O FADO E PORTUGAL

Da Weasel actuam dia 11 de Novembro no Olympia

Lisboa, 11 Out (Lusa) - Os portugueses Da Weasel, vencedores do Best Portuguese Act da MTV o ano passado, actuam dia 11 de Novembro no Olympia, em Paris, anunciou hoje a produtora do grupo.

A história da banda de Almada, feita de seis álbuns, muitos concertos e um DVD, passará agora por actuar numa das salas mais emblemáticas da cena musical mundial.

A banda voltou este ano a ser nomeado para o mesmo galardão da MTV Portugal, cuja cerimónia de entrega decorrerá em Lisboa.

O palco do Boulevard de Capucines, em Paris, recebeu já Amália Rodrigues, Mariza, Mísia, Cristina Branco e dia 11 cabe a vez aos Da Weasel que, segundo a produtora, irão apresentar "um espectáculo em tudo semelhante ao realizado nos coliseus e que fez um apanhado de todos os seus álbuns".

Os concertos realizados nos coliseus de Lisboa e Porto, em Fevereiro deste ano, esgotaram.

O ano passado a banda redefiniu objectivos musicais e editou "Re-Definições", já tripla platina (60.000 cópias vendidas), galardões que se juntam ao Best Portuguese Act da MTV e aos dois Globos de Ouro (Melhor Grupo e Melhor Canção do Ano).

Fonte da produtora salientou à Lusa o facto de o espectáculo em Paris "se destinar à cidade e não especificamente à comunidade portuguesa ali residente".

"A banda é hoje um fenómeno, transversal a vários públicos e, como seria de prever, já extravasou as fronteiras nacionais", rematou a mesma fonte.

NL.

Amadou & Mariam vencem Prémios Edison, derrotando Mariza e Ana Moura

Lisboa, 11 Out (Lusa) - O duo Amadou & Mariam, do Mali, venceu o Prémio Edison na categoria World International, a que concorriam dois álbuns de fado, "Aconteceu" e "Transparente", respectivamente de Ana Moura e Mariza, foi hoje anunciado.

Os Prémios Edison são os mais importantes galardões de música da Holanda, equivalentes aos Grammy Award, Brit Award ou ao Grand Prix du Disque.

O álbum "Dimache a Bamako" dos malianos Amadou e Miriam levou de vencida os dois álbuns nacionais e ainda "Chávez Racine", de Ry Cooder, dos Estados Unidos, que concorria também na mesma categoria.

Os Prémios Edison, uma réplica em bronze da estátua de Thomas Alva Edison, o inventor do gramofone, da autoria do escultor Pieter D'Hont, serão entregues este mês, e são considerados os mais importantes prémios holandeses da música que distinguem "a qualidade do som gravado", segundo uma nota da organização.

Os prémios Edison foram criados em 1960 e distinguem intérpretes holandeses e internacionais em três categorias principais:

World International, Jazz (Internacional e Nacional) e Música Clássica.

Na categoria de Jazz Internacional o vencedor foi Branford Marsalis, com o álbum "Eternal". O saxofonista arrecadou também o Prémio para DVD com "A love supreme", gravação do seu espectáculo em Amesterdão.

Benjamin Herman foi o vencedor na categoria de Jazz Nacional com o álbum "Heterogenity".

Da música clássica não foram ainda divulgados os vencedores.

O júri dos Prémios Edison é constituído "por personalidades ligadas à indústria da música, jornalistas e lojas de discos" da Holanda, segundo a mesma nota.

NL.

Dulce Pontes inicia digressão pela América do Norte a 20 de Outubro

Newark, EUA, 06 Out (Lusa) - A cantora portuguesa Dulce Pontes inicia a 20 de Outubro uma digressão pela América do Norte que inclui actuações em Toronto, Newark, Los Angeles e New Bedford.

Dulce Pontes vai actuar a 20 de Outubro, no Roy Thomson Hall, de Toronto, Canadá, passando depois por Boston (29 de Outubro), Newark (30 de Outubro), Stanford, Califórnia (4 de Novembro), Los Angeles, Califórnia (05 de Novembro), Chicago, Illinois (08 de Novembro) e New Bedford, Massachusetts (10 de Novembro).

Em Newark, estado norte-americano de New Jersey, a cantora portuguesa actuará numa sala com capacidade para cerca de três mil pessoas e está a ser apresentado ao público como a artista "que reinventou a música popular do seu país, dando ao fado uma nova energia vital e um sabor claramente internacional".

