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Por Moçambique e para Moçambique! Um obrigado a todos! Fernando Gil - NOTA: Para aceder a todos os artigos click em "archives". Também pode aceder por temas. Não perca tempo e click na coluna da direita em "Subscribe to this blog's feed" para receber notificação imediata de uma nova entrada, ou subscreva a newsletter diária. O blog onde encontra todo o arquivo desde Abril de 2004.
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MPT disponibiliza à PGR de Moçambique e a todo o mundo o "Relatório da Kroll"(em inglês) - Leia, imprima e divulgue.
Veja aqui o Relatório da Kroll
Posted on 06/10/2021 at 11:09 in História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Download Diário de Notícias(Lisboa) 29.09.2021
Destaque:
- Colonialismo Comandos africanos nas Forças Armadas Portuguesas.
Histórias de abandono e traição(Pág. 08)
Posted on 29/09/2021 at 13:47 in 25 de Abril de 1974, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Tomada da parte meridional da bahia de Tungue em janeiro de 1886
PRIMEIRA VIAGEM
Ha mais de quarenta annos que o Cheque, então governador de Tungue, — pelo que recebia remuneração do governo portuguez, — depois de ter umas desintelligencias com o governador de Cabo Delgado e na mira de melhores interesses, commetteu a traição de ir entregar a bahia de Tungue ao sultão de Zanzibar. Fizeram-se então diligencias para a revindicação, praticando-se actos de valor que ficaram esquecidos: mas tudo foi inútil.
Desde aquella época todos os governadores geraes da província de Moçambique tentaram rehaver a bahia; mas o sultão, sob pretextos e delongas, sempre se negou a restituir o que de direito nos pertencia.
A' proporção que o tempo passava, iam os governadores de Tungue dilatando para o sul os seus dominios; até que os portuguezes, em 1883, estabeleceram um posto fiscal e um pequeno destacamento em Mutamba, margem sul da bahia de Mucimbua, afim de pôr cobro áquella audaciosa invasão. (Vidè mappa n.° 1)
A bahia de Tungue é talvez a melhor da costa oriental da Africa. Bastante funda, com vinte kilometros de comprimento, quatorze de largura e sete na entrada, dá-lhe esta forma fácil accesso e abrigo de todos os ventos para os maiores navios.
Tem magnifico peixe em abundância, não só o natural daquelle clima, — sendo o mais singular pelas suas formas o chamado peixe mulher, — mas também muito do que se encontra na costa de Portugal. Ha também grande variedade de búzios e conchas, pedra pomes, coral de differentes cores e dos mais caprichosos feitios, tartarugas, pérolas, e cauril de que se faz uma grande exportação.
As aguas são tão límpidas e transparentes que deixam facilmente ver o fundo, em certas condições atmosphericas, e permittem observar os movimentos e a vida dos aquáticos ha-bitantes. As margens porém são baixas, espraiando tanto o mar, que no refluxo das marés vivas fica a descoberto uma facha de uns mil e quinhentos metros, de areia fina, branca e dura, por onde se marcha á vontade.
É orlada por frondoso mangal com densas palmeiras próximo das povoações, que liga para o interior com uma vegetação vigorosa e abundante, em terreno ariento onde se encontra agua doce a pequena profundidade, e onde, ao lado do café, da casuarina, do coqueiro, da bananeira e do ananaz, prosperariam muitas plantas da Europa, como em Quilimane e Zanzibar prospera a laranjeira, o limoeiro, a tangerineira, muito superiores ás de Portugal.
O coqueiro é uma das arvores mais úteis na Africa; além do fructo, tiram também os indígenas a sura que muito lhes agrada. Esta bebida obtem-se cortando o ramo que deve produzir os cocos e prendendo á parte que ficou um cabaço, onde vae cahindo a seiva, ou a sura, que tem sabor agradável e embriaga como o vinho. Ha uns pássaros pequenos de cor negro-aveludada com o peito carmezim, que a bebem a ponto de cahirem ébrios. Outros ha que, em bandos, por instincto escolhem a extremidade dos ramos flexíveis dos coqueiros para construírem seus ninhos esphericos, que balouçando-se sempre, ficam defendidos de inimigos naturaes. A surpreza de encontrar coqueiros carregados de ninhos, não deixa de prender a attenção dum espirito observador.
O silencio da noite é interrompido pelo estridente e constante cantar dos grillos, coaxar das rãs, berrar dos macacos e rugidos de animaes selvagens, a que corresponde o canto melancholico das aves aquáticas, acompanhado pelos murmurejantes gemidos de caranguejos, na elaboração das suas casas tubulares e subterrâneas, que duram só o intervallo d?uma maré.
O paiz próximo é muito povoado por macondes, mavias e macuas, que se distinguem uns dos outros, pouco pela linguagem, mas muito pela mania de golpear o corpo, que fica com signaes e figuras gravadas para sempre, de furar as orelhas e os beiços, a que artificialmente dão formas monstruosas, que elles reputam belleza e distincção sem egual.
Leia aqui Download A Tomada da Bahia de Tungué - Palma Velho
NOTA: Nos anos sessenta ainda pude gozar de parte do que aqui é descrito. Não fôra Portugal, esta parte de África não seria território moçambicano, como podeis concluir após a leitura deste texto. Foi cobiça da França, Inglaterra, Alemanha e Zanzibar, entre outros. Não digitalizei as 2 últimas partes (NO PARLAMENTO E NA IMPRENSA) pois o essencial está na primeira parte do livro.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 22/09/2021 at 18:36 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Por José Ribeiro e Castro
Sei que este tema é polémico mas é oportuno conversarmos sobre a contextualização! E embora com o meu inteiro de acordo sobre o artigo do José Ribeiro e Castro!
Mas há que que conversarmos mais a respeito! Joacine Katar Moreira talvez tenha feito uma proposta sensata quando sugeriu a remoção de um conjunto de painéis dos salões da Assembleia da República e a sua transferência para local mais adequado onde possam ser contextualizados.
Isto é o que os anglo-saxões chamam um no-brainer, isto é algo tão óbvio que não é necessário perder tempo a discuti-lo.
Não entendo porque não questionar a alterações na localização dos quadros. O mundo é feito de mudanças .O nosso também! E recordo o que já o poeta Camões escreveu :
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís de Camões
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"JOACINE, A CENSORA"
José Ribeiro e Castro
Opinião - DN 15 de setembro de 2021
Continue reading "Mudam-se os tempos»»: [Forum Elos.A C Pinho]"JOACINE, A CENSORA" " »
Posted on 17/09/2021 at 16:48 in Antropologia - Sociologia, Guiné - Bissau, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Em entrevista à Lusa, Nuno Lemos Pires, general português que comandante esta missão, sublinha que Lisboa trabalhou “em conjunto” com Maputo e que foi Moçambique que definiu a ajuda de que precisava
Portugal vai liderar a missão de treino militar da União Europeia em Moçambique porque, "desde o princípio, se chegou à frente", afirmou à Lusa o general português Nuno Lemos Pires, comandante dessa missão, que hoje parte para Maputo.
"Portugal lidera esta missão, eu diria, de uma forma natural. Porque, desde o princípio, Portugal chegou-se à frente, podemos dizer assim", afirmou em entrevista com a Lusa Nuno Lemos Pieres, brigadeiro-general do Exército, atual subdiretor-geral de Política de Defesa Nacional no Ministério da Defesa Nacional e professor da Academia Militar, nomeado no passado dia 12 de julho comandante no terreno da EUTM Mozambique.
Lemos Pires atribui esta circunstância a "várias razões", sendo que a primeira foi porque Lisboa trabalhou "em conjunto" com Maputo. Portugal perguntou a Moçambique: "precisam da nossa ajuda? O que é que vocês precisam?" Foi uma construção feita em pleno diálogo com Moçambique", disse.
"Moçambique é que definiu o que precisava", reforçou o general. "Começou a falar com Portugal de uma forma bilateral há cerca de um ano, e foi nessa perspetiva que, em novembro do ano passado, o ministro [português] da Defesa [João Gomes Cravinho] foi a Moçambique".
"Ao mesmo tempo, começou-se a falar da perspetiva da União Europeia também poder colaborar. O ministro [português] dos Negócios Estrangeiros fez um pedido a Bruxelas e o Alto Representante [da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança], Josep Borrell, enviou Augusto Santos Silva, como seu representante a Moçambique", recordou ainda o militar que vai liderar a missão da UE.
"Portugal foi avançando mais rápido. E no âmbito dos seus programas de cooperação no domínio da defesa, como estava a renegociar o programa para mais 5 anos, de 2021 a 2026, foi relativamente fácil chegar a acordo com Moçambique para ver o que este país precisava agora", explicou Lemos Pires.
O facto é que Moçambique precisava de "uma grande transformação" e Portugal triplicou desde logo os seus efetivos no país e concluiu o chamado "Projeto 6", um projeto para responder às necessidades de Moçambique, cujo ponto essencial, no resumo de Lemos Pires, era a dotação de treino, equipamento, e formação das tropas moçambicanas.
"Aquilo que nós, portugueses, estávamos a fazer bem, por exemplo, na República Centro-Africana, que já fizemos bem no Afeganistão, são forças de reação rápida, que tanto sucesso têm tido. Negociámos com Moçambique este modelo, que o abraçou logo", explicou Lemos Pires.
Posted on 14/09/2021 at 18:59 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Nuno Serras Pereira
Novembro de 1998
I
Esta organização tem as suas origens em 1916 com a fundação, por Margaret Sanger, da American Birth Control League. Em 1942, porque o termo birth control suscitava resistências, por reacção à experiência nazi, muda o nome para Planned Parenthood Federation of America. Em 1948 Sanger forma o International Committee on Planned Parenthood (ICPP). “The Brush Foundation for Race Betterment, USA fez uma concessão inicial de $5.000 para o estabelecimento da sede geral em Londres e a Sociedade Eugénica[2] concedeu-lhe alojamento gratuito”[3]. M. Sanger ¾ que até à morte foi membro da Sociedade Americana de Eugenia,[4] bem como o seu sucessor Alan Guttmacher ¾ é membro fundador da IPPF (1952), a que presidirá, juntamente com Lady Rama Rau.
Leia aqui Download A Condecoração _Sampaio
Posted on 12/09/2021 at 11:45 in Magazine, Nacionalidade-Cidadania - Direitos Humanos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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A Apren - Associação Portuguesa de Energias Renováveis calcula que as fontes limpas tenham tido um impacto positivo na economia portuguesa entre 2016 e 2020, e vê potencial para mais ganhos, segundo um estudo encomendado à Deloitte, que será divulgado esta terça-feira e ao qual o Expresso teve acesso
Aprodução elétrica renovável em regime especial, ou seja, com tarifas garantidas de venda da energia à rede, teve em termos líquidos um impacto positivo no sistema elétrico de 1,7 mil milhões de euros entre 2016 e 2020, estima um estudo da Deloitte para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren).
