A fadista de Santarém, Joana Amendoeira inicia dia 25 uma digressão por Itália que a levará a sete palcos, onde apresentará temas do seu mais recente álbum, distinguido com o Prémio Amália.
Joana Amendoeira que será acompanhada Pedro Amendoeira (guitarra portuguesa), Pedro Pinhal (viola de fado) e Paulo Paz (contrabaixo), apresentar-se-á dia 25 em Verdello (arredores de Bérgamo) no Parco Villa Comunale.
Numa digressão sem paragens, a fadista actua no dia seguinte em Cisternino (Brindisi) num palco ao ar livre na Piazza Vittorio Emanuele.
A fadista de Santarém continua a digressão pela região de Puglia, actuando dia 27 em Terlizzi (Bari) no Borgo Sovereto, seguindo para Gioa del Colle, também na província de Bari, onde subirá ao palco no Castello Normanno Svevo.
Joana Amendoeira, que ganhou a Grande Noite do fado do Porto em 1995, aposta numa carreira de compromisso "entre a tradição e a modernidade", tendo afirmado à agência Lusa que é essencial dar "a cada um dos fados tradicionais um cunho e estilo" pessoais, mas também "criar novos fados".
"Há que entender o fado numa evolução natural que passa pela tradição, caminhando nos dias de hoje com as preocupações do presente", disse.
No seu último álbum de inéditos, "As saudades do futuro", a fadista interpreta Almeida Garrett, Alda Lara e Augusto Gil, ao lado de poetas contemporâneos como Aldina Duarte, Tiago Torres da Silva e Hélder Moutinho.
"Joana Amendoeira & Mar Ensemble", o trabalho que apresenta em Itália, reúne temas do seu repertório e revisita também marchas populares como a dos Centenários (1940) de Maria Clara, um CD que foi gravado ao vivo no Verão passado no Castelo de São Jorge, em Lisboa.
Corato (dia 29) e Alberobello (dia 30), ambas na província de Bari, são as duas últimas cidades onde a fadista portuguesa actuará.
Em Corato, a intérprete de "Olhos garotos" actua no centro histórico, na Piazzetta dei bambini, e em Alberobello no Trullo Sovrano.
A fadista, que já actuou em Itália, tem-se apresentado em diferentes palcos internacionais, designadamente o do Strickly Mundial, no Quebeque, no Canadá, o da Royal Opera House, em Londres, ou do Concertgebouw, em Amesterdão.
O MIRANTE - 12.07.2009
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