"O nosso objectivo é ver actuar Dulce Pontes perante uma casa cheia", disse o responsável pela promoção do espectáculo em Newark, Pearl Wise-Crawley.

FSA/CMP.

António Chainho protagoniza concerto comentado sobre guitarra portuguesa

Lisboa, 08 Out (Lusa) - O músico António Chainho dá hoje o mote da série de concertos comentados sobre a guitarra portuguesa tradicional de Lisboa, que decorrerá até Março de 2006 no Palácio Fronteira, em Lisboa.

Acompanhado à viola por Fernando Alvim, António Chaínho dará a conhecer a riqueza melódica da versão de Lisboa da guitarra portuguesa, um dos vários instrumentos de cordas típicos portugueses.

Sempre às 19:00 e uma vez por mês, os concertos comentados contarão ainda com a presença de músicos como José Pracana, José Elmiro Nunes ou o guitarrista António Parreira e os filhos Paulo e Ricardo Parreira, todos eles com tradição na guitarra portuguesa.

Os concertos comentados são uma iniciativa da Academia da Guitarra Portuguesa e do Fado.

SS.

Êxitos de Fernanda Baptista reeditados em antologia em Outubro

Lisboa, 28 Set (Lusa) - Vários dos êxitos da fadista Fernanda Baptista, nomeadamente "Fado toureiro" e "Saudades de Júlia Mendes", são reeditados num duplo CD pela Movieplay Portuguesa, a 03 de Outubro.

O duplo CD reúne êxitos gravados pela fadista desde a década de 1960 à de 1980 para a etiqueta Riso&Ritmo, já extinta.

A gravação mais antiga, "Ai! Que saudade" (João Gomes/Carlos Rocha), data de 1967, sendo a fadista acompanhada pelo conjunto de guitarras de Jorge Fontes.

A gravação mais recente é de 1981, "Meus amigos, isto é fado", um êxito seu na revista "Dentadinhas na maçã" no Teatro Laura Alves, em Lisboa, em 1974.

Nesta edição, aquela que a imprensa qualificou de "maior voz do teatro de revista", surge acompanhada por várias orquestras, nomeadamente sob a direcção de Shegundo Galarza, Ferrer Trindade e Rocha Oliveira.

Fernanda Baptista integra actualmente o elenco do musical de Filipe la Feria "A Canção de Lisboa".

"Fernanda Baptista é um exemplo de longevidade do êxito.

Poucos nomes se têm mantido como cabeça de cartaz e na plenitude das suas capacidades como ela", salientou à agência Lusa Julieta Estrela, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF).

Segundo a mesma fonte, a cantora "é dona de uma magnífica voz e criou êxitos que fazem a história do fado".

Alguns desses êxitos, como "O fado está-lhe nas veias", "Ai, ai, Lisboa", "Fado para esta noite", "Trapeiras de Lisboa", "Fui ao baile", "Fado das sombras", "Um fado para Stuart" e "Fado da carta", serão incluídos no duplo CD que será editado a 03 de Outubro.

Fernanda Baptista, 85 anos, estreou-se em 1945 na revista "Banhos de Sol".

Em declarações à Lusa a fadista afirmou: "A revista tinha excelentes compositores e letristas e as canções saíam para a rua com uma enorme facilidade. Tive de facto muitos êxitos".

Ema Pedrosa, responsável pela selecção da antologia, disse à Lusa que, "se na sua altura fossem entregues discos de ouro e platina, Fernanda Baptista tinha os suficientes para forrar a casa, tantos os seus verdadeiros sucessos populares".

"A sua voz potente, brilhante e expressiva, de timbre e extensão invulgares, serviu os mais variados autores, no que ajudou a sua espontaneidade em palco e a maneira fácil de comunicar com o público", rematou.

Ao longo de 56 anos de palcos, Fernanda Baptista participou em mais de 45 espectáculos de revista e opereta.

Em 2003 o Presidente da República condecorou-a com a Ordem de Mérito, em 1999 a APAF tinha já distinguido com o diploma de Sócia de Mérito.

NL.

AMÁLIA - SEIS ANOS DE SAUDADE

Ouça na RADIO FADO DE PORTUGAL um programa dedicado à nossa saudosa Amália.