Os 1,7 mil milhões de euros são o benefício líquido que resulta da diferença entre o sobrecusto da PRE (produção em regime especial) renovável face aos preços grossistas e o impacto positivo que a produção renovável teve nesse mesmo mercado grossista (porque quanto maior for o volume de energia renovável a ser injetada na rede a cada momento menor é o preço de mercado; e quanto menor for a produção renovável, maior o preço grossista).
“Se não existisse PRE de natureza renovável, o preço de venda por megawatt hora (MWh) da eletricidade no mercado diário ibérico teria sido, em média, 24 euros superior [por MWh], entre 2016 e 2020”, lê-se num estudo a ser apresentado esta terça-feira e ao qual o Expresso teve acesso.
A existência de renováveis no mix energético mexe nos preços de duas formas, explica a APREN. Por um lado, através dos preços garantidos à produção, as chamadas tarifas feed-in, que estão incluídas na fatura da luz. Por outro, influenciam a formação do preço do mercado grossista da eletricidade, já que apresentam um custo marginal zero ou próximo de zero e o maior ou menor volume de energia renovável no sistema elétrico dita um menor ou maior recurso a outras fontes com custos mais altos.
Segundo o estudo da Deloitte para a Apren, ao longo dos últimos cinco anos os benefícios líquidos da incorporação de renováveis no sistema elétrico foram variando: 389 milhões de euros em 2016, 170 milhões em 2017, 287 milhões em 2018, 144 milhões em 2019 e 684 milhões em 2020.
No ano passado estes 684 milhões de euros de benefícios líquidos para o sistema (leia-se, consumidores) resultam de uma estimativa de sobrecusto imputável à PRE renovável de 773 milhões de euros e de uma estimativa de efeito redutor no preço grossista de 1.457 milhões de euros. Os dados partem de informação da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), com a análise da Deloitte.
MENOS IMPORTAÇÕES DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Paralelamente, a Apren afirma que em 2020 se evitou cerca de 514 milhões de euros em importações de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade.
Posted on 07/09/2021 at 16:57 in Gás - Petróleo - Biodiesel, Portugal | Permalink | Comments (0)
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"Decreto
Achando-se mutuamente Ratificado o Tratado assignado nesta Corte aos cinte e nove de Agosto do anno próximo passado pelos Meus Plenipotenciários e o do Senhor D. João Sexto, Rei de Portugal e Algarves, Meu Augusto Pai, mediante o qual pondo-se o dezejado termo à guerra que infelizmente se fizera necessária entre os dous Estados, foi justamente Reconhecida a plena Independência da Nação Brasileira, e a Suprema Dignidade, a que Fui Elevado pela unânime Acclamação dos Povos, com a cathegoria de Imperador Constitucional, e Seu Defensor Perpetuo: Hei por bem Ordenar que se dê ao dito Tratado a mais exacta observancia e execução, como convém à sanctidade dos Tratados celebrados entre as Nações Independentes, e à inviolável boa fé, com que são firmados. O Visconde de Inhambupe de Cima, do Meu Conselho d’Estado, Ministro e Secretario de Estado dos Negócios Estrangeiros, o tenha assim entendido, e faça executar, expedindo as devidas participações e exemplares impressos para as estações competentes desta Corte e Províncias do Império, com as ordens mais positivas para que se cumprão e guardem como neles se contem. Palácio do Rio de Janeiro em dez de Abril de mil oitocentos e vinte e seis, Quinto da Independência e do Império. Com a Rubrica de Sua Magestade Imperial. Visconde de Inhambupe.”
Fez no passado dia 29, 196 anos que foi assinado na cidade do Rio de Janeiro, o também chamado “Tratado Luso-Brasileiro” e “Tratado de Paz, Amizade e Aliança”, que selou o acordo bilateral firmado, em 29 de Agosto de 1825, entre o Império do Brasil e o Reino de Portugal, que formalmente reconheceu, “de jure”, a Independência do Brasil e pôs fim à Guerra da Independência.
Posted on 31/08/2021 at 21:49 in Brasil, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Eu Dom Afonso, Rei de Portugal, Filho do ilustre Conde Dom Henrique, Neto do Grande Rei Dom Afonso: sendo presentes Vós o Bispo de Braga, e Bispo de Coimbra, e Teotónio, e os mais Magnates, Oficiais, e Vassalos do meu Reino: juro por esta cruz de metal, e por este Livro dos Santíssimos Evangelhos, em que ponho a mão: que eu mísero pecador, com estes meus olhos indignos, vi a Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, posto em uma Cruz nesta forma: Eu estava com meu Exército nas Terras de Além Tejo, no Campo de Ourique, para pelejar com Ismael, e outros quatro Reis dos mouros, que tinham consigo infinitos milhares de homens. E a minha gente atemorizada com esta multidão, estava enfadada, e muito triste, em tanto que muitos diziam ser temeridade começar a guerra. E eu triste por aquilo que ouvia, comecei a cuidar comigo que faria; e tinha um livro na minha Tenda, no qual estava escrito o Testamento Velho, e o Testamento de Jesus Cristo: abri-o, e li nele a vitória de Gedeão, e disse entre mim: Vós sabeis Senhor Jesus Cristo, que por vosso amor faço esta guerra contra vossos inimigos; e que na vossa mão está dar-me a mim e aos meus fortaleza para que vençamos aqueles blasfemadores de Vosso Nome. E dizendo isto adormeci sobre o Livro, e logo vi um Velho, que se vinha para mim, e me dizia: Afonso, confia, porque viverás e desbaratarás estes Reis, e quebrantarás os seus poderes e o Senhor se te há-de mostrar. Estando eu vendo isto, chegou-se a mim João Fernandes de Sousa, vassalo de minha Câmara, e disse-me: Senhor, levantai-vos, está aqui um homem velho, que vos quer falar: entre, disse eu, se é fiel. E entrado ele onde eu estava, conheci ser aquele mesmo, que eu tinha visto na visão. O qual me disse: Senhor, está de bom ânimo: vencerás, vencerás e não serás vencido. És amado do Senhor, porque sobre ti, e sobre teus descendentes depois de ti, tem posto os olhos de sua misericórdia até à décima sexta geração, na qual se diminuirá a descendência, mas na mesma assim diminuída, o mesmo Senhor tornará a pôr os olhos e verá. Ele me manda dizer-te, que tanto que ouvires esta noite que vem, tanger a campainha da minha Ermida, na qual vivi sessenta e seis anos, entre os infiéis, guardado com o favor do altíssimo, sairás do teu arraial, só e sem companheiros, e mostrar-te-á sua muita piedade. Obedeci e com reverência posto em terra, venerei o Embaixador, e a Quem o mandava. E estando em Oração, esperando pelo som da campainha, já na segunda vigília da noite, a ouvi. Então armado com a espada, e escudo, saí do arraial, e vi subitamente para a parte direita contra o Oriente um Raio resplandecente, e o resplendor crescia pouco e pouco em mais, e quando naquela parte pus os olhos com eficácia, logo no mesmo raio mais claro que o Sol, vejo o sinal da Cruz e Jesus Cristo nela crucificado, e de uma e outra parte multidão de mancebos alvíssimos, que eu creio eram os Santos Anjos. A qual visão, tanto que eu vi, posta à parte a espada, e escudo, e deixados os vestidos, e calçado, humilhado me lancei em terra, e aí derramando muita cópia de lágrimas, comecei a rogar pelo esforço dos meus Vassalos. E nada turbado disse: Vós a mim Senhor? Porque a quem já crê em vós, quereis acrescentar a Fé? Melhor será que vos vejam os Infiéis e creiam, e não eu que com a água do baptismo vos conheci e conheço pelo verdadeiro filho da Virgem, e do Padre Eterno. A Cruz era de admirável grandeza, e levantada de terra quase dez côvados. O Senhor com um suave órgão de voz, que meus indignos ouvidos receberam, me disse: Não te apareci desta maneira para te acrescentar a Fé, mas para fortalecer o teu coração neste conflito, e para estabelecer e confirmar sobre firme pedra os princípios do teu Reino. Confia, Afonso, porque não somente vencerás esta batalha, mas todas as outras, em que pelejares contra os inimigos da Cruz. Tua gente acharás alegre para a guerra, e forte, pedindo-te que com nome de Rei entres nesta batalha com título de Rei. Não duvides, mas concede-lhe liberalmente o que te pedirem. Porque Eu sou o que faço e desfaço Reinos e Impérios.
Posted on 09/08/2021 at 22:48 in História, Magazine, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Download Nascer do Sol 780 07.08.2021
Destaque:
Posted on 08/08/2021 at 11:48 in 25 de Abril de 1974, Informação - Imprensa, Portugal | Permalink | Comments (0)
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1.Introdução: A temática, periodização e as fontes
A actual província de Cabo Delgado de Moçambique situa-se entre os rios Rovuma e Lurio e o mar e uma linha no interior, no oeste, que não é uma fronteira cultural, mas está também parcialmente marcada por rios. As outras fronteiras naturais também não são fronteiras culturais. Os rios Lúrio e Rovuma dividem grupos, mas foram muitas das vezes ultrapassados em fugas e migrações. Ao norte do rio Rovuma existiam também Matambwe, Makhuwa e Swahili, parentes próximos dos seus visinhos no sul. Mesmo o mar era desde o séc. I ou II antes nossa era uma estrada de comunicação, utilizada por marinheiros do Golfo Persico, da Arabia e India, por Swahili das costas do Quénia e Tanzania para o sul e por piratas e refugiados dos Comoros e de Madagascar, especialmente no séc. XIX (Alpers).
Geologicamentemo o espaço tem muita diversidade, desde os planaltos, zonas de calcáreo e mármores, grafite, e uma zona perto do rio Rovuma com pequenos lagos semelhante às formações cársticas perto de Vilanculo. Há sedimentos abaixo da água do mar que servem de repositório para gas e petróleo.
Cobertura vegetal e densidade de população mostram muita desigualdade. As razões parecem na combinação de factores como precipitação média, água à superfície e fertilidade do solo. No interior perto do rio Lugenda, na zona de Nairoto , etc. existiram zonas quase deshabitadas por homens. Estas áreas foram frequentadas por caçadores. O planalto dos Maconde que capta uma parte das chuvas vindas do mar, tem um densidade maior, como a zona sul, incluindo sudeste. Ao norte do rio Lurio passou, antes, da construção das estradas modernas, um dos eixos de comunicação com o interior. Cabo Delgado tem uma zona com ilhas no norte e outra sem ilhas, mas falta uma planicie costeira como aquela entre o Zambeze e Angoche. Isso havia de influenciar a história colonial, mas não evitava que na sucessão de nichos ecológicos entre ilhas e pequenas zonas de aptidão agrícola se havia de desenvolver uma identidade costeira, a de Mwani.
