o risco de uma eventual intervenção portuguesa em Cabo Delgado, criticando essa possibilidade, que foi colocada pelo ministro da Defesa na semana passada.
O ex-militar português José Luís da Silva e dirigente da diáspora na África do Sul afirmou que Portugal e os portugueses na diáspora correm “sério risco” de represálias se Lisboa enviar tropas para Cabo Delgado.
“A África do Sul já recebeu ameaças de represálias se interferir em Moçambique, nomeadamente em Cabo Delgado”, e , “certamente que Portugal também ficará implicado e pode haver também represálias em Portugal, nas Regiões Autónomas, e na diáspora devido a esta intervenção de Portugal em Cabo Delgado, e isso tem de ser acautelado”, adiantou José Luís da Silva, que é dirigente da Diáspora madeirense.
O ex-militar português condecorado, de 75 anos, que serviu de 1967 a 1969 na unidade de Forças Especiais “Os Fantasmas” da 9ª Companhia de Comandos do Exército português, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, contra as forças da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), hoje no poder, sublinhou que o fornecimento de armamento para África tem aumentado a violência nas cidades de todo o continente, salientando que as redes do crime se estendem já desde o norte de Moçambique à Cidade do Cabo, na África do Sul.
Caso Portugal decida dar um apoio mais efetivo às tropas moçambicanas, existe um risco para os portugueses e os interesses portugueses no exterior, nomeadamente em África, devido às ligações internacionais dos movimentos jihadistas.
Estima-se em 2 milhões de moçambicanos imigrantes na África do Sul, onde são alvo de constantes ataques de violência xenófoba, e o número de portugueses e lusodescendentes em pelos menos 450 mil, uma das maiores comunidades emigrantes fora de Portugal que tem a sua história muito ligada ao processo de descolonização de Angola e Moçambique.
“Nós sabemos que a África do Sul está infestada, não direi de terroristas, mas de criminalidade que vitimou 22.325 pessoas no ano passado, e pergunto se não há nenhuma preocupação dos países europeus, se Portugal não está preocupado com a África do Sul e está preocupado com cinco ou dez portugueses que vivem em Cabo Delgado”, questionou ainda o ex-militar.
O ex-militar criticou a possibilidade de envio de forças militares portuguesas para ajudar no combate ao terrorismo em Moçambique, recordando que se tratou do local onde morreram mais soldados nacionais durante a guerra colonial.
“O senhor ministro não deve ver só do ponto vista político e de interesse para certas fações políticas”, esquecendo que “enviar tropas portugueses para pisar um território que foi já argamassado com sangue dos nossos militares, moralmente não está certo, é uma falta de respeito e uma traição à memória daqueles que realmente pagaram com o sacrifício supremo a sua lealdade para com a pátria, neste caso Portugal”, adiantou o ex-militar das Forças Especiais do Exército português, hoje emigrado na África do Sul.
Posted on 04/12/2020 at 11:16 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, deduziu acusação contra 28 arguidos, 19 pessoas singulares e 9 pessoas coletivas, no âmbito da designada Operação Marquês.
Assim, foram acusados:
JOSÉ SÓCRATES CARVALHO PINTO DE SOUSA, pela prática de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político (3), branqueamento de capitais (16), falsificação de documento (9) e fraude fiscal qualificada (3)
CARLOS MANUEL DOS SANTOS SILVA, pela prática de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político (1), corrupção ativa de titular de cargo político (1), branqueamento de capitais (17), falsificação de documento (10), fraude fiscal (1) e fraude fiscal qualificada (3).
JOAQUIM BARROCA VIEIRA RODRIGUES, pela prática de crimes de corrupção ativa de titular de cargo político (1), corrupção ativa (1), branqueamento de capitais (7), falsificação de documento (3) e fraude fiscal qualificada (2).
LUÍS MANUEL FERREIRA DA SILVA MARQUES, pela prática de crimes de corrupção passiva (1) e branqueamento de capitais (1).