Novo CD de Kátia Guerreiro "Tudo ou nada" sai a 17 de Outubro

Lisboa, 29 Set (Lusa) - A fadista Kátia Guerreiro que sábado actuará no Centro Cultural de Belém com a Orquestra Metropolitana de Lisboa vai lançar o seu terceiro álbum, "Tudo ou nada", a 17 de Outubro, revelou hoje a editora Som Livre.

Acompanhada por Paulo Valentim (guitarra portuguesa), João Veiga (viola) e Rodrigo Serrão (contrabaixo/baixo acústico) a fadista volta a interpretar um tema de António Lobo Antunes, "Disse-te adeus à partida" na música do fado solene de Alberto Correia, e a visitar o repertório de Amália de que interpreta "Saudades do Brasil em Portugal" (Vinicius de Moraes).

Além de Lobo Antunes, Kátia volta a interpretar neste álbum temas assinados por Maria Luísa Baptista, de quem já gravara "Asas".

Outro autor reincidente é o seu guitarrista acompanhante, Paulo Valentim, autor de "Canto da fantasia" e ainda da música de "Minha senhora das dores".

Neste tema da autoria de Jorge Rosa Kátia Guerreiro é acompanhada ao piano por Bernardo Sassetti.

João Veiga, outro acompanhante habitual, é autor de "Ser tudo ou nada" para a música do fado São Romão de Armandinho.

Dos autores interpretados referência ainda para Joaquim Pessoa ("Talvez não saibas") e Sophia de Mello Breyner ("Quando").

Entre os inéditos, Kátia assina, ao lado de João Veiga e Rodrigo Ferrão, os temas "Vaga" e "Tenho uma saia rodada".

Outro dos temas é de autoria de Dulce de Pontes, intitulado "Dulce caravela".

Do universo da música ligeira Kátia retoma um tema de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, "Menina do alto da serra" com que Tonicha venceu o Festival RTP da Canção de 1971 e representou Portugal no Eurofestival, em Dublin.

Kátia Guerreiro editou o primeiro CD, "Fado Maior", em Junho de 2001, um trabalho cujas vendas ultrapassaram os 10.000 exemplares em Portugal e a L'Empreinte Digitale garantiu a edição mundial em Novembro de 2002.

Em Dezembro de 2003 editou o segundo álbum - "Nas mãos do fado" - onde, segundo o musicólogo Rui Vieira Nery, "largou amarras" e procura "com maior segurança" um "repertório próprio com toda a margem assumida".

Este ano a fadista participou, entre outros, no Festival +le de France, em Paris, e no Festival Internacional da Canção do Cairo.

NL.

Concerto de Mariza em Outubro no Carnegie Hall já está esgotado

Lisboa, 27 Set (Lusa) - O concerto que a fadista Mariza tem agendado para o dia 07 de Outubro em Nova Iorque, na sala principal do Carnegie Hall, já está esgotado, anunciou aquele centro de artes.

A fadista encontra-se em digressão pelos Estados Unidos e Canadá para apresentar o seu novo álbum "Transparente", que na semana passada se situava entre os dez mais vendidos do Top World Music da Billboard.

A notícia não surpreendeu os seus fãs portugueses, "na medida em que são frequentes as consultas ao site e os vários e-mails recebidos", disse à agência Lusa, Alcino Vieira Costa, coordenador do site www.mariza.org.

Nos últimos quatros dias o site registou cerca de 15.000 consultas a partir do Canadá e Estados Unidos, representando estes dois países 30 por cento do total das consultas ao site, por área geográfica.

"Temos registado uma constante troca de informações, especialmente assim que foi lançado, em Abril, o novo disco. Surgiu imediatamente interesse em conhecê-lo", disse Vieira Costa.

"Mais do que expectativa, havia verdadeiro interesse nesta digressão de Mariza. Um interesse não surgido pela mera curiosidade, mas por um acompanhar da carreira da artista, o que prova que o seu trabalho é apreciado", rematou.

Nesta digressão pelos Estados Unidos e Canadá a criadora de "Cavaleiro Monge" é acompanhada por Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), António Neto (guitarra clássica), Vasco Sousa (baixo), Paulo Moreira (violoncelo), António Barbosa (violino), Ricardo Mateus (viola de arco) e João Pedro Ruela (percussão).