Esta região costeira ou o litoral (Pwani) tinha provavelmente assumido uma identidade cultural já desde os primeiros contactos com povos islâmicos e swahili (séc. IX, XIII), mas possivelmente a incursão Luangwa- Lumbo tinha interrompido o processo até que esse grupo também aceitasse a cultura costeira.
Leia aqui Download Apontamentos_sobre_a_Historia_de_Cabo_Delgado_Liesegang
Posted on 07/08/2021 at 12:38 in Antropologia - Sociologia, Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
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"Jorge Fonseca ostenta com orgulho a bandeira, chora quando ouve o hino e diz que está em casa sempre que toca o solo português.
Auriol Dongmo escolheu ser portuguesa por devoção a Nossa Senhora de Fátima e diz adorar os seus compatriotas e irmãos de Fé.
Patrícia Mamona sublinha o seu sangue português e enfatiza o amor à Pátria enquanto rasga um sorriso e exibe uma bandeira nacional gigante.
Pedro Pichardo escolheu ser português porque Portugal era a liberdade de que precisava para fugir à ditadura sanguinária que o encarcerava.
Quatro portugueses do mundo. Sem queixas do país que acolheram e que em troca os mima e embala.
Estes Jogos Olímpicos são definitivamente um mau momento para se ser Mamadou ou Catarina Martins.
Deve ser difícil andar a proclamar permanentemente que Portugal é um país racista e em seguida vê-lo celebrar com orgulho a sua diversidade.
Deve ser difícil constatar que a Auriol veio para Portugal por causa da sua Fé Católica, que o Pedro escolheu Portugal como libertação do comunismo, que o Jorge tem o sonho de ser um polícia português e que a Patrícia é um dos mais belos rostos de Portugal.
Devem estar todos irritaditos. Os maxilares tensos e doridos. Cegos de raiva surda. Engasgados no veneno da sua própria azia. Coitaditos..."...
(de Rafael Campos Pereira)
Posted on 06/08/2021 at 12:26 in Desporto, Emigração - Imigração - Refugiados, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Almeida Santos está na mira de tiro dos militares portugueses que, em Agosto de 1974, caíram nas mãos dos terroristas da Frelimo, em Omar (Moçambique). No centro da polémica está o segundo volume do livro «Quase Memórias», há dias publicado, onde o dirigente socialista acusa de «traição» os homens da l.a Companhia de Cavalaria-Batalhão 8421. A versão relatada por um dos principais responsáveis pela trágica «descolonização exemplar» é rejeitada liminarmente por quem viveu «in loco» os acontecimentos. Chocado e indignado, mais de trinta anos depois o ex-alferes miliciano Costa Monteiro, à altura comandante interino da Base de Omar, dispôs-se a abrir a «gaveta» das memórias em nome da verdade. De «traição à Pátria» o antigo militar acusa Mário Santos, Melo Antunes, Otelo Saraiva de Carvalho e o próprio Almeida Santos.
Leia em: Download excomandante_de_omar.doc
Veja tudo em: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/omar_01081974/index.html
Posted on 01/08/2021 at 12:18 in História, OMAR - 01.08.1974, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Boa tarde Dona Anabela,
Peço desculpa do atraso na resposta, aquilo que lhe posso responder é com dados técnicos e científicos às suas questões, quanto ao consumo de água pelas plantações de eucaliptos, efectivamente é uma planta muito eficiente na utilização da água e quando não tem espécies e pragas que lhe travem o crescimento apresenta bons crescimentos, é o caso da Zambézia em Moçambique.
Tem conhecimento que na Austrália os ecologistas protegem a todo o custo as florestas nativas de eucalipto e fazem grandes guerras contra as plantações de pinheiro??
Os 11 000 ha que a Portucel Moçambique plantou na Zambézia eram áreas que nunca foram de agricultura, eram áreas que a corrupção do governo Frelimo deixou cortar a floresta nativa e limpou todas as árvores com valor comercial, toda essa madeira foi metida em contentores, o Porto de Quelimane quase só operava com madeira em toro nos contentores que foram para a China.
A população local nada beneficiou desses milhões de usd de madeira que a Frelimo fez desaparecer nos meandros da corrupção do Maputo, o colono ao fim de 500 anos deixou áreas intactas de floresta que o Frelimo conseguiu destruir desde 1992 até hoje, o corte de madeira descontrolado ainda não acabou só abrandou.
As áreas plantadas pela Portucel Moçambique foram áreas de mato que tinham sido espoliadas das grandes árvores, manchas mais densas da floresta autóctone foram preservadas, assim como, as linhas de água a plantação de eucaliptos foi efectuada em mosaico, dificilmente encontra áreas contínuas com mais de 100 hectares.
As populações locais diziam que os terrenos eram deles, mas o governo Frelimo nunca lhes deu títulos de propriedade, como tal a Portucel efectuou acordos com essas pessoas que se diziam donas dos terrenos, quando na realidade todo o terreno de Moçambique pertence ao governo e o governo pertence à Frelimo já lá vão 46 anos.
Quanto ao consumo de água tem algum estudo que lhe permita afirmar que o eucalipto consome mais água que as florestas nativas?? Aquilo que eu tenho a certeza é que a evapotranspiração de uma plantação de eucalipto é muito inferior a um plantação de banana, em Gaza existem muito mais que 11 000 ha plantados de banana e não vemos a JA, a falar que as bananas consomem muita água, as precipitações em Gaza são muito inferiores às precipitações anuais da Zambézia.
Só para ficar com uma ideia, tem a noção que a área ardida em Portugal de plantações da Navigator ou da Altri é muito baixa?? Portugal tem 7 milhões de hectares e 1 milhão de ha plantados com eucalipto, só a Zambézia tem 5 milhões de hectares, 11 000 ha de plantação de eucaliptos é um pontinho em toda a Zambézia, é mesmo só vontade de fazer guerreação contra a Portucel Moçambique.
Se as organizações ecologistas realmente querem arruinar com o negócio das papeleiras, o caminho é outro, o papel fotocópia e o papel de jornal já fazem parte da história, agora estão a agarrar-se ao papel higiênico e aos tissues, vulgos guardanapos, o consumo de papel higiênico a nível ambiental é tão nocivo ou mais, que os sacos de plásticos, toneladas e toneladas de celulose vão parar aos esgotos tornando caríssimo a purificação dessas águas, está na hora de fazerem uma campanha para limpar o rabo com água e sabão, acabando com o consumo de papel higiênico.
Posted on 30/07/2021 at 13:08 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Tributo a Amália Rodrigues, por ocasião do 101.º aniversário do seu nascimento. Gravação realizada em Goa, por diversos músicos amadores, há menos de 24 horas! A parte final é em língua local.
Grato aos que fizeram de Portugal um lugar universal.
Posted on 24/07/2021 at 12:53 in Goa, Índia, Musica, vídeo, cinema, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Conheça aqui a sentença e as razões que levaram Mac-Mahon a decidir a favor de Portugal, isto é, Moçambique.
Leia em:
http://www.malhanga.com/flipbook/mac.mahon/
(Grato ao Magno Antunes)
Posted on 24/07/2021 at 12:04 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Agradecemos o seu email/carta, pois dá-nos uma oportunidade para dialogar sobre as questões que denunciamos no comunicado e vários outros assuntos levantados por si. Agradecemos também que o tenha tornado público, porque permite que o debate se estenda a mais interessados.
Antes de mais importa salientar que o plantio de monoculturas em larga escala tem inúmeros e graves impactos negativos no ambiente, incluindo o consumo de elevadas quantidades de água, portanto se o Governo continuar a promover o estabelecimento de plantações de monocultura em larga escala sob o falso pretexto de reflorestamento, com certeza acesso a água para “lavar o rabo” será a menor das nossas preocupações pois não teremos água para produzir alimentos, nem tão pouco para beber. Os impactos negativos das plantações de monocultura são sobejamente conhecidos, esta alteração agressiva da vegetação nativa no actual contexto de mudanças climáticas vem exacerbar os já previstos impactos das mesmas. Aliás, podemos ver inúmeros exemplos a nível global desta transformação da paisagem natural, incluindo em Portugal com as plantações da própria Navigator company da qual a Portucel faz parte, basta lembrar os tristes episódios anuais de queimadas descontroladas e o facto de não serem lá permitidos alargar as suas áreas, razão pela qual se estabeleceram aqui.
Acreditamos que estamos a viver tempos de múltiplas crises, e muitos dos recursos que hoje temos, talvez amanhã não existam mais ou estejam completamente mercantilizados e inacessíveis para a maioria. Infelizmente, muitas das chamadas soluções para a crise climática, ou da biodiversidade, ou da alimentação, entre outras, são soluções falsas que além de não contribuírem para resolver o problema, muitas vezes contribuem para agravá-los ainda mais ou para distrair a opinião pública de forma a parecer que se está “a fazer algo a respeito” - como por exemplo o plantio de monoculturas de árvores para mitigar a crise climática, também promovido pelo nosso governo na sua estratégia de reflorestamento, apesar da contestação de organizações da sociedade civil. Afinal, o que pode haver de errado com plantar árvores?
Quanto ao assunto específico da avaliacao do impacto ambiental (AIA), concordamos plenamente consigo. Aliás, se acompanhasse minimamente o trabalho da JA, saberia que sempre criticamos a leviandade com que são levados a cabo os processo de AIA e todos os processos corrompidos relacionados com os mega-projectos que abundam no nosso país. Desde 2011 que nos recusamos a tomar parte nestes processos de AIA, e sempre que convidados, respondemos a informar que não aceitamos fazer parte de processos de “faz de conta” que apenas procuram a nossa presença para validar as suas conclusões já previamente definidas. Já escrevemos muito sobre este assunto, e produzimos um estudo intitulado “Só para inglês ver” que foi apresentado ao público em 2018, e brevemente será lançada uma actualização do mesmo.
Apesar das inúmeras denúncias sobre a forma como estes processos estavam e continuam a ser levados a cabo, nada mudou, o que culminou com a nossa decisão de afastamento dos mesmos, particularmente após dois processos bastante problemáticos.
O primeiro foi a AIA para o projecto de exploração do gás na bacia do Rovuma. Desde o início apercebemo-nos do potencial elevado nível de impactos, ambientais e sociais e interferência que esse projecto poderia provocar, e todas as nossas preocupações foram completamente ignoradas. Na altura fizemos vários comentários, inclusive uma breve análise das falhas do processo enquanto a AIA decorria, na esperança que este fosse melhor conduzido. Quem sabe, se se tivesse feito um trabalho honesto e íntegro, e cientificamente válido, com exaustivas análises sociais e ambientais, teriam sido identificados os mesmos riscos e ameaças que nós identificámos. Quem sabe, se isto tivesse acontecido, não estaríamos hoje a viver mais uma maldição dos recursos e a passar por toda a destruição e desgraça que hoje se vive em Cabo Delgado.