Leia aqui
Download NOTA DE CULPA - OPERAÇÃO MARQUÊSnota-para -a-comunicacao-social-operacao-marques
Posted on 30/11/2020 at 20:22 in Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Em prata
Reprodução miniatura de barco colonial português em suporte para exposição, oferecido ao Dr. António de Oliveira Salazar com a seguinte inscrição:
"Preito singelo de homenagem e expressão de profunda gratidão da Comunidade Indiana de Moçambique, pela liberdade e igualdade com que tem vivido em terra portuguesa e sob a bandeira de Portugal que não distingue raças e credos
Em nome da Comunidade Indiana de Moçambique
Kalyanji Bhagvanji. Kahool hai
Presidente da Associação Bharat-Samaj"
40x56 cm
Veja aqui
Posted on 30/11/2020 at 18:34 in História, Ilha de Moçambique, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Por Francisco Nota Moisés
O artigo de João José Brandão Ferreira
O titulo do artigo por João José Brandão Ferreira me intrigou muito antes de lê-lo. Não estive tão certo se se tratava algo de novo ou o mesmo berro de gente esquerdisada que principalmente na Europa sempre fez a propaganda da Frelimo.
O título submetido a análise rigorosa antes da leitura, podia eu muito bem mandar passeá-lo como a mesma asneira de sempre e enviar um recado aos hipopótamos do Zambeze para tomar conta dele, lê-lo se quisessem e dançassem com alegria depois de engolir a sua mensagem.
Guiado pelos espíritos dos meus antepassados que me recordaram que tempo houve quando tu, nosso filho, dizias que eras MUITO PORTUGUÊS OU PORTUGUESÍSSIMO OU MAIS PORTUGUÊS DO QUE O PRÓPRIO SALAZAR EM LISBOA.
Li o artigo. E como o poeta João de Deus acerta, digo que tudo vale a pena, se a alma não é pequena. No artigo vi, vivi e revivi a língua portuguesa como deve ser e não como o português cafrealisado dos camaradas Frelimo que falam o NACHINGUEISMO com tais palavras como Insurgentes, treinamento a nos quebrar os ouvidos e a fazer as nossas almas contorcer com grandes dores e a fazer chorar Luís de Camões no seu túmulo nos Jerónimos cujo génio literário o grande espanhol Miguel Cervantes enaltece na sua grande obra Dom Quichote de la Mancha.
O artigo de João José Brandão Ferreira destaca três pontos muito importantes e bem relevantes à verdadeira situação de Moçambique:
Aposto que muitos quererão o regresso de Portugal do que estarem sob o regime da Frelimo. Pois, acontecia depois da chamada independência que em certas partes de Moçambique as pessoas se acordavam nas manhãs e viam a bandeira portuguesa içada nas noites anteriores visto que o regime da Frelimo era tão hediondo e odiado que certos queriam que Portugal regressasse para repor a ordem e reviver Moçambique.
Os portugueses e nenhuns outros indivíduos no mundo deviam ser empurrados para irem morrer e matar o povo de Moçambique em guerras da Frelimo. Que a Verónica Macamo, a tal ministra dos negócios estrangeiros do Nyusi e da Frelimo, chore como queira com o seu grande corpo a estremecer que se a Frelimo não for ajudada, o conflito de Cabo Delgado se alastrara para toda a região da Africa austral. Os rebeldes não lutam para expandir o seu conflito, mas se um país vizinho ajuda a Frelimo como o faz a Tanzânia, eles podem se outorgar o direito de irem porradear tal pais.
Posted on 29/11/2020 at 22:17 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
A violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e 500 mil pessoas deslocadas
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes criticou esta quinta-feira a "imobilidade preocupante" dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) relativamente à possível resposta da Europa na ajuda aos ataques armados no norte de Moçambique.
"Há uma imobilidade preocupante dos PALOP, que já deviam ter mobilizado a sua ação externa para tentar fazer com que a Europa ajudasse a combater o islamismo radical que ataca o norte de Moçambique", disse Ramalho Eanes durante uma conferência virtual que decorre esta manhã, organizada pela consultora SAP sob o lema 'Sustentar o Crescimento Económico no Próximo Normal'.
"Havia uma resposta fácil desde que houvesse força e iniciativa e uma ação de mobilização da Europa e das Nações Unidas, e é muito fácil, havendo forças especializadas e drones, resolver a situação", acrescentou o antigo chefe de Estado português.
A violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e 500 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
A província onde avança o maior investimento privado de África, para exploração de gás natural, está desde há três anos sob ataque de insurgentes e algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo jiadista Daesh desde 2019.
EXPRESSO(Lisboa) – 26.11.2020
Posted on 26/11/2020 at 18:20 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, CPLP - LUSOFONIA, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
“Além do maior e vasto império ao redor do mundo naquela época, a maioria das pessoas agora não tem esse conhecimento.”
“Uma grande curiosidade da história de Portugal é a criação da primeira moeda mundial, muito poucos na Europa e no Mundo sabem disso.”
Qual foi a primeira moeda global de toda a história da humanidade? Por que o símbolo templário da Ordem de Cristo foi cunhado como a primeira moeda global, por tantos países europeus no século 17?
A 1ª Moeda Global foi mandada cunhar pelo Rei D. Manuel I no século XVI, funcionava como o dólar de hoje, aceite como unidade de valor uniforme em todos os continentes, e apreciada e respeitada por todos os países da Europa!
... ao norte, de Hamburgo à península da Jutlândia, Dinamarca e Suécia, ao leste pelo norte da Alemanha e as costas do Mar Báltico, Polônia e Lituânia, chegando às fronteiras do Império Russo a oeste, a partir de cidades comerciais da Holanda, e ao sul, ao longo das estradas comerciais do rio Elba, até o coração da Boêmia, a Cruz dos Templários da Ordem de Cristo foi cunhada nas moedas de maior valor de cada nação.
Foi a primeira moeda global da história, teve a importância de mudar o mundo!
A moeda foi cunhada em Lisboa, Porto, Goa, Malaca e Coxim e muito mais em metade da América do sul uma parte no norte da América, quase toda a África,índia e toda a Ásia etc etc… e em todo o império global português da época, em todos os continentes, os Portugueses além de terem o maior império global da época, também dominavam a economia mundial na época, com a implementação da sua moeda em todo o mundo.
Outro mapa do Império Português em 1573 “Bandeira Portuguesa e Cruz Portuguesa”, este mapa está preservado na "Bibliothèque Nationale de France" e foi feito pelo um Português na época o “Domingos Teixeira”.
O português de ouro, do Rei D. Manuel I de Portugal, foi a primeira moeda aceite em todos os continentes.
Destas novas moedas de ouro, ostentando a cruz da Ordem de Cristo e cunhadas "pelo justo peso e pela liga da moeda portuguesa", nasceu uma nova denominação monetária internacional, os "portugalosers" ou "portugaloids", que ainda guarda hoje o nome de Portugal e das conquistas dos portugueses.
Foi aceito em todos os lugares como meio de pagamento. Muito depois de ter deixado de ser cunhada em Portugal, o seu prestígio era tal que, entre 1570 e 1640, várias cidades europeias, incluindo as da Liga Hanseática, cunharam uma moeda de ouro de 10 cruzados, como os portugueses, com a cruz de Cristo na "o anverso", dando origem ao famoso Portugalöser, que por vezes apresentava a legenda: “Ad valorem Emanvel reg Portugal” e “em função do peso e do campeonato português”.
Posted on 25/11/2020 at 15:45 in História, Magazine, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Esta reportagem foi-me confirmada em Abril de 2010:
"Olá Fernando! Faz já muito tempo que o artigo foi publicado mas sou sim, o autor do newsletter a que referiu. Se procurar nos arquivos da revista "O Economista" publicado pouco antes desse newsletter vai encontrar a mesma informação. Mais ainda, se conseguir um exemplar do livro "África, a vitória traída", um dos autores, General Silvino Silvério Marques, comenta de forma alargada sobre o mesmo artigo a que o Fernando se refere na mensagem que me anviou. Penso que isso esclarece as coisas um pouco mais. Melhores cumprimentos. JohnWahnon "
Sobre o livro referido ÁFRICA: A VITÓRIA TRAÍDA podem ver aqui http://www.macua.org/livros/4generais1.html
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 25/11/2020 at 00:44 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Portugal, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Em meados dos anos 80 do século passado, a diplomacia portuguesa já só procurava uma saída airosa para reconhecer a integração de Timor-Leste na Indonésia. Mas um almoço secreto em Lisboa, na qual participou o então primeiro-ministro, Mário Soares, virou a posição de Lisboa do avesso. A história foi contada pela candidata presidencial Ana Gomes ao jornalista do DN João Pedro Henriques, numa longa entrevista de vida agora editada no livro Ana Gomes: A Vida e o Mundo, da editora Palimpsesto. O DN pré-publica esse capítulo.
