« Júlio Pomar assina um dos temas do novo CD de Cristina Branco | Main | "Fado no S.Luiz" de Esmeralda Amoedo editado esta semana »

25-10-2004

Comments

isa

ola, procuro a letra do Fado da Freira ou algum cd que contenha esse fado, será que me pode ajudar?

Obrigado

Um abraço

Isa

Naeno Rocha

Estas são letras de fado que componho. Ponho à tua observação e que me respondas, por favor.

FARDO

São tantas vinhas e fados
São tantas minhas saudades
São tantos mares serenos,
São tantos ais, são venenos.
São tantas marcas no corpo
Tantas lembranças de um porto.

Tantos destinos havia
O céu tantas terras cobria
São mais os ventos que guiam
Que o meu coração que cativas.

Te vendo eu me alucino
E talvez seja,
O destino que eu ganhei
Esta parada.
A distâcia que eu ainda não gostei
Ou a vontade de beijar-te.

BLASFÊMIA

Se alguém quizer me ver chorar,
Fale o seu nome uma vez
E me recorde aquele tempo amargo
O grande mal ela me fez.

Não acredito mais no amor
Assim, jurado e não cumprido,
Minha resposta e sempe a verdadeira
Prefiro ir só no meu caminho.

O amor não se blasfema,
Qualquer palavra é pena
Que um vai ter de suportar.
O amor requer mil jeitos
De se chegar e dar
E um vai ter de começar.

TORMENTAS

Meu coraação não espera
O que vem da terra
O que vem do mar.
Meu coração não quer
Velejar tormentas
Terras desbravar.

Meu coração só espera
Que melhore o tempo
Que se acalme o mar.
Prá que ele sinta perto
E esteja assim, mais certo
De que um dia ainda encontrará
Meu Portugal.

REVERÊNCIA

Ao ventos obedenço, reverente
E dou minh'alma leve
Pra que levem.
Aos céus às naus distantes
À mercê dos anjos.
Pra assim
Me condenarem no que devem.

Às chuvas meu olhar entregarei
E aceitarei
O tempo bom de fecunda.
Meu ventre ardendo
O bem que há na terrra
E o sangue dos filhos
Que vou deixar.

VIDA

Olhando o Tejo,
Eu vejo mais meu Portugal
E não me ocorre,
Nesse momento nenhum mal.
O bem maior,
São as lembranças
Que com ele passam.
E delas lembro
Com um sabor
Da uva passa.

O que é ser rio e não correr
O que é ser água e não poder
Matar a sede de quem passa
Tão fatigado.

PASSARINHO

Estou fazendo a minha parte,
Passarinho,
Estou vertendo água dos olhos.
Gota a gota, derramando
Passarinho,
Sem nem ter quem me console.

Estou fazendo dessa dor
Uma promessa
Que sem ver já estou pagando
E sem ter razão, que vida,
Passarinho,
Eu canto ainda,
O teu nome vou chamando.

Passarinho,
Um rio indo na corrente
É um destino
Que só se acaba com a morte.
Contravir é sacrifício
Que só peixe faz perdido,
Confundindo o sul e o norte.

Um beijo

Naeno

Verify your Comment

Previewing your Comment

This is only a preview. Your comment has not yet been posted.

Working...
Your comment could not be posted. Error type:
Your comment has been posted. Post another comment

The letters and numbers you entered did not match the image. Please try again.

As a final step before posting your comment, enter the letters and numbers you see in the image below. This prevents automated programs from posting comments.

Having trouble reading this image? View an alternate.

Working...

Post a comment

Your Information

(Name and email address are required. Email address will not be displayed with the comment.)

agosto 2011

dom seg ter qua qui sex sáb
  1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31      

fado

Blog powered by Typepad
Member since 04/2004