O último processo de AIA em que participámos foi o de Mphanda Nkuwa, aprovado em 2011 sem que tivessem sido elaborados estudos ambientais cientificamente válidos e imparciais. Após 2 anos de estudos, as nossas questões e preocupações permaneceram sem resposta, e a Impacto decidiu ignorar as recomendações da JA e de muitos outros académicos e representantes da sociedade civil, apresentando um EIA com a conclusão ridícula de que “… o projecto da HMK é ambientalmente viável, sendo os benefícios que lhe estão associados, maiores que os prejuízos causados, se devidamente minimizados.” Apesar dos nossos inúmeros apelos, comentários e análises submetidas a vários níveis, incluindo o Ministério da Terra e Ambiente na altura MICOA, nada mudou o rumo do projecto.
Posted on 23/07/2021 at 19:45 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Opinião, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Boa noite,
Dona Anabela,
É engraçado ver essa organização Justiça Ambiental, mais a Quercus a assinar um manifesto contra o transporte de madeira do Chimoio, Beira, Porto de Aveiro, madeira de eucalipto.
A Portucel Moçambique depois de ter investido 100 milhões de usd a plantar 1 000 ha em Manica e 11 000 ha na Zambézia decidiu parar as plantações. O papel fotocópia deixou de ter mercado devido aos computadores e o Tissue, papel higiénico e guardanapos em breve também deixarão de ter mercado.
O mundo vai passar a lavar o rabo com água e sabão e é uma completa cretinice andar a plantar eucaliptos para limpar o rabo.
O vosso conhecimento dos mercados globais é uma completa ignorância, em breve as máquinas fotocopiadoras, terão a mesma utilidade que as máquinas Kodak, serão peças de museu.
Aquilo que eu gostaria de falar é da máfia dos estudos de Impacto Ambiental, da empresa Impacto do Sr. Mia Couto, que eu só consigo chamar de mafioso e que não ouvimos a Justiça Ambiental a falar acerca do assunto.
No caso concreto da Portucel Moçambique, foram dois um para Manica e outro para a Zambézia, eram Copy Paste um do outro, cada um custou 50 000 usd , no conjunto 100 000 usd, no final havia uma frase que dizia que a plantação de eucaliptos não tem impacto negativo para o meio ambiente nada em Moçambique se faz sem um estudo de Impacto Ambiental e se não fôr efectuado pela Impacto o projeto não tem luz verde do governo da Frelimo, que lembro governa Moçambique há 46 anos, depois de ter efectuado uma gigantesca fraude nas últimas eleições.
Mais dos estudos também dessa empresa do Sr. Iluminado Mia Couto, uma central termoelétrica em Nacala a Velha a carvão que enviaria as águas quentes para a Baía de Nacala, no final também dizia o mesmo a Central Termoelétrica não tem impacto negativo para o meio ambiente.
Em Nacala Porto, se já visitou a bela cidade está uma barcaça de uma empresa Turca, a produzir eletricidade com Fuel Oil, as águas quentes são despejadas para a Baía de Nacala, o estudo de Impacto Ambiental, da empresa Impacto também diz o mesmo o despejo de águas quentes na Baía de Nacala não tem impacto negativo para o meio ambiente.
No caso da plantação de eucaliptos da Portucel Moçambique deveriam ir pedir responsabilidades ao Sr. Mia Couto, a Portucel pagou 100 000 usd por esse estudo de Impacto Ambiental, não é agora passado 10 anos andarem com manifestos, os responsáveis pelo que aconteceu têm nome, Mia Couto, Celso Correia e Filipe Nyusi.
Moçambique já é independente há 46 anos, esta de andarem sempre a pôr as culpas para cima do colono, já não pega, basta.
A Portucel Moçambique fez tudo de acordo com a legalidade e as leis de Moçambique, se não concordam com as leis lutem para as mudar, a Portucel Moçambique não é uma empresa fantasma como as empresas Chinesas que desde 1992 têm cortado as florestas de Moçambique, recentemente no ciclone ''Idai'' morreram mais de 1 000 pessoas em Sofala, não por causa das Alterações Climáticas, sempre existiram ciclones no Canal de Moçambique, mas sim por causa do corte de floresta no Zimbabué e em Moçambique, quase 1 milhão de hectares, a Portucel Moçambique no global só plantou 12 000 hectares.
Lembro que uma das ONG's mais influentes a nível mundial a WWF foi uma das organizações que apoiou este projecto da Portucel Moçambique, a Navigator chega a colocar anúncios na revista National Geographic Portuguesa a elogiar este projecto em Moçambique.
As florestas que foram cortadas e metidas em contentores para a China, durante o tempo Português absorviam as chuvas e as águas diminuindo em muito as torrentes e as enxurradas que se abateram sobre a Beira e tiveram consequências catastróficas.
Os culpados dessas mortes foram os Frelimos que permitiram o corte de toda essa madeira, para receberem meia dúzia de dólares que se esfumaram nos meandros da corrupção lá do Maputo.
Enfim demagogia feita à maneira é como queijo numa ratoeira,
Desejo as maiores felicidades a essa Justiça Ambiental, mas desta vez acertaram no alvo errado.
(Recebido por email)
Posted on 19/07/2021 at 21:21 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Escrito por Delsio
Sexta, 27 Julho 2012
Caminhámos lentamente pela alameda do Palácio da Ponta Vermelha.
Levaram-nos para o vasto salão de reuniões. Era o primeiro encontro das duas delegações, encontro alargado (25 de Novembro de 1981). Seríamos uns cinquenta de cada lado. No centro da longa mesa, face ao Presidente de Portugal, Samora resplandecia, os olhos redondos e muito abertos, percorriam e prescutavam os circunstantes, com um brilho alegre. A contrastar com esta exuberância, a seu lado, sentava-se com ar distante e frio, Chissano, no seu modo e configuração de príncipe.
Samora, sempre a sorrir, deixou cair o silêncio que impôs pelos olhos e fitando Ramalho Eanes interpelou-o em tom jovial: “cá, como em Portugal, quando se encontra um amigo, pergunta-se, então como está tudo lá por casa?”
O General, na sua maneira sizuda, fez uma exposição sucinta e incisiva da situação portuguesa. Quando se calou Samora abanou de vagar a cabeça.
“Pois a mim parece-me que as coisas por lá não andam nada bem, mesmo nada bem. Os Partidos não se entendem entre si, dentro dos Partidos reinam as maiores desavenças e ninguém respeita o Presidente da República. Eu quando ando por aí a viajar e me perguntam “como vão as coisas lá por casa do teu patrão? “não tenho outro remédio senão dizer que andam mal, mesmo muito mal. E não me agrada nada ter que confessar isso porque, sabe Senhor Presidente, sempre se faz gosto na casa do patrão ....”
Não se ficou por aqui. Durante meia hora desenvolveu o tema.
Eu que detesto escândalos públicos comecei a sentir cólicas, receoso que o ministro dos Negócios Estrangeiros, mais visado por representar ali o Governo AD(nr: Aliança Democrática, uma coligação entre o Partido Social Democrata(PSD) e o Partido Socialista), se levantasse e saísse.
Continue reading "Quando Samora se zangou com Gonçalves Pereira" »
Posted on 16/07/2021 at 18:58 in História, Magazine, Morte Samora Machel - 19.10.1986, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
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A madeira é proveniente de plantações de eucalipto exploradas pela Portucel Moçambique, subsidiária da Navigator, e será utilizada nas fábricas de pasta e papel em Portugal. Outros dois carregamentos são esperados este ano, com um total de 100.000m3 de madeira, revelou a organização ambientalista.
Grupos ambientalistas moçambicanos e portugueses, apoiados por coligações internacionais, receberam com "fortes críticas" o primeiro carregamento de eucaliptos descarregado em Aveiro, destinado à empresa The Navigator, proveniente do porto da Beira, em Moçambique, divulgou esta quarta-feira a Quercus.
A madeira é proveniente de plantações de eucalipto exploradas pela Portucel Moçambique, subsidiária da Navigator, e será utilizada nas fábricas de pasta e papel em Portugal. Outros dois carregamentos são esperados este ano, com um total de 100.000m3 de madeira, revelou a organização ambientalista.
A Portucel Moçambique explora uma concessão de 356 mil hectares de terrenos nas províncias de Manica e Zambézia, no centro de Moçambique, onde está a introduzir plantações de eucalipto. A área é mais de três vezes superior à que a The Navigator Company controla em Portugal, e, até agora, apenas 13.500 hectares foram plantados, de acordo com o comunicado da Quercus.
Anabela Lemos, diretora da organização não-governamental (ONG) moçambicana Justiça Ambiental sublinha que a Portucel Moçambique afirma que as plantações "estão a melhorar as condições de vida das comunidades rurais", mas a "realidade" é que "este projeto neocolonialista está a usurpar terra e meios de subsistência a milhares de famílias camponesas, deixando as mesmas sem opções de vida".
"Enquanto as famílias camponesas perdem tudo que de mais valor tem, a Portucel exporta madeira de baixo valor por mais de 11.000 quilómetros para abastecer as fábricas da Navigator em Portugal e ainda afirma que está a contribuir para o desenvolvimento das mesmas. As promessas de empregos, vidas melhores e infraestrutura aprimorada feitas às comunidades foram todas quebradas", reforça a ativista, citada no comunicado.
As ONG a trabalhar em Moçambique, Portugal, assim como noutros países, "apelaram ao Governo moçambicano para revogar as concessões de terras da Portucel Moçambique devido aos impactos negativos que as plantações estão a ter na subsistência e segurança alimentar das comunidades agrícolas" locais.
Continue reading "Ambientalistas denunciam carga de eucaliptos de Moçambique para a Navigator" »
Posted on 14/07/2021 at 23:21 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Segundo o site Pordata, o rendimento médio dos portugueses em 2019 (controlando o efeito do custo de vida) foi inferior ao de 2001, altura em que o Euro ainda não estava em vigor.
Os números em bruto, a preços correntes, indicam que o rendimento médio dos portugueses foi de € 26.435, em 2001, e de € 34.433, em 2019. No entanto, esses valores não levam em conta o custo de vida. Para retirar o efeito da inflação é necessário consultar o gráfico a «preços constantes». Então, o caso muda de figura e a situação inverte-se.
As opções do gráfico permitem a consulta por «preços constantes» sob dois critérios possíveis. O primeiro é de acordo com a variação de preços do PIB, o segundo, com a variação do IPC – Índice de Preços do Consumidor. Ora, em qualquer dos critérios adoptados, o rendimento médio dos portugueses em 2019 foi inferior ao de 2001.