Ana Gomes com Xanana Gusmão em Jacarta em abril de 1999, ano em que os timorenses escolheram em referendo a via da independência© Charles Dharapak
Deixe-me só clarificar. O Governo dessa altura, chefiado por Mário Soares e tendo Jaime Gama como ministro dos Negócios Estrangeiros, estava a negociar uma forma de se reconhecer a jurisdição da Indonésia sobre Timor-Leste?
Sim, e isso seria feito através de um acordo no quadro da ONU que reconhecia que Timor-Leste se tinha integrado na Indonésia. E depois haveria eleições indonésias onde isso seria ratificado democraticamente pelo povo de Timor-Leste, que votaria nessas eleições. E depois Portugal e a ONU diriam ao mundo: "Pronto, OK, está resolvida a questão."
Só que o Presidente Eanes não estava muito pelos ajustes...
Não, não estava, mas também não podia fazer muito. A política externa era conduzida pelo Governo, constitucionalmente. Mas ia reunindo toda a informação. E ia mantendo contacto com os timorenses. Nessa altura só em Belém se recebiam os representantes timorenses, veja lá bem! O José Ramos-Horta [na altura porta-voz no exterior da Resistência timorense, Nobel da Paz em 1996 e, depois da independência de Timor-Leste, ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, primeiro-ministro e Presidente da República] veio de Nova Iorque a Lisboa e cá ninguém o recebia, nem sequer no MNE. Só foi recebido na Presidência da República. Pediu para ser recebido em Belém e o Presidente Eanes mandou o António ir recebê-lo. Aliás, o Presidente Ramos-Horta conta muita vez, divertido, a história: o António levou-o a jantar ao Tágide e ele, Ramos-Horta, já se imaginava a lavar pratos, porque não tinha dinheiro para pagar o jantar. Pagou o António e obviamente que pagou do bolso dele: em Belém, com o general Eanes, não se metiam despesas na conta da Presidência! Enfim, o Presidente Eanes estava céptico quanto àquela solução mas não a ponto de a poder inviabilizar. E eu também. E, de repente, ocorre uma mudança brutal, um desenvolvimento fortuito que muda tudo.
O que foi essa coisa fortuita que mudou tudo?
Continue reading "Timor-Leste. O almoço secreto que virou do avesso a posição portuguesa" »
Posted on 15/11/2020 at 11:15 in 25 de Abril de 1974, Portugal, Timor | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
A comissão organizadora do Jubileu dos 800 anos de Santo António vai lançar em Coimbra, no domingo, uma campanha de solidariedade com as vítimas da guerra em Cabo Delgado, no nordeste de Moçambique.
A iniciativa "Cabo Delgado quer paz" decorrerá até 17 de janeiro de 2021, último domingo do Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos, com o objetivo de angariar fundos para a Cáritas da Diocese de Pemba, naquele país africano.
Promovida "em estreita colaboração" com a revista Mensageiro de Santo António, editada pela Ordem dos Frades Menores Conventuais, a campanha deverá servir igualmente para "sensibilizar a opinião pública para o drama vivido" pelas populações daquela região de Moçambique.
LUSA – 13.11.2020
Posted on 14/11/2020 at 10:59 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
A portuguesa de 27 anos raptada na segunda-feira na Matola, arredores de Maputo, foi libertada pelos sequestradores na noite de quinta-feira, disse hoje à Lusa fonte próxima da família.
Jessica Pequeno foi entregue à família, "ainda está em choque", mas não apresenta sinais de maus tratos físicos, acrescentou.
Contactada pela Lusa, fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) remeteu esclarecimentos sobre o caso para mais tarde.
