O FADO E PORTUGAL

Boletim - Blog da Fadista Adélia Pedrosa

As fotos, canções e vídeos mencionados, além de outras novidades, podem ser vistos em: http://adeliapedrosa.blogspot.com
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Esta semana o blog tem um Especial em homenagem ao grande compositor e cantor Antonio Campos, o "Rei da Desgarrada", que estará sendo homenageado no próximo domingo, 30/03 na Casa das Beiras, no Rio de Janeiro.
Visitem o blog e confiram os vídeos, fotos e alguns fados de Antonio Campos, vale a pena.

Contratenor brasileiro homenageia Amália Rodrigues, na sua primeira digressão a Portugal

Lisboa, 05 Mar (Lusa) - O contratenor brasileiro Edson Cordeiro actua pela primeira vez em Portugal em Abril, para apresentar o espectáculo "The woman's voice", em que inclui uma homenagem a Amália Rodrigues.
"Como este show foi feito aqui na Europa já há muito tempo e se chama 'The Woman's Voice' é claro que Amália faz parte porque é uma das vozes de mulher mais importantes da minha vida. Desde criança eu a ouço, e claro que ela está nesse show. Em homenagem a Amália vou cantar alguns fados com piano", disse o contratenor à agência Lusa.
Edson Cordeiro actua na Casa da Música, no Porto, dia 23 de Abril, no Teatro das Figuras, em Faro, no dia 24, no Theatro Circo, em Braga, a 26 e, encerra a digressão em Lisboa, no Teatro S. Luiz, dia 27.
"Fado português" de José Régio e Alain Oulman é um dos temas do repertório de Amália que Cordeiro vai interpretar, acompanhado ao piano por Broder Kuhne.
"Vou ousar cantar o fado. Eu já venho cantando o fado há algum tempo. É preciso deixar claro que eu não sou nem quero ser um cantor de fado, longe disso", disse.
O cantor, que já esteve de férias em Lisboa, contou à Lusa ter ido a casas de fado e visitado a Casa-Museu Amália Rodrigues, que o fascinou: "Amália, para mim é a deusa absoluta, que eu ouço todo o dia, que eu preciso de ouvir todo o dia. É uma música que, só de falar nela me dá emoção".
A digressão em Portugal traz o "gosto" de actuar pela primeira vez para portugueses, mas também para compatriotas que estão a viver em Portugal: "Eu esperei muito por este momento de cantar para o público português, e para o público em geral pois eu sei que também vou ter na plateia espectadores brasileiros".
A extensão da voz de Edson Cordeiro de quatro oitavas foi já apontada como a mais alta entre os contratenores da actualidade.
No seu espectáculo, das cantoras brasileiras, irá cantar temas de Dalva Oliveira, que chegou a actuar em Portugal e fez sucesso com o tema "Abat-jour lilás".
"Eu gosto muito de Dalva de Oliveira, de quem vou cantar 'Um pequenino grão de areia'. Também vou fazer uma homenagem a Yma Sumac, com uma música chamada 'Bo Mambo'", disse.
"Vai ter homenagem a Billie Holiday. E das modernas, também, das cantoras desta geração, vou cantar Madonna, o tema 'Frozen'", acrescentou.
Sendo a primeira vez que actua em Portugal, Edson afirmou: "Tenho só que me cuidar com a emoção… às vezes quando a se quer agradar a gente faz demais, então eu tenho que saber a medida certa".
De Portugal, além de Amália conhece outros nomes, todos ligados ao fado.
"Eu gosto muito do Gonçalo Salgueiro, acho-o um grande fadista, uma grande voz e um grande intérprete. E é claro o que acompanha a minha vida é a Dulce Pontes e a Mariza, também", afirmou.
Edson Cordeiro que já foi cantor de rua em S. Paulo tornou-se conhecido no programa "Boa noite Brasil", de Flávio Cavalcanti na TV Bandeirantes.
Nascido em 1967 em Santo André (Estado de S. Paulo) dos seis aos 16 anos cantou no coro da igreja evangélica frequentada pelos seus pais. Fez teatro infantil e, em 1983, participou na ópera -rock Amapola, de Miguel Briamonte, que mais tarde seria director musical de seus discos.
“O espectáculo que apresento em Portugal vem de uma música que foi composta para mim, para o meu primeiro disco há mais de 15 anos. Chama-se “Voz de mulher”, foi escrita em português e foi feita uma versão em inglês”, explicou.
O seu primeiro álbum, em nome próprio, apareceu em 1994 e desde então saíram cerca de dez álbuns, o último dos quais foi "Contratenor", em 2005.
NL. - Lusa

