O fadista e compositor de fado Alfredo Marceneiro é tema de uma noite de fados, no próximo sábado, no Cadaval, terra dos seus pais, numa iniciativa da associação em formação que ostentará o seu nome.
"Filho de cadavalenses, é intenção de um grupo de apreciadores de fado desta região constituir uma associação que valorize activamente a obra do grande criador que foi Alfredo Marceneiro", disse à Lusa Francisco Pintéus, da comissão instaladora da Associação Alfredo Marceneiro (AAM).
"Outro objectivo da associação é distinguir anual ou bi-anualmente um disco de fado ou uma criação fadista com o Prémio Alfredo Marceneiro, a exemplo do que acontece com os prémios José Afonso e Carlos Paredes, respectivamente na Amadora e Vila Franca de Xira", acrescentou.
Para Pintéus, “figura maior do fado, Alfredo Marceneiro nem sempre tem tido o destaque que merece”.
A AAM "tem ainda como objectivo constituir um acervo documental sobre o fadista, bem como um núcleo musológico, estando activamente a trabalhar com familiares seus", acrescentou.
A noite de fados de sábado decorrerá no Pavilhão Augusto Simões, sendo a primeira parte preenchida pela exibição de um diaporama sobre a vida e obra do criador de "A casa da Mariquinhas", de autoria do seu neto Vítor Duarte Marceneiro, distinguido este ano com o Prémio Amália Rodrigues de Ensaio e Divulgação.
Autor de dois livros sobre Alfredo Marceneiro, uma biografia de Hermínia Silva e do blog - http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt -, Vítor Duarte Marceneiro interpretará, no espectáculo do Cadaval, fados celebrizados pelo seu avô.
Participam ainda na noite de fados João Paulo, Miraldina, Cláudia Picado e Manuel Domingos (Prémio Amália Fado Amador 2006), entre outros, sendo acompanhados por Luís Ribeiro, à guitarra portuguesa, e Jaime Martins, à viola.
Alfredo Marceneiro faleceu há 26 anos, em Lisboa, cidade onde nasceu, mas segundo o seu neto e biógrafo "foi gerado no Cadaval".
Alfredo Marceneiro é autor de dezenas de composições de fados, entre elas, "fado cravo" e "fado versículo".
As suas músicas continuam hoje a ser cantadas com novos poemas, como sucedeu no novo álbum de Camané, intitulado “Sempre de mim”.
Entre os seus êxitos cite-se, "A Lucinda camareira" (Henrique Rêgo/A. Marceneiro), "A casa da Mariquinhas" (Silva Tavares/A. Marceneiro), "Conceito" (Carlos Conde/A. Marceneiro), "Ser fadista" (Armando Neves/A: Marceneiro), ou "Cabelo branco" (H. Rego/A. Marceneiro).
Alfredo Marceneiro teve uma longa carreira, que abrangeu praticamente todo o século XX, tendo-se distinguido como estilista [forma de variar dentro da mesma linha melódica] e compositor.
Cantou dos bailes de bairro, nos cafés de camareiras e retiros até às casas de fado. Deixou numerosos discos, de que se destaca "The fabulous Marceneiro", mas escassos registos televisivos.
NL. - Lusa - 10.06.2008
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Posted by: Sonya Westland | 18-06-2008 at 16:08