A vítima é filha de um casal proprietário do restaurante Burako da Velha, negócio familiar dos portugueses Dina Pequeno e Alberto Beto - onde também trabalham Jessica e o marido, Marco, pasteleiro chefe.
A vítima foi intercetada na segunda-feira de manhã num dos seus percursos diários, entre casa, o trabalho e a habitação da ama do filho, tudo na cidade da Matola, o grande subúrbio ao lado da capital moçambicana.
Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram um total de 10 raptos, cujas vítimas são empresários ou seus familiares.
Em outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.
LUSA – 13.11.2020
Posted on 13/11/2020 at 10:17 in Justiça - Polícia - Tribunais, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Dois seguranças da quinta de um empresário português na cidade da Beira, província de Sofala, foram assassinados na sequência de um assalto na madrugada de hoje, disse à Lusa fonte policial.
As vítimas, que perderam a vida no local, terão sido amarradas e assassinadas dentro da quinta por um grupo de seis homens, que posteriormente tentou arrombar a porta da casa principal, disse Daniel Macuácua, porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Sofala.
LUSA – 12.11.2020
Posted on 12/11/2020 at 22:42 in Justiça - Polícia - Tribunais, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O rapto de uma portuguesa, hoje, junto a Maputo, é o décimo deste ano contra empresários e familiares de várias origens a abalar a "paz de espírito" de quem investe, disse o presidente da Associação Portuguesa de Moçambique.
"Na realidade, todos os empresários em Moçambique estão preocupados, portugueses e de todas as nacionalidades: isto afeta o nosso dia-a-dia, a nossa paz de espírito e faz olhar para o país com mais cuidado", referiu à Lusa Alexandre Ascenção, ele próprio empresário.
"Temos de deixar as autoridades moçambicanas trabalhar, identificar as pessoas que fazem este tipo de raptos e, se possível, que aceitem a ajuda do Estado português", numa alusão à disponibilidade de apoio à investigação demonstrada noutras ocasiões pelas autoridades portuguesas.
Tal auxílio, "ajudava muito a dar paz de espírito", referiu.
"Estas coisas têm de ser investigadas a fundo: há culpados, têm de ser encontrados", acrescentou.
Alexandre Ascenção receia que o momento de dificuldades económicas que se vive à escala global, com impactos severos em Moçambique, devido à pandemia de covid-19, aumente a probabilidade de pessoas perderem o "discernimento" e cometerem atos desesperados.
"A vida tem de continuar, não podemos estar a pensar viver com medo, mas temos de ter cada vez mais cuidado", defendeu.
Sobre o rapto de hoje, refere que "ninguém faria prever que seriam pessoas alvo, significa que ninguém está livre de ser colocado nesta situação".
A vítima, Jessica Pequeno, 27 anos, é filha de um casal proprietário do restaurante Burako da Velha, onde trabalha, segundo as autoridades.
A portuguesa foi raptada por um grupo desconhecido entre as 07:00 e as 08:00 locais (entre as 05:00 e as 06:00 em Lisboa), na rua da sua residência na cidade da Matola, momentos após sair de casa, disse à Lusa a diretora provincial do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), Benjamina Chaves.
Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram um total de 10 raptos, cujas vítimas são empresários ou seus familiares.
Em outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.
A CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique, maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.
Em setembro, o Sernic apresentou à procuradora-geral da República (PGR), Beatriz Buchili, constrangimentos diversos que enfrenta para combater o crime violento, narcotráfico e raptos.
"Existem constrangimentos que o órgão enfrenta no seu dia-a-dia, relativos à exiguidade de fundos, equipamentos, meios circulantes e materiais", referiu uma nota da PGR.
Antes do caso de Jessica Pequeno, um empresário português foi raptado em agosto de 2019, sem que se conheçam outros detalhes além da detenção de dois suspeitos, anunciada em abril deste ano pelas autoridades moçambicanas.
Noutro caso, em novembro de 2018, o empresário português José Caetano, de 51 anos, foi raptado e assassinado nos arredores de Maputo.
Na altura, a polícia moçambicana deteve três suspeitos que esclareceram ainda outros raptos entre 2016 e 2017, um dos quais envolvendo um outro empresário português, Aires Simões Alves.