Dulce Pontes, Cesária Évora, Bob Dylan, Gloria Gaynor e The Doors no XXII Festival de Zacatecas

Lisboa, 02 Mar (Lusa) - A cantora Dulce Pontes vai actuar no Festival de Zacatecas (norte do México), que decorre de 12 a 28 de Março, e cujo cartaz inclui Bob Dylan, Gloria Gaynor, The Doors, Cesária Évora e Eddi Palmieri, entre outros.
"A voz de Portugal", como diz o programa do Festival, actuará dia 18 de Março, cabendo a primeira parte do espectáculo ao grupo de jazz Vocumeri.
Além da música, o Festival, organizado desde 1986 pelo Instituto Cultural Raices Mexicanas e que decorre num palco instalado na Praça de Armas de Zacatecas, inclui teatro e dança.
Gloria Gaynor actuará um dia antes de Dulce Pontes, seguindo-se o pianista de jazz Eddi Palmieri (dia 20), The Doors (dia 22), Cesária Évora (dia 23) e Bob Dylan (dia 25).
A primeira parte do espectáculo da cabo-verdiana Cesária Évora será preenchida pelos mexicanos Flor y Canto.
O álbum "O coração tem três portas", editado em Novembro de 2006 e descrito pela cantora como "uma viagem à música portuguesa".
Dulce Pontes actuou sábado em Moscovo, pela primeira vez.
A banda que acompanha a cantora ao México é constituída por Óscar Viana (oboé), Amadeu Magalhães (viola braguesa, guitarra acústica, gaita de foles mirandesa e flauta medieval), José Soares (guitarra acústica), Filipe Lucas (guitarra portuguesa), Paulo Feiteira (viola de fado), Beto Betuk (percussão) e David Zacarias (violoncelo e baixo acústico).
"As três portas são a música popular de Portugal, o fado e a música de Coimbra, onde pesquisei mais e fiz umas subtis ligações à música medieval", explicou a cantora.
Entre os temas que interpretará contam-se "O meu menino é de oiro", "Resineiro", ou os fados "Ovelha negra", "Cigano", "Velha tendinha", e "Maldição".
Para o Verão, a artista portuguesa tem agendado espectáculos em Espanha com Estrella Morente, o primeiro dos quais a 17 de Julho em Córdova.
NL. - Lusa

Camané grava inéditos de Alain Oulman e Luís de Macedo

Lisboa, 19 Fev (Lusa) - O novo disco que Camané está a gravar incluirá duas composições inéditas de Alain Oulman e quatro originais do poeta Luís de Macedo, disse o fadista à Lusa.
Ainda sem título, o álbum, que sairá em meados de Abril pela EMI Music Portugal, incluirá também dois poemas de Fernando Pessoa, que Camané cantará na melodia dos fados Menor e Jovita.
"Quando eu pensava que já não havia nada mais de Pessoa que pudesse ser cantado, descobri este dois poemas que interpreto em fados tradicionais", assinalou.
"Um deles diz 'deixei para trás os erros que fiz', e isso é como um lançar a capa que nos esconde à rua e não podemos recuperar, já não temos volta", adiantou o fadista.
As duas composições inéditas de Oulman, compositor de Amália Rodrigues, são para dois poemas de Pedro Homem de Mello, um deles intitulado "Sei de um rio".
"As composições foram cedidas pelos filhos Alain", explicou o fadista.
Também contactos com descendentes de Luís de Macedo, um dos poetas do álbum "Busto" de Amália, levam o intérprete a cantar quatro poemas seus inéditos, além de "Asas fechadas", uma criação da fadista falecida em 1999.
"É a primeira vez que gravo num álbum um fado de Amália de quem gosto mesmo muito e por quem tenho um respeito enorme. Arrisquei interpretar 'Asas fechadas' e faço-o à minha maneira, com arranjos só no contrabaixo", disse.
Outro poeta ligado à fadista e de quem Camané gravará poemas é David Mourão-Ferreira."Eu tinha vontade de cantar Mourão-Ferreira - contou - e o filho ajudou-me a encontrar aqueles exactos poemas".
Há seis anos sem gravar um álbum de inéditos, apesar "de nunca ter parado, e ter saído um CD e um DVD gravados ao vivo, para além da experiência gratificante que foi os 'Humanos'", Camané regressa com um CD que "terá 17 temas".
Traz consigo a equipa de sempre: José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Carlos Bica no contrabaixo, tendo na produção José Mário Branco, que o acompanha desde o álbum "Na linha da vida" (1998).
Entre os autores vivos que constam do novo álbum estão Sérgio Godinho, Jacinto Lucas Pires, o próprio José Mário Branco e Manuela de Freitas, que assina "Ciúmes da saudade".
À Lusa, o fadista afirmou ainda: "Procuro fazer aquilo que é o meu trabalho, sem outras distracções, nem me preocupar com os críticos, fazê-lo da forma mais honesta possível".
O trabalho está em fase de estúdio, "onde - observa Camané - tudo começa e de onde tudo parte. Há ainda coisas a apurar".
"Esta fase de estúdio, de que gosto imenso, é o princípio de tudo, é quando nos colocamos na pele de cada um dos fados que cantamos, quando os interiorizamos", acrescentou.
NL. - Lusa

