Candidaturas à membro do CC
... Também se fala de Simão Anguilaze, PCA da TVM
Maria Helena Taipo, ministra do Trabalho, terá visto a sua candidatura a membro do Comité Central (CC) da Frelimo, chumbada pela comissão eleitoral por não reunir os requisitos necessários e, aparentemente, com o agravante de ter tentado forjar documentos para conseguir tal intento, soube o «Canal de Moçambique» de fontes ligadas a organização do 9º Congresso ontem terminado em Quelimane.
Entre as condições exigidas para se ser membro do CC, a primeira e fundamental é ser-se membro do partido, pelo menos há cinco anos e ao que o «Canal de Moçambique» apurou, Helena Taipo é membro da Frelimo desde 2002, partido que abraçou depois de alegadamente ter abandonado o partido «Pamomo». Albano Maiopuè presidente do «Pamomo» quando abordado pelo «Canal» confirmou que Taipo foi membro da formação política que preside. Entretanto, segundo ele, “isso foi há bastante tempo. O que se passa é que a Frelimo está a combater os macuas”.
O nome de Helena Taipo foi propalado na reunião dos “camaradas” como um dos elegíveis ao CC, e posteriormente, nessa condição poder ser membro da Comissão Política (CP). O «Canal de Moçambique» tentou junto de Almerino Manheje, membro do comissão de verificação de candidaturas obter esclarecimentos a volta deste “sururu”, mais foi infrutífera a tentativa. “Estou muito ocupado”, disse ao «Canal» Manheje, antigo Ministro do Interior, cujo o nome está associado ao saque dos cofres do Ministério do Interior (MINT), de 220 mil milhões de meticais da Velha Família”. O relatório da auditoria feita aos cofres do MINT foi este ano entregue a Procuradoria-Geral da República (PGR) por José Pacheco actual ministro do Interior.
O «Canal de Moçambique» soube que os atrasos que se verificaram até ao dia de ontem para a eleição do CC e da CP foram devido a chegada tardia dos registos criminais dos “camaradas” à Quelimane. A rigorosidade foi aos extremos.
O cadastro criminal dos concorrentes foi observado a pente fino, pela comissão de selecção de candidaturas.
Deste modo e a crer pelas informações que nos chegam – tentamos falar com Taipo, mais disseram-nos que estava inconsolável – a ministra do Trabalho, à luz dos novos estatutos que foram aprovados, para subir no partido com sede na rua Pereira do Lago terá que militar numa célula e aguardar que as suas performances sejam reconhecidas e dai ser elegível a membro do CC do partidão.
Simão Anguilaze
O actual Presidente do Conselho de Administração da «Televisão de Moçambique» (TVM), Simão Anguilaze é outro nome de que se fala, sobretudo ao nível da classe jornalística que fez a cobertura do 9º Congresso, com tendo sido, também, afastado pela comissão de verificação de candidatura por ter obtido recentemente o cartão “vermelho”. Anguilaze à semelhança de outros jornalistas de órgãos públicos chegou ao terminado congresso na condição de «convidado». Tal como Taípo, o homem forte da pública «TVM» terá que militar numa célula para crescer no “partidão”.
(Luís, em Quelimane) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 15.11.2006