Concretamente, tendo como critério os Preços Constantes-PIB, o rendimento médio em 2001 foi de € 35.192, enquanto em 2019 foi apenas de € 32.765. Já de acordo com os Preços Constantes-IPC a diferença é menor, mas ainda assim se confirma: € 34.733 em 2001 versus € 33.520.
Posted on 14/06/2021 at 17:16 in Portugal | Permalink | Comments (0)
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Por António Francisco
No dia 11 de Junho do corrente ano, Moçambique completa 130 anos que nasceu com a configuração territorial que caracteriza o país até hoje graças ao Tratado Luso-Britânico da 1891 que ratificou o acordo assinado a 28 de Maio desse ano; entre Portugal e Grâ-Bretanha. Volvidos vários séculos de indefinições fronteiriças e prolongadas disputas e negociações, um novo Estado emergia - do Rovuma a Maputo, do Zumbo ao índico - conjugando uma complexa diversidade de influências positivas e negativas na África Austral.
Depois do tratado luso-britânico de 1891, várias disputas pontuais ainda ocorreram tal como persistem até hoje indefinições, principalmente em relação às fronteiras marítimas No entanto em 1890-91 se bem que o palco territorial do novo Estado tenha sido estabelecido, a colónia de Moçambique não apresentava quase nenhuma das características de um estado moderno, mas também não fora uma criação completamente aleatória Para isso contribuiu, entre outros factores, cinquenta anos de soberania em Gaza que criou uma espécie de unidade no sul do País (Newftt 1997:321),
Quem diria, há 130 anos atrás “… que semelhante esboço tão grosseiro pudesse passar no teste do tempo e não ser revisto decorrido pouco tempo e com maior frequência depois" (Newitt. 1997: 321}? Essa passagem no teste do tempo foi possível, malgrado as enormes diferenças entre os regimes políticos a que Moçambique tem sido subordinado (colonial monárquico ou republicano; pós-colonial, monopartidário ou multipartidário). Todos eles partilharam a mesma motivação: a defesa da integridade geográfica e fronteiriça fixada pelo tratado luso-britânico de 1891.
DE - 11.06.2021
NOTA: Caro Professor: O grande mal de África é que as actuais fronteiras dos seus países não foram "conquistadas" pelos povos nativos. Estes tiveram que se "encaixar" obrigatóriamente nas fronteiras deixadas pelos colonizadores europeus. Parece impossível como o "pequeno" Portugal deixou países da grandeza do Brasil, Angola ou Moçambique.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 11/06/2021 at 17:12 in História, Nacionalidade-Cidadania - Direitos Humanos, Portugal | Permalink | Comments (1)
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Em pleno centro da Espanha, em meio às terras frias e áridas castelhanas, ergue-se uma pequena cidade de 141 quilômetros quadrados.
Atualmente ela é habitada por cerca de 9 mil pessoas e ostenta o título de "vila muito ilustre, antiga, coroada, leal e muito nobre".
Ali ocorreu há 525 anos um fato histórico que determinou a configuração política e territorial da América, dividiu o mundo em dois hemisférios e definiu a língua e a cultura de milhões de pessoas.
Essa cidade, chamada Tordesilhas, está localizada ao norte de Madri.
Foi lá que, em 7 de junho de 1494, as duas grandes potências marítimas da época, Castela e Portugal, chegaram a um acordo para dividir as zonas de navegação do Oceano Atlântico e os territórios do "Novo Mundo".
Posted on 08/06/2021 at 11:48 in Mundo, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Ninguém escolhe ser Português. É um acaso do Cosmos ou um acto da Providência Divina.
Simplesmente tem-se essa honra…
Mas “sendo nós portugueses”, como diria Pessoa, “convém saber o que é que somos”.
Ser Português é ter “um berço estreito para nascer e um mundo inteiro para morrer”, no dizer do Padre António Vieira.
É só saber (sentir) verdadeiramente o que é, depois de sair de Portugal…
Ser Português é ter saudades do futuro!
Mesmo sem lhe apetecer construir o presente.
Ninguém pode entender isto sem ser Português…
Ele próprio não o quer entender, pois raramente percebe o presente como suficientemente motivador para se empenhar…
Não sabe viver sem sonho e sem glória.
Por isso passa a ser muito mais Português, lá fora, quando emigra.
O Português vive na lembrança de uma grandeza que lhe percorre o subconsciente, mas faltando-lhe arrimo para, novamente, a conquistar.
Prosaicamente ser português continua a ser gostar de bacalhau, sardinhas assadas e couratos; matar o porco em Janeiro e aproveitar tudo, e ter com desporto favorito ir almoçar fora ao domingo, com a família e resolver os problemas nacionais nos almoços dos restantes dias. É apreciar o luxo e alguma ostentação mas não o conforto e o bem-estar…
Muito individualista e com pouca apetência para trabalhar em grupo, mas com sentido de solidariedade humana, o português nunca está bem nem mal, está “como Deus quer…”, vai-se andando!
O português gosta de se deslumbrar com o que se passa no estrangeiro (o que revela alguma baixa estima) até lhe tocarem na dignidade; mas em simultâneo, mantém a trapalhada nos negócios e a grande maioria de quem tem empresas comporta-se muito mais como “donos” das mesmas do que como empresários, com uma visão imediatista das coisas e dos homens.
O país dos portugueses, chamado Portugal, nasceu da vontade de um Príncipe e da aspiração das gentes de “Entre Douro e Minho”, se libertarem de tutelas, as lutas constantes contra mouros, leoneses e castelhanos fortaleceram-lhes a têmpera e a unidade, até que estabilizaram a fronteira, em 1297, a mais antiga e estável do mundo. Após um impulso inicial para viverem de vida própria, abalançaram-se a um projecto de afirmação temporal e espiritual à escala do planeta. Já se olvidou, porém, da heroicidade da luta pela Restauração, bem como da saga homérica da expulsão dos invasores napoleónicos e vive ainda a amargura dos desaires e lutas intestinas do restante século XIX e primeiro quartel do século XX.
Fica-lhe o velho “milagre de Ourique”; a esperança do retorno do Dom Sebastião, subindo o Tejo de espada alçada e a nostalgia vindoura de um “Quinto Império”.
Irrequieto, porém, compraz-se na crítica mordaz àqueles que o governam (para lá dos Pirenéus existe um povo que não se governa nem se deixa governar – segundo um General Romano), esquecendo-se que “eles” são feitos da mesma igualha, e na ironia cáustica, perante a sociedade e a vida.
Posted on 01/06/2021 at 22:09 in Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
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O incremento do PIB per capita e a redução e erradicação da pobreza têm sido um tema central em economia moçambicana. Os programas de luta contra a pobreza têm-se multiplicado e com eles as análises dos níveis e da composição da pobreza e do PIB per capita.
No caso de Moçambique, o PIB per capita e a pobreza tornaram-se objecto particular de preocupação a partir de 1989, no segundo ano do Programa de Reabilitação Económica (PRE), no contexto da iniciativa dos doadores que levaria posteriormente à transformação do PRE em Programa de Reabilitação Económica e Social (PRES)”. Este caso apresenta um interesse suplementar pelo facto de ter sido um dos países mais pobres do mundo, com as suas infraestruturas físicas e o seu capital físico e humano muito debilitados, que se empenhou tanto a nível governamental como não-governamental na elevação do PIB per capita e no combate à pobreza. Desde então vários estudos foram publicados sobre a questão em Moçambique, levando posteriormente, em 2001 à aprovação pelo Conselho de Ministros do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta – 2001/2005 (PARPA).
Moçambique é actualmente considerado um dos países mais pobres do mundo segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2010, com níveis de Pib per capita mais baixos do mundo.
Leia aqui
Download Pib-Per-Capita-Mocambicano-1930-2013
PS: Em 1974 o PIB per capita de Moçambique era de USD 454 e em 2020 estava em USD 455. É este o progresso que o povo moçambicano deve agradecer à FRELIMO nestes 46 anos de independência. E o tal boom dos Megaprojectos está emperrado. Uns tantos cada vez mais ricos e o povo na miséria. Em Cabo Delgado a paciência parece já se ter esgotado. Que será quando o mesmo acontecer no resto do país?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 29/05/2021 at 18:45 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Missão de treino da UE terá como base a missão de formação portuguesa já no terreno, mas dar-lhe-á "outra escala". O ministro da Defesa português espera que os 27 possam aprová-la em junho para começar a ser concretizada dentro de três meses
Portugal vai ser o principal participante na missão de formação militar da União Europeia em Moçambique, aproveitando a experiência das forças portuguesas já no terreno, disse esta sexta-feira o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, adiantando que há outros "sete ou oito" países europeus que já se mostraram disponíveis para participar.
Os 27 ministros da Defesa estiveram esta sexta-feira reunidos em Lisboa, num encontro informal que serviu para falar do contributo europeu para a segurança e paz em África, com Moçambique na agenda. Cravinho não quis avançar os nomes dos países que já disponibilizaram as suas tropas, preferindo que sejam os próprios Estados-membros a oficializar essa vontade, mas confirmou um número provisório: pelo menos sete já responderam à chamada.
"Aquilo que ficou patente hoje, como já tinha ficado na nossa última reunião ministerial, é que há um apoio generalizado. Ninguém disse que não achava boa ideia fazermos uma missão da União Europeia", afirmou o ministro português aos jornalistas no final do encontro.
A missão de treino europeia na província de Cabo Delgado contará com a participação orientadora das tropas portuguesas que já estão no país, o que foi também confirmado pelo Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, que falou numa “maior capacidade da parte de Portugal”. O objetivo, “em poucos meses”, é o de saber quem mais, dos 27, vai contribuir para a missão, reforçou Borrell.
“Aquilo que está previsto pela missão técnica da UE que está em Moçambique desde o dia 19 de maio é que utilizem a experiência da cooperação bilateral portuguesa. [A participação da UE] será construída em cima dessa cooperação. Mais à frente, a força portuguesa será “absorvida pelas forças da UE”, disse ainda Cravinho. Sobre o tempo que vai demorar até que a missão entre em ação, João Gomes Cravinho diz que a expectativa é a de que possa ser aprovada formalmente já em junho, para "que dentro de três meses, aproximadamente" esteja no terreno.
MOÇAMBIQUE PEDIU A FORMAÇÃO DE ONZE COMPANHIAS
No norte de Moçambique, em Cabo Delgado, os militares portugueses estão já a dar formação em dois locais diferentes. Uma de fuzileiros e outra de comandos. "São processos de formação de quatro meses", lembra Cravinho. "Aquilo que as autoridades moçambicanas nos pediram foi a formação de onze companhias". Quanto à missão europeia, o objetivo é que "tome o mesmo conceito" e "utilize a base" da formação portuguesa "para ganhar outra escala".