Continua por esclarecer o rapto do empresário Américo Sebastião, levado de uma estação de abastecimento de combustíveis na manhã de 29 de julho de 2016, em Nhamapadza, distrito de Maringué, no centro do Moçambique.
Segundo a família do empresário, os raptores usaram os cartões de débito e crédito para levantarem "4.000 euros" e nunca mais se soube do paradeiro da vítima.
LUSA – 09.11.2020
Posted on 09/11/2020 at 23:38 in Justiça - Polícia - Tribunais, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Resumo
Este artigo versa sobre a luta armada de independência nacional de Moçambique na Frente do Niassa, setor militar cuja importância reside na sua localização na região de fronteira com a Tanzânia e Malawi e no seu desempenho geoestratégico no desenvolvimento da luta. O mesmo aborda a evolução da historiografia sobre esta frente, analisada como processo de textualização e intrinsecamente dialógico entre história vivida, memória coletiva e política. A cronologia da luta armada é respaldada em fontes do arquivo colonial e em depoimentos de antigos guerrilheiros.
Ao salientar a devida importância da Frente do Niassa, dirigida pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) – organização nacionalista –, o mesmo situa a sua contribuição no âmbito da descolonização da África Austral nas décadas de 1960 e 1970.
Posted on 08/11/2020 at 16:24 in 25 de Abril de 1974, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O projeto "Plantação -- Prosperidade e Pesadelo", do artista angolano Kiluanji Kia Henda, para criação de um memorial da escravatura em Lisboa, vai estar concluído no final do primeiro trimestre de 2021, revelou o autor à agência Lusa.
A criação de um memorial da escravatura foi um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo de Lisboa de 2017/2018, na sequência do qual foi lançado um concurso pela Câmara, saindo vencedora, em março deste ano, a proposta de Kiluanji Kia Henda.
"Há algum atraso devido à situação de pandemia de covid-19, mas o trabalho continua. Já temos o protótipo de uma cana de açúcar que está a ser realizado no Porto, por uma empresa portuguesa. Depois será a fase de produção, e segue-se a de engenharia. A expectativa é que o memorial esteja concluído no final do primeiro trimestre de 2021", disse o artista sobre o andamento do projeto, em entrevista à agência Lusa.
LUSA – 07.11.2020
NOTA: Será que haverá alusão da escravatura dos povos ibéricos pelos árabes durante mais de mil anos? E da escravatura pelos árabes aos povos africanos? De Portugal saíram em 1249 e de Castela em 1492, para relembrar. Pela figura fica a sensação de que só Portugal praticou a escravatura.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 07/11/2020 at 16:17 in Antropologia - Sociologia, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Download Opais_02.11.2020_angola
PS: Recomendo a leitura da artigo intitulado "Foi o Governo português que decidiu entregar o poder ao MPLA ”
Posted on 02/11/2020 at 18:30 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Informação - Imprensa, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Moçambique, 23 de Abril de 1971, sexta-feira à noite. O navio português Angoche é atacado, incendiado. Por quem? Os ocupantes, 23 elementos da tripulação e um passageiro, desapareceram todos. O Angoche está deserto. Dois dias depois, ao entardecer de domingo, 25 de Abril de 1971, uma mulher portuguesa de um bar de alterne é 'suicidada', atirada do 5º andar de um prédio da cidade da Beira, o ‘Miramortos’. Um mistério ligará os dois casos? Nunca apareceu nenhum dos homens do Angoche, vivos, mortos, ou quaisquer despojos.Um x-files, autênticos ‘ficheiros secretos’ à portuguesa. Sabemos agora quem são os responsáveis e vamos apontá-los!
Pré-lançamento / venda com envio pelos CTT ou em mão e, em breve, nas livrarias
Pelos CTT: Transferência de 25,00 euros para o NIB: 0018 0003 3249 2209 0204 5
e mandar comprovativo para o mail [email protected]
Envie nome e endereço e indique o NIF caso pretenda factura Nota - apenas enviamos pelos CTT para território nacional
.
Posted on 31/10/2020 at 23:47 in Caso Angoche - 23.04.1971, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
A partir de quarta-feira é obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos e o não cumprimento desta imposição é punido com multas que vão até aos 500 euros, segundo a lei hoje publicada em Diário da República.
