Lisboa, 20 Nov (Lusa) - A fadista Kátia Guerreiro e os filmes de Manoel de Oliveira são os representantes da cultura portuguesa em Dezembro, no âmbito da Triennale de Milão (Norte de Itália), disse à agência Lusa fonte oficial.
Kátia Guerreiro actuará dia 13 de Dezembro no Teatro Dell'Arte, acompanhada por Paulo Valentim (guitarra portuguesa), José Mário Veiga (viola) e Rodrigo Serrão (contrabaixo).
O espectáculo da fadista, que ainda antes de Milão subirá ao palco do São Luiz, em Lisboa, integra-se na Semana Portuguesa da Triennale, com o apoio do Instituto Camões.
Dias 09 e 10 de Dezembro serão exibidos os filmes "A Carta", "Vou para casa", "O Princípio da incerteza", "Party" e "Porto da minha infância" do realizador Manoel Oliveira que foi recentemente distinguido com um Leão de Ouro pela sua carreira pelo Festival de Veneza.
O mais galardoado cineasta português é um exemplo raro de longevidade na arte cinematográfica.
O primeiro contacto de Manoel de Oliveira com a Sétima Arte foi como figurante no filme "Fátima milagrosa" de Rino Lupo.
O primeiro contacto com a tela foi como figurante no filme "Fátima Milagrosa", de Rino Lupo (1928).
A vida nas margens do rio Douro motivou-o a realizar aos 23 anos a curta-metragem documental "Douro, Faina Fluvial", hoje largamente elogiado, mas mal recebido na época pela sua estrutura e pela alegada ausência de acção, foi a sua estreia como realizador.
"Aniki-Bobó" marca a sua estreia, em 1942, como realizador de filmes de ficção.
A fadista Kátia Guerreiro tem actuado em várias salas do mundo, recentemente esteve na Tunísia, no âmbito do Festival Medina, onde mereceu rasgadas críticas da imprensa local.
Jean-Marie David, realizador de um documentário para o canal da TV Cabo Mezzo, disse à Lusa que a fadista "tem merecido os maiores elogios e um vivo interesse por parte dos franceses".
Ainda este mês a fadista participou na sessão comemorativa dos 25 anos da carreira literária de António Lobo Antunes, cujos poemas integram o seu CD, "Nas mãos do fado", editado este ano.
Kátia Guerreiro nasceu na África do Sul há 26 anos, aos 11 meses foi para os Açores, onde viveu até aos 18 anos. Em 1994 ingressou na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, tendo então integrado a Tuna Médica.
O encontro com o fado surgiu quando foi convidada para cantar numa casa de fados em Lisboa. Agradou e o seu nome começou a surgir em vários espectáculos e programas televisivos.
Em Junho de 2001 editou o primeiro CD, "Fado Maior".
Um trabalho cujas vendas ultrapassaram os 10.000 exemplares em Portugal e a L'Empreinte Digitale garantiu a edição mundial em Novembro de 2002.
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