Aldina Duarte edita novo álbum em Abril

Lisboa, 08 Mar (Lusa) - O terceiro álbum da Aldina Duarte "sairá em Abril ou Maio", e será composto com letras de sua autoria e de Maria do Rosário Pedreira, sobre melodias de fado tradicional, disse a fadista à Lusa.
A fadista que não revelou o título do álbum afirmou que "o tema central do disco são as histórias do universo feminino familiares a todos nós".
Aldina Duarte escusou-se a dar outros pormenores, acrescentando apenas que "três fados são originais de três fadistas que são marcos determinantes na história do fado".
O álbum foi gravado com os músicos que a acompanham desde o primeiro disco: José Manuel Neto, na guitarra portuguesa e Carlos Manuel Proença, na viola.
"Há algumas surpresas que penso válido mantê-las como tal até à edição do disco, inclusive o título", sublinhou.
Aldina Duarte editou o seu primeiro álbum, "Apenas o amor", em 2004, em que canta maioritariamente poemas inéditos de sua autoria, de Manuela de Freitas e de João Cabral do Nascimento e recupera "Anjo inútil" (Luís de Macedo) do repertório de Amália Rodrigues.
Em 2006 publicou pela EMI Music "Crua", constituído apenas por poemas de João Monge para músicas tradicionais de fado.
Aldina Duarte começou a cantar no coro do grupo "Valdez e as piranhas douradas", o seu primeiro fado, "A Rua do Capelão" ("Novo fado da Severa" de Frederico de Freitas e Júlio Dantas), é cantado para um filme "Xavier", de Manuel Mozos.
Conhece mais tarde, por razões profissionais, Beatriz da Conceição e ficou "apaixonada" pelo fado, tendo decidido ser fadista.
Prosseguiu os trilhos do fado, cantou em peças de teatro, designadamente "Judite nome de guerra" de Almada Negreiros, encenada por Germana Tânger no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Aldina afirma que foi ganhando a noção do "sagrado" da profissão, mas também "achando que havia muito para aprender".
Passa pelas noites de fado da Casa do Registo da Mãe d'Água, em Lisboa, pelo programa televisivo "Grande Noite" de Filipe la Féria, que abandona pois achava "que não sabia o suficiente para estar ali".
Organiza noites de poesia e fado no Teatro da Comuna, em Lisboa, e começa a trabalhar diariamente numa casa de fados.
Do Piccolo Teatro, em Milão (Norte de Itália) surge o convite para participar numa peça sobre a vida de Fernando Pessoa escrita por António Tabucchi.
Em todo este percurso, afirma, "mantive os rituais que sempre achei distintos e belos no fado: o xaile preto, o vestido preto, discreto e elegante, o silêncio, a luz baixa, tudo o que sempre me deslumbrou".
O ano passado integrou o elenco de "Divas do Fado" apresentado em Londres, no Queen Elisabeth Hall, no âmbito do Festival Atlantic Waves.
NL. - Lusa

Primeiro DVD de Raquel Tavares editado em Abril, em conjunto com CD

Lisboa, 13 Mar (Lusa) - O primeiro DVD de Raquel Tavares irá sair na primeira quinzena de Abril, juntamente com o segundo CD da fadista, disse à Lusa fonte da editora.

