Lisboa, 30 Nov (Lusa) - O fadista António Zambujo será o primeiro português a actuar no Azerbeijão, quando na próxima quarta-feira subir ao palco do World Ethnic Gala Concert em Baku. O concerto reúne anualmente na capital azéri vários nomes da cena internacional na área da "world music".
Segundo o portal de world music, www.mondomix.com, António Zambujo está a contribuir para o "ressuscitar do fado masculino, que tem sido um pouco ofuscado na última década pelas excelentes fadistas femininas".
O jornalista Daniel Brown afirma que o novo álbum do fadista, editado em Outubro e que constituirá a base da sua apresentação em Baku, "impulsionará António Zambujo ainda mais para a ribalta internacional".
Acompanhando-se a si próprio e ainda com Paulo Parreira na guitarra portuguesa e Ricardo Cruz no contrabaixo e baixo acústico, Zambujo irá interpretar temas do álbum "Outro sentido", editado em Outubro.
Em "Outro sentido", o fadista revisita os repertórios de Amália Rodrigues, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Ramos e ainda os cancioneiros brasileiro e açoriano.
"Este não é assumidamente um disco de fados, é antes um disco com fados, onde exploro outras sonoridades como o jazz e a bossa nova que influenciaram a minha formação musical", disse António Zambujo.
Para o intérprete que no ano passado foi distinguido com o Prémio Amália para o Melhor Fadista, "a ida a Baku é tanto mais interessante pelo convívio musical com outras músicas", além do "orgulho" de ser o primeiro português a actuar naquelas paragens da Transcaucásia.
"Este convite permite-me, sem o saber, fazer história ao ser o primeiro português a lá ir actuar", disse à Lusa.
De Amália, Zambujo canta "Amor de mel, amor de fel" (A. Rodrigues/Carlos Gonçalves), "Fadista louco" (Alberto Janes), "Nem às paredes confesso" (Max/Artur Ribeiro/Francisco Trindade) e "Foi Deus" (A. Janes).
Ao repertório de Carlos Ramos (1907/1969) foi buscar "Eu já não sei" (Domingos Gonçalves Costa/Carlos Gonçalves).
"Foi para mim um desafio recriar todos estes clássicos da música portuguesa, aos quais proponho a minha perspectiva musical", disse.
Do outro lado do Atlântico escolheu um tema de Vinicius de Moraes e António Maria, "Quando tu passas por mim", e "Lábios que beijei" (J. Cascata/Leonel Azevedo).
Da actuação em Baku fará também parte o tema "A nossa contradição", uma letra de Aldina Duarte para uma música de Alfredo Marceneiro.
António Zambujo aprendeu a tocar viola na Academia de Música de Beja, sua terra natal. Aos 16 anos venceu um concurso de fado e em 2003 foi considerado a melhor voz do fado pela Rádio Central FM. Integrou o elenco do musical "Amália", de Filipe La Feria.
Antes de actuar em Baku, António Zambujo apresenta-se sábado na Casa do Alentejo, em Toronto (Canadá).
NL. - Lusa/Fim
Outro sentido", de António Zambujo, considerado o melhor álbum de fado pela revista Lira
Lisboa, 02 Dez (Lusa) - O novo álbum do fadista António Zambujo, "Outro sentido", editado em Outubro, foi considerado pela revista sueca Lira como "o melhor disco de fado do ano".
A revista é uma das mais conceituadas nos mercados nórdicos na área da "world music".
No álbum, com chancela da Ocarina, Zambujo revisita os repertórios de Amália Rodrigues, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Ramos e ainda os cancioneiros brasileiro e açoriano.
A base musical do álbum é o violão, sendo o artista acompanhado por Carlos Manuel Proença (guitarra clássica), José Manuel Neto e Paulo Parreira (guitarra portuguesa) e Ricardo Cruz (contrabaixo/baixo acústico), Mário Delgado (guitarra eléctrica), Paulo Guerreiro (trompas), Fernando Nunes (programação de loop), Daniela de Brito (violoncelo), se bem que o próprio fadista se acompanha, nomeadamente em "A nossa contradição" além de assinar alguns arranjos musicais.
O produtor musical é Ricardo Cruz, que já o fora nos dois anteriores álbuns de Zambujo, "O mesmo fado" e "Por meu cante".
Entre os 13 temas que compõem "Outro sentido", destaque para o tema açoriano "Chamateia" (António Melo de Sousa/Luís Alberto Bettencourt) que conta com a participação especial das Vozes Búlgaras Angelite.
Do outro lado do Atlântico escolheu um tema de Vinicius de Moraes e António Maria, "Quando tu passas por mim", e "Lábios que beijei" (J. Cascata/Leonel Azevedo).
"Neste álbum faço algumas homenagens, nomeadamente a Amália Rodrigues, Carlos Ramos e Max, que considero o cantor português mais completo", prosseguiu.
De Amália, Zambujo canta "Amor de mel, amor de fel" (A. Rodrigues/Carlos Gonçalves), "Fadista louco" (Alberto Janes), "Nem às paredes confesso" (Max/Artur Ribeiro/Francisco Trindade) e "Foi Deus" (A. Janes).
Ao repertório de Carlos Ramos (1907/1969) foi buscar "Eu já não sei" (Domingos Gonçalves Costa/Carlos Gonçalves).
"Foi para mim um desafio recriar todos estes clássicos da música portuguesa, aos quais proponho a minha perspectiva musical", disse.
Outro tema recriado por Zambujo é "Ao Sul" que João Monge e João Gil escreveram para a Ala dos Namorados, uma canção que Zambujo gostou e para a qual Carlos Manuel Proença fez um arranjo musical.
O único original do disco é "A nossa contradição", uma letra de Aldina Duarte para uma música de Alfredo Marceneiro.
O ano passado António Zambujo que habitualmente canta no restaurante Senhor Vinho em Lisboa, recebeu o Prémio Amália Rodrigues para o Melhor Fadista.
NL. - Lusa/Fim
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