Lisboa, 20 Set (Lusa) - A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) apresentou hoje a programação para a nova temporada, o que acontece pela primeira vez desde a sua fundação há 13 anos, afirmou hoje a presidente da AMEC, instituição que tutela a orquestra.
Gabriela Canavilhas, presidente da Associação para a Educação pela Música e Cultura (AMEC), salientou "o leque variado de solistas portugueses e estrangeiros de alta qualidade" que a programação contempla, qualificando-a de "arrojada".
No programa para a temporada - que se inicia este mês - Canavilhas destacou ainda a descentralização geográfica da OML que "contempla programas específicos para cada um dos patrocinadores regionais".
Neste sentido, Gabriela Canavilhas disse que a orquestra "cumpre todas as suas obrigações".
Aquela responsável sublinhou também a apresentação de obras musicais expressamente encomendadas pela Metropolitana, pois se "é importante cuidar do passado, há que deixar património musical para o futuro".
A este propósito, foram encomendadas várias obras a compositores portugueses que a orquestra apresentará em primeira audição ao longo da nova temporada, que começa este mês.
O maestro Álvaro Cassuto, que anunciou a sua continuação como director artístico da OML até Dezembro de 2010, salientou que "uma orquestra tem de ir ao encontro do gosto do público, não deixando de apresentar novidades".
O maestro disse ainda que decidiu continuar no cargo, cujo mandato terminara em Agosto passado, por ter ficado "surpreendido" com a qualidade da orquestra e "com o clima fantástico que se vive entre os músicos".
"A orquestra tem potencial artístico superior àquela que eu tinha na minha memória", disse o maestro.
A OML está, entretanto, a gravar para a editora Naxus, tal como tinha sido anunciado no ano passado por Álvaro Cassuto.
As gravações decorrem sob a sua direcção na Igreja da Cartuxa, em Caxias (Oeiras), devendo o registo ser editado no primeiro semestre do próximo ano.
A orquestra grava obras do compositor austríaco Diteers von Dittersdorf, dado o interesse desta editora por autores do século XVIII.
NL.
Lusa/Fim
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