O diploma refere que a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos, uma forma de combater a pandemia de covid-19, terá a duração de 70 dias e abrange pessoas a partir dos 10 anos para "acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável".
Contudo o diploma estabelece exceções, nomeadamente para elementos do mesmo agregado familiar, quando não se encontrem na proximidade de terceiros.
O uso de máscaras deixa de ser obrigatório também para pessoas que apresentem atestado médico de incapacidade multiúsos ou declaração médica que ateste que a condição clínica da pessoa não se coaduna com o uso de máscaras e ainda quando esta seja incompatível com a natureza das atividades que as pessoas estejam a realizar.
A fiscalização do cumprimento da lei cabe às forças de segurança e às polícias municipais, devendo estas, em primeiro lugar, sensibilizar as pessoas para a importância do uso de máscara em vias públicas.
No âmbito da Lei serão ainda realizadas campanhas de sensibilização junto da população sobre a importância do uso de máscara em espaços e vias públicas, para incentivar a adesão espontânea das pessoas esta e outras medidas de proteção individual e coletiva contra a covid-19.
O disposto no diploma aplica-se nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com as devidas adaptações através de um decreto do respetivo governo regional.
LUSA – 27.10.2020
Posted on 27/10/2020 at 12:37 in Portugal, Saúde | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Em 1988, quando João Paulo II visitou Maputo, o país vivia
em guerra civil. Mais de três décadas depois, e antes de
cruciais eleições marcadas para Outubro, o Papa Francisco
chega, em Setembro, para abençoar um acordo que reconcilia a Frelimo, no poder, e a Renamo, na oposição. Um novo ciclo de governação com as armas em silêncio «seria histórico», afirma Eric Morier-Genoud, autor de um livro extraordinário sobre a singular Diocese da Beira
Texto: Margarida Santos Lopes, jornalista
Leia aqui
Download Interview_about_the_Catholic_Church_in_Mozambique_Eric
Posted on 26/10/2020 at 12:19 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal, Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
A história sobre os primeiros povoamentos humanos na região planáltica do Quiteve
A história sobre os primeiros povoamentos humanos na região planáltica do Quiteve, mais tarde Circunscrição do Chimoio é bastante antiga. Certa literatura refere que o local foi parte do Estado de Quiteve, por volta de 1500-1600, vassalo do Estado do Mwenemutapa.
A região de Chimoio, foi primitivamente povoada por comunidades designadas A-Tewe, sendo o seu território designado U-Tewe ou Kwa-Tewe.
Mais tarde outros povos (Makombe) imigraram para a região, vindos nomeadamente de Mbire, região do interior da actual República do Zimbabwe, provieram do Estado de Mutapa, daí a ligação dos Makombe e Mwenemutapa.
É provável que a formação dos primeiros Estados em Moçambique tenha se iniciado na região situada a Sul do Zambeze. No início do século XVI, os imigrados de língua Shona vindos do actual Zimbabwe impuseram sua dominação sobre a região que se estendia desde a margem sul do Zambeze até ao rio Save. À frente deste poderoso reino encontrava-se o Mwenemutapa, dele o Império dos Shona extraiu o seu nome. Ainda que as guerras civis que se seguiram tenham reduzido o poder do Mwenemutapa e oferecido a vários chefes provinciais a possibilidade de fazer sucessão e de criar reinos autónomos, a hegemonia Shona se manteve em toda a região.
Os mais potentes desses Estados Shona independentes - Báruè, Manica, Quiteve e Changamira continuaram a dominar efectivamente a parte meridional de Moçambique central, até o século XIX.
Posted on 18/10/2020 at 12:30 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
O Movimento do Protetorado Português da Lunda Tchokwe (MPPLT), que reclama autonomia do leste de Angola, desafia o Presidente angolano a abordar, no seu discurso sobre o Estado da Nação, a "luta pacífica de reivindicação da autonomia" da região.
O Presidente angolano, João Lourenço, fala nesta quinta-feira sobre o Estado da Nação marcando a abertura do ano parlamentar 2020-2021.