Hoje Mariza actua no Massey Hall em Toronto, no Canadá, e quarta-feira no Festival Internacional de Jazz de Otava, seguindo para Montreal, onde sexta-feira sobe ao palco Theatre Outremont.

Dia 01 de Outubro encontra-se já nos Estados Unidos, actuando em Berklee PAC, em Boston (Massachusetts), seguindo-se, dia 04, o palco do American Theatre em Hampton (Virginia).

Na véspera de actuar no Carnegie Hall, a criadora de "Recusa" actua no Auditório Lisner em Washington.

No dia 07, Mariza sobe ao palco nova-iorquino com a sala esgotada semanas antes.

Além dos temas de "Transparente", o álbum produzido por Jaques Morenlembaun, Mariza propõe neste concerto "uma viagem" pelos dois álbuns anteriores "Fado em mim" e "Fado curvo".

Depois de Nova Iorque a fadista portuguesa tem ainda agendadas actuações no Kimmel Center em Filadélfia (Pensilvânia), no Gusman Theatre de Miami (Florida), Buckman Performing and Fine Arts Center de Mênfis (Tenneesse), San Diego, Los Angeles e na Califórnia, em Berkeley onde actua no Auditório Zellerbach, no dia 21 de Outubro.

NL.

Isabel Pires de Lima entrega hoje Prémios Almada e Revelação

Lisboa, 01 Out (Lusa) - A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, entrega hoje na Casa da Música, no Porto, os Prémios Almada e Revelação Ribeiro da Fonte, na área da música, respectivamente a Luís Filipe Pires e a Ricardo Rocha.

A cerimónia de entrega dos Prémios acontecerá na segunda parte do concerto inaugural do Festival Luís de Freitas Branco, pela Orquestra Nacional do Porto.

Do programa do concerto faz parte a estreia absoluta de "Scherzo fantastique" de Luís de Freitas Branco, e do mesmo compositor, "Cena lírica para violoncelo e orquestra" e "Sinfonia nº 2".

A orquestra portuense será dirigida pelo maestro Marc Tardue, sendo solista a violoncelista Irene Lima.

O Festival Luís Freitas Branco assinala o cinquentenário da morte deste compositor e decorrerá até 30 de Novembro no Porto, Lisboa e Cascais.

Os Prémios Almada e Revelação Ribeiro da Fonte foram instituídos em 1998 com o objectivo de, anualmente, destacar artistas, criadores, intérpretes, estruturas de produção, difusão ou formação.

O compositor Luís Filipe Pires foi distinguido pelo júri por a sua obra "vasta e rigoroso" abranger várias tradições desde a neoclássica ao experimentalismo de vanguarda.

O guitarrista Ricardo Rocha recebe o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte pela "excepcional simbiose de compositor e intérprete, que confere à guitarra portuguesa uma nova dimensão".

NL.

Cantautor Zeca Medeiros recebe Prémio José Afonso 2005 no sábado

Lisboa, 29 Set (Lusa) - O cantautor açoriano Zeca Medeiros, vencedor do Prémio José Afonso 2005, recebe o galardão no próximo sábado, no decorrer de um espectáculo nos Recreios da Amadora, foi hoje divulgado.

A escolha do álbum Torna-Viagem de Zeca Medeiros é justificada por Viriato Teles, membro do júri, como "mais do que um acto de justiça, é um acto de resistência - contra a mediocridade e a estandardização dos gostos e das expressões mais genuínas da nossa cultura".

O Prémio foi instituído em 1988, tendo como objectivo homenagear o autor de "Grândola Vila Morena", incentivar a criação musical de raiz portuguesa e animar turística e culturalmente a cidade da Amadora.

O galardão é atribuído anualmente e entre os seus vencedores estão Carlos do Carmo, Fausto, Vitorino, Dulce Pontes, Filipa Pais e Sérgio Godinho.

Zeca Medeiros é funcionário da RTP Açores e esta não é a primeira vez que recebe um prémio. Em 1989, a Rádio Renascença distinguiu-o com o Prémio para a Melhor Música Popular.

Medeiros começou a sua carreira como músico a bordo dos navios "Angra do Heroísmo" e "Funchal" na década de 1970. Em 1980 integrou o grupo Rosa dos Ventos.

Tem editados quatro CD, entre eles, "Torna Viagem", agora distinguido com o mais importante prémio de música popular portuguesa.

NL.