No mês passado, em reação à escalada de violência terrorista em Cabo Delgado, o ministro dos Negócios Estrangeiros português alertou para o “sentido de urgência” da missão militar europeia em Moçambique. “O processo de decisão [da UE] para uma missão de apoio militar a Moçambique tem de ser concluído o mais rapidamente possível”, disse Augusto Santos Silva no final de uma reunião dos chefes de diplomacia europeus. Vários Estados-membros acompanharam esse “sentido de urgência” que Santos Silva destacou.
“É preciso pôr no terreno a nossa missão de apoio, [existe um] sentido de urgência, uma vez que, quanto mais tarde interviermos no apoio a Moçambique no seu combate ao terrorismo, mais forte ficará o terrorismo – temos de intervir o mais cedo possível, o mais rapidamente possível”, afirmou o ministro. “Há urgência nos termos do pedido que Moçambique nos apresentou.”
Moçambique pediu “que seja incrementada a cooperação entre a UE e Moçambique também nesta área de paz e segurança”, além do apoio a nível humanitário e no âmbito do desenvolvimento, avançava Santos Silva. Um apoio que se concretizará nesta componente de formação e treino militar das tropas especiais moçambicanas.
No encontro informal dos ministros da Defesa europeus desta sexta-feira falou-se ainda da situação de instabilidade no Mali e sobre a chamada Bússola Estratégia - um documento orientador para o futuro da defesa da União Europeia.
EXPRESSO(Lisboa) – 28.05.2021
Posted on 28/05/2021 at 19:41 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Europa - União Europeia, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Por J Brooks Spector• 26 de maio de 2021
O volume de Charles van Onselen em 2019, The Night Trains, é uma leitura angustiante, mas essencial, sobre como as minas de ouro da África do Sul foram realmente feitas, e quem as fez. Não se trata de financiadores intrépidos ou geólogos brilhantes, mas de milhões de moçambicanos que cavaram o ouro.
Ao longo dos anos, os sul-africanos – provavelmente a maioria – e muitos outros ao redor do mundo foram capturados pela intensidade de uma das peças de performance mais viscerais do falecido Hugh Masekela, mesmo depois de ter ouvido inúmeras vezes. Aqui estamos falando, é claro, de Stimela.
O legado histórico desses trens a vapor que transportam os milhares de trabalhadores pobres e africanos que se dirigem para as minas de carvão de Witbank e as minas de ouro do Witwatersrand desde o início do século XX tornou-se, ao longo dos anos, inextricavelmente ligado à rendição marítima de Masekela dessa viagem – e às consequências de suas vítimas de cavaleiros quando chegaram às minas.
Na verdade, a música de Masekela, por mais despedaçada que se tornou quando se lavou sobre o público, acompanhada por aquele ostinato de sino imitando o som da locomotiva, ainda não estava nem perto de ser compatível com a realidade dessa jornada. E a jornada foi apenas o começo das agonias que estavam por vir. Depois disso, houve o trabalho que seguiu no subsolo, após a viagem para as minas.
(Talvez a melhor evocação desse tipo de trabalho realmente tenha chegado a nós a partir da grande reportagem de George Orwell em The Road to Wigan Pier, um exame em primeira mão das minas decarvão e os mineiros no norte da Grã-Bretanha que as cavaram. (Veja: https://libcom.org/files/wiganpier.pdf – página 21 em diante). País diferente, sim, mas as mesmas verdades essenciais.
Com Os Trens Noturnos, o historiador Charles van Onselen analisou a textura histórica, sociológica, econômica e administrativa desta história, apesar de seu livro ser descrito como um "livrinho". Este livro importa em parte porque essas viagens têm recebido relativamente pouca atenção em histórias mais padrão das minas, mineração e exploração do trabalho, ao estilo sul-africano.
Ao longo dos anos, Van Onselen criou um legado como provavelmente o principal estudioso de "história de baixo para cima" da África do Sul, o chamado exame de história das pessoas do registro histórico mais amplo. No entanto, ao contrário de muitos expoentes dessa abordagem para a África do Sul, Van Onselen cuidadosamente minou todos os tipos de arquivos oficiais, até os limites de tais fontes, no ato de pesquisar e contar suas histórias escolhidas. Estes incluíram seu aclamado estudo da vida de um agricultor africano, The Seed is Mine: The Life of Kas Maine, A South African Sharecropper, 1894-1985.
Mas Van Onselen também escolheu temas que minimizam a criticidade das fronteiras formais, argumentando, em vez disso, que o que aconteceu dentro da África do Sul deve ser visto em um contexto regional maior – ou mesmo global . Um de seus volumes anteriores, The Cowboy Capitalist, se concentrou na carreira transnacional de John Hays Hammond, um aventureiro-investidor dos EUA que era uma figura importante, mas agora quase esquecida na história sul-africana.
Hammond tinha sido um engenheiro de mineração e empresário no levemente governado Oeste Americano e, em seguida, ele passou a se envolver profundamente no infame Jameson Raid, entre outras aventuras na África do Sul. Eventualmente retornando aos EUA, Hammond tornou-se uma figura poderosa dentro do Partido Republicano e em um ponto até se tornou um candidato plausível para uma nomeação vice-presidencial com uma reputação baseada em parte em suas aventuras africanas. Van Onselen usou a carreira de Hammond para forrizar a fluidez dos indivíduos que se deslocam para dentro e para fora da África do Sul, e assim como os desenvolvimentos na África do Sul estavam ligados a tendências sociais e econômicas maiores em outros lugares.
Posted on 27/05/2021 at 23:16 in Antropologia - Sociologia, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/05/2021 at 23:39 in História, Informação - Imprensa, Portugal | Permalink | Comments (0)
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“A equipa principal de futebol do Sporting vai entrar em campo no dérbi deste sábado, em casa Benfica, com 'Cabo Delgado' inscrito nas costas das camisolas dos jogadores em vez dos seus nomes.
Os ‘leões’ têm como objetivo alertar e sensibilizar todos para os graves acontecimentos que têm afetado aquela região de Moçambique”, lê-se num comunicado do novo campeão nacional.
Posted on 16/05/2021 at 00:37 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Desporto, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Posted on 08/05/2021 at 16:51 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Os ministros da Defesa de Portugal, João Cravinho Gomes, e de Moçambique, e Jaime Bessa Augusto Neto assinam na segunda-feira, 10, em Lisboa o Programa-Quadro da Cooperação no Domínio da Defesa 2021-2026, já enquadrado no reforço da capacidade das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanos no combate aos insurgentes na província de Cabo Delgado.
A assinatura decorre dias depois da União Europeia (UE) ter decidido enviar uma missão civil a Moçambique, onde, segundo o chefe da diplomacia do bloco, já estão equipas avançadas portuguesas.
O programa entre Portugal e Moçambique prevê formação e treino de forças especiais, fuzileiros e comandos, outras linhas de cooperação militar no âmbito da formação.
Nos próximos três anos, os militares portugueses, que ficarão instalados em Catembe, perto da capital Maputo, vão treinar "sucessivas companhias" das Forças Armadas e Defesa de Moçambique.
VOA – 07.05.2021
Posted on 07/05/2021 at 20:36 in Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Posted on 26/04/2021 at 17:40 in História, Musica, vídeo, cinema, Portugal, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 26/04/2021 at 17:37 in História, Musica, vídeo, cinema, Portugal, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/04/2021 at 13:09 in História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Uma mulher de 49 anos residente no norte de Moçambique e com nacionalidade portuguesa foi hoje raptada em frente ao Consulado Geral de Portugal em Maputo, informou a polícia moçambicana.
O rapto ocorreu às 11:00 (10:00 em Lisboa), depois de a vítima deixar o edifício do consulado na Avenida Mao Tse Tung, disse o porta-voz da PRM na cidade de Maputo, Leonel Muchina.
LUSA - 13.04.2021
Posted on 14/04/2021 at 00:02 in Justiça - Polícia - Tribunais, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Suponho que 50% dos moçambicanos não sabem a história da mandioca e de como apareceu em Moçambique e em África. Aqui fica pois esta achega. Há um nome muito conhecido em Moçambique, porque o deram à rua onde se encontra a sede da FRELIMO: Baltasar Pereira do Lago. Baltasar Manuel Pereira do Lago (de seu nome completo) foi Governador-Geral de Moçambique de 1765 a 1779 e bem merece a honraria que lhe concederam na então cidade de Lourenço Marques e mantida após a independência até que por motivos políticos foi substituído. Pobres e mal agradecidos. A ele se deve a introdução da mandioca em Moçambique, pois que originária do Chile e disseminada por todo o continente sul americano, foi trazida para África pelos portugueses.
Repito e actualizo este post porque um jornalista escreveu que “Figuras de produtos agrícolas alimentares como o cogumelo, mandioca, entre outros tubérculos, incluindo cereais, estão patentes nas pinturas rupestres de Tchahulo e Namulempwa.” (In http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2013/09/descoberta-de-pinturas-rupestres-atrai-curiosos-a-mecub%C3%BAri.html )
Se não existia mandioca em África como poderia ela ter sido pintada? Santa ignorância.
Saiba tudo sobre essa maravilhosa planta em:
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 13/04/2021 at 00:05 in Brasil, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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É inaceitável que nem Portugal nem a UE consigam fazer pressão suficiente para que o Governo moçambicano, incapaz e alheio ao sofrimento da população, tome medidas eficazes.
Um relatório publicado no passado dia 2 de Março pela ONG Amnistia Internacional (AI) denuncia que, no conflito que continua a devastar a província de Cabo Delgado no norte de Moçambique, “centenas de civis foram mortos em Moçambique pelo grupo armado localmente conhecido como ‘Al-Shabaab’, pelas forças de segurança moçambicana e por uma empresa militar privada contratada pelo governo”.
O relatório, com o título “O que vi foi a morte: Crimes de guerra no ‘Cabo Esquecido’ de Moçambique” foi elaborado com base em entrevistas a 79 deslocados internos provenientes de 15 comunidades, em imagens de satélite, fotografias e dados médicos e balísticos.
Posted on 12/04/2021 at 11:47 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Parlamento em Lisboa vai realizar uma audição ao ministro dos Negócios Estrangeiros português sobre a situação em Cabo Delgado. Deputados consideram que o "Parlamento não se pode aliar deste grave problema humanitário".
A audição ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, foi aprovada esta terça-feira (07.04) na comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, anunciou na sua página na rede social Facebook o grupo parlamentar do CDS, que fez o requerimento.
No texto do requerimento, datado de 30 de março, o CDS assinala que "nos últimos dias a situação agravou-se de forma substancial, evoluindo para um verdadeiro clima de guerra civil".
Terrorismo em Cabo Delgado no topo da agenda bilateral Portugal-Moçambique
O texto, assinado pelo deputado Telmo Correia, defende que o "Parlamento português não se pode aliar deste grave problema humanitário" e recorda que os sucessivos ataques em Cabo Delgado já causaram "milhares de mortes e mais de 700.000 deslocados".
