O projecto de candidatura do fado - alguns estudiosos
atribuem as suas origens a cantos negros da África sub-saariana e outros às
melodias do norte de África - foi iniciado em 2005.
A candidatura do fado, género musical português,
cujas raízes remontam ao século XVIII, a Património Cultural Imaterial da
Unesco, só depende de decisão do Ministério da Cultura.
De acordo com notícia publicada no jornal Diário de Notícias, uma portaria do
Ministério da Cultura é o que falta para que Portugal apresente a candidatura.
"A bola está do lado da burocracia estatal", disse Rui Vieira Nery,
director do Programa da Educação para a Cultura da Fundação Calouste Gulbenkian
e um dos membros da comissão da candidatura, citado pelo jornal.
"Só poderemos avançar quando for publicado o regulamento da candidatura.
Isso cabe ao Ministério da Cultura," disse.
O projecto de candidatura do fado - alguns estudiosos atribuem as suas origens
a cantos negros da África sub-saariana e outros às melodias do norte de África
- foi iniciado em 2005, após Portugal ter ratificado a convenção da Unesco para
preservar formas de expressão cultural como ritos, danças, músicas, que não
entram na classificação de património com corpo físico.
A candidatura é apoiada pelos maiores nomes do fado em Portugal, entre eles
Carlos do Carmo, embaixador da candidatura.
Se o fado vier a ser classificado pela Unesco, Portugal assumirá o compromisso
de preservar a história e fontes daquele género musical. Entre as obrigações
estará a criação de um arquivo sonoro.
Segundo Rui Nery, a candidatura está preparada para iniciar a recuperação de
fontes que contam a história do fado.
AFRICA21 – 12.08.2009
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