Em comunicado de imprensa enviado à Lusa, o MPPLT refere que a autonomia daquela região, que compreende as províncias do Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, "é um direito histórico divino e legítimo do povo tchokwe que o Presidente não deveria ignorar na sua alocução".
O MPPLT, que reafirma ser um protetorado e não uma ex-colónia portuguesa, recorda que uma das promessas do PR angolano foi de "dar ouvido a todas as sensibilidades", mas o que se assiste, sublinha, "são portas fechadas em torno de si".
"Inviabilizando o debate sobre a questão, não há espaço para o diálogo e concertação no momento em que a reivindicação é ainda pacífica", ao longo dos 14 anos de existência do movimento, lê-se no comunicado.
Para este movimento que defende a autonomia do leste de Angola, chegou a hora de o Presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder deste 1975) e de Angola dizerem ao mundo e aos angolanos a verdade histórica do território Lunda.
"Chegou a hora da verdade em que o Presidente (João Lourenço) deve falar ao povo (...) se não resolvermos, não dialogarmos com a Lunda, estamos a abrir uma brecha de um conflito pacífico para o violento", afirma.
A Assembleia Nacional, parlamento angolano, é "o palco onde o Presidente ao discursar sobre a problemática da paz e da segurança ou da estabilidade política não deveria esquecer a questão da Lunda".
Segundo o MPPLT, é necessário que o Presidente angolano fale publicamente sobre a questão da Lunda Tchokwe e proponha caminhos para a solução desta controvérsia.
"Estamos preparados para dialogar com o Governo do MPLA a qualquer momento", asseguram.
Na parte final do comunicado, o movimento considera ainda que João Lourenço "não deveria ignorar por muito tempo o diálogo a manter a atual situação".
Porque, observa, o povo Lunda Tchokwe "ver-se-á obrigado e forçado" a "anunciar e proclamar unilateralmente" o "Governo Independente da Lunda Tchokwe, criadas que estão as condições humanas, psicológicas e materiais para o efeito".
As províncias da Lunda Sul e Lunda Norte, ambas do leste angolano, são as maiores produtoras de diamantes.
No sábado, o Presidente da República desloca-se à província da Lunda Sul para uma visita de trabalho.
Na sua página de Facebook, o MPPLT afirma que João Lourenço vai reunir com os Sobas (autoridades tradicionais) da Lunda Tchokwe "para os pressionar a desistir da ideia de um Estado Autónomo um direito legítimo".
Além do MPPLT, as Forças de Libertação do Enclave de Cabinda -- Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), norte de Angola, reclamam autonomia daquela região, separada fisicamente do território e abundante em petróleo.
LUSA – 14.10.2020
Posted on 14/10/2020 at 12:58 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Hastings Kamuzu Banda foi durante mais que três décadas o líder fundacional e mais ou menos incontestado do Malawi, um país nascido dos lobbies missionários e caprichos escoceses junto da corôa britânica no fim do Século XIX e que acabou parcialmente encravado com Moçambique, entre Tete e Niassa. Foi uma figura ímpar em quase todos os aspectos, de entre os quais uma improvável amizade próxima com o governo português, especialmente o Eng. Jorge Jardim, na década crucial que antecedeu a Independência moçambicana, na qual dificultou consideravelmente a guerrilha da Frelimo, se bem que tudo indique que jogava para os dois lados.
Veja aqui
PS:O actual Presidente do Malawi pertence ao partido fundado por Hastings Banda, que antes estava na oposição.
Posted on 05/10/2020 at 19:18 in História, Política - Partidos, Portugal, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Reblog
(0)
|
|
Só um pequeno(grande)esclarecimento:
- A África do Sul pagava em ouro, 60% do salário dos 120.000 "magaíças", ao preço oficial e que Portugal vendia ou poderia vender a preço de mercado. Após a independência a África do Sul deixou de pagar em ouro e hoje os "magaíças" já não chegam a 50.000.
Posso acrescentar que o último pagamento em ouro ainda estava em Moçambique e aí ficou entregue ao então Banco Nacional Ultramarino. A penúltima entrega, já em Portugal mas ainda não integrada nas reservas do Banco de Portugal, foi por ordem de Almeida Santos devolvida a Moçambique, salvo erro, via Paris.
Fernando Gil