Violência no norte moçambicano
A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há cerca de duas semanas, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.
Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.
O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia, mas as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas reassumiram completamente o controlo da vila, anunciou no domingo o porta-voz do Teatro Operacional Norte, Chongo Vidigal.
Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.
DW – 06.04.2021
NOTA: E o parlamento moçambicano quando trás Cabo Delgado ao Parlamento?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 06/04/2021 at 22:42 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Portugal | Permalink | Comments (0)
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O novo embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, iniciou hoje funções referindo que a relação entre os dois países "não depende do sabor dos ventos" e assenta em laços bilaterais fortes.
O diplomata entregou cartas credenciais ao chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, no Palácio da Presidência, em Maputo.
LUSA – 24.03.2021
Posted on 24/03/2021 at 22:58 in Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Esta bandeira proveio da conquista de Ceuta por Portugal na manhã de 22 de Agosto de 1415 e, segundo Gomes Eanes de Azurara, nessa altura, foi pedido a D. João Vasques de Almada que a hasteasse.[1]
Esta cidade norte-africana só passou para posse espanhola em 1640, tendo sido administrada por portugueses mesmo durante o domínio filipino (1580-1640).
O desenho da bandeira, gironado de oito peças de negro e prata, exibe a clara ligação à capital portuguesa e à sua bandeira de Lisboa, cidade de onde proveio a armada que conquistou Ceuta. Note-se que a Espanha considera esta sua praça como território metropolitano, sendo esta bandeira, embora originalmente apenas da cidade, equiparada às das outras comunidades autónomas.
A ligação a Portugal é ainda mais intensa no brasão, colocado centralmente na versão "estatal" desta bandeira: trata-se das armas portuguesas, do Reino de Portugal, de tal como se usavam na época da sua dominação do território (incluindo a coroa real aberta, diferenciadas apenas no uso de torres e não de castelos na bordadura, e na posição destes, em 2+2+2+1 em vez de 3+2+2).
In WIKIPÉDIA
Posted on 21/03/2021 at 12:11 in História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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ENQUADRAMENTO GEOPOLÍTICO
O MUNDO APÓS A II GUERRA MUNDIAL
“Não deixeis que ninguém toque no território nacional. Conservar intactos na posse da nação os territórios de além-mar é o vosso principal dever. Não ceder, vender ou trocar ou por qualquer forma alienar a menor parcela de território, tem de ser sempre o vosso mandamento fundamental. Se alguém passar ao vosso lado e vos segredar palavras de desânimo, procurando convencer-vos de que não podemos manter tão grande império, expulsai-o do convívio da Nação” Norton de Matos (“Exortação aos novos de Portugal”, 1953)
No fim da guerra Portugal era um país mais coeso e próspero do que no início da mesma e não perdera nada de seu. Apenas Timor tinha sido invadido e ocupado, primeiro por holandeses e australianos e, depois, por japoneses. Virtuosismo diplomático e firme determinação do governo português, de então, fê-lo retornar à nossa soberania plena, em 29 de Setembro de 1945, quando uma força militar portuguesa ali desembarcou, ida de Moçambique.
Leia aqui Download O ATAQUE A ANGOLA 15.03.1961
PS: Não deixe de ver mais em sanguecapim (macua.org)
Posted on 14/03/2021 at 11:08 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Por: Luis Rosa - Redator Principal e colunista do Observador(Lisboa)
Os 100 anos do terror comunista Lisboa e Porto foram invadidas por milhares de bandeiras vermelhas que simbolizam a ditadura e a fome. Uma vergonha para a democracia e um insulto aos milhões no mundo que foram vítimas do comunismo. Observador, 08 mar 2021 1
Se qualquer turista do leste europeu tivesse a possibilidade de visitar Lisboa e o Porto durante este fim-de-semana teria apanhado um susto e pensado que tinha regressado ao tempo da Cortina de Ferro e do Pacto de Varsóvia — tal era o número avassalador de bandeiras vermelhas do Partido Comunista Português (PCP) espalhadas de forma impactante na Avenida dos Aliados (Porto), na Praça do Município (Lisboa) e no Marquês de Pombal (Lisboa).
Além da constatação da excentricidade portuguesa por ainda ter um partido dito comunista, ficaria com a estranha sensação de que também ele, como os seus pais e avós, se arriscava a passar fome e a ser perseguido, torturado e morto se tivesse a infelicidade de viver em Portugal.
Esse é o significado da bandeira vermelha da foice e do martelo para milhões de polacos, húngaros, checos, eslovacos, romenos, búlgaros, ucranianos, letões, estónios, lituanos, sérvios, croatas, bósnios ou moldavos (e muitos outros africanos, asiáticos e latino-americanos): ditadura, opressão e (muita) fome.
A vergonha para a democracia portuguesa é ainda maior — e a constatação do nosso atraso cultural sai reforçadíssima — quando há menos de dois anos o Parlamento Europeu aprovou com mais de 80% dos votos uma resolução em que equiparou o nazismo ao comunismo.
Um breve resumo do texto integral: · milhões de europeus de leste “permaneceram sob ocupação soviética e sob ditaduras comunistas durante meio século e continuaram a ser privados de liberdade, soberania, dignidade, direitos humanos e desenvolvimento socio-económico”.
Enquanto os nazis foram julgados no processo de Nuremberga, o mesmo não se passou com os comunistas. Há “a necessidade urgente de uma plena sensibilização e de uma avaliação moral e jurídica dos crimes perpetrados pelo estalinismo e pelas ditaduras comunistas”.
É de “uma importância vital” que os “crimes cometidos pelas ditaduras comunistas, nazis e outras” sejam equiparados. · “Condena veementemente os atos de agressão, os crimes contra a humanidade e as violações em massa dos direitos humanos perpetrados pelos regimes totalitários nazi e comunista”.
Posted on 13/03/2021 at 15:32 in História, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Nenhum povo pode viver em harmonia consigo mesmo sem uma imagem positiva de si. EDUARDO LOURENÇO
Neste último mês de Fevereiro, teve lugar nos media um inflamado debate sobre a nossa memória colonial e de repúdio do colonialismo, quase sempre por iniciativa de personalidades que se consideram progressistas e ‘de esquerda’.
Seguiram-se as réplicas dos seus émulos ‘de direita’ e, com alguma paciência e de forma mais recatada, as daqueles que procuram respeitar a verdade histórica e o sentido cultural de nação.
No caso em apreço, a nem sempre serena ofensiva anticolonialista aproveitou-se do falecimento do tenente-coronel Marcelino da Mata e das homenagens fúnebres que lhe foram conferidas para verberar, uma vez mais, a memória da guerra colonial.
Nesta onda, não faltou quem não tenha hesitado em contaminar com idêntica censura a epopeia dos Descobrimentos marítimos, como se Salazar tivesse sido o grande mentor do infante D. Henrique. Isto é, há quem considere que, mesmo no contexto pré-colonial da epopeia marítima, não se justifica qualquer tipo de orgulho nacional e que quem é ‘de esquerda’ e progressista deve rejeitar liminarmente essa emoção aprovadora, sentimento unicamente próprio de colonialistas e de saudosistas do salazarismo.
Pouco importa que Jaime Cortesão, opositor da ditadura desde a revolta de 3 de Fevereiro de 1927, tenha exaltado os descobrimentos portugueses quando referiu que “com o advento das navegações portuguesas o homem vai pela primeira vez conhecer os lineamentos gerais e a grandeza do planeta que habita”.
1 - O mesmo se poderia dizer da figura de Norton de Matos, assumido colonialista e, simultaneamente, adversário do Estado Novo. De resto, era tão arreigado o sentimento colonial da República derrubada pelo golpe de 28 de Maio de 1926 que o Estado Novo se sentiu ‘obrigado’ a manter essa linha.
O mesmo sucederia perante o movimento descolonizador que se seguiu ao termo da 2.ª Guerra Mundial, porque a oposição democrática portuguesa tardou a mudar de opinião, acabando por colocar Salazar perante a necessidade de conservar as colónias para se manter no poder.
Se, na segunda metade da década de 1950, Salazar tivesse desejado seguir o exemplo das outras potências coloniais, o regime cairia. A verdade é que a afeição de Salazar pelos territórios ultramarinos pode ser medida pelo facto de nunca se ter dignado visitar as terras que nos haviam legado os nossos maiores.
Continue reading "COLONIALISMO, GUERRA COLONIAL E A NOVA SANHA INQUISITORIAL" »
Posted on 12/03/2021 at 13:08 in 25 de Abril de 1974, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Os 25 anos sobre a amnistia. O olhar do filho de uma das vítimas mortais do grupo terrorista FP-25
Passam esta segunda-feira(01.03.2021) 25 anos sobre a aprovação da amnistia aos condenados no caso das Forças Populares 25 de Abril (FP-25 de Abril), que operaram de 1980 a 1987.
A organização terrorista de extema esquerda surgiu nos anos 80 e foi apontada como responsável pela morte de 17 pessoas. Entre elas, Gaspar Castelo-Branco, alto funcionário do Estado, diretor-geral dos serviços prisionais, assassinado à porta de casa, em 1986.
O filho, Manuel Castelo-Branco, com 17 anos quando o pai morreu, foi esta segunda-feira convidado da Edição da Noite da SIC Notícias.
Posted on 04/03/2021 at 17:09 in 25 de Abril de 1974, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Posted on 03/03/2021 at 13:20 in 25 de Abril de 1974, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Hugo Gonçalves
"Não faz muita diferença quem tu és, nem quanto tempo treinaste, nem se és muito duro. Quando estás no lugar errado, à hora errada, vais apanhar."
Em A Barreira Invisível, de Terrence Malick
Durante a guerra pisou uma mina. “Nem ouvi o barulho.” Havia trovões e chuva. O capim era alto. Uma emboscada. Os inimigos iniciaram os disparos após a explosão. “Tinha um buraco na minha perna. Via o osso. Rasguei o camuflado, apertei para não sair mais sangue. Continuei a fazer fogo. Fui evacuado uma hora depois.”
Na segunda vez que foi ferido, Sadjo Camara, nascido na Guiné, comando português, entrou no helicóptero e uma bala perfurou-lhe uma nádega.
Houve ainda um terceiro ferimento. “Era o comandante de grupo e, por isso, o primeiro a saltar do helicóptero – saltávamos de muito alto. Fui logo atingido.” Uma bala que lhe entrou de lado, acima da cintura, e que fugiu pelo outro. “Nem sabia onde estava. Lembro-me da enfermeira. Tiveram de coser-me as tripas.”
Leia em
Download e_depois_do_adeusguine.doc
REVISTA ATLÂNTICO - JUNHO DE 2005
PS: Recordando a propósito da morte de Marcelino da Mata
Posted on 03/03/2021 at 12:14 in 25 de Abril de 1974, Guiné - Bissau, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Descobri o quadro abaixo que me chamou a atenção pela posição que Moçambique, Angola e a Guiné(Bissau) detinham economicamente a nível do continente africano.