Segundo a fonte, o DVD foi gravado no estúdio "como se de um showcase se tratasse, mas inclui ainda uma entrevista com a fadista".
"Trata-se - precisou - de uma edição conjunta. O CD é editado com um DVD de 20 minutos, o que chamamos EPK, pois inclui duas entrevistas, vídeos, e imagens dos bastidores".
Em declarações à Lusa, Raquel Tavares afirmou que "o álbum será uma surpresa, até no título, mas o registo é no ambiente de fado tradicional".
"Escolhi músicas tradicionais que estavam um pouco guardadas, além de recriar temas de Lucília do Carmo e Beatriz da Conceição que são duas referências para mim", disse.
Entre as músicas "um pouco guardadas" conta-se o "Fado Estrela", de Amadeu Ramin, falecido em 1991.
Quanto às letras, o músico Diogo Clemente, que se estreou como letrista no primeiro álbum da fadista, volta a assinar alguns fados. Outros autores escolhidos foram João Linhares Barbosa, falecido em 1965, e Mário Raínho, Prémio Amália Rodrigues Melhor Poeta 2006.
Ao lado das músicas de fados tradicionais escolhidos, o álbum, com treze temas, inclui novas músicas "de amigos do fado" como o guitarrista Guilherme Banza, que participa, aliás, na gravação do seu próprio tema.
Outra participação especial no CD é a do guitarrista Ângelo Freire.
Os músicos que acompanham Raquel Tavares "são os de sempre": Diogo Clemente na viola, Bernardo Couto na guitarra portuguesa e Nando Araújo na viola-baixo.
Participa também um fadista amador, "alguém - esclarece a cantora - não conhecido do grande público, que canta sem efeitos, isto é, sem malabarismos, genuíno", e que a acompanhou no seu "percurso, já de 15 anos, pelo fado". Raquel Tavares não quis revelar o nome do fadista amador que convidou.
A fadista sublinhou que este seu segundo álbum "é feito por amigos" que a têm acompanhado.
Raquel Tavares, 23 anos, venceu a Grande Noite do Fado de Lisboa em 1997, foi em 2005 "atracção nacional" da revista "Arre Potter que é demais", no Teatro Maria Vitória, em Lisboa, e em 2006 editou o seu primeiro álbum. Neste mesmo ano foi distinguida com o Prémio Amália Rodrigues Revelação e no ano seguinte com o da Casa da Imprensa.
Tem participado em vários festivais internacionais, nomeadamente o Klinkers, na Bélgica, e este ano realizou já uma digressão pela Bélgica, Holanda e Grécia.
NL. - Lusa

Memórias da Graça registadas em livro a partir de hoje

Lisboa, 29 Fev (Lusa) - A história das colectividades da Graça, onde se estreou aos microfones da rádio a carismática Milú, celebrizada em filmes como "O Leão da Estrela" e "Costa do Castelo" fica a partir de hoje disponível numa edição da Câmara de Lisboa.
Da autoria de Maria João Figueiroa Rego, o livro é o segundo volume de uma colecção sobre as colectividades de Lisboa, sendo o primeiro dedicado aos Prazeres.
Em preparação estão já mais dois volumes, um dedicado à freguesia do Lumiar e outro sobre as freguesias da Ajuda e Santos, adiantou a autora à agência Lusa.
Na publicação, que hoje será apresentada durante uma cerimónia na Câmara Municipal de Lisboa (CML), Maria João Figueiroa descreve episódios da história das colectividades da Graça - algumas delas centenárias- desconhecidos do grande público.
As mais antigas são a Caixa Económica Operária, de 1876, o Grupo Excursionista Fiseu do Monte (1898) e o Grupo dos Cinco Reis (1907).
Mais recentes, mas também alvo de atenção, são o Maria Pia Sport Clube, o Grupo Recreativo Estrela de Ouro, o Desportivo da Mouraria, o Futebol Clube Monte Pedral e o Núcleo dos Amigos do King (1996).
Todas estas colectividades têm ainda as suas portas abertas, de acordo com a autora.
"A freguesia tem uma história muito interessante, que a liga à conquista da cidade aos mouros, em 1147", afirma Maria João Figueiroa.
Símbolos emblemáticos da Graça são o Cine Royal, onde foi exibido o primeiro filme sonoro em Portugal.
Hoje está lá um supermercado, mas na fachada não se pode mexer, dado o interesse do imóvel, conta.
A Rádio Graça, por seu lado, foi o "palco" de estreia da actriz e cantora Milu e por lá passaram também Eládio Clímaco e António Sala.
A rádio, dos anos 40 do século passado, permaneceu na Graça até aos anos 70, altura em que transitou para o Restelo.
Segundo a autora do livro, cada uma das colectividades tinha a sua especialidade.
"O Maria Pia tinha e ainda tem o basquetebol. Aliás, três jogadores da Selecção Nacional saíram de lá: Sérgio Ramos, João Santos e Carlos Andrade", diz.
Já o Futebol Clube Monte Pedral promoveu o andebol. Ainda existe como colectividade, mas sem esta modalidade.
O Grupo dos Cinco Reis era conhecido pelo tradicional jogo da laranjinha ainda hoje praticado em Lisboa, refere a autora.
O livro vai estar disponível a partir de segunda-feira na Livraria Municipal, na Avenida da República, e será vendido nas livrarias do circuito comercial brevemente.
Maria João Figueiroa sublinhou tratar-se de uma edição da CML, sem qualquer custo para a autarquia, porque é totalmente suportada pelos patrocinadores: a Carris e a Delta Cafés.
A Carris associou-se à iniciativa por causa do emblemático eléctrico 28 e a Delta porque foi na Graça que instalou o seu primeiro departamento comercial em Lisboa.
Durante a cerimónia de lançamento vão ser homenageadas pela câmara com a atribuição da Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, quatro mulheres ligadas à cidade: Fernanda Baptista, Milú, Maria Eugénia e Nini Remartinez.
O livro inclui fotos e entrevistas com as antigas vedetas, recordando os seus êxitos.
Maria José Figueiroa recorda Milú a cantar a "Cantiga da Rua" e a "Minha Casinha", popularizada mais recente numa versão dos "Xutos e Pontapés".
A fadista Fernanda Baptista (A Carta é dos seus fados mais conhecidos), "canta o fado num registo muito ligado aos bairros de Lisboa", descreve a autora do livro.
Maria Eugénia, que ficou conhecida como "a menina da rádio" personifica "o espírito da rádio", acrescenta.
Nini Remartinez, que na década de 40 formou um duo com a irmã, será também homenageada.
"Foram as primeiras raparigas a cantar a duas vozes, na senda das Andrew Sisters americanas. A seguir apareceram as irmãs Meireles e outras", indica.
AH.
Lusa/Fim