Desafio, pois, economistas, sociólogos e políticos a deterem-se nestes valores e nos de hoje. Reconheço que então, como agora, a média não traduz a realidade da distribuição de riqueza.
Poder-se-á dizer que a "pobreza absoluta" é consequência da colonização? Seriam pobres aqueles que até ao princípio do séc.XX viviam no seu "mato", cultivando, caçando e disputando entre si os melhores territórios?
De notar, também, ser de cerca de 52% o contributo directo de doadores ao Orçamento de Estado de Moçambique...
Quanto se andou para atrás...
Table 5
Comparative Per Capita Income (US dollars)
Country or Territory |
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1965 |
1970 |
Angola |
|
|
210 |
333 |
Mozambique |
|
|
165 |
228 |
Portuguese Guinea (Guinea-Bissau) |
|
|
194 |
258 |
Central African Republic |
|
|
101 |
120 |
Ivory Coast |
|
|
225 |
301 |
Kenya |
|
|
107 |
128 |
Niger |
|
|
76 |
74 |
Nigeria |
|
|
95 |
61 |
Republic of Zaire |
|
|
29 |
90 |
Senegal |
|
|
198 |
185 |
Tanzania |
|
|
60 |
102 |
SOURCE: Statistical |
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|
Yearbook of the United |
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Nations, 19 71-19 72, pp. 325- |
-26 |
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Aqui fica o desafio.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
NOTA: Julgo saber ser de cerca de 20 vezes a actualização dos valores monetários de 1970 para 2005
(Colocado a primeira vez em 03.03.2008, In http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2008/03/pobreza-absolut.html)
- Numa actualização com correcção monetária, o rendimento per capita, em 1970 era, em Moçambique, de 4560 USD contra os actuais 350 USD. Mantendo-se a progressão de 1965 para 1970, em quanto estaria hoje o rendimento "per capita" em Moçambique? São números da ONU. Quem desmente? Triste a realidade que a independência trazida pela FRELIMO criou em Moçambique.
Para quem quiser fazer melhores contas, visite
http://fx.sauder.ubc.ca/etc/USDpages.pdf
06.06.2010
Em tempo:
Posted on 02/03/2021 at 13:37 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, História, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Novos documentos revelam como Estados Unidos discutiram o interesse ou não em apoiar a evacuação de portugueses de Angola
Um mês antes da independência de Angola em 1975, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Melo Antunes, informou o Presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford, que a independência iria resultar no “caos económico e administrativo” de Angola, revelam documentos publicados pelo Departamento de Estado americano.
Melo Antunes disse que nenhum dos movimentos de libertação angolanos possuía quadros para garantir a estabilidade de Angola, revela a transcrição de uma reunião na Casa Branca entre Melo Antunes, o Presidente Gerald Ford e o então secretário de Estado, Henry Kissinger, que era também Conselheiro de Segurança Nacional de Ford.
Dezenas de documentos referentes às relações entre os Estados Unidos e Portugal, entre Outubro de 1973 e 1976, agora tornados públicos, reflectem com efeito a crescente preocupação do Governo americano face à radicalização dos vários Governos portugueses que se sucederam após o golpe de estado de 25 de Abril de 1974, à luz da guerra fria com a União Soviética e as implicações da retirada portuguesa de Angola nessa luta por influências entre as duas potências mundiais.
Neste contexto, as reuniões ao mais alto nível indicam como a independência de Angola torna-se não só um factor de preocupação para as autoridades americanas, mas também um instrumento de pressão em redor da questão da retirada de Angola de centenas de milhares de cidadãos portugueses, os chamados “retornados”, sobre os quais os dirigentes americanos chegam mesmo a discutir se o regresso desses portugueses iria favorecer forças anti-comunistas em Portugal ou se seria melhor permanecerem em Angola.
A ajuda ao regresso dos portugueses é também usada para tentar forçar os militares portugueses a deixarem de ajudar o MPLA, indicam os documentos que confirmam que, mesmo antes da proclamação da independência, navios carregados de material bélico soviético para o MPLA chegavam a Angola perante a passividade das autoridades portuguesas.
“Savimbi é mais inteligente, Neto é casmurro”
Um mês antes da independência de Angola, Melo Antunes deslocou-se à Casa Branca, a 10 de Outubro de 1975, para uma reunião em que o Presidente Ford pediu ao ministro português uma avaliação dos dirigentes angolanos, começando por perguntar se era sua opinião que Agostinho Neto era comunista.
“É muito próximo disso embora seja difícil classificá-lo como um comunista ortodoxo”, respondeu Melo Antunes, acrescentando “estamos bem cientes do apoio que tem recebido da União Soviética e de outros países socialistas, mas principalmente da União Soviética”.
Interrogado sobre os dirigentes dos três movimentos de libertação, o então ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que o fundador e líder da FNLA, Holden Roberto, “não tem um fundo político muito sólido”.
“É facilmente corrompível e dependente de Mobutu”, afirmou em referência ao antigo Presidente do Zaire (agora República Democrática do Congo) onde Roberto se encontrava.
Dos três dirigentes, sublinhou Melo Antunes, “(Jonas) Savimbi é o mais inteligente, o mais capaz e o mais forte politicamente”, embora “alguns ponham em causa o seu senso político”.
“Tem jogado em todos os lados e mudou de apoiantes estrangeiros, e penso que irá acabar por perder popularidade devido a estas acções, mas de momento tem apoio considerável do Zaire e Zâmbia, enquanto (Agostinho) Neto (presidente do MPLA ) devido à sua casmurrice perdeu algum apoio”, acrescentou.
Posted on 25/02/2021 at 23:30 in Angola - Cabinda, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Quase no fim da Província de Moçambique, lá muito ao Norte, fica situada a povoação de Palma, administrativamente classificada como Sede de Circunscrição, incluindo nos seus limites, Olumbe, Mutamba e Quionga, como povoados mais importantes.
Situada na zona de influência muçulmana, Palma, cujo nome comemora um dos heróis que ajudaram a construir e consolidar a influência portuguesa na Costa Oriental, não foi conhecida nos mapas e nos documentos oficiais por esta designação, senão algum tempo depois dos acontecimentos que vão narrar e a sua Circunscrição apenas pela Portaria Número 6:202, de 17 de Novembro de 1945 adoptou a nova designação. -----
(…) Desde os primeiros tempos da nossa colonização, que este ponto do litoral moçambicano se denominava Baía de Tungue e a povoação, um miserável povoado arabizado, era conhecido também pelo mesmo nome. A influência dos portugueses nestes pequenos portos de mar foi sempre mais teórica do que prática, sendo frequentados pelos nossos navios, mas geralmente os marinheiros e comerciantes ficavam em terra o tempo suficiente para a carga das embarcações ou para a reparação de qualquer avaria mais grave que os impedia de arribar a Moçambique.
Quando o poderio português se estendia pela costa de África acima até quase à entrada do Mar Roxo, isto é, quando a Capitânia de Mombaça se encontrava em todo o seu esplendor e ao Capitão do Forte Jesus obedeciam todos os senhores mouros das ilhas e da terra firme, a Baía de Tungue não tinha grande importância estratégica por ficar na fronteira de dois domínios igualmente obedecendo ao Rei de Portugal, mas com a decadência do Século XVIII tudo mudou
A queda de Mombaça, em 1729, e o abandono da Ilha de Pate por António de Albuquerque Coelho, marcou o início de uma longa série de conflitos, tentativas de conciliação diplomática e vexames que Portugal teve de sofrer e que mais dolorosos foram para a honra nacional, por nos terem sido dirigidos por povos a nós nitidamente inferiores e por soldados que não passavam de bandos de maltrapilhos fanatizados.
Com a perda da Capitânia do Norte, os territórios sob a autoridade do Rei de Portugal ficaram circunscritos ao que hoje são, tendo-se logo marcado como limite extremo a foz do Rovuma, ou mais simplificadamente o Cabo Delgado, negligência essa que nos ia custando a posse de Quionga, como a seu tempo já se fez referência nestas crónicas históricas. No entanto, estes limites fronteiriços levaram o Governo Português a ter que entrar em guerra com o Sultão de Zanzibar, após quase um século de negociações, o que revelou da nossa parte uma paciência quase oriental, mas que uma vez desembainhadas as espadas a questão resolveu-se de vez, ACABANDO-SE COMO POR ENCANTO AS PRETENSÕES ISLAMITAS SOBRE ESTA BAIA (TUNGUE/PALMA).
Poucos anos após o desmoronamento do nosso poderio além Rovuma, as AMEAÇAS DOS SULTÕES DO NORTE fizeram-se sentir aos Governadores de Moçambique, levando Pedro do Rego Barreto da Gama e Castro, em 1745, a dirigir uma carta alarmante ao Cardeal da Mota, Ministro de D. João V, onde o monarca era informado de que os portugueses não possuíam meios para se oporem a um AVANÇO DOS MOUROS PARA O SUL.
Posted on 22/02/2021 at 11:58 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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O papel dos soldados africanos que lutaram por Portugal na guerra colonial, a sua sorte após o 25 de Abril e os casos de tortura em 1974 e 1975.
Ouça aqui, pois que mais aproximado às realidades vividas naquela época, ainda não encontrei.
Marcelino da Mata e os comandos africanos – Observador
Recorde aqui https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2020/11/onde-e-como-nasceu-o-celebrado-25-de-abril-de-portugal.html
NOTA: Eu ouvi da boca de Almeida Santos, ao lado do então deputado Mário Tomé da Frelimo, dizendo que "em Moçambique, se a lei da nacionalidade fosse outra, como aqui é explicado, só em Moçambique, na altura da opção da nacionalidade, seriam cerca de 2 milhões a requerer a nacionalidade portuguesa. Na altura a população de Moçambique não chegava a 8 milhões de habitantes. O que seria do novo país Moçambique a nascer com 25% da sua população sendo estrangeira?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 19/02/2021 at 16:05 in 25 de Abril de 1974, Guiné - Bissau, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Só um pequeno(grande)esclarecimento:
- A África do Sul pagava em ouro, 60% do salário dos 120.000 "magaíças", ao preço oficial e que Portugal vendia ou poderia vender a preço de mercado. Após a independência a África do Sul deixou de pagar em ouro e hoje os "magaíças" já não chegam a 50.000.
Posso acrescentar que o último pagamento em ouro ainda estava em Moçambique e aí ficou entregue ao então Banco Nacional Ultramarino. A penúltima entrega, já em Portugal mas ainda não integrada nas reservas do Banco de Portugal, foi por ordem de Almeida Santos devolvida a Moçambique, salvo erro, via Paris.
Fernando Gil