Poeta José Luís Gordo e guitarrista Arménio Melo vencem concurso Grande Marcha de Lisboa

Lisboa, 07 Mar (Lusa) - José Luís Gordo e Arménio de Melo venceram o concurso da Grande Marcha de Lisboa com "Lisboa de Camões, Vieira e Pessoa", que será interpretada por todos os participantes nas Marchas, em Junho, foi hoje anunciado.Entre as 29 canções participantes no concurso, organizado pela Câmara de Lisboa com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores, "Lisboa de Camões, Vieira e Pessoa" foi escolhida por unanimidade pelo júri, composto por José da Ponte, Mário Rainho, Teresa Tapadas, Nuno Nazareth Fernandes e Mafalda Sebastião.
José Luís Gordo, autor da letra, e Arménio de Melo, que assina a música, irão receber um prémio de 3.250 euros.
O tema "Lisboa de Camões, Vieira e Pessoa" será interpretado por todos os participantes na edição deste ano das marchas populares, na noite de 12 de Junho, na avenida da Liberdade, em Lisboa.
As letras a concurso tinham de fazer referência a Lisboa e incluir como subtemas Fernando Pessoa, Padre António Vieira, a chegada da família real portuguesa ao Brasil e o Ano Europeu do Diálogo Intercultural.
José Luís Gordo foi distinguido em 2006 com o Prémio Amália Rodrigues para o Melhor Poeta de Fado e é autor de poemas interpretados por vários fadistas, nomeadamente Maria da Fé, Camané, Celeste Rodrigues, Ana Moura, Mariza, Cristina Branco, António Zambujo, Fernando Maurício e Tristão da Silva, entre outros.
São da sua autoria fados como "Cantarei até que a voz me doa", "O silêncio e a guitarra", "António Baptista", "Ai meu país", "Não me entendo" ou "Divino fado".
Sobre Lisboa, tem escrito vários poemas, nomeadamente "Lisboa Império do Sol", Lisboa Marinheira", "Lisboa, marcha a cantar", sendo esta a primeira vez que ganha o certame.
Aos 16 anos viu a sua primeira poesia cantada pela fadista Beatriz Ferreira, intitulada "Tudo na vida passou".
Em 2004 editou um antologia da sua poesia, já cantada ou inédita, intitulada "Recados ao fado".
Arménio de Melo como guitarrista tem acompanhado vários fadistas. Com Nuno Vasconcelos constituiu o duo Cordatum, com o qual se tem apresentado em vários palcos.
Licenciado em Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa, tem gravado, regularmente, acompanhando fado, integrado noutros projectos musicais e interpretando as suas próprias composições, e realizou para a Estoril Discos a gravação de vários fados tradicionais com o propósito de se fixar a sua melodia.
Foi solista do musical "Amália", de Filipe La Féria, durante três anos.
SS/NL.
Lusa/Fim

PEREGRINAÇÕES

Com a participação da fadista japonesa HIDECO TSUKIDA, passando pelo tradicional "PÃO-DE-LÓ", conheça a herança portuguesa no País do Sol Nascente. Na Cinemateca Portuguesa em Lisboa, a 31 de Março de 2008.